Os cristãos não fazem ideia da importância nevrálgica que o nome e os escritos da senhora Ellen White tem sobre a fé e espiritualidade adventista. É bem verdade, como temos constatado, que adventistas pesquisadores e imparciais não creem mais nela, tal como se apresentam em suas crenças e publicações oficiais. Graças a Deus por isso. Esses já reconhecem que Ellen White é um mito, uma lenda. E acreditar nela, tal como “espírito de profecia” é o mesmo de crer em Joseph Smith ou no Reverendo Moo.
O espírito interno pode ser visto no que um autor adventista escreveu, dado a doutrina de 1844, ele considera Ellen White assim:
“[...] nunca mais questionei Ellen White como profetisa; em vez disso, minha confiança na verdade de 1844permitiu-me vê-la como um dos maiores profetas que já existiram!” (C. Goldstein. 1844: uma explicação simples das principais profecias de Daniel, p.12 [grifo meu]).
No livro Em Busca de Identidade, o historia dor adventista George Knight faz reconhecimentos sinceros de várias questões que envolveram o adventismo. Só precisamos dizer que reconhecer não anula as implicações que prejudicam inteiramente a bandeira adventista de ser a “igreja remanescente”. Sabendo dessas implicações, já vi dois adventistas nas redes sociais negando as informações de G. Knight, como não sendo de alguma forma representação final da questão para tal julgamento.
Tenho várias anotações de aspectos esse livro que soam como um reconhecimento fatal. E gostaria de explorar uma delas nessa postagem. No fim do 4º capítulo do livro, o professor da Andrews mostra alguns erros cometidos por vários adventistas pioneiros, especialmente no desenvolvimento de algumas doutrinas. Algo chama atenção na página 90. Leia atentamente:
“Uma quarta tendência deu um papel mais destacado aos escritos de Ellen White na explicação das questões. Nas primeiras três décadas e meia de existência da Review, por exemplo, seus editores haviam respondidoregularmente às perguntas a eles dirigidas com base unicamente na Bíblia. Isso começou a mudar a partir da década de 1880, quando pela primeira vez passaram a referir-se ao que Ellen White havia escrito sobre assuntos bíblicos [...] A prática aumentaria com o passar do tempo, à medida que a jovem igreja se afastaria de suas raízes.” [grifo meu].
Até então, a IASD não possuía nenhum conjunto de crenças oficiais. O pioneiro adventista ariano U. Smith, havia escrito uma declaração de fé em 1872, mas sem alguma aprovação abrangente. Outra declaração de crenças foi escrita em 1931, a qual foi formalmente aprovada apenas na década de 40. Por fim, uma declaração preparada e aprovada por uma Assembleia Geral foi realizada em 1980 em Dallas.
Se segundo Knight, a crença em usar os escritos de Ellen White, como autoridade foi aumentando a partir de 1880, podemos perceber que essa tendência não parou. Bom destacar que internamente a visionária Ellen White já influenciava fortemente com suas visões, mesmo antes de 1880. Mas seu marido semiariano era mantinha sua postura de líder, não apenas em casa. Após a morte de Tiago White, portanto, recorrer a autoridade dela foi apenas um resultado obvio de quem era inspirada!
Compare abaixo a crença a respeito em torno de Ellen White na declaração de 1931 com a declaração de 1980 [lembrando que em 2005 houve um acréscimo em outro tópico].
Crença 19 em 1931
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Crença 17 e 18 de 1980 versão 2005
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“Deus pôs em Sua igreja os dons do Espírito Santo, enumerados em 1 Coríntios 12 e Efésios 4. Esses dons atuam em harmonia com os divinos princípios da Bíblia, e são dados para o aperfeiçoamento dos santos, a obra do ministério, a edificação do corpo de Cristo(Ap 12:17; 19:10;1 Co 1:5-7). O dom do Espírito de Profecia é um dos sinais que identificam a igreja remanescente (1Co 1:5,7; 12.1,28;Ap 12.17;19:10; Am 3.7; Os 12.10,13). Esse dom se manifestou na vida e no ministério de Ellen G. White.”
[As citações aqui foram extraídas dos livros Questões sobre Doutrina, e Nisto Cremos.]
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“Crença 17: “Deus concede a todos os membros de Sua Igreja, em todas as épocas, dons espirituais que cada membro deve empregar em amoroso ministério para o bem comum da Igreja e da humanidade. Sendo outorgados pela atuação do Espírito Santo, o qual distribui a cada membro como Lhe apraz, os dons provêem todas as aptidões e ministérios de que a Igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com as Escrituras, esses dons abrangem tais
ministérios como a fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, reconciliação, compaixão, e serviço abnegado e caridade para ajuda e animação das pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela Igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos e de ensino especialmente necessários para habilitar os membros para o serviço, edificar a igreja com vistas à maturidade espiritual e promover a unidade da fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como fiéis despenseiros da multiforme graça de Deus, a Igreja é protegida contra a influência demolidora de falsas doutrinas, tem um crescimento que provém de Deus e é edificada na fé e no amor.”
“Crença 18: Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma característica da igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência.”
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Percebemos que a Crença Fundamental 19 de 1931 foi expandida em duas crenças oficiais. O volume explicativo também aumentou consideravelmente de ambas as crenças. Mas o que fica evidente é que, se George Knight afirmou que a confiança em Ellen White foi umafastamento das raízes adventistas lá em meados de 1880, poderíamos inferir que a presença marcante da crença nela nas declarações oficiais é uma demonstração deste continuo afastamento e que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seria corretamente chamada de Igreja de Ellen White?
O semi-ariano, marido da profetisa, o pioneiro e co-fundador adventista, Tiago White, afirmou que a crença nos ministérios de Ellen White não devia ser “uma prova de comunhão cristã.” (Review and Herald, 13 de junho de 1871,p. 205, citado em Questões sobre Doutrina, p. 103). Outro ariano, intelectual pioneiro adventista, afirmou a mesma coisa afirma que crer em Dona White não é “uma prova de caráter cristão” (Review and Herald, 15 de fevereiro de 1870, citado em Questões sobre Doutrina, p. 103 ).
Interessante é que no Manual da Igreja, no voto batismal está incluso a crença nos postulados adventistas, que incluem, a crença em Ellen White. Percebendo assim uma ambivalência entre o que se diz que se faz, e o que se faz de fato (As citações são do Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, páginas 48 e 49. Os grifos foram acrescentados).
“8. Aceita o ensino bíblico dos dons espirituais e crê que o dom de profecia é um dos sinais de identificação da igreja remanescente?”
“11. Conhece e compreende os princípios bíblicos fundamentais como ensinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia? É seu propósito, pela graça de Deus, cumprir Sua vontade ordenando sua vida em harmonia com esses princípios?”
“13. Aceita e crê que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a igreja remanescente da profecia bíblica e que pessoas de toda nação, raça e língua são convidadas a fazer parte de sua comunhão e são nela aceitas? Deseja ser membro desta congregação local da Igreja mundial?”
Depois o mesmo Manual apresenta um voto alternativo, mas com o mesmo teor:
“2. Aceita os ensinamentos da Bíblia tais como expressosna Declaração de Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e se compromete, pela graça de Deus, a viver em harmonia com esses ensinos?”
Depois o Manual afirma:
“Aliança Batismal – A Igreja adotou suas vinte e oito Crenças Fundamentais, juntamente com o Voto Batismal e o Certificado de Batismo e Compromisso,como uma aliança batismal. Uma cópia impressa dessa aliança, com o Certificado de Batismo e Compromisso devidamente preenchido, será entregue a todos os que forem aceitos na comunhão da igreja mediante o batismo. Um certificado apropriado também será entregue àqueles que forem aceitos por profissão de fé.”
Não é fato de a seita ter ou não direito de exigir a crença de seus membros em Ellen White, como explicaram o autores dissimulados do Questões Sobre Doutrina. O ponto é que é a esse fato em si que temos chamado a atenção. Se isso não incorre em sectarismo, misticismo em torno de ‘homens’, ou é uma crença mesmo a suficiência da Escritura? E lavando em consideração o que G. Knight disse, e obvio ele não concordaria com a minha conclusão, por isso ele continua adventista, apesar de tudo que confessa - não seria o caso que o Adventismo foi mais longe das verdade bíblicas com o passar do tempo?
Se essa religião não atacasse a doutrina da trindade nos seus primórdios, provavelmente teria uma chance de ser conduzida ao caminho da luz. Mas deixou-se levar por blasfemadores e sonhos ‘intermináveis’ de uma mulher que sofria moléstias mentais, acabou no que estamos vendo – uma seita. Misturaram com as sagradas letras, ensinos heréticos e imaginações ilimitadas (II Tm 3.15-17).
FONTE: http://mcapologetico.blogspot.com.br/
É verdade ou não q a igreja adventista foi dividida, a parte seguindo Ellem wigth e a outra seguindo um médico amigo dela do qual recebeu ajuda para escrever seu primeiro livro?
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