O Adventismo – continuação da reforma protestante, ou a deturpação dela? - Se Liga na Informação





O Adventismo – continuação da reforma protestante, ou a deturpação dela?

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A Igreja Adventista do Sétimo Dia, ou melhor dizendo, a Igreja de Ellen White, insiste em dizer que a Reforma protestante deveria ter continuado. E que eles, com suas doutrinas, continuaram a reforma iniciada por Lutero. Nada demais em dizer que a Reforma é um processo constante, especialmente se o estado atual é de desvio, a Reforma sempre é uma necessidade presente. Os homens, em seu estado pecaminoso, sempre rejeitarão os postulados do protestantismo. Agora, a Igreja de Ellen Whiteachar que ela fez isso, é outra história. Aliás, é uma piada de mau gosto.

No escopo geral, o que o Adventismo fala sobre isso, é meio bipolar. Por um lado, eles dizem que são ‘uma corporação protestante e conservadora de cristãos evangélicos’. Por outro, Ellen White diz que mesmo o nome da igreja é uma ‘denúncia contra as igrejas protestantes!’ e que elas são ‘babilônia’. De um lado, as igrejas protestantes são um campo missionário para eles, por outro, vivem correndo atrás desses para serem reconhecimentos como “igreja”, não como seita. Querem evangelizar Babilônia, mas pedem que essa os chame de “irmã”. Vai entender... é uma seita ‘com ministros de duas caras’[entenda, em seus objetivos proselitistas], ou como dizia o saudoso apologista, Pr Natanael Rinald: “fala com os dois lados da boa.”

Considere algumas breves comparações:

1. Nunca a fé protestante produziu, ou manteve, como legítimo, qualquer profeta em seu arraial, tendo inspiração semelhante como a dos profetas bíblicos (II Tm 3.15-16).Por mais que o Adventismo tente, dissimuladamente, diminuir o impacto de sua crença em torno de Ellen White, NUNCA – nem de longe, isso está de acordo com a Reforma Protestante. O Somente a Escritura, é uma rejeição de qualquer tradição doutrinária e inspiração, a não ser aquela assentada nos 66 livros da Bíblia. A confissão adventista diz que mesmo considerando a Bíblia completa e o seu cânon encerrado, ainda assim ‘os escritos de Ellen G. White, têm a divina autoridade tanto para o viver piedoso quanto para a doutrina.’

2. Nunca a fé protestante enfraqueceu a autoridade da Bíblia por dizer que ela tem erros (Sl 119.160).Como se não bastasse os inimigos da Palavra de Deus, os teólogos adventistas para defenderem os erros de Ellen White, também dizem que a Bíblia tem erros, mesmo sendo inspirada. Uma forma de se defender dando um golpe baixo. Isso está mais para o liberalismo teológico do que para o protestantismo ortodoxo. Também nesse ponto, não encontro Reforma, mas uma DEforma.

3. Nunca a fé protestante transformou a dieta de saúde como um artigo de fé (Cl 2.15-17). Os adventistas dizem que nesse ponto, eles são reformadores. Pois resgatam uma forma de vida saudável. Em primeiro lugar, a dieta do VT a respeito de alimentação era cerimonial, e não dietética. Nunca Deus apresentou proibições de consumo de carne de animais impuros a partir de sua constituição biológica, ou malefícios alimentícios. A causa era outra – ainda que fossem beneficiados por algo secundário. Na Bíblia, tanto no VT bem como no NT, a questão sempre foi a moderação (combate contra os excessos), e buscar os orientação médica. A Igreja de Ellen White inventou uma doutrina para vender seus livros.

4. Nunca a fé protestante diluiu a salvação pela graça por meio da fé, com base em algum sinal externo, ainda que sempre exigiu obediência como manifestação dessa fé (Rm 11.6)Há uma linha muito tênue aqui. Diz um adventista que a‘guarda do sábado para o adventismo é o único modo de vida cristão, que fará a diferença entre o bem e o mal’ no tempo final. Eles dizem que defendem a salvação pela fé, mas ao mesmo tempo, colocam o sábado como selo de salvação escatológica. Ao conversar com adventistas, pessoalmente, percebemos o fanatismo em torno desse ‘selo’. Certa vez um adventista disse que gostaria de conversar comigo, já que soube que em um estudo eu disse que a IASD era uma seita. Fui até ele. Ao tratar de assuntos como 1844, Ellen White, ele disse que não se importava muito com isso, mas gostaria de falar sobre o sábado, pois esse era o assunto mais importante.

5. Ataque a doutrinas históricas da fé protestante (Jd3). O adventismo critica de forma ácida doutrinas bíblicas da tradição protestante, como o dogma da trindade dos credos, a imortalidade da alma, o tormento eterno, e o domingo. Classifica isso como ensinos filosóficos, pagãos, e do diabo. Ellen White diz que o domingo e a imortalidade da alma são ensinos de Satanás. Seus irmãos contemporâneos, falavam o mesmo da trindade. J. N. Andrews foi um ferrenho opositor trinitário, a Bíblia de Estudo Adventista leva seu nome!!E até hoje, no mais alto escalão erudito adventista, a trindade clássica é alvo de críticas. Isso não é protestantismo, nem reforma.

6. A fé protestante sempre olhou para a obra de Cristo na cruz, como todo suficiente, visto que ele foi punido satisfatoriamente pelos pecados dos eleitos, não sendo nada mais necessário, muito menos uma posterior expiação punitiva sobre o diabo (II Co 5.18,19). Uma das doutrinas mais estranhas de Ellen White foi ela dizer que o diabo será punido pelos pecados dos crentes. Isso é risível. Pelo menos para quem conhece um pouquinho, mas um pouquinho mesmo, a respeito da obra de Cristo, a autoridade e satisfação de sua expiação (Is 53). Só ler no NT e ver que nunca o diabo foi colocado assim. Os adventistas podem ficar bravos, esbravejarem, diluírem, usar argumentos circunlóquios, mas foi Ellen White que colocou o diabo na expiação adventista, não os críticos. Isso é totalmente bizarro para a fé protestante.

7. Jamais a fé protestante falou que há uma igreja visível verdadeira (Ap 2,3). A fé protestante nunca foi exclusivista na identificação das denominações cristãs. Sempre fez uma distinção entre Igreja Invisível e Igreja Visível. A Igreja Visível para fé protestante sempre foi o conjunto de crentes confessos em todas as denominações cristãs, que são mais, ou menos, puras. A Igreja de Ellen White é presunçosa e arrogante, se considera a única igreja visível verdadeira. Dizem que possuem uma mensagem que nenhuma outra igreja possui... Isso, de fato, não é protestantismo, nem Reforma, mas exclusivismo típico de seita.

A Igreja de Ellen White é uma DEFORMAÇÃO da Reforma. Meu conselho é semelhante ao de certo crítico do Adventismo –


Deixem de ‘ouvir’ uma mulher molestada mentalmente, e voltem-se aos que foram realmente Reformadores (O Caos das Seitas, p. 169), esses que estavam satisfeitos com a Bíblia, com sua autoridade e suficiência.

Fonte: http://mcapologetico.blogspot.com.br/

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