Dono da UTC, Ricardo Pessoa
O dono da UTC, Ricardo Pessoa, confirmou nesta quarta-feira, 1, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro que pagou propinas ao PT, entre 2004 e 2013, e discutiu sobre a corrupção na Petrobrás com executivos da Odebrecht. A Odebrecht já teve homologado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, seu acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato. A empreiteira é acusada de repassar dinheiro desviado dos contratos da estatal ao partido, a pedido do ex-ministro Antonio Palocci. Ricardo Pessoa foi a primeira testemunha ouvida por Moro na retomada dos trabalhos da Lava Jato, em 2017, em Curitiba, onde estão os processos de primeira instância do escândalo Petrobrás. Delator desde 2015, o dono da UTC foi chamado pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato como testemunha de acusação no processo em que Palocci – ex-ministro da Fazenda (governo Luiz Inácio Lula da Silva) e da Casa Civil (governo Dilma Rousseff) – é réu, junto com o empresário Marcelo Odebrecht e o marqueteiro do PT João Santana. “Pela UTC sim, participei. Foi de 2004 a 2012, inicio de 2013. (…) Na diretoria de Abastecimento (da Petrobrás) a Paulo Roberto Costa e seus prepostos, e na Diretoria de Serviços ao Renato Duque, através do Pedro Barusco, e ao senhor João Vaccari Neto”, afirmou Pessoa, ao ser questionado, pela procuradora da República Laura Tessler, para quem ele havia pago propinas na Petrobrás. Os pagamentos seriam ‘contrapartida’ por contratos assinados na área onshore (obras como refinarias, unidades petroquímicas, gasodutos, que eram competência da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, afirmou Ricardo Pessoa.
Estadão
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