Texto do dia.
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente na angústia." Sl 46.1
Síntese.
A depressão é uma doença que aflige os crentes e não crentes. Já foi considerada o mal do século.
Texto bíblico
1 Reis 19.1-11
1 E Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada.
2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
3 O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço.
4 E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
5 E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
7 E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.
8 Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
9 E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10 E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.
11 E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto;
“[...] em geral, mesmo que não seja óbvia nem aparente, há alguma causa psicológica na raiz da depressão. Além disso, também é importante reconhecer que as pessoas têm níveis diferentes de resistência ao sofrimento.
O entendimento de como as doenças se instalam no organismo ainda é, em certo sentido, um mistério para a ciência. E, no caso da depressão, esta questão é ainda mais difícil, pois trata-se de uma doença que está no limiar entre o físico e o mental.
Deprimido significa ‘pressionado para baixo’, sem liberdade normal. Muitas pessoas não acreditam que um crente possa ficar deprimido, afirmando que isso é falta de fé. Todavia, a Bíblia faz menção de diversos servos de Deus que experimentaram crises de depressão Moisés, Elias, Davi, Jeremias, Paulo e outros (1Rs 19.4; Sl 42.4,5; 143.3,4).
Elias impôs uma humilhante derrota aos sacerdotes de Baal, mas não recebeu nenhuma homenagem, nenhum troféu. Em vez disso, viu-se sozinho quando a rainha Jezabel decretou a sua morte. Em um curtíssimo espaço de tempo, a sensação de vitória tornou-se em amarga depressão. Elias era um fiel servo de Deus, mas isso não impediu de em certo momento achar-se profundamente deprimido (2Co 1.3,4a)” (GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As Doenças do Século. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.64,65).
A depressão é uma doença que aflige os crentes e não crentes. Já foi considerada o mal do século.
Professor, para iniciar a lição pergunte aos alunos se eles já ouviram a seguinte expressão: “Estou morrendo de tristeza”. De fato, há tristeza que pode levar à morte! Isso é muito sério. O nome dessa profunda tristeza duradoura é depressão.
Um dos objetivo da lição diz respeito à analise da influência do hedonismo na atualidade.
O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade") é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana.
TEXTO BÍBLICO: 1 Reis 19.1-11
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da depressão, uma doença que tem assolado crentes e não crentes. Embora na atualidade, os casos de depressão tenham aumentado de forma alarmante, esta não é uma doença da modernidade, pois na Palavra de Deus já encontramos alguns homens que, embora fossem fiéis ao Senhor, tiveram de lutar contra essa enfermidade, como por exemplo, Elias e Davi.
I - A DOR INVISÍVEL
1. O que é a depressão?
Depressão é uma dor aparentemente invisível e intensa que atinge a nossa alma. Segundo a psicóloga Sônia Pires Ramos, "popularmente, a depressão é uma palavra utilizada para explicar desde o mau humor até a dor pela perda de um ente querido". Então, como podemos melhor defini-la? De acordo com um conhecido médico "é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como distúrbios do sono e do apetite."
2. Alguns sintomas.
Tristeza profunda, acessos de choro, irritação, insônia, perda do apetite ou compulsão alimentar são alguns dos sintomas. A depressão também afeta a autoestima, fazendo com que o doente perca o amor por si mesmo e o sentimento de mais-valia. O profeta Elias, depois de derrotar os profetas de Baal e ser ameaçado por Jezabel, experimentou um período de dor e sofrimento na alma. Podemos ver que a autoestima dele foi afetada pela dor quando ele declarou que não era melhor que seus pais (1 Rs 19.4). A depressão não somente atinge a autoestima; ela também tira a alegria e a vontade de viver. Elias pediu a morte (1 Rs 19.4), desistindo da vida e do seu ministério.
3. Tratamento.
A depressão é uma doença que precisa do acompanhamento de um médico psiquiatra e também de terapia. Às vezes é necessário também o uso de antidepressivos, mas somente o psiquiatra pode prescrever a melhor medicação. Porém, Deus tem poder para curar toda e qualquer enfermidade.
Pense
O crente pode ser acometido pela depressão?
Ponto Importante
Deus alcançou Elias no fundo de uma caverna. Ele vê e sabe a dor que enfrentamos na alma.
II - A PSICOTERAPIA DE DEUS
1. O fortalecimento do corpo.
Os sintomas da depressão são diversos e variam de acordo com cada indivíduo. Porém a perda do apetite é um dos mais comuns e leva a pessoa ao enfraquecimento acentuado. Algumas pessoas precisam de internação para que sejam hidratadas e nutridas. A vontade de dormir também pode ser intensa, fazendo com que a pessoa passe a maior parte do tempo dormindo sem acordar para se alimentar. Por isso, no tratamento de Deus para com Elias um anjo tocou o profeta que estava dormindo e disse: "Levanta-te e come" (1 Rs 19.5). O anjo tocou Elias pela segunda vez dizendo: Levanta-te e come [...] (1 Rs 19.7). Sem a ajuda divina o profeta não teria forças para se erguer sozinho. A pessoa que sofre de depressão precisa igualmente da nossa ajuda, oração e carinho.
2. Verbalização do problema.
Verbalizar aquilo que estamos sentindo é de suma importância para a cura. Por isso, o Senhor perguntou a Elias: "Que fazes aqui, Elias" (1 Rs 19.9)? Deus estava dando a oportunidade do profeta verbalizar, expressar toda a dor da sua alma.
3. Vida com propósito.
Depois de tratar a alma do profeta, o Senhor fez Elias contemplar novamente o propósito do seu ministério. O Senhor disse: [...] "Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge a Hazael rei sobre a Síria" (1 Rs 19.15). Depois de recuperar sua autoestima e motivação, Deus lhe outorgou uma nova missão. Elias foi curado pelo Senhor para depois prosseguir com o seu ministério.
Pense
O que levou o profeta Elias a desejar a morte? A depressão ou a falta de fé?
Ponto Importante
Depressão é uma doença que não tem nada a ver com fé.
III - O QUE PODE NOS AJUDAR A EVITAR A DEPRESSÃO
1. Conhecer a Deus.
O fato de saber que o Pai nos ama e está sempre conosco nos ajuda a enfrentar as dificuldades da vida sem nos desesperarmos. Também traz alivio para a alma daqueles que já se encontram em tratamento.
2. Ler a Palavra de Deus.
A Palavra de Deus penetra no íntimo do nosso ser. Ela vai até as juntas e medulas trazendo à tona o que está em nosso íntimo. A leitura bíblica é um bálsamo capaz de aliviar toda a dor: "Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos" (Pv 16.24). Não há poço tão profundo que Deus não possa alcançar por intermédio de sua Palavra.
3. Viver em comunhão fraternal.
A Igreja é como uma espécie de "comunidade terapêutica". A comunhão e o amor fraternal nos ajudam a enfrentar os momentos dificeis de abatimento e tristeza. Certa vez, Paulo afirmou que Deus consolou seu coração com a vinda de Tito (2 Co 7.6). O coração abatido pode ser consolado por uma amizade verdadeira.
Pense
O fato de conhecer a Deus e ter uma vida de oração pode nos livrar da depressão?
Ponto Importante
Deus pode curar a depressão, embora, às vezes, Ele faça isso por intermédio dos médicos!
CONCLUSÃO
Todos estão sujeitos ao sofrimento e as enfermidades. Somos limitados e muitas vezes não suportamos a perda de um ente querido, uma traição, a perda de bens materiais e adoecemos. Porém, temos um Deus que nos ama, que não nos abandona nos momentos difíceis e deseja nos curar.
Hora da revisão
O crente pode sofrer de depressão?
Sim. A Bíblia mostra que homens de Deus sofreram desse mal.
Segundo um conhecido médico, como podemos definir a depressão?
"É uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite."
Cite alguns sintomas da depressão?
Tristeza profunda, acessos de choro, irritação, insônia, perda do apetite ou compulsão alimentar são alguns dos sintomas.
Por que Elias desejou a morte?
Porque ele estava sofrendo com a depressão.
Como você pode ajudar uma pessoa que está enfrentando a depressão?
Resposta pessoal. Contudo, você poderá sugerir: orando, trazendo uma palavra de conforto, levando a pessoa ao especialista, etc.
OBJETIVOS
MOSTRAR O que é a depressão ,seus sintomas e tratamentos;
EXPLICAR a respeito da psicoterapia aplicada por Deus por ocasião da depressão do profeta Elias;
APRESENTAR alguns cuidados que nos ajudam evitar a Depressão.
LIÇÃO 8 - DEPRESSÃO UM MAL DO NOSSO TEMPO
COMENTÁRIO DC. AILDO FERREIRA- IEADALPE
INTRODUÇÃO
Deus não criou o ser humano para viver desanimado ou deprimido, mas para uma vida saudável e feliz. A Depressão vem causando muitos mares em nosso Século. Vamos conhecer nesse artigo suas causas e efeitos.
I. O QUE O QUE É DEPRESSÃO ?
Distúrbio caracterizado por debilidade física, desânimo, sensação de cansaço e ansiedade. A depressão, também chamada de transtorno depressivo major ou depressão unipolar, é uma doença psiquiátrica capaz de causar inúmeros sintomas psicológicos e físicos. O transtorno depressivo maior é uma doença psiquiátrica crônica, extremamente comum, caracterizada por uma alteração do humor do paciente, que deixa-o triste além do normal, desanimado, sem energia, com baixa autoestima e com dificuldade de lidar com sua vida pessoal e profissional.
A depressão foi uma doença muito mal compreendida durante décadas, o que levou a interpretações equivocadas sobre as suas causas e sintomas, provocando uma estigmatização dos seus portadores. Até hoje é comum encontrarmos pessoas deprimidas que não aceitam o seu diagnóstico ou familiares/amigos que tratam o paciente deprimido como alguém mentalmente fraco, incapaz de superar as dificuldades da vida. Não se deve tratar o paciente deprimido como alguém simplesmente triste, incapaz de reagir (http://www.mdsaude.com/2012/04/o-que-e-depressao.html).
Critérios para diagnóstico de depressão
(Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).
1· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
2· Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
3· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
4· Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
5· Fadiga ou perda de energia;
6· Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
7· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
8· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
9· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos;
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia;
2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.
Os sintomas da depressão interferem drasticamente com a qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico, medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentam sintomas característicos da doença.
Embora possa começar em qualquer idade, a maioria dos casos tem seu início entre os 20 e os 40 anos. Depressão.na.infância.e.adolescência
Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que se manifesta não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. Qualquer criança ou adolescente pode ficar triste, mas o que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco.
Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes.
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais ou violência sofrida na primeira infância também aumenta o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas.
Os estudos mostram que 60% desses pacientes respondem ao tratamento. Esses medicamentos apresentam menos efeitos colaterais e risco de complicações por overdose menor do que outras classes de antidepressivos. A recomendação é iniciar o esquema com 50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de acordo com a resposta e os efeitos colaterais. Obtida a resposta clínica, o tratamento deve.ser.mantido.por.seis.meses.no.mínimo,para.evitar.recaídas.
A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos, e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia. Através dela os especialistas procuram ensinar aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar relações interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida como terapia interpessoal. Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de relacionamentos, as decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no mínimo.
Como o abuso de drogas psicoativas e suicídio são conseqüências possíveis de quadros depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que os problemas da depressão possam estar presentes.
Depressão: doença que precisa de tratamento (Ricardo Moreno - médico psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo).
Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. É também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.
A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos que agem na condução dos estímulos através dos neurônios que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos.
Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.
Diferença.entre.tristeza.e.depressão
Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.
Possibilidades.de.prevenção
Dráuzio – O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão?
R. Moreno – A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica , mas todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com eles e a não deixar que nos abalem demais.
II. A PSICOTERAPIA DE DEUS
A vida do ser humano sem Deus pode ser resumida em uma só palavra: infelicidade. Infelicidade em última instância significa − ausência eterna da presença de Deus. Ninguém deseja isso para si; pois quem desejaria para si a morte?
Uma pessoa que entrega sua vida verdadeiramente ao Senhor Jesus Cristo e para Ele vive, passou da morte para vida, portanto, encontrou a felicidade. Sendo isto um fato, temos que enfrentar a questão de muitos crentes fiéis estarem em profunda depressão espiritual.
Responder esta questão não é simples. Mas a Bíblia nos norteia nesse particular através de exemplos dos santos que enfrentaram o quarto escuro e solitário da depressão. O profeta Elias é um exemplo clássico do que estamos tratando.
Em 1 Rs 19.1−8 encontramos o profeta prostrado no chão em grande declínio espiritual. Ele chega ao ponto de pedir para si a morte (v.4). Por quê? Para responder esta pergunta temos que analisar todo o contexto que envolve a referente passagem.
Elias surge no cenário de Israel em um momento extremamente difícil. Acabe era o rei. Sobre ele está escrito:
“Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele. Como se fora coisa de somenos andar nos pecados de Jeroboão... tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, serviu a Baal, e o adorou” (16.30,31).
Acabe, por inveja e sob a influência da mulher tomou posse da vinha do falecido Nabote, morto maquiavelicamente por Jezabel e seus comparsas (21.1-16). Acabe era rei, mas não mandava; era isrealita, mas servia à Baal; queria ouvir a voz de Deus, mas atendia as palavras dos falsos profetas; estava vivo, mas era como se estivesse morto. Acabe já era mau, mas por casar-se com uma mulher ímpia, impiedosa, idólatra e dominadora ficou pior ainda. Juntamente com sua mulher matou e perseguiu os profetas de Deus durante os vinte e dois anos de seu reinado. Apesar de tudo, Acabe teve boas atuações, principalmente na área de construção civil (22.39).
Deus estava trabalhando em silêncio quando por meio de Obadias alimentou e protegeu de Acabe e Jezabel cem de seus profetas (18.5). Mas Sua paciência e seu silêncio para com os dois tinham acabado e como sinal disto enviou-lhes o profeta Elias.
Destaca-se de imediato em Elias três características indispensáveis a todo cristão: coragem no Senhor (17.1), obediência ao Senhor (v.2−5), dependência no Senhor (v.4−6). Isto tudo, observemos, em meio a um cenário de idolatria, perseguição e corrupção. Agora, para piorar, por causa do pecado, não cairia sobre a terra dos hebreus orvalho e chuva durante três anos e meio.
Até ao triunfo do Carmelo quando Elias sozinho enfrentou quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e quatrocentos de poste-ídolo, não se observa nele segundo as Escrituras nenhum traço de depressão espiritual. Mas depois do Carmelo e mais precisamente quando Elias aguardava à entrada de Jezreel boas notícias que dentro de um prognóstico seu viriam da casa real, tudo mudou (18.46)!
Elias fez um prognóstico que uma vez exterminados os falsos profetas de Baal, Deus, de imediato, enviaria o avivamento espiritual sobre toda a nação. Isto fica mais evidente quando depois da vitória sobre os falsos profetas, Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva” (18.41). A chuva era o sinal! Quando acabe deu a notícia a Jezabel, ela prontamente enviou um mensageiro dizer a Elias: “Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles” (19.2). A reação imediata do profeta foi esta: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar sua vida, se foi e chegando a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço” (19.3). Depois de percorrer uns cento e sessenta quilômetros, ele deixou o seu discípulo e se prostrou debaixo de um zimbro de tanta exaustão. Elias não estava preparado para esta resposta da realeza, pois entendia que todo o problema em Israel se resumia aos falsos profetas. Concluiu que uma vez exterminados, não só a chuva cairia, mas a fome deixaria de assolar a nação, o pasto ressurgiria para alimentar o gado; lagos, córregos, e rios alegrariam o povo em abundância de água – que mais a realeza e a multidão queriam?
Elias caiu em depressão por se achar um fracassado em sua missão espiritual para com o povo e, sobretudo com Acabe e Jezabel. As bênçãos materiais, Deus tinha derramado, mas as espirituais como a salvação e a mudança de atitude da realeza para com Ele mesmo e seu povo, o Senhor não realizara. Isso foi o bastante para o mundo de Elias ruir. Disse o profeta: “Basta; toma agora a minha alma, não sou melhor do que meus pais” (19.4). Elias não teve poder de reação para lidar com o ocorrido. É um perigo quando objetivamos algo e em prol deste algo empenhamos toda a nossa força sem lograr êxito. Elias se sentiu assim. Julgou que seu esforço foi em vão porque Deus não agiu na realeza de Israel conforme seu ponto de vista. A vontade do Senhor é soberana! O profeta Jonas se viu decepcionado com DEUS, pois não obteve o resultado que queria com sua pregação, resultado: entrou em depressão.
A depressão espiritual de Elias trouxe-lhe conseqüências drásticas.
Em primeiro lugar: medo. O texto nos diz: “Temendo, pois, Elias, levantou-se e, para salvar a sua vida se foi...” (19.3). O profeta valente e ousado agora estava fugindo de medo das ameaças da rainha (v.2) que poderia lhe tirar a própria vida (v.3).
Em segundo lugar: desesperança. Observemos que a Palavra é clara: “e ali deixou o seu moço” (v.3). Elias perdeu o ânimo para ensinar o seu discípulo (v.3) e o amor por si próprio (v.4).
Em terceiro lugar: esgotamento. Isto é evidente: “Deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro” (v.5). Seu esgotamento não só foi físico (vs. 5-7), mas também espiritual (v.8), por isso que Elias por orientação de um anjo do Senhor foi se tratar com Deus no monte Horebe.
Tiago bem disse que o profeta Elias foi homem semelhante a nós, sujeito aos nossos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Não só Elias, mas Davi (Sl 51.10,12), Asafe (Sl 73.2,3), Pedro (Mt 26.74,75), Paulo (2 Tm 4.9−18) entre outros personagens bíblicos caíram em depressão espiritual. Deus tratou com todos.
Deus não só habita no alto e santo lugar, mas também com o contrito e quebrantado de coração (Is 57.15). Jeová jamais deixaria só seus filhos no quarto escuro e solitário da depressão espiritual. O hino 193 da harpa cristã de Paulo Leivas Macalão traz a confiança inabalável em Deus oriunda do usufruto de Sua presença apesar da depressão:
Ele intercede por ti, minh’alma;
Espera Nele, com fé e calma;
Jesus de todos teus males salva,
E te abençoa dos altos céus.
Foi a intercessão de Jesus por Pedro, quando este lhe negou por três vezes, que o sustentou em seu choro de amargura e desespero: “Eu, porém, roguei por ti, para que tua fé não desfaleça” (Lc 22.32a). O salmista com veemência exclamou: “Por que estás abatida, ó minha alma? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.5). Fica claro que a cura da depressão espiritual se centraliza em Deus. Fica claro também que todos os grandes homens de Deus que caíram em depressão correram para o trono da graça a fim de obterem socorro em ocasião oportuna. Quando esta força de buscar o trono era inexistente, o Senhor ia ao encontro dos seus filhos, como no caso de Pedro e especificamente no caso de Elias.
O texto de 1 Rs 19.9−18 mostra como Deus tratou e restaurou o seu profeta.
Primeiro: Deus levou Elias à sua presença. O verso 9 diz: “Ali entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?”.
O profeta passou uma noite inteira no divã de Deus. Foi o próprio Senhor que o conduziu à sua presença. Os versos 7 e 8 deixam claro isto: “Voltou segunda vez o anjo do senhor, tocou−o e lhe disse: Levanta−te, e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou−se, pois, comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”. Deus estava em silêncio quando Elias estava prostrado no chão pedindo para si a morte. Agora, no monte Horebe é diferente, Deus lhe dirige a palavra: “Que fazes aqui Elias?”. Quem não anela ouvir em meio às tempestades a voz inconfundível de Deus? Feliz o homem cujo deserto termina no monte santo de DEUS!!.A palavra de Jeová é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105). E mais: “Na tua presença há plenitude de alegria” (Sl 16.11). O profeta deprimido, como qualquer outro crente, precisava da amável e confortadora presença de Deus. Foi Somente no trono do Pai que Elias se reencontrou com a verdadeira alegria que a depressão espiritual lhe tirou.
Segundo: Deus se revelou maravilhosamente a Elias. No verso 11 está escrito: “Disse−lhe Deus: Sai, e põe−te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor...”
São poucos os casos bíblicos em que Deus se revela de uma maneira especial para os seus filhos. Abraão foi chamado amigo de Deus (Tg 2.23). Enoque andou com Deus (Gn 5.24). Jó depois da provação, quando perdeu bens, amigos, filhos, saúde, pôde dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino no pó e na cinza” (Jó 42.5,6). Existe um anelo em todo cristão para contemplar a grandeza do Senhor, à semelhança de Moisés que suplicou a Deus: “Rogo−te que me mostres a tua glória. Respondeu−lhe, o Senhor: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.18,19). É na vontade soberana de Deus que está o segredo de Sua manifestação pessoal aos seus. Isto não implica dizer não devamos pedir e orar pela bênção. Devemos sim, buscar acima de tudo o Deus da bênção e não meramente a bênção como é corrente nos dias de hoje! Elias, assim como os outros, foi agraciado por Deus com Sua maravilhosa manifestação.
No verso 11, Deus não estava num grande e forte vento; muito menos no terremoto. No verso 12, o Senhor não estava no fogo, mas numa brisa suave e tranqüila. À suave manifestação de Deus, Elias “envolveu o rosto no seu manto...” (v. 13). O profeta sentiu o marcante poder santificador e renovador do Senhor. Não há depressão espiritual que resista ao tratar do Médico dos médicos. È Ele quem unicamente amassa o barro porque Ele é o oleiro!
Terceiro: Deus deu uma lição no profeta Elias. No verso 18 Deus fala assim: “Também conservei em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”.
Deus é o mestre por excelência. Ele ensinou ao rebelde e insensível profeta Jonas o valor do verdadeiro amor ao próximo através da morte de uma simples planta (Jn 4.6−11). O salmista aprendeu o valor da disciplina divina, pois escreveu: “Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que com fidelidade me afligiste” (Sl 119.67,75). Elias experimentou a correção celestial em sua vida. Mas antes disto se estribou em sua fidelidade a Deus para reclamar Sua proteção. No verso 14 ele repete com mais intensidade o que falara no versículo 11: “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar−me a vida”. O profeta ouviu no verso 18 do próprio Deus: “Também conservei em Israel”, Elias, “sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou”. Jeová mostrou ao seu profeta que estava trabalhando em secreto. Elias estava se achando o último dos profetas. Talvez imaginasse que nele se resumisse a esperança de Israel. Elias aprendeu que Deus é Deus.
Que lição!
Quarto: Deus renovou a vocação profética de Elias. O versículo 15 evidencia isto: “Disse−lhe o Senhor: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e...”
Uma vez revigorado, Elias, o tesbita, tinha que ungir Hazael como rei da Síria (v.15); Jeú como rei de Israel (v.16); e a tarefa mais difícil, que era ungir a Eliseu como profeta em seu lugar (v.17). Elias tinha agora que passar o cajado. Talvez não imaginasse que este dia chegasse nestas circunstâncias. Contudo, tinha sido renovado para tal missão! O avivamento sempre foi derramado por Deus quando necessário sobre Israel, bem como individualmente sobre seus filhos. Deus renovou Israel no tempo do profeta Samuel (Sm 7.1−13); do rei Josias (2 Rs 11.18); de Esdras e Neemias (Ed 10.3; Ne 13.19). É notório que de forma particularizada o avivamento desceu várias vezes sobre o melancólico Jeremias (Jr 17.14). Davi experimentou isto em meio a sua confissão de pecado de adultério ao Senhor (Sl 51). No Novo Testamento o apóstolo Paulo disse ao jovem e introvertido pastor Timóteo: “reavives o dom de Deus, que há em ti pela imposição de minhas mãos” (2 Tm 1.6). A igreja primitiva de Atos é o modelo terreno a ser seguido. Mas ela foi uma igreja que se desenvolveu debaixo da chuva poderosa do avivamento. Sempre precisaremos do renovo de Deus em nossas vidas. Grandes homens de Deus precisaram! Elias necessitou! Portanto, busquemos o trono da graça do Senhor, pois de lá, somente de lá vem o reavivamento que nos curará de toda depressão espiritual.
Sempre nos lembraremos e louvaremos a estrofe do hino harpa 193:
“Por que te abates, ó minha alma?
E te comoves perdendo a calma?
Não tenhas medo, em Deus espera,
Porque bem cedo, Jesus virá (P.L.M)”.
Ao Rei eterno e imortal, honra e glória através dos séculos. Amém!
Obs: Causas da depressão de Elias:
1.Oposição. (1 Rs 19.1,2; Jo 16.33; 1 Pe 5.8).
2. Frustração. (1 Rs 19.4; Tg 5.17).
3. Medo. (1 Rs 19.1,2,10).
4. Angústia. (Jó 3.11; 6.11; 17.1; Sl 13.1-3; 56; 57.6,7).
III. DEPRESSÃO E OPRESSÃO ESPIRITUAL
Por opressão espiritual, entenda-se, alguns níveis de pertubação de origem malígna, cujos sintomas em muito se assemelham aos da depressão. Por vezes, a opressão espiritual pode ser um processo desencadeado pela depressão, ou vice-e-versa. Obviamente, os profissionais céticos e ateus não concordarão..com..a..associação..aqui..descrita.
Há casos de depressão e/ou opressão citados na Bíblia. Collins (1995, p. 85) cita alguns:
- Moisés: "Então, Moisés ouviu chorar o povo por famílias, cada um à portade sua tenda; e a ira do SENHOR grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés. Disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei favor aos teus olhos, visto que puseste sobre mim a carga de todo este povo? Concebi eu, porventura, todo este povo? Dei-o eu à luz, para que me digas: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que, sob juramento, prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Pois chora diante de mim, dizendo: Dá-nos carne que possamos comer. Eu sozinho não posso levar todo este povo, pois me é pesado demais. Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço, se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha..miséria."..(Nm..11.10-15)
- Saul: "Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava. [...] Manda, pois, senhor nosso, que teus servos, que estão em tua presença, busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito maligno, da parte do SENHOR, vier sobre ti, então, ele a dedilhará, e te acharás melhor. [...] E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e..o..espírito..maligno..se..retirava..dele.(1.Sm16.14,16.e.23).
- Davi: "Ó SENHOR, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti. Chegue à tua presença a minha oração, inclina os ouvidos ao meu clamor. Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte. Sou contado com os que baixam à cova; sou como um homem sem força, atirado entre os mortos; como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras; são desamparados.de.tuas.mãos.".(Sl.88.1-5).
- Elias: "Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. [...] Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos [...] " (1 Rs 19.4;Tg.5.17).
- Jeremias: "Maldito o dia em que nasci! Não seja bendito o dia em que me deu à luz minha mãe! Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Seja esse homem como as cidades que o SENHOR, sem ter compaixão, destruiu; ouça ele clamor pela manhã e ao meio-dia, alarido. Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão-somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?" (Jr 20.14-18)
- Jonas: "Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado. E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver." (Jn 4.1-3)
- Jó: "Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela? [...]. Porque já agora repousaria tranqüilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso [...]. Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos. Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura. Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados? Por que em vez do meu pão me vêm gemidos, e os meus lamentos se derramam como água? Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece. Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação. [...] Eu sou íntegro, não levo em conta a minha alma, não faço caso da minha vida." (Jó 3.11, 13, 20, 21-26; 9.21)
Segundo Collins (Idem, p. 74), o próprio Jesus no Getsêmani, manifestou sintomas de depressão: "e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo." (Mt 26.37-38)
IV. ACURA PARA A DEPRESSÃO
São exemplos, conforme a wikipédia, de tratamentos comuns para a depressão:
Medicação
Psicoterapia comportamental
Eletroconvulsoterapia
Estimulacao Magnetica Transcraniana
Suplementos alimentares
Atividades físicas
Em todas as situações, cabe ao deprimido/oprimido, buscar a ajuda médica, sem negligenciar o auxílio espiritual. O inverso também deve ser feito. Não se deve espiritualizar todas as doenças, achando que tudo é de origem diabólica.
Procurar um especialista da área da saúde corporal e mental, é no mínimo prudente.
Nos casos bíblicos citados, pode-se perceber claramente a possibilidade da intervenção divina para a cura da depressão.
"Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu." (Sl 42.11).
V. OQUE PODE NOS AJUDAR A EVITAR A DEPRESSÃO
Conhecer a Deus (Os 6.3; 1 Jo 2:3).
Confiando firmemente em DEUS (Sl 37.5;Dn 4.34-37; Mt 19.26).
Entregando a vida e o futuro a Deus (Sl 42; Is 53.4,5; Mt 11.28,29).
Ler Apalavra de Deus (Js 1:8).
Viver em comunhão fraternal (2 Co 7.6; At 2.42).
CONCLUSÃO
Fugir, esconder-se e desistir são algumas reações naturais diante da depressão, caso ela esteja as portas procure abrigo, ajuda , auxilio, sem demora e pela fé, levar a Cristo o fardo opressor de sua angústia, convicto de que Ele o livrará e de tudo cuidará (Sl 42; Is 53.4,5; Mt 11.28,29). Através da oração , Ter convicção de que Deus nos ama e que Ele se importa conosco, fortalece e consolida a nossa fé, principalmente quando circunstâncias desagradáveis nos ameaçam e, por fim, nos atingem.
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