ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: A necessidade do Novo Nascimento - Se Liga na Informação

07/08/2017

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: A necessidade do Novo Nascimento

TEXTO ÁUREO
“Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3.7).

VERDADE PRÁTICA
Cremos na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 3.1-12.
1 — E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 — Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 — Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 — Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 — Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 — O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 — Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 — O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 — Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 — Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 — Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
12 — Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?

HINOS SUGERIDOS
5, 266 e 440 da Harpa Cristã.

INTRODUÇÃO
O tema da presente lição é de suma importância porque muitas pessoas estão equivocadas nas coisas concernentes à salvação, assim como Nicodemos também estava. As boas ações, um padrão de vida exemplar e até mesmo a prática de uma religiosidade sincera não conduzem ninguém à vida eterna. O diálogo de Jesus com Nicodemos, um líder religioso honesto e sincero, revela a necessidade do novo nascimento para entrar no Reino dos Céus.


I. UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO

1. Quem era Nicodemos?
Muito pouco se sabe a respeito dele. Seu nome é grego e significa “vencedor do povo”. Era fariseu, um príncipe do povo (Jo 3.1) e membro do sinédrio (Jo 7.50). Nicodemos viu em Jesus algo que não existe em nenhum dos seres humanos, mas ainda assim parece que não queria ser visto pelo povo conversando com o Mestre. Talvez isso justifique o fato de ter ido à noite se encontrar com o Senhor (v.2). Nicodemos nunca mais foi o mesmo depois desse encontro com Jesus (Jo 7.51; 19.39). Esse diálogo impressiona as pessoas ainda hoje, pois nele está o que consideramos ser o texto áureo da Bíblia (Jo 3.16).

2. Os fariseus.
Representavam o povo e, apesar de serem minoria na sociedade pré-cristã, exerciam forte influência na comunidade judaica. Eram membros do sinédrio e tornaram-se inimigos implacáveis de Jesus. Esse grupo formava uma seita (At 15.5). O apóstolo Paulo declara que o grupo dos fariseus, ao qual Nicodemos pertencia antes de sua conversão, era a mais severa seita do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5). Os Evangelhos estão repletos de provas do comportamento negativo dos fariseus e de suas hipocrisias. Tanto que a palavra “fariseu” tornou-se sinônimo de hipócrita e fingido, até os dias de hoje. Felizmente, Nicodemos era diferente deles (Jo 7.50,51).

3. Os sinais efetuados por Jesus.
Pouco tempo depois das bodas de Caná da Galileia, Jesus retornou à Judeia, subindo a Jerusalém (Jo 2.13). Era a sua primeira aparição pública na capital quando Nicodemos lhe procurou. Nessa ocasião, Jesus operou muitos milagres e, “estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome” (Jo 2.23). Esses milagres atraíram Nicodemos. Talvez ele tenha se referido a esses feitos milagrosos quando se dirigiu a Jesus, pois disse que “ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (v.2).

II. O NOVO NASCIMENTO

1. É necessário nascer de novo (v.7).
Talvez Nicodemos esperasse uma resposta elogiosa como retribuição das boas e sinceras palavras ditas a Jesus. Mas ele se surpreendeu com a declaração do Mestre: “aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (v.3). O que essas palavras significam? Nascer de novo é nascer da água e do Espírito (v.5), e isso significa regeneração. É o início de uma nova vida, quando o pecador se torna nova criatura (2Co 5.17) criada em Cristo Jesus (Ef 2.10). Trata-se de uma experiência profunda com Jesus, e não de mera mudança de religião.

2. Regeneração.
O termo significa literalmente “gerar novamente” e só aparece duas vezes no Novo Testamento: a primeira no sentido escatológico (Mt 19.28), ao se referir à restauração de todas as coisas; e a outra como sinônimo de novo nascimento, cujo sentido é de salvação em Cristo (Tt 3.5). Isso significa ser gerado da semente incorruptível (1Pe 1.23). Os reencarnacionistas costumam usar essa passagem para fundamentar a doutrina da reencarnação. Mas essa não é a questão aqui. Jesus deixou claro ao príncipe dos judeus: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (v.6). Jesus não está falando em renascimento nem em reencarnação; essas coisas nunca fizeram parte da tradição judaica.

3. A perplexidade de Nicodemos.
Muita gente pensa que Deus está preocupado com religião. Mas essas pessoas estão enganadas, pois a vontade de Deus é a comunhão com as suas criaturas inteligentes. O problema é que existe uma barreira que se chama pecado (Is 59.2). Foi de Deus a iniciativa de comunicação com Adão logo após a Queda (Gn 3.8-10). Quando Deus mandou Moisés levantar o tabernáculo, manifestou o desejo de habitar no meio do seu povo (Êx 25.8). Por fim, Deus assumiu a forma humana, “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). O novo nascimento é a restauração da comunhão com Deus, e não significa seguir um conjunto de regras religiosas ou éticas. Isso estava muito longe da forma de pensar de Nicodemos e de muitos religiosos ainda hoje.

III. UMA NECESSIDADE

1. O estado humano.
A Bíblia ensina, e a experiência humana confirma, que todos os seres humanos estão mortos “em ofensas e pecados” (Ef 2.1). O ensino paulino sobre a universalidade do pecado veio diretamente do Senhor Jesus (Gl 1.11,12), e sua base está em muitas passagens do Antigo Testamento (Rm 3.10-12; Sl 51.5; 58.3). Nicodemos, como “mestre em Israel” (v.10), deveria estar inteirado sobre o assunto. Além disso, Jesus usou a linguagem bíblica ao lhe comunicar a necessidade do novo nascimento (Ez 11.19; 18.31; 36.26). Trata-se de uma necessidade imperiosa porque todas as pessoas estão mortas e precisam reviver, receber vida espiritual (vv.6,7). Precisamos de uma experiência nova com Cristo.

2. Saulo de Tarso.
Ninguém no mundo nasce cristão; todos os seres humanos nascem pecadores (Rm 3.23; 5.12). A salvação é individual e pessoal. Por isso, até mesmo aquele que nasceu num lar cristão, apesar do privilégio de ter sido criado num ambiente cristão e de ter recebido uma valiosa herança espiritual dos pais, precisa receber a Jesus como Salvador pessoal para se tornar filho de Deus (Jo 1.12). Ninguém é salvo simplesmente por pertencer a uma religião ou seguir a tradição de seus antepassados. Saulo de Tarso é um bom exemplo, pois ele mesmo declara ser extremamente religioso; e não um religioso qualquer, mas um praticante inveterado do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5). Depois de sua experiência com Jesus, ele se considerou o principal entre os pecadores (1Tm 1.15) e descreveu o seu estado de miséria diante de Deus igualando-se aos demais pecadores: “insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros” (Tt 3.3).

3. O centurião Cornélio.
Não existe salvação sem Jesus (Jo 14.6). Nicodemos e Paulo eram israelitas e professavam a religião dos seus antepassados, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, Davi e outros patriarcas, reis e profetas do Antigo Testamento. Mas Cornélio era romano e, mesmo assim, talvez por influência da religião judaica, era “piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus” (At 10.2). Observe que essas atitudes de Cornélio tinham a aprovação divina (At 10.4). Mas ninguém é salvo pelas obras (Gl 2.16). Por isso o apóstolo Pedro foi enviado para falar a Cornélio sobre a salvação em Cristo. A descrição bíblica da conduta de Cornélio se repete ao longo da história humana nas mais diversas culturas e civilizações. A conversão envolve fé, arrependimento e regeneração. A salvação é um dom de Deus mediante a fé em Jesus (Ef 2.8,9).

CONCLUSÃO
Há ainda hoje muitas pessoas religiosas e sinceras como Cornélio e pessoas bem-intencionadas como Nicodemos, mas elas precisam nascer de novo, da água e do Espírito para herdarem o Reino de Deus. É nossa tarefa como cristãos e comunicadores do evangelho falar sobre a necessidade do novo nascimento não somente ao pecador contumaz, mas também aos muitos “Nicodemos” e “Cornélios” que estão à nossa volta.

PARA REFLETIR
A respeito da necessidade do novo nascimento, responda:

Por que o diálogo de Nicodemos com Jesus ainda impressiona as pessoas até hoje?

O que atraiu Nicodemos a Jesus?

O que significa nascer de novo, da água e do Espírito?

Qual a vontade de Deus em relação às suas criaturas?

Como o apóstolo Paulo passou a se ver depois de sua experiência com Cristo?






EBD LÇ. 07  13/08/2017 “A  NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO”.

O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,  lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e seguro ensinamento.  Eles funcionam como polinizadores;  sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.

Aos Irmãos coordenadores de EBD:  Não torne a lição, um caderno inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta. Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie argumentos, tão à parte, que neutraliza até o tema proposto para estudo.

PONTOS:
I – UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO.
II – O NOVO NASCIMENTO
III –  UMA NECESSIDADE.


O novo nascimento não é um "instituto eclesiástico" e se dá a conhecer pela mudança efetiva de rumo e comportamento humano no plano da salvação. 

I – UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO.

1.1 Quem era Nicodemos.

O autor descreve Nicodemos, o significado do seu nome e o que representava político religiosamente, assim, ele era da seita dos fariseus.
sendo fariseu, porém diferente. Havia nele, algo de justo e queria descobrir o que faltava.

Os dois textos a seguir, define a personalidade e o grau de justiça desse homem e nos dá uma rica lição: Não se deve julgar este ou aquele por conta da sua religião ou ideologia. O tal  pode ser mais uma vítima do sistema.

(Jo.7:50,51) “Nicodemos, que era um deles (o que de noite fora ter com Jesus), disse-lhes:  Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?”.

(Jo.19:39) E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés.


1.2 Os fariseus.

O professor não precisa fazer um tratado da vida dos fariseus. As informações bíblicas nos mostra que tínhamos aí, uma religião misturada com política que nunca deu certo,  portanto uma gente gananciosa, infiel e tudo o mais que deles disse o Senhor em (Mt.23) “... fariseus hipócritas...”.


1.3 Os sinais efetuados por Jesus.

 (Jo.2:23)  “... e, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.”.


Façamos ideia do que isto representava naqueles dias e logo após as incessantes pregações de João Batista no deserto: “É chegado a vós o Reino dos Céus...”. (Mt.4:17).

Esse movimento atraiu Nicodemos.

II – O NOVO NASCIMENTO.
Pode ser exagero considerar que a doutrina que trata do “Novo Nascimento” seja a maior e a mais desprezada doutrina por significativo número de  igrejas tradicionais  e totalmente pelas igrejas neopentecostais?  Considero esta doutrina como a porta de entrada do Reino de Deus.


Não foi sem razão que  o próprio Senhor disse: “Aquele que não nascer de novo não pode ver e não pode entrar no Reino de Deus” (Jo.3:3 e 3:5).

2.1 É necessário nascer de novo

No tocante a investida de Nicodemos, pode ser dada qualquer interpretação  sobre o que ele esperava do Senhor e nos remete a ida do general Naamã à casa do profeta Eliseu;  sobre o que ele esperava do profeta. (2Rs.5:19)

Nicodemos só queria conhecer o Senhor e ouvir algo dele. Deve ter abraçado a causa, pelas ações posteriores.

2.2  Regeneração.

Confesso não apreciar muito a palavra “regeneração” quando se trata da doutrina do “novo nascimento”,  e não penso que os textos sagrados no tocante a este tão importante assunto, saia prejudicado por conta do nosso vernáculo. Regenerar dá ideia de recuperação, reconstituição ou renovação moral e é assim que lemos nos dicionários.

Se posso tentar explicar aos alunos algo consistente a respeito, até posso associar com a “geração” de Cristo: “Por obra e graça do Espírito Santo...”. (Mt. 1:20).

Vamos à Pedro: (IPd. 1:23) “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre..

“Semente incorruptível, pela palavra de Deus...” Isto explica como muitas pessoas ao receberem Cristo em seus corações pela pregação da palavra da fé viram totalmente as costas para o mundo que não significa sair dele, mas dos seus desenfreamentos e da linguagem espúria.

O subsídio bibliológico na página 51 também dá essa ideia.

2.3 A perplexidade de Nicodemos.

Vamos isolar alguns pontos importantes desse tópico:

1 – Muita gente pensa que Deus está preocupado com religião.

2 – “Mas essas pessoas estão enganadas, pois a vontade de Deus é a comunhão com as suas “criaturas inteligentes”...”.
3 – “Não significa seguir um conjunto de regras religiosas ou éticas.

É preciso tomar cuidado para não fazer má aplicação das palavras do autor:

- Claro que Deus não está preocupado com religião, pois caso contrário não teria enviado seu filho ao mundo, pois religião é coisa que não falta. As coisas estão sendo banalizadas de tal forma que as pessoas estão valorizando mais a “placa” do que o conteúdo.

- “Criaturas inteligentes” é o que nos separa dentro do reino animal. Não vale pensar que Deus tem predileção pelo “QI”  humano.


III – UMA NECESSIDADE.

3.1 O Estado humano.

O estado humano é mostrado na Bíblia, de muitas formas. A primeira é com relação ao pecado dito “original” quando e por ele, todos pecaram. A segunda  é mostrada  pela crescente violência  nos primeiros anos de vida da criação (Gn.4:23 e Gn.6:5) piorando neste final de tempo e com certeza pela aproximação das pessoas e  rapidez de informações promovidas pela Internet ou “rede mundial de comunicação”.

Penso que o pecado sob as mais variadas formas, cresceu em práticas vergonhosas e em violência urbana.


3.2 Saulo de Tarso.

Temos aqui neste tópico um texto rico do autor e causa de muitas discussões e dúvidas principalmente em lares cristãos, cujos filhos ficam à perguntar: “Preciso nascer de novo ou a herança do exemplo deixado pelos pais me construiu?
                                                                                             
O autor usa a figura e vida de Saulo para mostrar que religião e vida religiosa não diplomam ninguém para o céu nem promove o Novo Nascimento que é o tema abordado.

Vamos falar dos nossos filhos.

Os filhos são santificados pelos pais, se permanecerem na obediência e em crescente amor a Cristo a exemplo de Timóteo.

(2Tm. 1:5)  Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.”.

“Estou certo que habita em ti.”.

O momento em que acontece o novo nascimento em nossos filhos é muito impreciso e nada tem a ver com o “levantar de mãos” naquele culto aquecido pela mobilização do povo sob o comando do pregador, salvo quando  a mensagem for inteiramente bíblica ou ‘cristocêntrica”  e sem emocionalismos. O gesto de ir à frente pode revelar que houve sim, o despertar pelo novo nascimento.

Considero que a ideia de que o filho de crente não é crente e que precisa aceitar Jesus é uma ideia muito subjetiva; costume nosso. Filho de crente é crente sim e quanto ao novo nascimento é algo pessoal que não cabe à terceiros, inferir-se na questão que é de ordem pessoal e íntima entre cada um e Deus.


3.3 O centurião Cornélio.

Eba! Que texto rico oferecido pelo autor.

Vale a pena fazer leitura dele em classe.

O que não vale? Institucionalizar a doutrina da eleição pelo pensamento de Calvino que Cornélio era um eleito e que Deus apenas cumpriu seu propósito de busca-lo.

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para o nosso ensino foi escrito”  (Rm.15:4).

Os emblemáticos casos como o de Cornélio e Saulo foram trazidos ao nosso conhecimento para mostrar que Deus está atento a cada passo do homem, tanto o bom quanto o ruim em termos de comportamento e que ama os que amam a justiça, exceto Saulo que se mostrou um abortivo tanto para a salvação como para o apostolado.

Deus promove meios para abençoar o homem e alcança-lo.

Sempre digo que as exceções de Deus não podem ser transformadas em regras por nós.

Ninguém pode ficar de fora do novo nascimento e querer considerar-se salvo. O novo nascimento é mostrado na vida das pessoas quando elas corajosamente rompem com a forma de viver segundo o mundo.

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LIÇÃO 07 - A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO






TEXTO ÁUREO
"Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." (Jo 3.7)



VERDADE PRÁTICA
Cremos na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo.






João 3.1-12
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 - Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 - Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 - Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 - Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 - Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
12 - Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?





INTRODUÇÃO


O tema da presente lição é de suma importância porque muitas pessoas estão equivocadas nas coisas concernentes à salvação, assim como Nicodemos também estava. As boas ações, um padrão de vida exemplar e até mesmo a prática de uma religiosidade sincera não conduzem ninguém à vida eterna. O diálogo de Jesus com Nicodemos, um líder religioso honesto e sincero, revela a necessidade do novo nascimento para entrar no Reino dos Céus.






I - UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO


1. Quem era Nicodemos? Muito pouco se sabe a respeito dele. Seu nome é grego e significa "vencedor do povo". Era fariseu, um príncipe do povo (Jo 3.1) e membro do sinédrio (Jo 7.50). Nicodemos viu em Jesus algo que não existe em nenhum dos seres humanos, mas ainda assim parece que não queria ser visto pelo povo conversando com o Mestre. Talvez isso justifique o fato de ter ido à noite se encontrar com o Senhor (v.2). Nicodemos nunca mais foi o mesmo depois desse encontro com Jesus (Jo 7.5119.39). Esse diálogo impressiona as pessoas ainda hoje, pois nele está o que consideramos ser o texto áureo da Bíblia (Jo 3.16).




2. Os fariseus. Representavam o povo e, apesar de serem minoria na sociedade pré-cristã, exerciam forte influência na comunidade judaica. Eram membros do sinédrio e tornaram-se inimigos implacáveis de Jesus. Esse grupo formava uma seita (At 15.5). O apóstolo Paulo declara que o grupo dos fariseus, ao qual Nicodemos pertencia antes de sua conversão, era a mais severa seita do judaísmo (At 26.5Gl 1.14Fp 3.5). Os Evangelhos estão repletos de provas do comportamento negativo dos fariseus e de suas hipocrisias. Tanto que a palavra "fariseu" tornou-se sinônimo de hipócrita e fingido, até os dias de hoje. Felizmente, Nicodemos era diferente deles (Jo 7.50,51).



3. Os sinais efetuados por Jesus. Pouco tempo depois das bodas de Caná da Galileia, Jesus retornou à Judeia, subindo a Jerusalém (Jo 2.13). Era a sua primeira aparição pública na capital quando Nicodemos lhe procurou. Nessa ocasião, Jesus operou muitos milagres e, "estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome" (Jo 2.23). Esses milagres atraíram Nicodemos. Talvez ele tenha se referido a esses feitos milagrosos quando se dirigiu a Jesus, pois disse que "ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele" (v.2).



SÍNTESE DO TÓPICO I
Nicodemos era um líder religioso bem-intencionado.






II - O NOVO NASCIMENTO


1. É necessário nascer de novo (v.7). Talvez Nicodemos esperasse uma resposta elogiosa como retribuição das boas e sinceras palavras ditas a Jesus. Mas ele se surpreendeu com a declaração do Mestre: "aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (v.3). O que essas palavras significam? Nascer de novo é nascer da água e do Espírito (v.5), e isso significa regeneração. É o início de uma nova vida, quando o pecador se torna nova criatura (2 Co 5.17) criada em Cristo Jesus (Ef 2.10). Trata-se de uma experiência profunda com Jesus, e não de mera mudança de religião.




2. Regeneração. O termo significa literalmente "gerar novamente" e só aparece duas vezes no Novo Testamento: a primeira no sentido escatológico (Mt 19.28), ao se referir à restauração de todas as coisas; e a outra como sinônimo de novo nascimento, cujo sentido é de salvação em Cristo (Tt 3.5). Isso significa ser gerado da semente incorruptível (1 Pe 1.23). Os reencarnacionistas costumam usar essa passagem para fundamentar a doutrina da reencarnação. Mas essa não é a questão aqui. Jesus deixou claro ao príncipe dos judeus: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (v.6). Jesus não está falando em renascimento nem em reencarnação; essas coisas nunca fizeram parte da tradição judaica.




3. A perplexidade de Nicodemos. Muita gente pensa que Deus está preocupado com religião. Mas essas pessoas estão enganadas, pois a vontade de Deus é a comunhão com as suas criaturas inteligentes. O problema é que existe uma barreira que se chama pecado (Is 59.2). Foi de Deus a iniciativa de comunicação com Adão logo após a Queda (Gn 3.8-10). Quando Deus mandou Moisés levantar o tabernáculo, manifestou o desejo de habitar no meio do seu povo (Êx 25.8). Por fim, Deus assumiu a forma humana, "e o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). O novo nascimento é a restauração da comunhão com Deus, e não significa seguir um conjunto de regras religiosas ou éticas. Isso estava muito longe da forma de pensar de Nicodemos e de muitos religiosos ainda hoje.





SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus afirmou a necessidade do novo nascimento.





III - UMA NECESSIDADE


1. O estado humano. A Bíblia ensina, e a experiência humana confirma, que todos os seres humanos estão mortos "em ofensas e pecados" (Ef  2.1). O ensino paulino sobre a universalidade do pecado veio diretamente do Senhor Jesus (Gl 1.11,12), e sua base está em muitas passagens do Antigo Testamento (Rm 3.10-12Sl 51.558.3). Nicodemos, como "mestre em Israel" (v.10), deveria estar inteirado sobre o assunto. Além disso, Jesus usou a linguagem bíblica ao lhe comunicar a necessidade do novo nascimento (Ez 11.1918.3136.26). Trata-se de uma necessidade imperiosa porque todas as pessoas estão mortas e precisam reviver, receber vida espiritual (vv.6,7). Precisamos de uma experiência nova com Cristo.



2. Saulo de Tarso. Ninguém no mundo nasce cristão; todos os seres humanos nascem pecadores (Rm 3.235.12). A salvação é individual e pessoal. Por isso, até mesmo aquele que nasceu num lar cristão, apesar do privilégio de ter sido criado num ambiente cristão e de ter recebido uma valiosa herança espiritual dos pais, precisa receber a Jesus como Salvador pessoal para se tornar filho de Deus (Jo 1.12). Ninguém é salvo simplesmente por pertencer a uma religião ou seguir a tradição de seus antepassados. Saulo de Tarso é um bom exemplo, pois ele mesmo declara ser extremamente religioso; e não um religioso qualquer, mas um praticante inveterado do judaísmo (At 26.5Gl 1.14Fp 3.5). Depois de sua experiência com Jesus, ele se considerou o principal entre os pecadores (1 Tm 1.15) e descreveu o seu estado de miséria diante de Deus igualando-se aos demais pecadores: "insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros" (Tt 3.3).
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3. O centurião Cornélio. Não existe salvação sem Jesus (Jo 14.6). Nicodemos e Paulo eram israelitas e professavam a religião dos seus antepassados, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, Davi e outros patriarcas, reis e profetas do Antigo Testamento. Mas Cornélio era romano e, mesmo assim, talvez por influência da religião judaica, era "piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus" (At 10.2). Observe que essas atitudes de Cornélio tinham a aprovação divina (At 10.4). Mas ninguém é salvo pelas obras (Gl 2.16). Por isso o apóstolo Pedro foi enviado para falar a Cornélio sobre a salvação em Cristo. A descrição bíblica da conduta de Cornélio se repete ao longo da história humana nas mais diversas culturas e civilizações. A conversão envolve fé, arrependimento e regeneração. A salvação é um dom de Deus mediante a fé em Jesus (Ef 2.8,9).




SÍNTESE DO TÓPICO III
O novo nascimento é uma necessidade para toda criatura.





CONCLUSÃO


Há ainda hoje muitas pessoas religiosas e sinceras como Cornélio e pessoas bem-intencionadas como Nicodemos, mas elas precisam nascer de novo, da água e do Espírito para herdarem o Reino de Deus. É nossa tarefa como cristãos e comunicadores do evangelho falar sobre a necessidade do novo nascimento não somente ao pecador contumaz, mas também aos muitos "Nicodemos" e "Cornélios" que estão à nossa volta.










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Referências

Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉAssim cremos, assim vivemos. Lição 07 – A necessidade do Novo Nascimento. I – Um líder religioso bem-intencionado. 1. Quem era Nicodemos? 2. Os fariseus. 3. Os sinais efetuados por Jesus. II – O novo nascimento. 1. É necessário nascer de novo. 2. Regeneração. 3. A perplexidade de Nicodemos. III – Uma necessidade. 1. O estado humano. 2. Saulo de Tarso. 3. O centurião Cornélio. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2017.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.


Aula ministrada pelo Dr. Ev. Caramuru Afonso Francisco 
 Acesse (www.portalebd.org.br)






Aula ministrada pelos professores da EBP EM FOCO





Aula ministrada pelo Professor Fábio Segantin
 Acesse (www.fabiosegantin.blogspot.com.br)





Aula ministrada pelo Pr. Agnaldo Betti - Pastor Supervisor da Assembleia de Deus em Campinas/SP





Aula ministrada pelos Professores da Igreja AD em Criciúma - SC
 Acesse (www.adcriciuma.com.br)





Aula ministrada pelo professor Dr. João Pereira
 (Acesse: http://jpresponde.blogspot.com.br/)





Aula ministrada pelos professores da Assembléia de Deus em Londrina. (Acesse:www.adlondrina.com.br)






Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)






Aula ministrada pelo professor Alberto







Aula ministrada pelo professor Janderson Nascimento







Aula ministrada pelo professor Dc Rosileudo Lima

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