“Porque Deus não nos deu espírito de covardia”. Isso confirma sua afirmação anterior (vs 6), pela qual Paulo prossegue insistindo com Timóteo a apresentar evidência do poder dos dons que recebera. Ele apela para o fato de que Deus governa seus ministros pelo espírito de poder que é o oposto do espírito de covardia. Daqui se conclui que eles não devem cair na indolência, mas que devem animar-se com profunda segurança e ardorosa atividade, e que exibam com visíveis resultados o poder do Espírito. Há uma passagem em Romanos (8.15) que, à primeira vista, se assemelha muito a esta; o contexto, porém, revela que o sentido é diferente. Ali, Paulo está tratando da confiança na adoção possuída por todos os crentes; aqui, porém, sua preocupação é especificamente com os ministros, e os exorta na pessoa de Timóteo a animar-se para dinâmicos feitos de bravura; pois o Senhor não quer que exerçam seu ofício com tibieza e langor, senão que avancem com todo vigor, confiando na eficácia do Espírito. Medita nessas coisas!
*Edições Paracletos, Pastorais - João Calvino (1509-1564).
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