Escola Bíblica Dominical: O nascimento de Jesus segundo o Evangelho de Mateus - Se Liga na Informação

09/01/2018

Escola Bíblica Dominical: O nascimento de Jesus segundo o Evangelho de Mateus

TEXTO DO DIA
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco)” (Mt 1.23).



A genealogia de José é apresentada em Mateus 1
“Ele era carpinteiro (Mt 13.55) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Ao saber que Maria estava grávida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um sonho foi informado por Deus que a concepção de Maria era divina e foi encorajado a se casar com ela. Para se registrarem e pagarem o imposto real, ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.27). Em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. A última participação de José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que José ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus. José não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido antes desse acontecimento” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1092).

A concepção de Jesus se deu por uma ação divina. Foi o resultado da ação direta do Espírito Santo sobre Maria, a serva do Senhor.

SÍNTESE
A concepção de Jesus se deu por uma ação divina. Foi o resultado da ação direta do Espírito Santo sobre Maria, a serva do Senhor.

INTERAÇÃO
Professor(a), caso ainda não possua, sugerimos que você crie um grupo no WhatsApp para os alunos de sua classe. O objetivo é facilitar a comunicação com os jovens, incentivá-los a estudar a lição ou esclarecer as dúvidas que possam surgir a respeito do estudo da lição. Provavelmente, os jovens de sua classe já utilizam o WhatsApp, assim não há como ignorar o valor desse recurso. Caso você não tenha afinidade com o aplicativo, indique ou deixe o grupo definir o líder do grupo. Procure colocar, no mínimo, duas pessoas na liderança do grupo para facilitar a comunicação. Você também poderá utilizar esse recurso para a divulgação do Texto do Dia, Síntese e o Texto Bíblico, comentários prévios a respeito do tema da lição, pedidos de oração, ação social, entre outras atividades.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Na próxima aula vamos abordar a respeito do batismo de Jesus. Sugerimos que solicite um(a) voluntário(a) para pesquisar a respeito das formas de batismo (infantil, adulto, imersão, entre outras formas) e apresentar nos últimos 10 minutos da próxima aula. Você deverá estar preparado(a) também com o conteúdo, no mínimo para duas situações: ausência do voluntário ou dúvidas durante sua apresentação. As aulas participativas produzem melhores resultados e comprometimentos dos participantes. Reserve pelo menos 5 minutos antes do final desta aula para definir o voluntário e dar as orientações sobre como vai ser conduzida a próxima aula. A apresentação não tem a intenção de formar nenhum especialista, mas oportunizar desenvolvimento de habilidades.

TEXTO BÍBLICO

Mateus 1.18-25.
18 — Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
19 — Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
20 — E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
21 — E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 — Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 — Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).
24 — E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,
25 — e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS.

INTRODUÇÃO
Os judeus convertidos ao cristianismo tinham dificuldades para se comunicar e relacionar com seus patrícios, praticantes do judaísmo, pois estes não aceitavam Jesus como o Messias prometido. Mateus busca o diálogo com os judeus a fim de demonstrar a relação entre Jesus e o Messias prometido nas Escrituras. Ele dá ênfase à figura do Salvador da humanidade, aquEle que implantaria o Reino dos Céus, mostrando que este Reino seria eterno e universal.

Nesta lição, estudaremos a respeito do casal que foi escolhido para serem os pais terrenos de Jesus. Também veremos como se deu a concepção sobrenatural do Messias.

I. MARIA, A ESCOLHIDA PARA SER A MÃE DE JESUS

1. Uma mulher daria à luz o Messias prometido.
Na época do nascimento de Jesus, entre os judeus, existia uma grande expectativa messiânica, pois acreditavam que o Messias os libertaria da opressão romana. As mulheres judias tinham a esperança de serem escolhidas para tamanha honra, de ser mãe da figura mais esperada de seu povo. Esta expectativa surgiu, principalmente, pela influência da literatura apocalíptica, que surgiu cerca de dois séculos antes de Jesus.

O texto messiânico mais expressivo para demonstrar essa realidade é Isaías 7.14-16, complementado por Isaías 9.1-6. Maria teve o privilégio de dar à luz o menino Jesus, o verdadeiro Messias, que Israel esperava. Assim, Maria foi a protagonista de uma das mais especiais promessas de Deus. Ela foi o instrumento pelo qual Deus se fez presente, morando junto com o seu povo (Emanuel).

2. Uma mulher escolhida para ser agraciada.
A igreja católica usa o termo “imaculada conceição” em referência a Maria. Esse termo é utilizado erroneamente por eles em uma referência à concepção da própria Maria. Segundo a crença católica, ela foi preservada da mancha do pecado original desde a sua concepção.

3. Uma mulher que diz sim para o plano divino.
Maria realmente foi agraciada em ser escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. Todavia ela estava na mesma condição de qualquer outro ser humano: separada de Deus. Portanto, totalmente dependente do ato salvífico de Cristo na cruz como qualquer um de nós. Paulo afirma em Romanos 3.10 que: “[...] Não há um justo, nem um sequer”. Este texto ratifica a dependência humana da salvação por meio de Cristo, incluindo Maria.

No plano de Deus, a virgem Maria estava destinada a ser a mãe do Cristo, o Messias e Salvador. Maria aceitou sem nenhuma restrição o convite de Deus feito por intermédio do anjo. Ela responde com firmeza, se colocando na posição de serva e se submetendo a tudo.

Pense!
José e Maria tiveram disciplina para manter o segredo divino e andar na vontade de Deus. Jovem, você tem essa disciplina?

Ponto Importante
Maria foi agraciada e escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. No entanto, não recebeu nenhuma autoridade para ser mediadora entre o ser humano e Deus.

II. JOSÉ, ESPOSO DA MULHER QUE CARREGOU JESUS EM SEU VENTRE

1. José um homem honrado e de bom caráter.
O casamento de José e Maria seguiu a tradição cultural judaica. O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem). Assim, José era obrigado a tornar público o fato de Maria ter engravidado antes do casamento ter sido consumado. Maria seria envergonhada, punida e o compromisso firmado entre eles seria desfeito. No entanto, orientado divinamente, José toma Maria como sua esposa. Mas ele somente conheceu Maria como esposa após o nascimento de Jesus. Isso mostra que José era um homem honrado, bondoso e obediente a Deus.



2. José une Jesus à tradição messiânica davídica.
No relato de Mateus, um anjo aparece a José em sonho. Essa forma de revelação faz referência à tradição dos patriarcas em relação à comunicação com Deus.

José também recebeu um papel próprio e importante no plano divino de salvação. Ele teve o privilégio de cuidar e educar o Filho de Deus. José educou Jesus segundo a tradição judaica. No entanto, isso não o torna “canônico” e com autoridade de intermediar, diante de Deus, benefícios para os seres humanos, como alguns creem.

A filiação de Jesus por intermédio de José lhe garante o título de “Filho de Davi”, ligando-o à tradição messiânica davídica. Jesus, como descendente de Davi é rei (Mt 1.1; 2.2). No entanto, o que confundiu os judeus, a ponto de cegá-los para que não aceitassem a Jesus como o verdadeiro Messias é que o seu Reino não era deste mundo, por isso, não visava a glória humana, mas sim a justiça e a bondade divina.

3. O filho de José é Rei de justiça e bondade.
O modelo imperial existente na época do nascimento de Jesus era exercido com o poder patriarcal irrestrito, tanto em Israel como nas demais nações. Mas Jesus propõe um governo com estruturas mais justas (Mt 11.25-27; 12.46-50).

Jesus, como Rei, fez uma releitura de alguns ícones do judaísmo, como por exemplo: das tradições já existentes (Mt 5.21-48), da vontade de Deus que era desde o começo (Mt 19.3-6), dos ensinamentos de Moisés (Mt 8.1-4), de Davi (Mt 12.3; 22.42-45) e dos profetas (Mt 9.10-13). Os líderes religiosos judeus, contemporâneos de Jesus, acreditavam que a justiça era baseada somente no cumprimento da Lei segundo suas interpretações e tradições. Então, Jesus questiona a falsa religiosidade e as práticas religiosas opressoras e enganosas desses líderes. Ele faz advertências rígidas contra o abuso de poder, a luxúria, o adultério, o divórcio, a avareza e a exploração dos pobres (Mt 5.27-32; 6.19-34; 19.3-12, 6-30). Assim, os valores e princípios do seu reino eram diferentes dos reinos terrenos.

Pense!
José, ao receber Maria grávida, a honrou e a conheceu somente após o nascimento de Jesus. Jovem, você teria essa disciplina?

Ponto Importante
As atitudes de José demonstravam que ele era um homem honrado e, junto com a jovem Maria, recebeu a glória e a responsabilidade de criar o Filho de Deus.

III. A CONCEPÇÃO VIRGINAL DE JESUS CRISTO

1. Um nascimento diferente dos relatos míticos.
Existem algumas alegações errôneas e não bíblicas de que a concepção virginal de Cristo foi baseado no relato de mitos pagãos, todavia Mateus afirma que Maria simplesmente “achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt 1.18).

2. A concepção virginal de Jesus.
 Para comprovar o plano divino do nascimento virginal, Mateus não recorre à mitologia e sim ao profeta Isaías: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14).

3. A origem divina de Jesus.
Quando se fala de concepção virginal, o que está em questão é a preservação da virgindade de Maria no processo da concepção. Mateus evidencia a origem divina de Jesus por meio da narrativa da concepção sem ação humana e unicamente pela ação divina, independente do casal escolhido para a missão de criar e educar o Messias prometido. Assim, Jesus é apresentado como o Messias divino no qual se cumpriram as profecias do Antigo Testamento.

Após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram vários filhos (Mt 13.55).

Pense!
Jovem, você já parou para pensar na humildade de Jesus. Como Deus Criador, se submeteu ser gerado no ventre de uma de suas criaturas?

Ponto Importante
As redes socais têm sido um meio eficaz utilizado por pessoas incrédulas, para contestar as doutrinas cristãs a respeito da concepção divina de Jesus. Todavia, também podem ser usadas para evangelizar, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador e o único caminho que nos conduz até Deus.

CONCLUSÃO
Aprendemos que Maria e José eram tementes a Deus e foram agraciados por Ele para serem os pais terrenos de Jesus. No entanto, eram pessoas comuns, pecadoras e desprovidas de poder para intermediação diante de Deus. Vimos também que a concepção de Jesus não está baseada em mitos, mas foi uma ação divina.

ESTANTE DO PROFESSOR
ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & Marcos: À luz do Novo Testamento Grego. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011.

HORA DA REVISÃO

1. O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem)?
O marido tinha o direito de anular o casamento caso fosse comprovado que a jovem não era mais pura (virgem).

2. Qual título é atribuído a Jesus devido a sua filiação por meio de José?
A filiação de Jesus por intermédio de José lhe garante o título de “Filho de Davi”.

3. Contra quais práticas dos líderes religiosos judaicos Jesus faz advertências rígidas?
Jesus fez advertências rígidas contra o abuso de poder, a luxúria, o adultério, o divórcio, a avareza e a exploração dos pobres.

4. Como podemos refutar biblicamente a alegação de que a concepção de Jesus foi baseada nos relatos de mitos pagãos?
Mostrando que Mateus afirma que Maria simplesmente “achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt 1.18).

5. Como Mateus evidencia a origem divina de Jesus?
Mateus evidencia a origem divina de Jesus por meio da narrativa da concepção sem ação humana e unicamente pela ação divina, independente do casal escolhido para a missão de criar e educar o Messias prometido.

SUBSÍDIO I
“Não há nenhum justo sequer (Rm 3.10-12).

A partir deste verso o autor faz vários recortes do Antigo Testamento, chamando assim, a escritura judaica para testemunhar a culpa universal, tanto de judeu como dos gentios. Inicia citando Salmos 14.1-3 para demonstrar que toda humanidade estava corrompida pelo pecado. Paulo não traz algo novo, mas busca do próprio texto sagrado para os judeus, em que se diziam mestres e conhecedores. Todavia, faltava a eles uma correta interpretação das escrituras. [...] O apóstolo indiretamente já havia afirmado a culpabilidade universal, mas aqui, embasado pelo Antigo Testamento, enfatiza que ninguém consegue ser justo por si mesmo, pois a natureza humana é má. Por isso, é preciso entender que ninguém é melhor do que o outro e que a alternativa para o bem-estar da humanidade é adotar uma posição de humildade e misericórdia. O único que foi justo por mérito próprio foi Jesus, e Ele não se considerou superior, nem desprezou as pessoas por isso. Pelo contrário, Cristo tratou as pessoas como iguais, incluindo os que eram considerados excluídos no seu convívio” (NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: Um Estudo da Doutrina da Salvação na Carta aos Romanos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015, p.42).

SUBSÍDIO II
“A genealogia de José é apresentada em Mateus 1. Ele era carpinteiro (Mt 13.55) que vivia em Nazaré (Lc 2.4). Mas, como descendente de Davi, sua casa ancestral estava em Belém. Estava noivo de Maria na época em que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Ao saber que Maria estava grávida, quis evitar que ela fosse exposta à vergonha pública, embora cogitasse divorciar-se e despedi-la secretamente. Mas em um sonho foi informado por Deus que a concepção de Maria era divina e foi encorajado a se casar com ela. Para se registrarem e pagarem o imposto real, ele e Maria foram a Belém, onde Jesus nasceu. José é mencionado juntamente com Maria e Jesus na visita dos pastores (Lc 2.16) e na apresentação de Jesus no Templo (Lc 2.27). Em um sonho, Deus instruiu José a fugir da ira de Herodes, ir para o Egito, e lá permanecer durante algum tempo. A última participação de José é mencionada no evento dos Evangelhos relacionado com a visita feita à festa anual em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos de idade (Lc 2.41-52). Ele não foi incluído com Maria e seus filhos em Mateus 12.46-50. Embora João 6.42 possa indicar que José ainda tivesse vivo durante parte do ministério de Jesus. José não aparece na crucificação quando Jesus entregou sua mãe aos cuidados do apóstolo João (Jo 19.26,27), portanto podemos concluir que José havia morrido antes desse acontecimento” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1092).





INTRODUÇÃO

Embora endereçado a todas as nações, o Evangelho de Mateus tem como objetivo apresentar as reivindicações de Cristo ao povo judeu. O autor com prova que Jesus de Nazaré é o Messias e o Rei prometido no Antigo Testamento, e que o Cristianismo é o fiel cumprimento da Antiga Aliança. A matéria de M ateus centraliza-se no tema “O Rei e seu Reino”. Depois de descrever a descendência terrestre do Rei (1.1-17) e sua origem divina (1.18-25), o escritor conta-nos como o mais ilustre representante da casa de Davi é recebido pelas várias classes sociais. 

 I. MARIA , A ESCOLHIDA PARA SER A MÃE DE JESUS

Maria foi escolhida por Deus para protagonizar o papel mais importante que uma mulher poderia receber. Foi uma missão singular e única na história das mulheres em todos os tempos. Ela recebeu a missão de ser mãe de Jesus Cristo, o Verbo, que “[...] se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Em seu ventre, ela acolheu, sob a graça do Espírito Santo, aquEle que veio ao mundo para salvar a humanidade perdida.
1. Uma mulher dará luz o Messias prometido. Quem era Maria ?   O nome de Maria era muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã. Na septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, o nome original é Manam. Ela era da linhagem real, descendente do rei Davi. Mateus registra a genealogia de Jesus, dizendo: "Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão" (Mt 1.1). O texto prossegue até o versículo quinze que diz: "e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar gerou a Mata, e Mata gerou a Jacó, e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo" (Mt 1.15,16). 

Ela era virgem. O anjo Gabriel foi o enviado especial da parte de Deus à cidade de Nazaré , "a uma virgem", cujo nome era "Maria" (Lc 1.26,27). Naqueles tempos, a virgindade física de uma jovem era um valor de grande significado espiritual e moral (Is 62.5). José não teve relações com ela até que Jesus nascesse. A concepção de Jesus, portanto, foi divina, virginal e santa (Mt 1.25). Sua virgindade era indispensável para o cumprimento da profecia de Isaías (7.14), 760 anos antes de Cristo (Mt 1.22,23).  O Antigo Testamento traz uma referência a quem viria a ser a mãe de Jesus. O Messias viria da linhagem de Davi, nasceria de uma virgem (Isaías 7:14), que seria de Belém (Miquéias 5:2).

Uma jovem de linhagem real. Mateus registra a genealogia de Jesus dizendo: “Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão [...]” (Mt 1.1,6). Essa é a ponta inicial da linhagem real que vincula Maria a Davi. Os judeus tinham consciência de que o Cristo viria da descendência de Davi (Jo 7.41,42). Paulo citou que Jesus “[...] nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3; Gl 4.4; 2Tm 2.8). Assim sendo, como Jesus nasceu do ventre de Maria, ela era da descendência de Davi (LIMA, 2017, p. 115). Em Mateus são citados os antepassados de José, enquanto em Lucas são dados os dos antepassados de Maria. Tanto Maria como José eram descendentes de Davi e a prova disso é que ambos, quando do edito de César para o recenseamento foram se registrar em Belém, cidade de Davi. Ora, se Maria não fosse descendente de Davi, ela teria tido que se recensear em outra cidade. “E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus [...]” (Mt 1.16). 

2. Uma Mulher escolhida para ser agraciada Com certeza havia muitas jovens virgens de boa reputação naquela época, que viviam em Belém. Mas Deus, escolheu-a, e Maria foi agraciada, ou seja, recebeu o privilégio de dar à luz ao salvador do mundo.
Maria foi a única mulher no mundo que teve uma concepção que não envolveu a semente do homem contaminada pelo pecado, protagonizando assim o papel mais importante que uma mulher poderia receber em toda a sua vida (Mt 1.20; Lc 1.31,34; ver Is 7.14; 9.6). Foi uma missão singular e única na história das mulheres em todos os tempos (Lc 1.42). Ela recebeu a missão de ser mãe de Jesus, o Verbo que “se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). 

Em seu ventre, ela acolheu, de forma singular, aquele que veio ao mundo para salvar a humanidade perdida. Ela não foi concebida sem pecado, como ensina o catolicismo romano, mas concebeu Jesus sem pecado, por ter sido gerado pelo Espírito Santo, e não pelo processo natural (Maria tinha um coração humilde. Quando ela foi visitada pelo anjo, ficou perturbada com a saudação dele (Lucas 1:29) mas aceitou o seu papel. Ela louvou a Deus com um cântico, considerou-se uma serva, literalmente escrava (Lucas 1:48). Ela demonstrou uma atitude de submissão. A palavra indica que ela recebeu graça e não que ela era fonte de graça para outros.

3. Uma mulher que diz sim para o plano divino.  Pense comigo: “Precisamos entender que o casamento dentro da cultura judaica era diferente do casamento da nossa cultura ocidental. O termo "desposada" era uma promessa de casamento, tipo um contrato, e funcionava como um noivado e tinha duração de um ano, mas na prática, o homem e a mulher já estavam comprometidos. No entanto, não eram unidos sexualmente. O ato sexual só viria a ser concretizado quando eles se casassem. Por esse motivo, a Palavra de Deus diz que Maria era uma virgem "desposada", isto é, em vias de se casar, mas ainda não casada e, portanto, virgem! Tanto que depois, quando o anjo lhe diz a respeito de conceber um filho, ela questiona a possibilidade do ato: "— Isso não é possível, pois eu sou virgem!" (Lc 1.34).” ao compreender  mensagem do anjo e o proposito da mesma ela disse sim para o plano divino (Lc 1.38 ).

Maria “bendita [...] entre as mulheres” (Lc 1.42)nunca reivindicou glória para si e nem para seu nome. Muito pelo contrário, ela considerou-se “serva” e também carente de salvação (Lc 1.47). Ao receber a mensagem do nascimento de Jesus, ela exclamou: “[...] Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38). Nas páginas do NT humildade é o termo “tapeinos” que significa: “ausência completa de orgulho, rebaixamento voluntário por um sentimento de fraqueza ou respeito, modéstia, pobreza”. É o mesmo que ausência de orgulho, soberba ou vaidade (Mt 11.29; Lc 1.52; Rm 12.16; 2Co 7.6; Tg 4.6; 1Pe 5.5). 

Deus: “dá graça aos humildes” (Tg 4.6; 1Pe 5.5), e “eleva os humildes” (SI 147.6). Maria recebeu todas as promessas acerca do nascimento, ministério e reinado espiritual de Jesus. Mas todas aquelas informações eram espantosas para uma simples jovem como ela. No entanto, Deus a havia escolhido para ser a mãe do Salvador, aquela a quem Jesus, o Filho de Deus, obedeceria e honraria aqui na terra. Ela seria responsável pela criação e educação do Salvador da humanidade! Maria foi agraciada mais do que todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser a mãe de Jesus.

 A benção de Maria, por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e sofrimento, uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a chamada de Deus sempre envolve benção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso e desilusão" Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 1995, p.1501. “... cumpra-se em mim segundo a tua palavra”(Lc 1:38). Para fazer a vontade de Deus há um preço a cumprir. Sempre foi assim ao longo da história da igreja àqueles que ergueram a bandeira de obediência ao Senhor Deus. Maria arriscou tremendo reveses em sua vida quando se propôs em fazer a vontade do Senhor: ser a Mãe do Salvador do mundo, o Messias. 



II. JOSÉ, ESPOSO DA MULHER QUE CARREGOU JESUS EM SEU VENTRE

Muito pouco se sabe sobre a vida de José. Seu nome só é mencionado nas narrativas sobre o nascimento de Jesus, em Mateus 1 e 2 e Lucas 1 e 2, bem como na árvore genealógica, em Lucas 3.23. Gardner (1999, p. 382) diz que: “a ausência do nome de José em Mateus 13.55 e João 2.1, passagens onde se esperaria que estivesse presente, implica que ele já havia falecido quando Jesus iniciou seu ministério público ou logo depois (Lc 3.23)”. Abaixo destacaremos algumas informações sobre este personagem:

2.1 Nome. O nome José vem de uma palavra hebraica que significa: “Yahweh acrescentará” ou então “que Yahweh adicionará” (CHAMPLIN, 2004, p. 591). José era um nome comum entre os hebreus (Nm 13.7; Ed 10.42; At 1.23; 4.36). Talvez, este nome foi dado fazendo alusão ao grande patriarca José, o filho de Jacó, já que era comum na cultura hebraica colocar nome nos filhos em homenagem aos antepassados (Lc 1.60,61).

2.2 Família. O texto bíblico nos informa que José estava noivo de uma moça chamada Maria (Mt 1.18; Lc 1.27) e que ele pertencia à “Casa e família de Davi” (Lc 2.4), a linhagem do Messias (2 Sm 7.12,16). José foi o pai adotivo e não biológico de Jesus (Mt 1.22-25). No entanto, com Maria, após o nascimento de Jesus (Mt 1.25) ele teve filhos, a saber:Tiago, José, Simão, Judas e algumas filhas (Mt 13.55; Mc 3.31; Lc 8.19; Jo 2.12; 7.3,5,10; At 1.14; Gl 1.19).

2.3 Profissão. José era um carpinteiro (Mt 13.55), um ofício que provavelmente ensinou a Jesus (Mc 6.33). Os carpinteiros eram operários especializados em madeira. José também era um homem de condição humilde. Isto fica claro pelo sacrifício que ofereceu a Deus, na ocasião em que levou Jesus ao templo para ser apresentado ao Senhor (Lv 12.1-8; Lc 2.24).

2.4 Lugar de origem. Embora fosse da tribo de Judá, da cidade de Belém, José não residia em Judá, pelo contrário, era de Nazaré uma aldeia da Galiléia (Lc 2.4,39), como também o menino Jesus (Lc 4.16). Foi ali que o anjo anunciou a Maria o nascimento do Messias (Lc 1.26-28). Após esta família ter passado algum tempo no Egito, eles voltaram a Nazaré (Lc 4.14). Posteriormente, Jesus ensinou na sinagoga de Nazaré (Mt 13.54; Lc 4.15). A associação de Jesus com a localidade o fez ser conhecido como Nazareno (Mt 2.23; Lc 18.37; 24.19; 2.22). (rbc1.https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/baixar-L
licao/cod/494&ved=2ahUKEwjVxc2Osc7YAhURPJAKHTFfD6wQFjAAegQIDxAB&usg=AOvVaw0A4OabC0E3gyNrfLHpnAGb).

III. A CONCEPÇÃO VIRGINAL DE JESUS CRISTO

A concepção singular e o nascimento do Filho de Deus:
I. Este foi o único nascimento em que o bebê já existia antes (Jo 8.58).
II. Este foi o único nascimento em que nenhum pai terreno esteve envolvido (Lc 1.35).
III. Este foi o único nascimento em que a mãe era uma virgem (Lc 1.34).    
IV. Este foi o único nascimento em que Deus tomou para si mesmo um corpo humano (Jo 1.14).

As Escrituras afirmam explicitamente (Lc 1.34) que Maria era virgem - que ela não tivera um relacionamento sexual com nenhum homem. A Bíblia também afirma (Mt 1.25) que Jose e Maria não se relacionaram sexualmente até que Cristo nascesse. Com isso, se é impossível que um espermatozoide humano estivesse dentro do corpo de Maria, e, se Jesus era genética e, portanto, biologicamente do gênero masculino, a descendência clonal da Sua mãe simplesmente não é possível. Resta-nos apenas mais uma possibilidade.

Tanto Mateus (1.18-25) quanto lucas (1.30-35) afirmam que Jesus Cristo foi concebido por ação do Espírito Santo de Deus, sem a intervenção de um pai humano, e, assim, nasceu de uma virgem, Maria. Em razão disso, afirmamos que Jesus nasceu de uma virgem, ou, para ser exato, foi concebido no ventre de uma virgem.
Em Mateus e também em Lucas a ênfase está no poder e na atividade do Espírito Santo com vistas ao nascimento de Jesus. É isto, e não a inexistência de um pai humano, e tampouco a cooperação da virgem mãe, que é ressaltado por eles. De sua mãe, Jesus nasceu como homem, mas pelo ato criador do Espírito esta sua humanidade é uma nova humanidade, o ponto de partida de uma nova raça.

Alguém poderia dizer que isso teria sido possível sem o nascimento de uma virgem, mas a evidência bíblica indica que esse milagre foi o meio que Deus encontrou para trazer o seu Filho ao mundo. Não nos é dada nenhuma explicação sobre a fisiologia da encarnação; apenas se afirma que foi por ação do Espírito que Maria engravidou. Na verdade, isso é tudo que pode ser dito, pois o que nos interessa, neste caso, é a entrada do Deus infinito em sua criação, e isto é algo que não pode ser descrito, da mesma forma como o próprio ato da criação não pode ser descrito.

Por outro lado, não se pode rejeitar o nascimento de uma virgem simplesmente porque é um milagre. O milagre supremo é a encarnação como tal, e, se podemos aceitar este milagre, não deveria haver maiores dificuldades para aceitar o meio pelo qual Deus decidiu efetuá-la.

CONCLUSÃO 

 O nascimento de Jesus significava boas novas de alegria para todo o povo. O nascimento de Jesus não se tratava, portanto, de um evento sem nexo com a história bíblica. Foi um fato que aconteceu na plenitude dos tempos e testemunhou o cumprimento das promessa de Deus (Gl 4.4). Como vimos Em Mt 1.18 -25, Mateus conta a história que antecede o nascimento de Jesus. embora os atos de Deus estivessem além da sua compreensão, e tivessem que enfrentar olhares questionadores e mal entendidos dos que os cercavam, Maria e José estavam dispostos a seguir a orientação divina. Será que também estamos dispostos a fazer o que Deus mandar, seja qual for a sua vontade ? Será que podemos obedecer à orientação de Deus sem questionar? 

OBRAS CONSULTADA

Comentário  Bíblico Matheus  o Evangelho do Rei
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.653).
Comentário aplicação Pessoal Novo Testamento  Vol. 1
Comentário Bíblico Popular Versículo Por Versículo


Resumo da Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Jovens da CPAD, pastor Natalino das Neves.








Aula ministrada pelo Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)







Aula ministrada pelo professor Ramon Miranda








Aula ministrada pelo Pr. Moisés Câmara









Aula ministrada pelo Pastor Agnaldo Betti









Aula ministrada pelo professor do canal no youtube Moldado








Aula ministrada pelo Evangelista Juninho Espírito Santo









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