ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: ARREPENDIMENTO E FÉ PARA A SALVAÇÃO - Se Liga na Informação





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: ARREPENDIMENTO E FÉ PARA A SALVAÇÃO

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.37-41

OBJETIVO GERAL - Explicar que o arrependimento é o primeiro passo para receber, pela fé, a graciosa salvação de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar que o arrependimento, mediante a ação do Espírito é uma mudança essencial para receber a salvação de Deus;
Explicar que a fé salvífica é um dom de Deus;
Compreender que o arrependimento e a fé são as respostas do homem à salvação.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da fé salvífica e do arrependimento. Veremos que fé para a salvação é implantada em nossos coração? e pelo Espírito Santo a fim de que venhamos a receber a dádiva da salvação. Deus deseja que todos sejam salvos, contudo é necessário fé e arrependimento. Primeiro, o Espírito Santo faz nascer no coração do homem incrédulo a fé em Jesus e no seu sacrifício vicário. Depois, o mesmo Espírito nos convence dos nossos pecados, do juízo e da justiça de Deus, gerando o arrependimento. Então, é importante, no decorrer da lição, enfatizar que para fazer parte do Reino de Deus é necessário fé e arrependimento.

PONTO CENTRAL - Fé e arrependimento são essenciais para se fazer parte do Reino de Deus.

A DOUTRINA DA FÉ SALVÍFICA - Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD
Fé não é crer sem provas — ela é baseada na maior de todas as provas: a Palavra de Deus. A fé é um fato, mas também um ato (Tg 2.17,26; Mt 17.20); manifesta-se por ações, por obras — “como um grão de mostarda”. Há dois aspectos da fé: ativo e passivo. A fé ativa diz respeito a nosso viver, nosso agir, nosso trabalhar para Deus. Já a passiva se relaciona com a fidelidade do crente ao Senhor e sua firme perseverança.
Como a fé salvífca se manifesta. A fé salvífica tem a ver com o pecador em relação a Deus (Ef 2.8,9; Ato 16.31), pois “... sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galar- doador dos que o buscam” (Hb 11.6).
A pergunta que o jovem rico devia ter feito, em Mateus 19.16, seria: “Em quem devo crer para ser salvo?”, e não “Que devo fazer para me salvar?” Salvação não é o que eu devo fazer, mas em quem devo crer para me salvar (Ato 16.31).
Em Romanos 10.9,10 está escrito: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”. De acordo com a passagem acima, o pecador confessa a Cristo e crê nEle como Senhor e Salvador — rende-se a Ele (Jo 9.38; Rm 4.3).
A fé natural. E a fé “da cabeça”, natural, que não resulta em salvação. A Palavra de Deus diz que até os demônios crêem que há um só Deus e estremecem diante de tal fato (Tg 2.19). A fé que Tomé teve, inicialmente, foi meramente “da cabeça”. Daí Jesus lhe ter dito: “Porque me viste, Tomé, creste” (Jo 20.29a). Isso também aconteceu com Marta:
Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? (Jo 11.24,40).
Uma pessoa pode, por conseguinte, crer só com a mente, e não com o coração. A fé natural — também chamada de “pensamento positivo” — é de grande utilidade nas relações humanas, mas inoperante e sem valor para a salvação.
A defesa da fé. Textos como 2 Timóteo 4.7 e Filipenses I.16 mostram que o crente deve defender a sua fé nesse mundo de tanta confusão e antagonismo quanto à fé. O apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate (...) guardei a fé”. Isso significa que devemos viver pela fé cada dia, sem esmorecer, defendendo o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. A fé deve ser conservada, pois é essencial à vida cristã (Rm 1.17; Gl 2.20; 2 Pe 1.5; Hb 11.6).
Outras expressões da fé. A significação do termo “fé” varia, no Novo Testamento. Em Gálatas 5.22, ela é uma das virtudes do fruto do Espírito, expressando fidelidade. Há ainda outras expressões da fé: um dom do Espírito (I Co 12.9), o evangelho completo (2Tm 4.7), a confiança absoluta em Deus, como proteção ou “escudo” (Ef 6.17), além de uma fé que santifica (Fp 3.9).

A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO
A fé se relaciona com Deus; o arrependimento, com o pecado. O arrependimento, pois, é uma doutrina básica quanto à salvação (Mt 3.2; 4.17; Lc 13.3; Mc 6.12). Foi por isso que Jesus ordenou que “em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47).
O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado; contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conversão do pecado. Se essas cinco reações por parte do homem não ocorrerem, não se trata de arrependimento verdadeiro, completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Co 7.10).

Para que o homem não se glorie, o verdadeiro arrependimento é obra de Deus (Ato 5.31; 11.18; 2 Tm 2.25; Rm 2.4). Até o abrir do coração do pecador para o evangelho vem de Deus: “E certa mulher, chamada Lídia (...) nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” (Ato 16.14). Isso ocorre pela exposição da Palavra de
Deus, que conduz a pessoa ao arrependimento, sendo ela crente ou não (Ato 2.37,38,41; Jn 3).

Uma das características sempre presente nos verdadeiros avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o arrependimento profundo.
O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de Deus e de suas coisas. Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de Deus; e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP1
"O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma 'virada contra' (o arrependimento) e uma 'virada para' (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv ('virar para trás', 'voltar') e nicham ('arrepender-se', 'consolar'). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de Deus (1 Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para Deus. A pessoa também pode desviar-se do bem ou desviar-se do mal, isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas as palavras transmitem a ideia de arrependimento. 
O Novo Testamento emprega epistrephõ no sentido de 'voltar-se' para Deus e metanoeõ/metanoia para a ideia de 'arrependimento' (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoe? para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.
Embora o arrependimento por si só não possa salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. Deus 'anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam' (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era 'Arrependei-vos'. Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 368).

CONHEÇA MAIS TOP1 - Arrependimento
"Quando os olhos dos pecadores são abertos, não podem sentir senão remorsos no coração por causa do pecado, e uma grande inquietude interior. O apóstolo exorta o povo a arrepender-se de seus pecados e confessar abertamente sua fé em Jesus como o Messias, e ser batizados em seu nome. Assim, pois, professando sua fé nEle, receberia a remissão de seus pecados, e participaria dos dons e das graças do Espírito Santo." Leia mais em "Comentário Bíblico" de Matthew Henry, CPAD, p.888.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2 - Fé
"Entre as declarações bíblicas sobre o assunto, esta é a fundamental: 'Abraão creu [heb. 'man], no senhor, e foi lhe imputado isto por justiça' (Gn 15.6). Moisés ligou a rebelião e desobediência dos israelitas à sua falta de confiança no Senhor (Dt 9.23,24). A infidelidade de Israel (Jr 3.6-14) forma um nítido contraste com a fidelidade de Deus. A fé abrange a confiança. Podemos 'depender' do Senhor ou nEle 'fiar-nos' (heb. batach) com confiança. Quem assim fizer será bem-aventurado (Jr 17.7). Alegramo-nos porque podemos confiar no seu nome (Sl 33.21) e no seu amor inabalável (Sl 13.5). Podemos também 'refugiar-nos' (heb. casah) nEle, conceito este que afirma a fé (Sl 18.30). 
No Novo Testamento, o verbo pisteu? ('creio, confio') e o substantivo pistis ('fé') ocorrem cerca de 480 vezes. Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado exclusivamente para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência) em Deus (Rm 4.24), em Cristo (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de Cristo (Jo 1.12). Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a fé não é 'um salto no escuro'. 
Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a Deus (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em Deus e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de Deus fiel. É o nosso sangue espiritual (Gl 2.20)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 369,370).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
"Não podemos, obviamente, exercer a fé salvífica à parte da capacitação divina. Mas ensina a Bíblia que, quando cremos, estamos simplesmente devolvendo o dom de Deus? Seria necessário, para protegermos o ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé somente, insistir que a fé não é realmente nossa, mas de Deus? Alguns citam determinados versículos como evidências em favor de semelhante opinião. J. I. Packer diz: 'Deus, portanto, é o autor de toda a fé salvífica (Ef 2.8; Fp 1.29)'. H. C. Thiessen afirma que há 'um lado divino da fé, e um lado humano', e então declara: 'A fé é um dom de Deus (Rm 12.3; 2 Pe 1.1) outorgado sobrenaturalmente pelo Espírito de Deus (1 Co 12.9). Paulo diz que todos os aspectos da salvação são um dom de Deus (Ef 2.8), e por certo a fé está incluída aí' (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 370).

PARA REFLETIR - A respeito de arrependimento e fé para a salvação, responda: 
O que significa arrependimento no Antigo Testamento?
No Antigo Testamento, arrependimento significa mudança de ideia ou de propósito, no sentido de abandonar o pecado, voltando-se para Deus de todo o coração, alma e força. 

Qual é a ação do Espírito Santo no arrependimento do ser humano?
O Espírito Santo opera o arrependimento na conversão do ser humano (Jo 16.8). Somente Ele pode conhecer e esquadrinhar profundamente o coração do homem, e os que estão abertos ao seu mover podem perceber as situações que precisam de confissão sincera diante de Deus. 

O que é a fé natural?
É a aceitação intelectual de certas verdades acerca de Deus, mas não acompanhada por um compromisso com o Evangelho (Tg 2.17). 

O que é a fé salvífica?
É uma atitude do intelecto e do coração para com Deus em que o homem abandona a vida de pecado para confiar exclusivamente na obra salvadora de Cristo na cruz. Logo, a fé salvífica não consiste somente em crer em algumas coisas, mas confiar na pessoa de Cristo. Ela é um dom de Deus

Qual é a abrangência do arrependimento?
O arrependimento faz parte do processo de conversão e abrange o ser humano por inteiro: o intelecto (Mt 21.29), as emoções (Lc 18.13) e a vontade (Lc 15.18,19).

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 72, p40.


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