ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO - Se Liga na Informação





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO

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TEXTO ÁUREO

"Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher." Sl 25.12


VERDADE PRÁTICA

O projeto primário de Deus foi salvar a humanidade. Todavia, de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


João 3.14-21
14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 - para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 - Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 - Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fi m de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.

HINOS SUGERIDOS: 27,41, 124 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

Na cruz do Calvário, Jesus Cristo ofereceu a salvação indistinta e gratuitamente para todos os seres humanos (Ap 22.17). Por decisão pessoal, e liberdade individual, os que recebem a oferta de salvação são destinados à vida eterna, pois o Pai quer que todo homem se salve e que ninguém se perca (2 Pe 3.9).

I - A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA


1. A eleição de Israel.
A eleição no Antigo Testamento tem um significado mais específico que no Novo Testamento. Exemplo disso é o chamado de Abraão e sua descendência, que mais tarde formariam a nação de Israel. Deus chamou o patriarca e lhe fez promessas (Gn 12.1-3). Livre e espontaneamente, o "amigo de Deus" respondeu positivamente ao chamado. Entretanto, diante dele havia a possibilidade de não atender a essa convocação. Nesse sentido, é importante ressaltar que a eleição de Israel (Is 51.2; Os 11.1) é específica e pontual. Deus tinha um propósito de enviar o Salvador ao mundo por intermédio da nação judaica. Por ser pontual, específica e coletiva, a eleição de Israel não pode ser usada como base para fundamentar a salvação individual do crente, nem mesmo dos judeus, no sentido de Deus decretar uns para a vida eterna e outros para a eterna danação. Além do mais, por meio do livre-arbítrio que Deus deu a Israel, a nação chegou a perder algumas bênçãos prometidas porque se rebelou contra o Senhor e desobedeceu à sua ordem (Jr 6.30; 7.29). Segundo o apóstolo Paulo, isso nos serve de exemplo a fim de não repetirmos os mesmos erros do povo de Deus do Antigo Testamento (1 Co 10.6,11).

2. A eleição para a salvação.
A eleição divina é o ato pelo qual Deus chama os pecadores à salvação em Cristo e os torna santos (Rm 8.26-39). Essa eleição é proclamada por meio da pregação do Evangelho (Jo 1.11; At 13.46; 1 Co 1.9), pois o Altíssimo deseja que todos sejam salvos, respondendo afirmativamente ao seu chamado para a salvação (At 2.37; 1 Tm 2.3,4; 2 Pe 3.9). Entretanto, as Escrituras mostram claramente que quem crer será salvo, mas quem não crer será condenado (Mc 16.16).

3. A presciência divina.
Presciência é a capacidade de Deus saber todas as coisas de antemão (At 22.14; Rm 9.23) e de interferir na história humana (Ne 9.21; Sl 3.5; 9.4; Hb 1.1-3). Ele é soberano (Jó 42), provedor (Sl 104) e sabe quem responderá positivamente ao convite de salvação (Rm 8.30; Ef 1.5). Deus proveu o meio de salvação para todas as pessoas, mas nem todas atenderão ao seu convite. Em sua soberania e presciência, estamos sob os seus cuidados, mas paradoxalmente, também desfrutamos do livre-arbítrio que Ele nos deu, o que aumenta mais a responsabilidade humana de obedecer à sua vontade (Rm 11.18-24).

II - ARMÍNIO E O LIVRE-ARBÍTRIO


1. Breve histórico de Jacó Armínio.
Jacó Armínio (*1560 +1609) nasceu na Holanda, foi pastor de uma igreja em Amsterdã e recebeu o título de doutor em teologia pela Universidade de Leiden. Tendo sido envolvido numa disputa calvinista, desenvolveu uma tese bíblica a partir dos primeiros Pais da Igreja, que foi denominada de Arminianismo. Sua principal característica é a defesa do livre-arbítrio humano. Por esse posicionamento, enfrentou forte oposição, perseguição e falsas acusações por parte dos teólogos calvinistas. Entretanto, esse teólogo holandês sempre apresentou uma postura tolerante e não combativa, embora convicto de suas opiniões.

2. O livre-arbítrio.
O livre-arbítrio é a possibilidade que os seres humanos têm de fazer escolhas e tomar decisões que afetam seu destino eterno, especificamente se tratando da salvação. Isso quer dizer que cabe a cada um deixar-se convencer pelo Espírito Santo para ser salvo por Jesus ou não, embora Deus dê a todos a oportunidade da salvação. No Jardim do Éden, o Criador outorgou o livre-arbítrio ao homem (Gn 2.16,17); a Israel deu também essa prerrogativa (Dt 30.19); e à humanidade o Altíssimo possibilitou escolha entre o caminho da salvação ou o da perdição (Mc 16.16).

3. O livre-arbítrio na Bíblia.
Deus nos criou à sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Logo, por Ele ser naturalmente livre, também seus filhos possuem a faculdade de escolherem livremente. Por isso, o Criador sempre incentivou a nação a escolher o caminho da vida (Dt 30.19-20). Assim, segundo as Escrituras, se em Adão todos são predestinados para a perdição, em Cristo, todos são predestinados para a salvação: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1 Co 15.22; cf. Jo 1.12), pois "se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo" (Rm 10.9).

III - ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE-ARBÍTRIO


1. A eleição divina.
A eleição é uma escolha soberana de Deus (Ef 1.5,9) que tem como objeto de seu amor todos os seres humanos (1 Tm 2.3,4). Não é uma obra que leva em conta o mérito humano, mas que é feita exclusivamente em Cristo (Ef 1.4). Em Jesus, Deus nos elegeu com propósitos específicos: para pertencermos a Cristo (Rm 1.6; 1 Co 1.9); para a santidade (Rm 1.7; 1 Pe 1.15; 1 Ts 4.7); para a liberdade (Gl 5.13); para a paz (1 Co 7.15); para o sofrimento (Rm 8.17,18); e para a sua glória (Rm 8.30; 1 Co 10.31).

2. Escolha humana e fatalismo.
A graça comum (Rm 5.18) é estendida a todos os seres humanos, abrindo-lhes a oportunidade para crerem no Evangelho, o que descarta a possibilidade de a eleição ser uma ação fatalista de Deus - Fatalismo: acontecimentos que operam independentemente da nossa vontade, e dos quais não podemos escapar. Ora, a eleição de Deus não é destinada somente a alguns indivíduos, enquanto os outros, por escolha divina, vão para o inferno. Isso vai contra a natureza amorosa e misericórdia do Criador. Por isso, indistintamente, Ele dá a oportunidade para que todos se salvem (At 17.30), pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34).

3. A possibilidade da escolha humana.
Há vários textos bíblicos que apontam para o fato de o ser humano ser livre para escolher: "todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16); "o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (Jo 6.37); "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10.13). Uma das coisas mais belas da Palavra de Deus é que, embora o Altíssimo seja soberano, Ele não criou seus filhos como robôs autômatos milimetricamente controlados. O nosso Deus deseja que todo ser humano, espontânea e livremente, o ame de todo coração e mente.

CONCLUSÃO

O Evangelho é um presente oferecido a todas as pessoas, independente de méritos pessoais. Por isso o Senhor convida: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Os que aceitam a esse convite estão predestinados a "serem conforme a imagem de seu filho", Jesus Cristo (Rm 8.29). Deus deseja que todo ser humano seja salvo!

PARA REFLETIR


A respeito da salvação e livre-arbítrio, responda:

Qual foi o propósito da eleição de Israel no Antigo Testamento?


O que é a presciência divina?



O que é o livre-arbítrio?



O que é a eleição segundo a Bíblia?



Qual é a vontade de Deus quanto à salvação do ser humano?


EBD LÇ. 8  19/11/2017 “SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO”.


O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,  lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e seguro ensinamento.  Eles funcionam como polinizadores;  sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.

Aos Irmãos coordenadores de EBD:  Não torne a lição, um caderno inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta. Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.

PONTOS:
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA.
II – ARMÍNIO E O LIVRE ARBÍTRIO.
III – ELEIÇÃO DIVINA E  O LIVRE-ARBÍTRIO.


 A Bíblia mostra que o pecado cega o entendimento do homem, mas não o incapacita de fazer suas escolhas e hoje, mais do que em outros tempos os caminhos, para a vida e para a perdição eterna estão bem evidenciados pelas escolhas feitas.  (IICor.4:4).


    
I –  A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA.


1.1   A eleição de Israel.

Com base no texto do autor, que é bíblico, poderíamos afirmar que a eleição de Israel, serve de espelho para refletir o que é a chamada e eleição do cristão, individualmente?

Plenamente possível.

Imaginemos: De Abraão a Cristo o povo de Israel passando pelos diversos períodos:

(Eles) Assentamento em Canaã. (Nós) Pela fé “habitamos” as regiões celestiais em Cristo. (Ef. 2:6)

(Eles) A Lei.  (Nós) As ordenações doutrinárias sob a graça. (IPd. 1:2)

Os altos e baixos da vida da nação apontam para os altos e baixos da vida cristã individualmente.

Após o advento do Messias e por um tempo  ambos se fundem:  Israel deixa de ser (em tese), tratada como nação  para  se fundir aos gentios pela redenção na cruz. O relógio profético parou para o povo judeu por um tempo.  (Rm.2:29)(*).

(*) É preciso tomar cuidado pois há os que se  pegam na letra para tentar desqualificar Israel como nação. No milênio, a sua glória será restabelecida.

A igreja ascende com Cristo na sua vinda  e no milênio Israel como nação.

Israel se misturou com os povos e a igreja (Eclésia) se mistura igualmente.

Israel gozava do livre-arbítrio e o cristão, igualmente. Ambos tem liberdade de fazer suas escolhas. Ml.2:11 e  Gl. 5:7.


“Israel esteve sujeito a queda e nós entramos em sua história:
(Rm 11:18-19): “(...) Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado...”. A resposta é; ocasionalmente  sim..
Não misturar a igreja do Senhor, a noiva de Cristo com qualquer desajuste do cristão.

Rm.11:21 é também um texto que mostra que a salvação está condicionada a obediência a Cristo e a sua palavra.

“Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.”.  Deus não tem filhos prediletos, eleitos e impecáveis. Somos todos filhos por sua graça e a fidelidade convém a igreja.
   
1.2 A eleição para a salvação.

Deus quer que todos se salvem.

ITm. 2:3-4 “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.”.

A salvação é um plano. Ou se está dentro dele ou fora dele. A escolha é do homem.
Há quem defenda outra linha doutrinaria alegando que o homem morto em peado, não pode decidir pela sua salvação. Ignoram que “morte” não significa aniquilação da espécie e no caso, significa “separação”.

Os que são visto sob a presciência de Deus são chamados eleitos.  Ef. 1:5.

1.3 A presciência divina.
O autor faz considerações importantes neste ponto:

Deus sabe de todas as coisas de antemão.
Deus pode interferir na história da humanidade.
Deus sabe quem responderá positivamente ao convite.
Nem todas as pessoas atenderão ao apelo  (Is.53:1). A graça é resistível.

Vale lembrar que as parábolas do Senhor, quase sempre apontam para os homens na aceitação ou rejeição voluntaria como pelo descuido da vida espiritual; Vejamos:

As dez virgens – representa o descuido da vida espiritual quando alguns afirmam que a salvação é eterna para os eleitos. Não há possibilidade de queda. (Mt.25).

A grande festa (Lc.14:16) Mostrando o empenho para trazer as pessoas e de qualquer plano social.

Entre tantos outros textos.

II – ARMÍNIO E O LIVRE ARBÍTRIO.


2.1 Breve histórico de Jacó Armínio.

As informações do autor acerca de Jacó Armínio, atendem ao espaço para dar uma mostra de quem foi Armínio cuja escola, convencionou-se chamar de “arminianismo”.
Defendeu o livre-arbítrio e essa doutrina é a doutrina esposada pelas Assembleias de Deus que ainda conservam a boa doutrina.

Precisamos estar atentos para que ninguém venha ensinar esta importante doutrina com desvios à calvinista.

Quero apenas lembrar que esta divergente visão entre dois grandes grupos não comprometem a salvação, todavia quem segue a escola “arminiana”, tem maior disposição para evangelizar. O tempo nos mostrou isso diante de quase 55 anos(*)  militando a vida cristã.

(*) Tempo de crente não dá privilégios. É apenas para mostrar as coisas vividas e observadas através dos anos.

2.2 O livre arbítrio.

Dt. 30:19 “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.

Como dizem: “desde que o mundo é mundo...” Já no Éden, a livre e má escolha do casal marcou os destinos da humanidade.
Para que ninguém diga que apenas citamos texto do A.T. vamos citar pelo menos um do Novo Testamento.

(Mt. 19:11-12) “(...) Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. O jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades”.  Se isso não for liberdade de escolha, nada mais será.
  
2.3 O livre-arbítrio na Bíblia.

Funde-se ao texto anterior (2.2), mas o professor, conforme o tempo disponível pode ainda citar os textos oferecidos na lição.

III –  ELEIÇÃO DIVINA E O LIVRE-ARBÍTRIO.

3.1 A eleição divina.

Com base no texto do autor, quero selecionar algumas frases:

“A eleição é uma escolha soberana de Deus.”.
“Tem como objeto  de seu amor, os seres humanos”.
“(...) Não leva em conta o mérito humano”. Não considera em tese, a prática das boas obras que parte do dever social de todos ainda quem nem todos pratiquem.

Assim, conforme o autor e que corresponde ao nosso entendimento, pela eleição nos aproximamos de  Cristo e ele em nós fazendo um corpo espiritual.

Obs. As obras não são suficientes para a eleição/salvação, todavia agrada e muito ao Senhor a exemplo de Cornélio. (Atos 10:1).

3.2 A possibilidade da escolha humana.

Poderia copiar aqui os apontamentos do autor, todavia ressalto-os para compreensão de quem não é aluno das EBDs.

Jo.3:16 “Para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (grifo meu).  A obediência é o fim da lei ou de qualquer outra ordenança.


3.3 A possibilidade da escolha humana.

Confere o autor, a possibilidade de escolha do ser humano, declarando que não fomos criados como “robôs autômatos”, mas com capacidade de pensar e de fazer as nossas escolhas.

Os que contra argumentam essas verdades, apela para o entendimento visto em seus argumentos, que o morto não pode escolher amanha graça e já dissemos em várias outras publicações que mortos em delitos e pecados, trata das coisas espirituais, sem afetar o cérebro do individuo. Morte nunca representa “aniquilação” e sim, separação.

“Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.”.  Gálatas 5:4

“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”.  2 Coríntios 13:5

“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.”. Apocalipse 3:1









LIÇÃO 08 - SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO





TEXTO ÁUREO
"Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher." (Sl 25.12)



VERDADE PRÁTICA

O projeto primário de Deus foi salvar a humanidade. Todavia, de acordo com sua soberania, concedeu o livre-arbítrio ao homem.





João 3.14-21

14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 - para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 - Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 - Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fi m de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.




INTRODUÇÃO

Na cruz do Calvário, Jesus Cristo ofereceu a salvação indistinta e gratuitamente para todos os seres humanos (Ap 22.17). Por decisão pessoal, e liberdade individual, os que recebem a oferta de salvação são destinados à vida eterna, pois o Pai quer que todo homem se salve e que ninguém se perca (2 Pe 3.9).





I - A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA


1. A eleição de Israel. A eleição no Antigo Testamento tem um significado mais específico que no Novo Testamento. Exemplo disso é o chamado de Abraão e sua descendência, que mais tarde formariam a nação de Israel. Deus chamou o patriarca e lhe fez promessas (Gn 12.1-3). Livre e espontaneamente, o "amigo de Deus" respondeu positivamente ao chamado. Entretanto, diante dele havia a possibilidade de não atender a essa convocação. Nesse sentido, é importante ressaltar que a eleição de Israel (Is 51.2Os 11.1) é específica e pontual. Deus tinha um propósito de enviar o Salvador ao mundo por intermédio da nação judaica. Por ser pontual, específica e coletiva, a eleição de Israel não pode ser usada como base para fundamentar a salvação individual do crente, nem mesmo dos judeus, no sentido de Deus decretar uns para a vida eterna e outros para a eterna danação. Além do mais, por meio do livre-arbítrio que Deus deu a Israel, a nação chegou a perder algumas bênçãos prometidas porque se rebelou contra o Senhor e desobedeceu à sua ordem (Jr 6.307.29). Segundo o apóstolo Paulo, isso nos serve de exemplo a fim de não repetirmos os mesmos erros do povo de Deus do Antigo Testamento (1 Co 10.6,11).




2. A eleição para a salvação. A eleição divina é o ato pelo qual Deus chama os pecadores à salvação em Cristo e os torna santos (Rm 8.26-39). Essa eleição é proclamada por meio da pregação do Evangelho (Jo 1.11At 13.461 Co 1.9), pois o Altíssimo deseja que todos sejam salvos, respondendo afirmativamente ao seu chamado para a salvação (At 2.371 Tm 2.3,4; 2 Pe 3.9). Entretanto, as Escrituras mostram claramente que quem crer será salvo, mas quem não crer será condenado (Mc 16.16).



3. A presciência divina. Presciência é a capacidade de Deus saber todas as coisas de antemão (At 22.14Rm 9.23) e de interferir na história humana (Ne 9.21Sl 3.59.4Hb 1.1-3). Ele é soberano (Jó 42), provedor (Sl 104) e sabe quem responderá positivamente ao convite de salvação (Rm 8.30Ef 1.5). Deus proveu o meio de salvação para todas as pessoas, mas nem todas atenderão ao seu convite. Em sua soberania e presciência, estamos sob os seus cuidados, mas paradoxalmente, também desfrutamos do livre-arbítrio que Ele nos deu, o que aumenta mais a responsabilidade humana de obedecer à sua vontade (Rm 11.18-24).




SÍNTESE DO TÓPICO I
A eleição é segundo a presciencia de Deus.





II - ARMÍNIO E O LIVRE-ARBÍTRIO


1. Breve histórico de Jacó Armínio. Jacó Armínio (*1560 +1609) nasceu na Holanda, foi pastor de uma igreja em Amsterdã e recebeu o título de doutor em teologia pela Universidade de Leiden. Tendo sido envolvido numa disputa calvinista, desenvolveu uma tese bíblica a partir dos primeiros Pais da Igreja, que foi denominada de Arminianismo. Sua principal característica é a defesa do livre-arbítrio humano. Por esse posicionamento, enfrentou forte oposição, perseguição e falsas acusações por parte dos teólogos calvinistas. Entretanto, esse teólogo holandês sempre apresentou uma postura tolerante e não combativa, embora convicto de suas opiniões.




2. O livre-arbítrio. O livre-arbítrio é a possibilidade que os seres humanos têm de fazer escolhas e tomar decisões que afetam seu destino eterno, especificamente se tratando da salvação. Isso quer dizer que cabe a cada um deixar-se convencer pelo Espírito Santo para ser salvo por Jesus ou não, embora Deus dê a todos a oportunidade da salvação. No Jardim do Éden, o Criador outorgou o livre-arbítrio ao homem (Gn 2.16,17); a Israel deu também essa prerrogativa (Dt 30.19); e à humanidade o Altíssimo possibilitou escolha entre o caminho da salvação ou o da perdição (Mc 16.16).




3. O livre-arbítrio na Bíblia. Deus nos criou à sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Logo, por Ele ser naturalmente livre, também seus filhos possuem a faculdade de escolherem livremente. Por isso, o Criador sempre incentivou a nação a escolher o caminho da vida (Dt 30.19-20). Assim, segundo as Escrituras, se em Adão todos são predestinados para a perdição, em Cristo, todos são predestinados para a salvação: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1 Co 15.22; cf. Jo 1.12), pois "se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo" (Rm 10.9).




SÍNTESE DO TÓPICO II
A principal característica do arminianismo é o livre-arbítrio.






III - ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE-ARBÍTRIO


1. A eleição divina. A eleição é uma escolha soberana de Deus (Ef 1.5,9) que tem como objeto de seu amor todos os seres humanos (1 Tm 2.3,4). Não é uma obra que leva em conta o mérito humano, mas que é feita exclusivamente em Cristo (Ef 1.4). Em Jesus, Deus nos elegeu com propósitos específicos: para pertencermos a Cristo (Rm 1.61 Co 1.9); para a santidade (Rm 1.71 Pe 1.151 Ts 4.7); para a liberdade (Gl 5.13); para a paz (1 Co 7.15); para o sofrimento (Rm 8.17,18); e para a sua glória (Rm 8.301 Co 10.31).




2. Escolha humana e fatalismo. A graça comum (Rm 5.18) é estendida a todos os seres humanos, abrindo-lhes a oportunidade para crerem no Evangelho, o que descarta a possibilidade de a eleição ser uma ação fatalista de Deus - Fatalismo: acontecimentos que operam independentemente da nossa vontade, e dos quais não podemos escapar. Ora, a eleição de Deus não é destinada somente a alguns indivíduos, enquanto os outros, por escolha divina, vão para o inferno. Isso vai contra a natureza amorosa e misericórdia do Criador. Por isso, indistintamente, Ele dá a oportunidade para que todos se salvem (At 17.30), pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34).




3. A possibilidade da escolha humana. Há vários textos bíblicos que apontam para o fato de o ser humano ser livre para escolher: "todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16); "o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (Jo 6.37); "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10.13). Uma das coisas mais belas da Palavra de Deus é que, embora o Altíssimo seja soberano, Ele não criou seus filhos como robôs autômatos milimetricamente controlados. O nosso Deus deseja que todo ser humano, espontânea e livremente, o ame de todo coração e mente.



SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus nos elegeu, em Jesus, para pertencermos a Ele.





CONCLUSÃO
O Evangelho é um presente oferecido a todas as pessoas, independente de méritos pessoais. Por isso o Senhor convida: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Os que aceitam a esse convite estão predestinados a "serem conforme a imagem de seu filho", Jesus Cristo (Rm 8.29). Deus deseja que todo ser humano seja salvo!










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Referências
Revista Lições Bíblicas. A OBRA DA SALVAÇÃOJesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Lição 08 – Salvação e livre-arbítrio. I – A eleição bíblica é segundo a presciência divina. 1. A eleição de Israel. 2. A eleição para a Salvação. 3. A presciência divina.  II – Arminio e o livre-arbítrio. 1. Breve histórico de Jacó Armínio. 2. O livre-arbítrio. 3. O livre-arbítrio na Bíblia. III – Eleição divina e livre-arbítrio. 1. A eleição divina. 2. Escolha humana a fatalismo. 3. A possibilidade da escolha humana. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2017.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.








Resumo apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Adultos da CPAD, pastor Claiton Ivan Pommerening








Aula ministrada pelo Dr. Ev. Caramuru Afonso Francisco 
 Acesse (www.portalebd.org.br)










Aula ministrada pelos professores da EBP EM FOCO










Aula ministrada pelo professor Fábio Segantin










Aula ministrada pelos professores da Assembléia de Deus em Londrina









Aula ministrada pelo professor Alberto Alves da Fonseca












Aula ministrada pelo professor Janderson Nascimento










Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)












Aula ministrada pelo professor Marcio Mainardes











Aula ministrada pelo pastor Erick Leite











Aula ministrada pelo professor Zacarias Pires Pereira













Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso











Aula ministrada pelo professor Adriano Favorelli











Aula ministrada pelo pastor Raimundo Campos



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