ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: A BÍBLIA É A, PALAVRA DE DEUS ? - Se Liga na Informação





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: A BÍBLIA É A, PALAVRA DE DEUS ?

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INTRODUÇÃO

O Diabo tem feito de tudo para difamar a Bíblia; e uma de suas principais estratégias tem sido a disseminação do falso ensino de que as Escrituras não é a Palavra de Deus, mas apenas a contêm. A Bíblia é a revelação de Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana. 

I. CONHECENDO A BIBLIOTECA

O vocábulo ‘Bíblia’ ,Este vocábulo não se acha no texto das Sagradas Escrituras. Consta apenas na capa. Donde, pois, nos vem? Vem do grego, a língua original do Novo Testamento. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado biblion e vários destes eram uma bíblia. Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer 'coleção de livros pequenos'. Com a invenção do papel, desapareceram os rolos, e a palavra biblos deu origem a livro, como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófio, etc. É consenso geral entre os doutos no assunto que o nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV.
E porque as Escrituras formam uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural, como acabamos de ver, passou a ser singular, significando o LIVRO, isto é, o Livro dos livros; Livro por excelência. Como Livro divino, a definição canônica da Bíblia é 'A revelação de Deus à humanidade'". (GILBERTO, A. A Bíblia Através dos Séculos. RJ: CPAD, 1987, p.18).

A COMPOSIÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA 

a). A biblioteca divina. A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos. Durante esse tempo, Deus usou cerca de 40 homens para escrever, reunir e preservar o Sagrado Livro. Nela encontramos histórias, poesias, biografias, normas, orações, profecias e outros relevantes temas e diversos gêneros literários. Em todos os livros, Cristo é o tema central da Bíblia.

b). O cânon bíblico. A palavra "cânon", antigamente, referia-se a uma haste usada para medir (Ez 40.3). Mais tarde, passou a significar regra, norma, ou padrão de medida (Gl 6.16; Fp 3.16). Aplicada à Bíblia, "cânon" é o conjunto de livros inspirados por Deus que transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja, regulamentando a vida e a conduta de fé dos cristãos. O cânon do Antigo Testamento foi plenamente concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do Novo, por volta do ano 100 d.C.

c). A Bíblia se divide em duas partes distintas: o Antigo Testamento, que contém 39 livros, e o Novo Testamento, que contém 27 livros.
A palavra “testamento” tem duas significações. Em primeiro lugar, ela significa uma aliança, um pacto, um concerto. No Antigo Testamento, achamos como tema central o pacto que Deus fez com Israel no Sinai, pacto este selado com sangue (Êx 24.3-8; Hb 9.19,20). No Antigo Testamento, achamos também a profecia de uma melhor aliança que haveria de ser feita pelo Messias, o Prometido, o Esperado (Jr 31.31-33; Hb 8.10- 13). No Novo Testamento se fala da nova aliança pelo sangue de Jesus, pela qual podemos chegar a Deus (Mt 26.28; Ef 2.13).

d). Divisões ;O Antigo Testamento contém 39 livros, os quais se podem subdividir em 4 grupos:
1 . Livros da lei: Os cinco livros de Moisés, isto é, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
2 . Livros históricos: De Josué até o livro de Ester, isto é, 12 livros.
3 . Livros poéticos:  São cinco— Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão.
4 . Livros proféticos: São 17 — Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel (chama-dos profetas maiores) e os restantes 12 livros, de Oséias até Malaquias (chamados profetas menores).

Divisões do Novo Testamento

O Novo Testamento contém 27 livros, os quais podem subdividir-se em 4 grupos:
1 . Livros biográficos de Jesus: Os quatro evangelhos.
2 . Livros histórico: Atos dos Apóstolos, que contém a história inicial da Igreja Primitiva.
3 . Livros de ensino apostólico: As 21 epístolas, de Romanos até Judas.
4 . Livro profético: Apocalipse

A Bíblia, Palavra de Deus

No tempo dos apóstolos ainda não havia a formação final do Novo Testamento. Quando se reunia para cultuar a Deus, a igreja neotestamentária lia o Antigo Testamento. E quando recebia as cartas apostólicas, as lia nas reuniões semanais. Posteriormente, essas cartas, e os evangelhos, foram paulatinamente aceitos pela igreja como escritos inspirados por Deus. Ora, havia alguns critérios para isso: como a autoria apostólica ou de pessoas que tivessem andando com os apóstolos que viram Jesus. Por direção divina, temos hoje os 27 livros reunidos em o Novo Testamento, mais os 39 do Antigo. Totalizando 66 livros na Bíblia. O teólogo pentecostal, John R. Higgins, remonta os primórdios da formação da Bíblia Sagrada, mostrando que a composição dos livros da Bíblia está fechada e o que temos em mãos foi milagrosamente nos dado por Deus:

“O cânon bíblico está fechado. A revelação infalível que Deus fez de si mesmo já foi registrada. Hoje, Ele continua falando através dessa Palavra. Assim como Deus revelou a si mesmo, e inspirou os escritores a registrar essa revelação, Ele mesmo preservou esses escritos inspirados, e orientou o seu povo na escolha destes, a fim de garantir que a sua verdade viesse a ser conhecida. Não se deve acrescentar outros escritos às Escrituras canônicas, nem se deve tirar delas nenhum escrito. O cânon contém as raízes históricas da Igreja Cristã, e ‘o cânon não pode ser refeito assim como a história não pode ser mudada’” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.115).

II. A BÍBLIA PERMANECE SEMPRE VIVA 

A Bíblia não é apenas um livro; nem mais um livro entre tantos outros. Ela é a Palavra de Deus. O crente deve valorizar não somente a leitura, mas, principalmente, o estudo sistemático, diário e persistente do Sagrado Livro. É de grande proveito para a formação do caráter cristão, individual, familiar, e de toda a igreja local. O estudo bíblico contribui decisivamente para o crescimento na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. 

A Bíblia foi escrita para ensino nosso. Paulo diz: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito [...]” (Rm 15.4). Segundo Champlin (2004, p. 855), “Paulo faz aqui uma pausa momentânea a fim de relembrar aos seus leitores qual a autoridade e qual o devido uso das Escrituras. Ele também quis dar a entender, que ela está repleta de boas coisas para nossa instrução moral e espiritual, e a igreja tem feito bom emprego dela, quanto a esses propósitos”.

 A Bíblia foi escrita para aviso nosso. O mesmo apóstolo assevera acerca da Bíblia que as coisas que estão escritas “[...] estão escritas para aviso nosso [...]” (1 Co 10.11). Para exortar os crentes de Corinto, Paulo utiliza-se do mau comportamento do povo de Israel no deserto (1 Co 10.1-6). O apóstolo diz que este exemplo negativo serve de aviso a fim de que não caiamos nos mesmos erros (1 Co 10.6,11). Segundo Champlin (1995, p. 396 – acréscimo nosso) “a palavra “aviso” no original grego é “nouthesia”, que significa: “admoestação”, “instrução”, “aviso”, que é utilizada tanto no sentido positivo quanto negativo, ou seja, uma atitude que pode ser reproduzida ou evitada”. Portanto, tanto os bons exemplos quanto os maus exemplos de personagens das Escrituras também foram registrados para nos trazer advertências.

A Bíblia foi escrita para nos intruir no caminho certoPaulo descreveu para o jovem obreiro Timóteo quais os muitos propósitos da Escritura em relação ao homem: “Toda a Escritura é [...] proveitosa para ensinar, [...] redarguir, [...] corrigir, [...] instruir em justiça” (2 Tm 3.16). Tudo que foi escrito, o foi para nos instruir no caminho da justiça.
Segundo Champlin (1995, p. 396 – acréscimo nosso), “no tocante à “justiça” que no grego é “dikaiosune”, fica indicado o “treinamento naquilo que é reto”. Porém, no sentido cristão, “praticar o que é reto” consiste em cultivar o caráter moral de Cristo, o qual, por sua vez, reproduzirá a moralidade de Deus Pai”. (http://www.portalebd.org.br/classes/adultos/525-licao-1-inspiracao-divina-e-autoridade-da-biblia-ii). 

“[...] Um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais. Pedro disse que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo, e Paulo declarou que seus escritos foram soprados pelo próprio Deus. Portanto, a Bíblia alega que autores movidos pelo Espírito Santo expressaram as palavras inspiradas por Deus (2Pe 1.20,21). Em suma, os escritos proféticos (do Antigo Testamento) não tiveram sua origem nos homens, mas em Deus, que agiu por meio de alguns homens chamados de profetas de Deus” (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011, pp.213,214).

III. TEORIAS FALSAS A RESPEITO DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA. 

A Bíblia é a fonte mais fidedigna sobre a origem da vida e do homem; bem como do desenvolvimento da humanidade a partir da criação, passando pela Queda e Redenção, até o final de todas as coisas, na consumação dos séculos. A Bíblia é a fonte mais fidedigna sobre a origem da vida e do homem; bem como do desenvolvimento da humanidade a partir da criação, passando pela Queda e Redenção, até o final de todas as coisas, na consumação dos séculos.

Conforme o estudo em apreço, a Bíblia é a Palavra de Deus. Ainda que os ateístas ou materialistas, invistam de forma grosseira contra o Santo Livro, este permanece inabalável em seu conteúdo, revelado e inspirado por Deus.

 FALSAS TEORIAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA 

1.Inspiração natural ou da intuição – Esta teoria defende que a Bíblia é apenas um livro humano notável, sem inspiração divina ou talento sobrenatural, no mesmo nível que muitas outras obras literárias. Essa teoria, na realidade, nega a verdadeira inspiração. Na exaltação dos autores humanos desse livro notável a divindade é excluída. É a expressão da incredulidade.

2. A Bíblia é apenas parcialmente inspirada por Deus:

* Conceitual - A inspiração foi apenas sobre os pensamentos do autor sacro, e não sobre as palavras dos seus escritos. No entanto, os pensamentos são expressos através de palavras.

* Apenas os ensinamentos morais e espirituais da Bíblia seriam inspirados (os relatos históricos não). – Haveria inexatidões (erros), lendas e noções julgadas falsas de acordo com nossas idéias modernas. Se uma testemunha (autor bíblico) usa uma linguagem errada, enganosa ou ignorante sobre um detalhe, seria difícil crer que ele diz a verdade com respeito ao restante.

* A Bíblia contém, mas não é a Palavra de Deus. De acordo com alguns teólogos, a Bíblia contém muitos mitos, lendas e erros. Para outros, a Bíblia não passa de “um testemunho dado à revelação”, e essa última se expressa através das contradições do texto. O teólogo Rudolph Bultmann se esforça para tirar todos os mitos do texto bíblico, a fim de conservar a essência do Evangelho, o “kerygma”. (O que ele eliminou: a pré-existência de Cristo; seu nascimento milagroso; sua divindade; seus milagres; sua morte substitutiva na cruz; sua ressurreição e a dos crentes; sua ascensão; seu retorno em glória; o julgamento final do mundo; a existência de espíritos bons e maus; a personalidade e o poder do Espírito Santo; a doutrina da trindade; a morte como consequência do pecado; a doutrina do pecado original, etc.) Depois de haver “desmistificado” a Bíblia, o que é que resta do “essencial do Evangelho”? Quem é que pode decidir o que é e o que não é inspirado se os dois estão misturados no mesmo texto? Esses teólogos nos dizem que a Bíblia não passa de uma  palavra humana, mas que Deus pode fazer com que ela se torne Sua Palavra quando Ele nosdirige uma mensagem através dela.

A BÍBLIA É A REVELADA E INSPIRADA PALAVRA DE DEUS  

A palavra  revelada ou “revelação”, apocalipsis, em grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela a si mesmo, a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele “não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21). 

A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homempois através dela o Senhor se fez conhecido de forma especial (Jo 3.16). O conhecimento divino preservado nas Sagradas Escrituras, é posto à disposição da humanidade (Dt 8.3; Is 55.11; 2 Tm 3.16; Hb 4.12). Por ela, conhecemos Seus atributos comunicáveis e incomunicáveis, dentre outras coisas (Sl 139.1-10; I Jo 4.8). “Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa linguagem, bem como do nosso modo de pensar” (GILBERTO, 2004, p. 06 – acréscimo nosso). A revelação é a ação de Deus pela qual Ele dá a conhecer aos escritores da Bíblia, coisas e fatos desconhecidos, que eles jamais poderiam saber, nem descrever, senão por revelação divina (Gn 1,2).

Inspiração. É o registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1Co 2.10-13). Divinamente inspirados são os 66 livros da Bíblia. Os escritores sagrados foram os receptáculos da revelação: “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21 — ARA). Eles receberam os oráculos divinos de forma especial, exclusiva, única e milagrosa. Ninguém mais, além deles, foi usado por Deus dessa maneira específica.

Paulo diz que: “Toda a Escritura é divinamente inspirada [...]” (2 Tm 3.16). A palavra grega é “theopneustos”, e significa literalmente “soprada por Deus”. Portanto, a Bíblia não contém, nem torna-se, ela é a Palavra de Deus. Geisler (2010, p.460 - acréscimo nosso) define a inspiração da seguinte forma: “é a operação sobrenatural do Espírito Santo, que, por intermédio de diferentes personalidades e estilos literários dos autores humanos escolhidos, investiu as palavras exatas dos livros originais das Sagradas Escrituras, em separado ou no seu conjunto, como a própria Palavra de Deus, isenta de erro em tudo o que ensina, e é, dessa forma, a regra infalível e a autoridade final de fé e prática para todos os crentes”. As próprias Escrituras afirmam ser inspiradas no todo, em partes, em palavras e em cada letra: (a) Inspiração do todo (Mt 5.17; 2 Tm 3.16); (b) Inspiração de partes (Jo 12.14-16); (c) Inspiração das palavras (Mt 4.4); e, (d) Inspiração de cada letra (Mt 5.18).

Inspiração plenária e Inspiração verbal. 

Inspiração plenária. Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus. O apóstolo Paulo deixa isso muito claro quando afirma que “toda a Escritura é divinamente inspirada”. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade.

Inspiração verbal. Essa característica bíblica significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2Pe 1.21). O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada escritor em sua geração e em sua cultura, com seus diversos graus de instrução. Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus “soprou” nos escritores sagrados. 

A BÍBLIA Também é Inerrante. Segundo o Aurélio (2004, p. 1100) a palavra “inerrância” significa: “que não pode errar; infalível; não errante, fixo”. Teologicamente “a inerrância bíblica é a doutrina segundo a qual as Sagradas Escrituras não contêm quaisquer erros, por serem a inspirada, infalível e completa Palavra de Deus” (ANDRADE, 2008, p. 33). A palavra de Deus não pode mentir (Sl 19.8,9; Hb 6.18); não pode passar ou ser destruída (Mt 5.18); permanecerá para sempre (1 Pe 1.25); e é a própria verdade (Jo 17.17). Tais atribuições mostram claramente a inerrância das Escrituras.

A forma de comunicação. O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jr 1.11-13). A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2Pe 1.16-18; 1Jo 1.3) e do Espírito Santo (Ef 3.4,5). A frase “veio a palavra do SENHOR a”, “veio a mim a palavra do SENHOR” ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma única vez no ministério de João Batista: “veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias” (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação da lei (Lc 16.16).

III. RELACIONANDO - SE COM AS ESCRITURAS 

A leitura da Bíblia é o nosso alimento cotidiano; não podemos passar sem ler e meditar na Palavra de Deus.  ler não é apenas decodificar os signos de um texto, mas compreendê-lo. Assim como o eunuco, de Candace, muitos alunos lêem a Bíblia, mas não a compreendem (At 8.30-32). Há diversas formas de leitura da Bíblia: leitura devocional - o leitor busca o aperfeiçoamento espiritual e moral (leitor introspectivo); leitura exegética - o leitor quer entender a estrutura, contextos e objetivos do texto (leitor analítico); leitura didática - o leitor deseja saber as bases doutrinárias da Bíblia (leitor receptivo). 
É de fundamental importância tenhamos sempre, no coração, as grandes reivindicações da Bíblia Sagrada: sua inspiração, inerrância, infalibilidade, soberania e completude.
   
O que é a meditação bíblica?

O verdadeiro objetivo da meditação bíblica não é ajudar ninguém a fugir da angústia de um divórcio, ou do dissabor de uma doença grave, escondendo-se em um mundo fantasioso. Pelo contrário, a verdadeira meditação nos ajuda a aplicar a verdade bíblica a circunstâncias difíceis ou estressantes.
Algumas palavras descrevem a meditação cristã da Escritura: refletir, ponderar e até ruminar. Assim como a vaca primeiro engole a comida para mais tarde regurgitá-la e mastigá-la outra vez; também o crente, em seu momento de reflexão, alimenta a memória com a Palavra de Deus e depois a traz de volta a seu consciente, quantas vezes forem necessárias. Cada nova 'mastigação' produz ainda mais nutrientes para o sustento da vida espiritual.

A meditação, portanto, nada mais é que o processo de revolver a verdade bíblica na mente sem parar, de forma a obtermos maior revelação do seu significado e certificarmo-nos de que a aplicamos a nossas vidas diárias. J. I. Packer certa vez disse que "meditar é despertar a mente, repensar e demorar-se sobre um assunto, aplicar a si próprio tudo que se sabe sobre a obra, os caminhos, os propósitos e as promessas de Deus'".
(HODGE, K. A mente renovada por Deus. RJ: CPAD, 2002, pp. 85-6.)

CONCLUSÃO

 "Oh Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!" (Sl 119.97). Como vemos, o salmista tinha prazer em ler e meditar na Palavra de Deus. Meditar é ter uma atitude interior de reflexão, ponderação, e exame daquilo que estamos pensando. Hoje, com a agitação da vida moderna, é muito difícil refletirmos habitualmente.
 Precisamos ter a Palavra de Deus escondida em nosso coração para não pecarmos contra o Senhor (Sl 119.11). Um dos fatores que mais contribuem para a queda do crente é a falta de prevenção. Orar (Mt 26.41), ler e estudar a Bíblia, de maneira que o coração e a mente fiquem saturados da Palavra de Deus, são atitudes preventivas imprescindíveis para vencermos todas as sutis tentações do Maligno.  
A Bíblia é completa em seu conteúdo. O conteúdo bíblico não pode sofrer quaisquer alterações, pois tudo o que foi escrito teve a supervisão e aprovação do Espírito Santo (2 Pe 1.20-21; Is 40.8).

 A Bíblia é completa em sua mensagem. A mensagem das Escrituras é perfeitamente completa. Ela é fruto da revelação que Deus fez de si mesmo à humanidade. Vejamos:
a) Completa em sua mensagem salvífica. A Bíblia é completa quanto à mensagem de salvação para o homem perdido. Ela está centrada no amor incondicional de Deus à humanidade. Tanto é que Jesus, nosso amado Salvador, é o tema central desse Santo Livro. (Jo 14.6; At 4.12; 1 Tm 2.5).

b) Completa em sua mensagem sobre a história humana. A Bíblia mostra que a história da humanidade é linear: tem começo e fim. A partir da criação do primeiro casal, passando pela Queda e Redenção por meio de Cristo, a história do homem chegará a seu desfecho num tempo em que a Escritura denomina "consumação dos séculos" (Mt 13.49; 28.20).
  
OBRAS CONSULTADA

BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 7.ed., RJ: CPAD, 2008.
CONFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD, 1998.
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.586-7. 
COMFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD. 1998.
GILBERTO, A. A Bíblia através dos séculos. 14ª ed., RJ: CPAD. 2003.
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD 

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