Nenhum dos homossexuais entrevistados neste post participarão no próximo domingo da 22a. Parada do Orgulho LGBTI+ (cuja sigla quer dizer lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais e mais). Eleitores do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), famoso por declarações polêmicas a respeito da comunidade gay, eles consideram o evento “uma baixaria”: “Já vi a parada de perto, mas não participei, nem pretendo participar”, diz o estudante de direito Lucas Santos, 20 anos. “Acho completamente ridículo. O que você vê é simples e claramente promiscuidade, pessoas nuas, quase praticando o ato sexual na rua, isso quando não praticam. Minha opinião se resume a nojo!”
O tema da parada LGBTI+ deste ano será “Eleições”; e o slogan: “Poder para LGBTI+, nosso voto, nossa voz”.
Para o engenheiro paulistano Júnior Smith Hays, 30, também solteiro, “você não conquista os seus direitos ficando pelado em público”. “A intenção é chamar a atenção, mas de uma forma maléfica. Minha avó assiste à parada todo ano e desce o cacete.”
O estudante de direito Lucas Santos, para o qual a parada do orgulho gay é “um nojo” (Foto: Arquivo Pessoal)
Camisinhas pelo chão
A designer de roupas transexual Monique Fornazier Borges, 38 anos, e o auxiliar administrativo Carlos Athila Ribeiro, 30, ambos mineiros, pensam parecido. “Os gays nem sabem o verdadeiro significado disso tudo. Saem pelas ruas fazendo trejeitos, expondo seus corpos escandalosamente, de maneira vulgar, fútil, e daí eu pergunto a eles: ‘Como exigir respeito dos outros se vocês não têm por si mesmos?’”, diz Monique.
E Athila: “Nunca enxerguei como protesto o desfile de drags, transexuais, gogo boys pelados ou seminus, bebendo, e todas aquelas drogas….até camisinhas pelo chão”.
O vice-presidente da Associação da Parada LGBTI+, Renato Viterbo, 50 anos, acredita que “a sujeira está na cabeça deles”. “Promiscuidade é vender o voto e apoiar um candidato que não defende a sua causa. Por conta desses discursos hipócritas, falso-moralistas, de pessoas que se escondem atrás da religião e vivem na mentira, o conservadorismo está tomando conta do Congresso Nacional e nossas pautas não são atendidas. Quando eu digo nossas pautas, estou falando das deles também.”
Fonte: Paulo Sampaio/Uol
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