É Copa: Galvão histérico; Cléber, irônico; Luís, elegante - Se Liga na Informação





É Copa: Galvão histérico; Cléber, irônico; Luís, elegante

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Performance de narradores esportivos da Globo chama atenção nas transmissões dos jogos na Rússia


O que desperta mais emoção no telespectador brasileiro? Houve um tempo no qual as novelas exerciam esse papel sensorial. Os romances, o erotismo e o suspense suscitavam taquicardia em quem estava diante da TV. 


Villani, Cléber, Galvão, Luís Roberto, Corrêa e Rembrandt: missão de informar e entreter o torcedor brasileiro


Foto: Divulgação
Hoje, a teledramaturgia mais entretém do que envolve. Poucas tramas fazem o brasileiro se remexer no sofá. Já o futebol televisionado, especialmente durante umaCopa do Mundo , espanta a letargia e coloca o público para torcer e sofrer apaixonadamente. 


Os locutores esportivos da TV se tornaram personagens de si mesmos. Cada um tem um estilo – e uma legião de fãs e/ou de críticos. Galvão Bueno , por exemplo, não deixa ninguém titubeante: ou é amado, ou detestado. 



Na estreia da Seleção Brasileira na Rússia , contra a Suíça , ele parecia narrar uma final. Estava empolgado e nervoso. Galvão é histriônico, não dosa emoção. Berra e resmunga, achincalha e elogia. Como todo brasileiro, às vezes se comporta como técnico – e não raro chama mais atenção do que o jogo. 



Essa passionalidade indisfarçável o transformou no mais famoso e bem pago locutor esportivo da televisão brasileira. E deu a ele o privilégio de escolher o que quer narrar em todas as modalidades esportivas exibidas na Globo 



Sua aposentadoria é um tabu no canal da família Marinho . Muitos o consideram insubstituível. Há quem veja sua ausência como benéfica ao departamento de Esportes da emissora pois permitirá a valorização de outros profissionais tão bons quanto. Apegado ao status, Galvão não demonstra intenção de parar: praticamente já se garantiu na Copa do Catar , em 2022. 



Seu colega Cléber Machado parece um comediante de stand-up : perde o amigo, mas não perde a piada. Tem sempre um sorriso debochado no canto da boca. Sua locução é mais leve e divertida. O jornalista comanda a transmissão como se fosse um show de entretenimento. 



Em outra ponta do campo está Luís Roberto , quase um lorde. O locutor se destaca pela elegância na condução das exibições esportivas. Evita conflitos e polêmicas. Sua animação está na medida, sem exagero. 



Um locutor esportivo exerce papel imprescindível: pode ‘esquentar’ um jogo morno e garantir um espetáculo minimamente interessante a quem se coloca diante da TV. Não basta ser minucioso na narração, precisa garantir momentos de diversão ao telespectador. 



Veteranos, Galvão, Cléber Luís Roberto são os narradores VIPs da Globo enviados à Rússia para transmitir ‘in loco’. Rogério Corrêa Rembrandt Junior Gustavo Villani – trio que se destaca pela discrição, sem jamais roubar a cena – completam o time, fazendo locuções dos estúdios no Brasil.


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