TEXTO ÁUREO
“E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26).
VERDADE PRÁTICA
A santidade é a marca distintiva do povo de Deus; sem ela, nosso testemunho é ineficaz.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 20.1-10.
1 — Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 — Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que, dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua semente a Moloque, certamente morrerá; o povo da terra o apedrejará com pedras.
3 — E eu porei a minha face contra esse homem e o extirparei do meio do seu povo, porquanto deu da sua semente a Moloque, para contaminar o meu santuário e profanar o meu santo nome.
4 — E, se o povo da terra de alguma maneira esconder os olhos daquele homem que houver dado da sua semente a Moloque e o não matar,
5 — então, eu porei a minha face contra aquele homem e contra a sua família e o extirparei do meio do seu povo, com todos os que se prostituem após ele, prostituindo-se após Moloque.
6 — Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir após eles, eu porei a minha face contra aquela alma e a extirparei do meio do seu povo.
7 — Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.
8 — E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica.
9 — Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá: amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue é sobre ele.
10 — Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.
HINOS SUGERIDOS
5, 30 e 75 da Harpa Cristã.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), na lição de hoje estudaremos parte do capítulo 20 do livro de Levítico. Nesse capítulo, Moisés enfoca dois tipos de pecados contra o Todo-Poderoso. Ele fala a respeito da ofensa contra a verdadeira religião (20.2-6,27) e ofensas contra a família (vv.9-21). No tempo da Lei, esse tipo de insulto era punido com a morte, pois tais ações colocavam em risco todo o povo de Deus. O objetivo do capítulo é mostrar que todo o povo era responsável em manter a pureza e não somente Moisés.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O livro de Levítico foi entregue a Israel para que este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus. A santidade, por conseguinte, tanto naquele tempo quanto hoje, continua a ser a marca distintiva dos filhos de Deus.
Nesta lição, veremos que Israel, através das leis e ordenanças levíticas, tinha a obrigação de apresentar-se a Deus e ao mundo como a nação santa, zelosa e servidora por excelência. Que aprendamos, com os israelitas, a adorar e a servir ao Senhor na beleza de sua santidade.
I. SANTIDADE, A MARCA DO POVO DE DEUS
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os demais gentios quando foi chamado por Deus (Gn 11.31). Mas, intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus, e foi justificado (Rm 4.3). Foi exatamente aí que começou a história de Israel como o povo santo do Senhor (Gn 12.1-8).
1. O estado de santidade.
No exato instante de sua chamada a uma nova realidade espiritual, Abraão, e com ele todo o Israel, foram elevados ao posto de herança particular e santa do Senhor (Êx 19.5). Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos hebreus. Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de submeter-se a um longo e doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo pode-se dizer da Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como santos pelo apóstolo Paulo (2Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1Co 3.1).
No exato instante de sua chamada a uma nova realidade espiritual, Abraão, e com ele todo o Israel, foram elevados ao posto de herança particular e santa do Senhor (Êx 19.5). Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos hebreus. Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de submeter-se a um longo e doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo pode-se dizer da Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como santos pelo apóstolo Paulo (2Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1Co 3.1).
2. O processo de santificação.
O processo de santificação de Israel, que teve início com Abraão, foi interrompido e recomeçado diversas vezes. Haja vista o conturbado período dos juízes (Jz 2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma nação santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx 19.6; Js 23.6).
O processo de santificação de Israel, que teve início com Abraão, foi interrompido e recomeçado diversas vezes. Haja vista o conturbado período dos juízes (Jz 2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma nação santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx 19.6; Js 23.6).
Se lermos atentamente os livros de Êxodo e Levítico, verificaremos que o processo de santificação, na vida de um crente hebreu, tinha início com o amor que ele tributava a Deus (Dt 6.5). A partir desse momento, o fiel passava a cumprir todos os mandamentos do Senhor, pois já não os achava pesados (cf. 1Jo 5.3).
Portanto, não existe processo de santificação sem o forte, comprovado e excelente amor a Deus. Quanto mais o amamos, mais nos tornamos santos. E, assim, cumpre-se, em nossa biografia, o que escreveu o sábio (Pv 4.18). Que a recomendação do apóstolo Paulo seja aplicada na íntegra em cada etapa de nossa existência neste mundo (1Ts 5.23).
3. A santidade como marca.
O livro de Levítico tinha como alvo fazer de Israel uma nação distinta por sua pureza e santidade (Êx 19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as excelências de Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios, todavia, acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm 2.17-29).
O livro de Levítico tinha como alvo fazer de Israel uma nação distinta por sua pureza e santidade (Êx 19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as excelências de Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios, todavia, acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm 2.17-29).
Em alguns períodos de sua história, Israel de fato destacou-se como herança peculiar do Senhor, haja vista os elogios tecidos pela rainha de Sabá ao rei Salomão (2Cr 9.1-8). Todavia, a maior parte de sua história foi marcada pela apostasia. Mas, chegará o tempo, em que todo o Israel será redimido e salvo (Rm 11.26).
Se o povo hebreu deveria sobressair-se pela santidade, o que não esperar da Igreja de Cristo? Por essa razão, o apóstolo exorta-nos a andar continuamente em novidade de vida (Rm 6.4). Sem a santidade requerida por Deus nenhum de nós chegará à Jerusalém Celeste (Hb 12.14; Ap 21.8).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“A chamada para a santidade novamente enfatiza o fato de que Israel deve ser diferente dos outros povos e ‘separados’ para Deus. Uma palavra chave do Antigo Testamento, badal, significa remover uma parte de alguma coisa, fazendo-se assim uma distinção entre elas. Esse pensamento é claramente visto nos versos 24 e 25. Nos tempos do Antigo Testamento, a separação era alcançada pelo isolamento do povo de Deus como uma nação diferente.
Isso foi mantido pelos padrões rituais e morais que diferenciaram os israelitas de todos os povos pagãos, e, sustentado por proibições contra casamentos com membros de outras castas e outros contatos íntimos com não israelitas.
Entretanto, a enfatizada separação dos outros era a dinâmica da separação para Deus. Somente o completo compromisso com Ele podia manter o povo de Deus como nação santa. Pois somente Deus poderia fazer seu povo santo no sentido dinâmico e positivo de santidade encontrado em Levítico” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.87).
II. A SANTIDADE NO MINISTÉRIO LEVÍTICO
Os sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita à nação de Israel no que tange à santidade e à pureza. Afinal, eram os responsáveis pela santificação do povo, a fim de torná-lo propício diante de Deus.
1. Santidade exterior.
Aos ministros do altar, o Senhor impôs uma série de restrições, para que não viessem a comprometer o santo ministério. O sumo sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher que não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com respeito ao luto, deveriam os ministros do altar ser precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o emblema da santidade divina que estava sobre a classe sacerdotal de Israel, nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse alguma deficiência física (Lv 21.17-21).
Aos ministros do altar, o Senhor impôs uma série de restrições, para que não viessem a comprometer o santo ministério. O sumo sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher que não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com respeito ao luto, deveriam os ministros do altar ser precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o emblema da santidade divina que estava sobre a classe sacerdotal de Israel, nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse alguma deficiência física (Lv 21.17-21).
2. Santidade interior.
O sumo sacerdote deveria portar uma lâmina de ouro, que, posta em sua mitra, trazia esta advertência: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a santidade do ministro não poderia ser apenas exterior; sua pureza externa deveria ser um perfeito reflexo de sua santidade interior (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar por um culto formal, o que ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).
O sumo sacerdote deveria portar uma lâmina de ouro, que, posta em sua mitra, trazia esta advertência: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a santidade do ministro não poderia ser apenas exterior; sua pureza externa deveria ser um perfeito reflexo de sua santidade interior (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar por um culto formal, o que ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).
3. Santidade e glória.
A glória que acompanhou Israel em sua peregrinação, no deserto, tornou-o conhecido como a herança peculiar do Senhor (Êx 13.21,22; 16.10). Atemorizados, os gentios sabiam que era impossível amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os israelitas continuassem a usufruir a glória divina era-lhes imprescindível obedecer a Palavra de Deus (Lv 9.6). O mesmo não requer o Senhor de cada um de nós? (Hb 12.14).
A glória que acompanhou Israel em sua peregrinação, no deserto, tornou-o conhecido como a herança peculiar do Senhor (Êx 13.21,22; 16.10). Atemorizados, os gentios sabiam que era impossível amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os israelitas continuassem a usufruir a glória divina era-lhes imprescindível obedecer a Palavra de Deus (Lv 9.6). O mesmo não requer o Senhor de cada um de nós? (Hb 12.14).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os sacerdotes tinham de ser santos ao Senhor, porque eles apresentavam as ofertas a Deus. Tinham de se proteger da contaminação que ocorria por contato com o morto (exceto em casos que envolviam pessoas próximas da família, como mãe, pai, filho, filha, irmão ou irmã solteira). As referências a cortar os cabelos, a barba ou golpear a carne diziam respeito a luto pelos mortos. A passagem de Levítico 19.27,28 proíbe tais procedimentos de luto para todo o povo de Israel.
A mulher do sacerdote tinha de ser aceitável. Ao casar devia ser virgem. O texto estipula que não podia ser meretriz. Esta ordem reflete o fato indubitável de que a prostituição cultual era comum entre os vizinhos de Israel. A filha do sacerdote tinha igualmente de se manter pura. A prostituição da filha do sacerdote era punível com a morte. O sacerdote e sua família imediata tinham de ser santos.
As estipulações para o sumo sacerdote eram ainda mais rigorosas. Ele não devia descobrir a cabeça, nem rasgar as vestes — sinais de luto permitidos aos sacerdotes comuns. Tinham de se casar com virgens das filhas de Israel, caso contrário, sua semente seria profanada. Ele era o símbolo da mais alta pureza. Não devia haver nada nele que contaminasse o santuário. A expressão: Nem sairá do santuário, refere-se provavelmente a sair com a finalidade de ficar de luto e não significa que tinha residência fixa dentro do Tabernáculo” (Comentário Bíblico Beacon. Volume I. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.298).
III. A SANTIDADE DO POVO DE DEUS
O Senhor exige, de cada um de nós, a santificação de nossos filhos e de nossa vida conjugal, pois a nossa pureza expressa a sua vontade.
1. A santificação dos filhos.
Deus proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque (Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor (Sl 127.3).
Deus proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque (Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor (Sl 127.3).
Hoje, há pais cristãos, que, sem o saberem, estão entregando seus filhos a “Moloque”, quando, por exemplo, adotam a política criminosa do aborto e quando não os educam conforme recomenda a Palavra de Deus (1Co 5.8). Ensine, pois, seus pequeninos na admoestação do Senhor, para que sejam pessoas de bem (Ef 6.4). Finalmente, que seus filhos venham a honrá-los como a pais e mães; somente assim poderão ser abençoados (Êx 20.12; Lv 20.9; Ef 6.2).
2. A santificação conjugal.
Deus sempre teve um forte compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no Éden (Gn 2.24,25). A fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe terminantemente a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo era tornar a família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a o Salmista (Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de observar o sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem mácula (Êx 20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou.
Deus sempre teve um forte compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no Éden (Gn 2.24,25). A fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe terminantemente a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo era tornar a família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a o Salmista (Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de observar o sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem mácula (Êx 20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou.
3. A santificação e a vontade de Deus.
A santificação é um processo que exige disciplina, esforço e um profundo amor a Deus (1Co 9.27). Nesse processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de estar envolvido (Fp 3.12-15; 1Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida do salvo; é uma ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da vontade de Deus (1Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14).
A santificação é um processo que exige disciplina, esforço e um profundo amor a Deus (1Co 9.27). Nesse processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de estar envolvido (Fp 3.12-15; 1Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida do salvo; é uma ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da vontade de Deus (1Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em Levítico 19.1-4, encontramos ‘a santidade, a palavra-chave de Levítico’.
1) Deus é a fonte de toda a santidade.
2) Deus é o padrão de santidade.
3) Santidade é separação do mal e separação para Deus.
Há a sensação de que este capítulo é uma miniatura da lei levítica. Repare no conteúdo: respeito pelos pais e pelos sábados (4); abstinência da idolatria (4); procedimento correto dos sacrifícios pacíficos (5-8); preocupação pelos pobres e estrangeiros ao não fazer uma colheita total das plantações (9,10); proibição de roubar, mentir e negociar com falsidade (11); de jurar falsamente e profanar o nome de Deus (12); de se aproveitar do surdo e do cego (14); de fazer julgamentos injustos (15); de fofocar (16); de odiar o próximo (17); de se vingar (18); de misturar raças, sementes ou tecidos (19); de comer o fruto das três primeiras safras de árvores frutíferas (23,25); de comer sangue (26); de praticar ocultismo (26, 31); de cortar o cabelo impropriamente ou de se golpear pelos mortos (27,28); de prostituir a própria filha (29); de fazer transações comerciais desonestas (35,36); ordem para respeitar os mais velhos (32); amor pelo próximo e pelo estrangeiro como o amor que se tem por si mesmo (18,33,34). Não deixe de notar que a lista indica o caráter humanitário da lei levítica” (Comentário Bíblico Beacon. Volume I. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.294).
Sobre a Santidade no Levítico
“Os sacerdotes deviam separar-se de todos os costumes ímpios e ter uma vida irrepreensível, conformada à vontade de Deus. Um padrão inferior a este, ‘profanaria o nome do seu Deus’ (‘Profanar’ significa infamar o nome do Senhor e despojá-lo da sua santidade). O princípio da Santidade no ministério, continua no novo concerto, uma vez que a vontade de Deus é que somente aqueles que vivem uma vida santa e reta sejam seus escolhidos para cuidar do seu povo”. Leia mais em Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pp.216,17.
CONCLUSÃO
Num momento de emergência nacional, o rei Ezequias convocou os levitas, e ordenou-lhes: “Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia” (2Cr 29.5). Foi naquela hora que teve início um grande avivamento em Israel. Se nos santificarmos, como requer o Senhor de cada um de nós, em breve experimentaremos uma grande visitação dos céus em nosso país. Amém!
PARA REFLETIR
A Respeito de “Santidade ao Senhor”, responda:
Por que o livro de Levítico foi entregue a Israel?
O livro de Levítico foi entregue a Israel, para que este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus.
Como começou a história de Israel como povo santo?
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os demais gentios. Mas, intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus, e foi justificado. Foi exatamente aí que começou a história de Israel como o povo santo do Senhor.
Que exigências Deus fazia ao Sumo sacerdote?
Santidade exterior, santidade interior, santidade e glória.
Qual a proibição do Levítico aos pais israelitas?
Deus proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque. A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor.
Como os cônjuges devem portar-se?
Devem portar-se de forma santa, a fim de preservar a integridade familiar, terminantemente evitar a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Santidade ao Senhor
O que é santificação?
Santificação tem a ver com “separação”, “dedicação”, “purificação”, “consagração” e “serviço”, conforme apresentado pelo teólogo pentecostal, Myer Pearlman, em sua “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”.
A Santificação, no campo espiritual, ocorre de maneira instantânea quando entregamos nossa vida a Cristo, pois Ele nos justifica, regenera e santifica. Entretanto, do ponto de vista da vida cristã na Terra, a santificação é um processo progressivo que envolve a reafirmação de vivência da vida cristã que se permite perseverar em Deus, rompendo radicalmente com o mundo.
O significado da santidade dos sacerdotes
A santidade exigida por Deus aos sacerdotes, no Antigo Testamento, significava a entrega total deles para exercer integralmente a vontade de Deus. Por isso, o sacerdote, bem como os levitas, não recebeu terra nem poderia trabalhar, mas devia ser sustentado pelos seus irmãos de outras tribos, a fim de viver radicalmente para Deus. Os sacerdotes, bem como os levitas, eram o motor que fazia o Tabernáculo, mais tarde o Templo, funcionar o tempo todo. Logo, a consciência de que Deus estava presente no meio de seu povo era diuturnamente lembrada pelo ministério no templo de seus escolhidos.
Santidade dos sacerdotes implicava toda a área da vida: a área moral, sim; a área espiritual também; a área ministerial propriamente dita. Tudo no sacerdote deveria transparecer a santidade ao Senhor. Dizer “Senhor, eu sou teu” importava significar verdade e sinceridade. Do contrário, Deus não aceitava. Ele sempre demonstrou sua não aceitação do falso sacerdote por intermédio do ministério dos santos profetas.
O princípio da santidade hoje
A Palavra de Deus diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pe 2.9,10). Aqui, está exposado o mesmo princípio de santidade esperado na vida dos sacerdotes do Antigo Testamento: “separação”, “dedicação”, “purificação”, “consagração” e “serviço”.
A implicação agora é maior, pois não fomos escolhidos por intermédio do ministério de um grande líder como Moisés, ou do sacerdote Arão, ou sob a liderança de Josué, mas pelo próprio Cristo, o Filho de Deus (Hb 2.1-4).
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OBJETIVO GERAL
Estabelecer a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Mostrar que a santidade é a marca do povo de Deus;
II. Refletir a respeito da santidade no ministério levítico;
III. Compreender que o povo de Deus deve ser santo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), na lição de hoje estudaremos parte do capítulo 20 do livro de Levítico. Nesse capítulo, Moisés enfoca dois tipos de pecados contra o Todo-Poderoso. Ele fala a respeito da ofensa contra a verdadeira religião (20.2-6,27) e ofensas contra a família (vv.9-21). No tempo da Lei, esse tipo de insulto era punido com a morte, pois tais ações colocavam em risco todo o povo de Deus. O objetivo do capítulo é mostrar que todo o povo era responsável em manter a pureza e não somente Moisés.


Conteúdo Adicional
A SANTIDADE DE DEUS
1. Deus é santo. Na Bíblia, e principalmente no Antigo Testamento, o sentido fundamental da palavra “santo” é separado. O pensamento laténte na exortação de Pedro, “sede vós também santos”, (1Pd 1.15), parece ser; Uma vez que o Deus santo os escolheu para serem povo dEle, vocês devem igualmente ser santos, caso queiram gozar de sua plena comunhão. Quando Pedro fala que “é santo aquele que vos cham ou” (v .15), usa o term o hagios que, quando se refere a Deus, dá em primeiro lugar a idéia de ser separado e, em segundo, da sua total perfeição moral. A santidade é o atributo mais revelado de Deus nas Escrituras.
2. Características da santidade de Deus. Deus é a essência absoluta da santidade, da bondade e da retidão, sendo Ele o alvo de toda a busca por santidade, pureza, e justiça. A santidade de Deus é perfeita (1 Sm 2.2) e incomparável (Êx 15.11). É exibida em seu caráter (SI 22.3; Jo 17 .1 1), em seu nome (Is 57.15), em suas obras (SI 145.17) e em seu reino (SI 47.8).
3. Significado. O verbo hebraico qadash, “ser santo”, e seus derivados “santo, santificar, dedicar, consagrar”, no Antigo Testamento, significam “separar”. Quando aplicado à religião de Israel, tem a ideia de “separar para Deus, retirar do uso comum”, tal como pode ser visto em Levítico 10.10. Isso vale para lugares (Êx 3.5), casas e campos (Lv 17.14,16), utensílios e animais (Lv 8.10,11; 10.12,13,17), o ouro do Templo (Mt 23.17,19), pessoas (Êx 28.41) e muitas outras coisas, como dias santos, festas, etc. Assim, o sentido de santidade é de afastar-se de tudo o que é pecaminoso, de tudo o que contamina. A Septuaginta traduz qadosh, “santo”, pelo termo grego hagíos, “santo”, palavra adotada pelos escritores do Novo Testamento.
A SANTIDADE À LUZ DA BÍBLIA (Rbc1 Portal ebd)
Definição do termo. O substantivo “qodesh”, que se traduz como “santidade”, bem como a palavra grega “hagiosyne”, significam basicamente: “estado de separação do que é comum ou impuro; é a característica do que é consagrado exclusivamente a Deus” (Lv 20.24-26; At 6.13; 21.28; 1 Ts 3.13) (WYCLIFFE, 2012, p. 1760 – acréscimo nosso). Segundo Jones (2015, p. 76): o substantivo “qodesh” é usado como raiz das demais formas, incluindo a forma verbal, “qodash”, normalmente traduzida por “ser santo”, “santificar” ou “consagrar”. Santidade e o adjetivo santo ocorrem mais de 900 vezes na Bíblia (TYNDALE, 2015, p. 1656), ficando clara a importância dada pelas Escrituras a tal doutrina.
O Conceito de santidade. O princípio de separação no AT é aplicado em termos gerais, a Deus (Lv 19.2), a objetos (Êx 30.28,29; 40.9), e a pessoas (Lv 8.12; Nm 6.1-11). Deus separou os israelitas para serem uma nação santa (Lv 20.26; Dt 7.6; Dt 14.2). Esse chamado à santidade se fundamentava no fato de agora terem se tornado possessão de Deus, que é santo, e por isso os israelitas deviam estar separados de tudo aquilo que é profano ou comum, tudo o que contamina (SOARES, 2017, p. 117). De acordo com Andrade (2006, p. 326), santidade nas Escrituras tem dois sentidos básicos: “separação do mal e do pecado; e ainda, a dedicação completa ao serviço do Reino de Deus”. Basicamente, santidade é um “corte” ou seja, a “separação” daquilo que é impuro e uma consagração ao que é puro (TYNDALE, 2015, p. 1656), Viver em santidade é uma necessidade para quem quer viver separado da corrupção do pecado e deseja viver única e exclusivamente para Deus, como o fez o apóstolo Paulo (At 27.23).
MOTIVAÇÕES PARA UMA VIDA SANTA
A santidade de Deus (1 Pd 1.16). Santidade tanto no AT como no NT, é atributo que no seu sentido mais elevado e absoluto, se aplica a Deus. O Senhor é descrito como “o Santo de Israel”. Esse título aparece cerca de vinte e quatro vezes no livro do profeta Isaías (Is 10.20; 12.6; 17.7; 29.19; 30.11,12,15; 31.1; etc), aparecendo também em outras partes das Escrituras (2 Rs 19.22; Jó 6.10; Sl 71.22; 78.41; 89.18; Pv 9.10; 30.3; Jr 50.29; 51.5; Ez 39.7; Hc 1.12; 3.3), tal título indica entre outras coisas, o fato de Deus estar separado da criação e de estar elevado acima da mesma (At 17.24,25), como também alude ao contraste com os deuses falsos (Êx 15.11). Santidade é expressamente atribuída nas Escrituras, acada pessoa da Trindade, ao Pai (Jo 17.11), ao Filho (At 4.30), e ao Espírito Santo (Sl 51.11; Is 63.10; Jo 14.26). O Senhor nos chamou para si, e uma vez que ele é Santo (Lv 11.44; Is 6.3; 1 Pd 1.15,16), devemos ser santos: “Como também nos elegeu nele [em Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.14).
A Salvação em Cristo Jesus (1 Pd 1.14,15). O apóstolo Pedro lembra a seus leitores de como eles viviam antes de crerem em Cristo: “[…] não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância” (1 Pd 1.14) e destaca o que eles passaram a ser pela revelação da graça divina em suas vidas (1 Pd 1.13), por meio da fé em Deus (1 Pd 1.21), como Pedro declara (1 Pd 2.9,10). O fato de terem sido resgatados da vã maneira de viver (1 Pd 1.18), pelo precioso, imaculado e incontaminado sangue do Cordeiro, Jesus Cristo (1 Pd 1.18,19), tendo a purificação e regeneração pela ação do Espirito Santo por meio da Palavra (1 Pd 1.22,23). Portanto, a exigência divina é: “[…] como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos […]” (1 Pd 1.15). Lembrando ainda que: a santidade não é o meio para se obter a salvação, mas, podemos afirmar que é a consequência dela.
Característica do autêntico filho de Deus (1 Pd 1.17). A santidade é a marca característica de um verdadeiro servo de Deus, tanto no AT, pois, o caráter santo de Deus deveria ser refletido na vida de Israel (Lv 11.44; Nm 15.40), como no NT, onde nos é dito que a nossa santificação é a vontade direta e perfeita de Deus para nós (1 Ts 4.3). A afirmativa bíblica é que os salvos são filhos de Deus (Rm 8.16), sendo assim, temos aqui um argumento lógico e simples, os filhos herdam a natureza dos pais, logo, sendo Deus Santo, como seus filhos, devemos ter uma vida santa. Somos participantes da natureza divina e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa (2 Pd 1.4).
CARACTERÍSTICAS DE UMA VIDA SANTA
O sangue de Cristo (Hb 10.10,14; 13.12; 1Jo 1.7), o Espírito Santo (1 Co 6.11; 2 Ts 2.13; 1 Pd 1.1,2; Rm 15.16) e a Palavra de Deus (Sl 119.9; Jo 17.17; 15.3; Ef 5.26; Tg 1.23-25; 1 Pd 1.23), segundo Pearlman (2009, pp. 255,256 – acréscimo nosso), são meios divinamente estabelecidos para a santificação do homem, interna e externamente, demonstrada por algumas características, entre as quais, destacamos:
Desprendimento (1 Pd 1.13-a). Os povos do oriente usavam túnicas longas, e quando desejavam andar mais rápido ou sem impedimento, prendiam a túnica com um cinto (Êx 12.11). A imagem é a de um homem que prende as pontas do manto a seu cinto, ficando livre, assim, para correr. Aos que desejam viver uma vida piedosa, devem se abster de tudo que sirva de atrapalho em sua caminhada: “[…] deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1), evitando qualquer distração que impeça a sua conduta (2 Tm 2.4), ocupando a mente com o que de fato é puro (Fp 4.8)
Obediência e reverência (1 Pd 1.14,17). Antes da conversão a Cristo o homem por natureza, é filho da desobediência (Ef 2.2). O apóstolo Pedro ressalta que agora, após a experiência da salvação, não podemos mais viver nas práticas do passado que determinavam o nosso modelo de vida (1 Pd 1.14,15), “não vos amoldeis” significa não entrar no esquema, no modelo. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe, os cristãos são chamados a “mudar de forma”, e a assumir o padrão de Deus (Rm 12.2), vivendo respectivamente de maneira reverente, ou seja, tendo a atitude de quem fala cada palavra, cumpre cada ação e vive cada momento consciente de Deus tendo consciência de que nossas atitudes serão julgadas pelo justo juiz (Dt 10.17; Rm 2.11; 1 Pd 4.17).
Amor sincero (1 Pd 1.22). A vida santa também tem como marca a prática do amor sincero, e isto Pedro afirma como resultado da regeneração: “[…] amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados […]” (1 Pd 1.22,23 – ARA). Esse amor esperado é o que evidencia que passamos da morte para a vida (1 Jo 3.14), e caracteriza o verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.35; ver Rm 12.9; 1 Jo 3.18). O amor é a marca do cristão, pois é a evidência mais eloquente da nossa salvação (LOPES, 2012, p. 58).
A SANTIFICAÇÃO E SEUS ASPECTOS (Lições Bíblicas Jovens e Adultos 4ºTrim. 2001 e 3º Trim. 2017).
O que é. Santificação significa “tornar santo”, “separar do mundo”, “consagrar”, “apartar-se do pecado”, a fim de viver em estreito relacionamento com Deus, servindo-o com fidelidade e alegria. É a transformação da natureza moral e espiritual do crente que o torna participante da natureza divina, por opor-se ao mal e ao mundo para pertencer exclusivamente a Deus, e só a Ele servir. É através da santificação que o crente se aperfeiçoa à semelhança de Deus. Ela só é possível mediante a atuação da poderosa Palavra de Deus e do sangue de Jesus (Jo 17.17; 1 Jo 1.7).
Aspectos da Santificação . Em 1Pd 1.15, a expressão “sede santos” mostra que, com relação aos homens, o termo santos destaca mais o aspecto moral, como se vê na expressão “em toda a vossa maneira de viver”. No v.2 (e igualmente no v.9) o apóstolo refere-se aos crentes como “santificados no Espírito”. Somos santificados pela virtude da obra de Cristo em nosso favor.
A santificação posicional. É o primeiro aspecto da santificação, também chamado de santificação passada ou instantânea. É posicional porque acontece uma mudança no ser humano, de pecador para santificado em Cristo (At 26.18; 1Co 1.2). É a santificação que ocorre quando o pecador recebe, pela fé, a Jesus como Senhor e Salvador pessoal (1Co 1.30). Essa santificação é instantânea, mas é também o começo de uma vida progressiva de santificação.
A santificação real. É conhecida como a santificação presente. Ela é progressiva (Pv 4.18). A cada dia avançamos em santidade: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18).
Santificação futura. É o terceiro aspecto da santificação, conhecido também como “glorificação” (Fp 3.11). Na ressurreição, seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus declara “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como Ele é (1Jo 3.2). Essa é a nossa esperança. quando os salvos ficarão livres da presença do pecado e serão semelhantes a Cristo (1 Jo 3.2; Cl 3.4; Rm 8.29).
Conclusão
“A Santificação precisa ser distinguida da justificação. Na justificação, Deus atribui ao crente, no momento em que recebe a Cristo, a própria justiça de Cristo, e a partir de então vê esta pessoa como se ela tivesse morrido, sido sepultada e ressuscitada em novidade de vida em Cristo (Rm 6.4-10). É uma mudança que ocorre ‘de uma vez por todas’ na condição legal ou judicial da pessoa diante de Deus. A santificação, em contraste, é um processo progressivo que ocorre na vida do pecador regenerado, momento a momento”. Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1762.
TEXTO ÁUREO
“E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” (Lv 20.26)
VERDADE PRÁTICA
A santidade é a marca distintiva do povo de Deus; sem ela, nosso testemunho é ineficaz.
Levítico 20.1-10
1 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 - Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que, dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua semente a Moloque, certamente morrerá; o povo da terra o apedrejará com pedras.
3 - E eu porei a minha face contra esse homem e o extirparei do meio do seu povo, porquanto deu da sua semente a Moloque, para contaminar o meu santuário e profanar o meu santo nome.
4 - E, se o povo da terra de alguma maneira esconder os olhos daquele homem que houver dado da sua semente a Moloque e o não matar,
5 - então, eu porei a minha face contra aquele homem e contra a sua família e o extirparei do meio do seu povo, com todos os que se prostituem após ele, prostituindo-se após Moloque.
6 - Quando uma alma se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir após eles, eu porei a minha face contra aquela alma e a extirparei do meio do seu povo.
7 - Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.
8 - E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica.
9 - Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá: amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue é sobre ele.
10 - Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.
INTRODUÇÃO
O livro de Levítico foi entregue a Israel para que este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus. A santidade, por conseguinte, tanto naquele tempo quanto hoje, continua a ser a marca distintiva dos filhos de Deus.
Nesta lição, veremos que Israel, através das leis e ordenanças levíticas, tinha a obrigação de apresentar-se a Deus e ao mundo como a nação santa, zelosa e servidora por excelência. Que aprendamos, com os israelitas, a adorar e a servir ao Senhor na beleza de sua santidade.
I – SANTIDADE, A MARCA DO POVO DE DEUS
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os demais gentios quando foi chamado por Deus (Gn 11.31). Mas, intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus, e foi justificado (Rm 4.3). Foi exatamente aí que começou a história de Israel como o povo santo do Senhor (Gn 12.1-8).
1. O estado de santidade. No exato instante de sua chamada a uma nova realidade espiritual, Abraão, e com ele todo o Israel, foram elevados ao posto de herança particular e santa do Senhor (Êx 19.5). Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos hebreus. Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de submeter-se a um longo e doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo pode-se dizer da Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como santos pelo apóstolo Paulo (2 Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1 Co 3.1).
2. O processo de santificação. O processo de santificação de Israel, que teve início com Abraão, foi interrompido e recomeçado diversas vezes. Haja vista o conturbado período dos juízes (Jz 2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma nação santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx 19.6; Js 23.6).
Se lermos atentamente os livros de Êxodo e Levítico, verificaremos que o processo de santificação, na vida de um crente hebreu, tinha início com o amor que ele tributava a Deus (Dt 6.5). A partir desse momento, o fiel passava a cumprir todos os mandamentos do Senhor, pois já não os achava pesados (cf.1 Jo 5.3).
Portanto, não existe processo de santificação sem o forte, comprovado e excelente amor a Deus. Quanto mais o amamos, mais nos tornamos santos. E, assim, cumpre-se, em nossa biografia, o que escreveu o sábio (Pv 4.18). Que a recomendação do apóstolo Paulo seja aplicada na íntegra em cada etapa de nossa existência neste mundo (1 Ts 5.23).
3. A santidade como marca. O livro de Levítico tinha como alvo fazer de Israel uma nação distinta por sua pureza e santidade (Êx 19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as excelências de Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios, todavia, acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm 2.17-29).
Em alguns períodos de sua história, Israel de fato destacou-se como herança peculiar do Senhor, haja vista os elogios tecidos pela rainha de Sabá ao rei Salomão (2 Cr 9.1-8). Todavia, a maior parte de sua história foi marcada pela apostasia. Mas, chegará o tempo, em que todo o Israel será redimido e salvo (Rm 11.26).
Se o povo hebreu deveria sobressair-se pela santidade, o que não esperar da Igreja de Cristo? Por essa razão, o apóstolo exorta-nos a andar continuamente em novidade de vida (Rm 6.4). Sem a santidade requerida por Deus nenhum de nós chegará à Jerusalém Celeste (Hb 12.14; Ap 21.8).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A santidade é o que identifica o povo de Deus.
II – A SANTIDADE NO MINISTÉRIO LEVÍTICO
Os sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita à nação de Israel no que tange à santidade e à pureza. Afinal, eram os responsáveis pela santificação do povo, a fim de torná-lo propício diante de Deus.
1. Santidade exterior. Aos ministros do altar, o Senhor impôs uma série de restrições, para que não viessem a comprometer o santo ministério. O sumo sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher que não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com respeito ao luto, deveriam os ministros do altar ser precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o emblema da santidade divina que estava sobre a classe sacerdotal de Israel, nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse alguma deficiência física (Lv 21.17-21).
2. Santidade interior. O sumo sacerdote deveria portar uma lâmina de ouro, que, posta em sua mitra, trazia esta advertência: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a santidade do ministro não poderia ser apenas exterior; sua pureza externa deveria ser um perfeito reflexo de sua santidade interior (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar por um culto formal, o que ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).
3. Santidade e glória. A glória que acompanhou Israel em sua peregrinação, no deserto, tornou-o conhecido como a herança peculiar do Senhor (Êx 13.21,22;16.10). Atemorizados, os gentios sabiam que era impossível amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os israelitas continuassem a usufruir a glória divina era-lhes imprescindível obedecer a Palavra de Deus (Lv 9.6). O mesmo não requer o Senhor de cada um de nós? (Hb 12.14).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus exigia que o ministério levítico fosse santo.
III – A SANTIDADE DO POVO DE DEUS
O Senhor exige, de cada um de nós, a santificação de nossos filhos e de nossa vida conjugal, pois a nossa pureza expressa a sua vontade.
1. A santificação dos filhos. Deus proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque (Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor (Sl 127.3).
Hoje, há pais cristãos, que, sem o saberem, estão entregando seus filhos a “Moloque”, quando, por exemplo, adotam a política criminosa do aborto e quando não os educam conforme recomenda a Palavra de Deus (1 Co 5.8). Ensine, pois, seus pequeninos na admoestação do Senhor, para que sejam pessoas de bem (Ef 6.4). Finalmente, que seus filhos venham a honrá-los como a pais e mães; somente assim poderão ser abençoados (Êx 20.12; Lv 20.9; Ef 6.2).
2. A santificação conjugal. Deus sempre teve um forte compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no Éden (Gn 2.24,25). A fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe terminantemente a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo era tornar a família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a o Salmista (Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de observar o sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem mácula (Êx 20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou.
3. A santificação e a vontade de Deus. A santificação é um processo que exige disciplina, esforço e um profundo amor a Deus (1 Co 9.27). Nesse processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de estar envolvido (Fp 3.12-15;1 Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida do salvo; é uma ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da vontade de Deus (1 Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O povo de Deus precisa ser santo.
CONCLUSÃO
Num momento de emergência nacional, o rei Ezequias convocou os levitas, e ordenou-lhes: “Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia” (2 Cr 29.5). Foi naquela hora que teve início um grande avivamento em Israel. Se nos santificarmos, como requer o Senhor de cada um de nós, em breve experimentaremos uma grande visitação dos céus em nosso país. Amém!
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