É bíblica a ordenação de Apóstolos? - Se Liga na Informação





É bíblica a ordenação de Apóstolos?

Compartilhar isso
A ordenação de Apóstolos é bíblica ou não? Por que se rejeita tanto o ministério Apostólico?

Por Pr. Dunshee Damião



Ordenação de Apóstolos
A ordenação de Apóstolos é bíblica ou não? Por que se rejeita tanto o ministério Apostólico?
Destaco dois grandes motivos. Primeiro por acreditarem que não exista base bíblica para a ordenação de novos Apóstolos. Segundo por acreditarem que a consagração de novos Apóstolos é a busca por superioridade (Poder) na Igreja e não o desejo de servir o rebanho do Senhor.

O conflito por superioridade (Poder), infelizmente, existe. É inegável que muitos cristãos almejam posições de liderança na Igreja para se sentirem superiores aos outros. Entretanto isso ocorre em todas as funções da Igreja (Juventude, Louvor, Senhoras, Diáconos, Presbíteros, etc.) e não podemos cometer o erro de considerar todos “farinha do mesmo saco”.
Acredito que a consagração de Apóstolo seja bíblica e exporei argumentos históricos e bíblicos para tal defesa.
Reconhecimento dos Apóstolos
Antes de tudo ressalto que não existia a ordenação de Apóstolo (Cerimônia de consagração) nos dias da Igreja Primitiva. Ela não separou os primeiros Apóstolos, mas, com o tempo, os reconheceu como tal. Talvez pelo fato deles terem cumprido na íntegra o significado do termo Apóstolo (Enviado, Mensageiro), o conhecimento de Cristo e das Escrituras, a intimidade com Deus, a liderança, as manifestações sobrenaturais, as almas que se converteram; enfim, o ministério deles foi diferenciado! Motivos não faltaram para a Igreja Primitiva os reconhecerem como Apóstolos.

Novos Apóstolos
Houve outros Apóstolos além daqueles que Cristo separou. Os onze Apóstolos iniciais reconheceram essa necessidade e possibilidade. Por isso, eles separaram Matias (At. 1. 23 – 26) para o colegiado de Apóstolos.
A Igreja em Éfeso (Ap. 2. 2) colocou à prova aqueles que se consideravam Apóstolos e não eram. Logo, a Igreja aceitava a possibilidade de novos Apóstolos. Se fossem aprovados teriam seu apostolado reconhecido pela Igreja.
Além disso, o próprio Cristo não os repreendeu por considerarem o reconhecimento de novos Apóstolos. Pelo contrário, Ele os elogiou pela atitude de testarem os supostos Apóstolos, isto é, o cuidado na formação de lideres!
De longe, o principal Apóstolo da Igreja foi Paulo. Tudo o que ele fez, sob aquelas difíceis circunstâncias, nos constrange, desafia e impulsiona a servirmos mais ao Senhor Jesus.
Mesmo cientes de tudo isso e testemunhas oculares do apostolado de Paulo, muitos cristãos da época resistiam em reconhecer o apostolado dele. Acreditavam que ele “não cumpria” os requisitos estabelecidos pelos onze Apóstolos iniciais (At. 1. 21 – 22). Os requisitos eram: ter convivido com Cristo durante muito tempo e ser testemunha da sua ressurreição.
Numa analise rápida e rasa, ninguém hoje preenche aquelas exigências e, na época, poucos preencheriam. Na verdade, as exigências eram cirúrgicas, lógicas e, por mais incrível que pareça, atuais. Os lideres deveriam ter muito conhecimento de Cristo (Graça e conhecimento das Escrituras) e convicção da Sua ressurreição.
Lideres precisam ter bom conhecimento da Palavra de Deus e muita intimidade com Cristo. Para se obter isso é necessário um bom tempo de convivência com Ele. Conhecimento aliado à intimidade com Cristo nos tornam testemunhas convictas do Senhor! Até hoje esperamos e exigimos isso dos nossos lideres, ainda que, infelizmente, alguns não tenham.
Quem, hoje, ousaria questionar o conhecimento, intimidade, experiências e resultados do apostolado de Paulo!? Ninguém. Paulo preencheu aqueles requisitos. Outros também podem.
Deus designa Apóstolos
Em qual referência bíblica existe a proibição de ordenarmos novos Apóstolos? Não existe! Pelo contrário, o Apóstolo Paulo afirma nas passagens de 1Conrítios 12. 28 e Efésios 4. 11 “que Deus designa uns para Apóstolos…”. Existe, sim, o interesse Divino em levantar Apóstolos para servirem a Igreja do Senhor. Até porque as referências supracitadas não se aplicavam ao Apóstolo Paulo nem aos doze, mas a outra geração que viria e ela chegou!

Além disso, as citações de 1Coríntios e Efésios concedem sustentação bíblica à crença e/ou prática existente na Igreja Primitiva, a saber: o reconhecimento (Ordenação) de Apóstolos.
Louvo a Deus por nossa geração perceber, ainda que aos poucos, a vontade do Senhor em levantar o Ministério Apostólico. Oremos por isso diariamente.
Nos passos do Mestre Jesus,
Pr. Dunshee Damião –31 anos, maranhense, casado com a Pra. Hericélia Aguiar, graduado em História pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), colunista do JM Notícia, estudante de teologia na EETAD e Dirigente da Igreja Assembleia de Deus Cristo Vive na Avenida M em Palmas/TO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário