Escola Bíblica Dominical: O Relacionamento com o Espírito Santo - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: O Relacionamento com o Espírito Santo

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Lições Bíblicas nº 61

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 12.22-32
22 - Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via.
23 - E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?
24 - Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.
25 - Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.
26 - E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?
27 - E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes.
28 - Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
29 - Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?
30 - Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.
31 - Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.
32 - E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.

TEXTO ÁUREO
"Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.", At 5.3,4

COMENTÁRIO

Palavra introdutória
Poucos exemplos sobre relacionamento com o Espírito Santo são tão marcantes quanto os que vemos nos relatos de Atos. São muitos os momentos em que vemos o Espírito do Senhor alcançando vidas e transformando corações: Sua descida no Pentecostes, a capacitação dos apóstolos, a expansão do evangelho de Jesus para lugares além de Jerusalém etc.
Esse mesmo poder do Espírito Santo encontra-se a nossa disposição hoje para nos tornar testemunhas mais eficazes de Cristo. Quanto melhor entendermos a forma como o Espírito operou no Pentecostes, mais capazes seremos de nos relacionar com Ele e de experimentar Seu poder. O ministério do Espírito é glorificar a Cristo na vida e no testemunho do cristão (Jo 16.14), e é isso o que importa (WIERSBE, Geográfica, 2007a, p. 526).

1. O ESPÍRITO SANTO E O CRISTÃO
O Espírito Santo é a virtude derramada por Cristo sobre Seus seguidores . Ele é o responsável pela realização de prodígios e por mover o coração do crente na direção que o Senhor deseja.

1.1. O Espírito Santo é a única virtude
Desde o primeiro dia de seu estabelecimento, a Igreja está debaixo da administração do Espírito Santo, que cuida diuturnamente dela, abençoando os que se tornam parte do corpo de Cristo (At 11.26). A Igreja não teria sobrevivido por dois milênios sem a assistência do Espírito.
Filipe foi o primeiro a ativamente levar o evangelho para fora de Jerusalém (At 8.4-40). Por causa da perseguição que seguiu a morte de Estêvão, Filipe foi para a Samaria, onde realizava milagres e expulsava demônios. Muitos se tornaram cristãos, inclusive Simão, um mágico feiticeiro.
Em resposta à conversão dos samaritanos, Pedro e João vieram de Jerusalém, impuseram as mãos sobre os novos cristãos, e eles receberam o Espírito Santo. Quando Simão viu que o Espírito Santo era dado pelos apóstolos, ele ofereceu dinheiro para ter essa capacidade. Pedro falou duramente a Simão, dizendo-lhe da necessidade de arrepender-se de sua impiedade (At 7.18-25).

1.2. O mover do Espírito Santo não pode ser detido
Atos dos apóstolos começa com a transferência da responsabilidade e da autoridade para os apóstolos. Jesus os comissionou, subiu ao céu e o Espírito Santo desceu com poder para começar a salvar os judeus perdidos, primeiro, e depois trazer os gentios a salvação. A oposição rapidamente se levantou, tanto de dentro como de fora da Igreja. Contudo, o poderoso mover do Espírito Santo não podia ser detido enquanto a Palavra de Deus se espalhava e o número de discípulos crescia em Jerusalém (TOWNS, GUTIERREZ, Central Gospel, 2014, p. 94,97).
Hoje não somos mais uma igreja primitiva, como nos primórdios, mas o Espírito continua responsável por vocacionar homens e mulheres a fim de continuar a obra de Jesus no resgate dos perdidos, no acolhimento dos necessitados e na expansão do corpo de Cristo.

2. PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

2.1. Resistir obstinadamente ao Espírito Santo
Ao longo dos séculos Israel se recusara submeter-se a Deus e a obedecer às verdades por Ele reveladas. Seus ouvidos não escutavam a verdade, seu coração não recebia a verdade e seu pescoço não se encurvava à verdade. Em decorrência disso, mataram o próprio Messias e, depois, ainda resistiram insistentemente contra o Espírito Santo.
A nação não quis aceitar a nova verdade que Deus vinha revelando ao longo das eras. Em vez de enxergar a verdade de Deus como uma semente que produz frutos e mais sementes, os líderes "embalsamavam" a verdade e se recusavam a aceitar qualquer coisa nova. Quando Jesus veio ao mundo, a verdade de Deus estava incrustada de tantas tradições que o povo não conseguiu reconhecê-la quando esta lhe foi apresentada. As tradições mortas dos homens haviam substituído a verdade viva de Deus (Mt 15.1-20).

2.2. Mentir ao Espírito Santo
O pecado de Ananias e Safira foi instigado por Satanás (At 5.3), uma questão extremamente séria. Se Satanás não consegue derrotar a Igreja com ataques externos, infiltra-se em seu meio e trabalha em seu interior (At 20.28-31).
O pecado do casal foi motivado pelo orgulho, algo que Deus considera particularmente abominável (Pv 8.13). Por certo, a igreja louvava ao Senhor pela oferta generosa de Barnabé quando Satanás sussurrou ao casal: "Vocês também podem desfrutar desse tipo de glória! Façam os outros pensarem que são tão espirituais quanto Barnabé!". Ao invés de resistirem às investidas de Satanás, Ananias e Safira cederam ao inimigo e planejaram uma estratégia, mas o seu fim foi trágico (WIERSBE, Geográfica, 2007a, p. 546,560).

2.3. Blasfemar contra o Espírito Santo
A blasfêmia contra o Filho do Homem é perdoada, mas não a blasfêmia contra o Espírito Santo? O segredo parece estar no título Filho do Homem, que descreve Jesus ou o Messias em termos humanos; Ele era um homem. Alguém pode analisar quem era Jesus e concluir que Ele não passava de um ser humano. No entanto, se o Espírito Santo convencer alguém que Jesus é mais do que um simples mortal, mas essa pessoa se recusar a aceitar o ministério do Espírito Santo, certamente não haverá perdão para ela (Mt 12.31,32).
O pecado contra o Espírito Santo é chamado de blasfêmia porque indica que uma decisão final e irrevogável foi tomada.
O pecado que não é perdoado é a rejeição obstinada da obra do Espírito Santo em convencer-nos do perdão que Cristo nos oferece. Referindo-se especificamente aos líderes de Israel, Jesus ofereceu a todos eles as provas que estavam esperando - o ministério de João, o testemunho do Pai, as profecias do Antigo Testamento, Seu próprio testemunho e a autenticação do Espírito Santo. Mas, já que eles rejeitaram todas as evidências de que Jesus era o Messias, nada mais lhes seria concedido (RADMACHER, ALLEN, HOUSE, Central Gospel, 2010, p.42).

2.4. Entristecer o Espírito Santo
Paulo apresenta alguns motivos pelos quais entristecemos o Espírito Santo. Em primeiro lugar, temos a amargura e a ira, elas entristecem o Espírito Santo. Ele habita dentro do cristão, e, quando o coração está cheio de amargura e de ira, o Espírito se entristece.
O Espírito Santo encontra Sua maior alegria em um ambiente de amor, alegria e paz, pois esses são o fruto do Espírito que Ele produz em nossa vida quando lhe obedecemos. O Espírito Santo não pode nos deixar, pois nos selou até o dia em que Cristo voltará para nos levar ao nosso lar.
Em segundo lugar, nosso pecado entristece nosso Mestre, que morreu por nós. Em terceiro lugar, entristece a Deus Pai, que nos perdoou quando aceitamos a Cristo. Paulo identifica, de maneira específica, a causa fundamental da atitude amargurada: nossa capacidade de perdoar. Um espírito rancoroso dá espaço ao trabalho do diabo e se torna um campo de batalha para os cristãos. Se alguém nos magoa, intencionalmente ou não, e não perdoamos essa pessoa, começamos a desenvolver uma amargura que endurece nosso coração. Devemos ter um coração terno e bondoso, mas, em vez disso, ficamos com o coração empedernido e amargurado (Ef 4.17-32).

CONCLUSÃO
Nessa lição, consideramos a importância do Espírito Santo como fundador da Igreja e como Seu mantenedor. Além disso, vimos que nossos pecados podem retirar nossa alegria e atrapalhar nosso relacionamento com Ele. Somos selados pelo sangue de Jesus, pela operação do Espírito Santo, e Ele tem o propósito de caminhar sempre conosco, sem nunca nos abandonar. Contudo, devemos tomar certos cuidados e evitar que a mentira, a soberba, a blasfêmia e o coração duro impeçam que a virtude do Espírito se manifeste em nós.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Cite alguns tipos de pecados, relatados na lição, que atentam contra a santidade do Espírito e atingem nosso relacionamento com Ele?

2. Por que o pecado contra o Espírito Santo é chamado de blasfêmia?
Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 61

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