A jornalista chegou a denunciar a situação para o RH da emissora, mas não aconteceu nada com os assediadores
A jornalista Carina Pereira, ex-apresentadora do Globo Esporte na edição de Minas Gerais, desabafou nas redes sociais após seu desligamento da emissora e denunciou o assédio sofrido dentro do ambiente de trabalho.
Segundo a apresentadora, o assédio moral acontecia por parte de colegas e dos superiores. Durante o período que esteve na editoriaa de esporte, de 2017 a 2019, ouviu dos colegas piadinhas e cantadas.
“Ele dizia: ‘Ah, a Carina consegue essa exclusiva porque é mulher, a Carina tem o que você não tem, oferece o que você não oferece…’ Quando era colega, eu retrucava, mas quando era o chefe, não, porque era alguém que eu respeitava e admirava. Eu ficava calada e as coisas foram piorando”, disse.
Carina contou que os chefes insistiram para que ela participasse de uma viagem profissional, porém a intenção deles era se gabar da imagem dela.
“Quando chegou lá, teve uma reunião. O chefe de lá elogiou o meu trabalho, e esse outro chefe falou assim: ‘A Carina faz sucesso mesmo, ela é até pedida em casamento no Instagram’. Eu ficava calada, mas aquilo me doía”, ressaltou. Acabou a reunião, ele disse: ‘Se fosse eu, fulano, ciclano, essa reunião não teria durado cinco minutos. Mas mulher né? Ser mulher é bom demais, fácil demais. Com você, a reunião durou meia hora’.”
A jornalista chegou a denunciar a situação para o RH da emissora, mas não aconteceu nada com os assediadores. Carina foi mudada de horário e de função, além de ter sofrido represálias.
Sem a resolução do caso, a apresentadora desenvolveu depressão e após um período de férias pediu para sair da emissora.´
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