Dilma só deve subir em palanques em que base estiver unida - Se Liga na Informação





Dilma só deve subir em palanques em que base estiver unida

Compartilhar isso
Dilma
Presidenta Dilma Rousseff só apoiará campanhas se houve união na base das alianças partidárias
A presidenta da República já deu, no fim de 2011, uma pista de como pretende se comportar até as eleições municipais de outubro. Mas líderes dos partidos que integram a coalizão governista gostariam de ter Dilma Rousseff em seus palanques e esperam um novo sinal do Palácio do Planalto para saber qual será a participação da presidenta na campanha e o que o governo fará para evitar que as presenças dela e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva provoquem atritos entre as legendas da base.
O PMDB gostaria de ver a situação esclarecida numa conversa “franca e aberta” entre o vice-presidente Michel Temer, Dilma e Lula. O pacto definiria também os limites de atuação de Temer, presidente licenciado do PMDB.
No fim do ano passado, durante entrevista concedida em Porto Alegre, a própria presidente antecipou-se e tocou no assunto. Perguntada se já tinha um candidato a prefeito na cidade, disse que está “cada vez mais inclinada a não participar de eleições” nos casos em que os partidos que integram a base que garante sustentação ao governo no Congresso Nacional estiverem divididos. Parlamentares governistas apoiam a ideia de que ela se ausente dos palanques, sobretudo no primeiro turno.
– Essa é uma preocupação de todos, reconheceu um dirigente do PMDB. “O ideal é ela [Dilma] se poupar para o segundo turno, para o momento decisivo.”
Segundo o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, o assunto ainda não foi tratado com os articuladores políticos do Palácio do Planalto e do PT. Mesmo assim, Dias concorda com a receita defendida por pemedebistas e pela própria Dilma. “Nos palanques em que os partidos da base não estiverem reunidos, ela não deve se manifestar. Acho que essa é a melhor forma”, ponderou.
Por outro lado, nas praças em que a base estiver unida, a pressão será forte para que Dilma ajude a impulsionar a campanha do candidato aliado. Se a grande maioria dos partidos governistas integrar a chapa a ser encabeçada pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), o Rio de Janeiro poderá ser um desses locais. Por enquanto, porém, o PR do deputado Anthony Garotinho negocia uma aliança com o DEM de Cesar e Rodrigo Maia.
Goiânia é outro exemplo. Apesar de PP, PCdoB e PTB cogitarem voos solos, PMDB e PT já fecharam um acordo em favor da candidatura do petista Paulo Garcia à reeleição. Garcia era vice do ex-prefeito Iris Rezende, que renunciou para disputar o governo de Goiás em 2010 e perdeu a eleição.
São Paulo, por sua vez, é citado por petistas e aliados como um dos municípios em que Dilma dificilmente desembarcará durante o primeiro turno da campanha eleitoral. O PMDB até agora não abre mão de lançar a candidatura do deputado Gabriel Chalita, e o PDT do deputado Paulo Pereira da Silva e o PCdoB, que tem em suas fileiras o vereador Netinho de Paula, também estudam a possibilidade de entrar na disputa. Em Porto Alegre, onde Dilma construiu sua carreira na administração pública, a base aliada também não chegou ainda a um entendimento.
Líderes dos partidos aliados, porém, dão como certa a participação do ex-presidente Lula na campanha da capital paulista e de outras grandes cidades, a favor do PT. O ex-presidente teve papel ativo na construção da candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, e o PT considera fundamental retomar o poder na maior cidade do país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário