Ataques após jogo do Palmeiras deixam 8 mortos em Osasco

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Marcelo Longarini foi morto na rua Palmital, segundo a polícia
Foto: Thiago Tufano/Terra

A Polícia Civil de Osasco registrou ao menos oito mortes em nove ataques após o jogo do Palmeiras pela final da Copa do Brasil no início da madrugada desta quinta-feira em vários bairros de Osasco, na Grande São Paulo. Ao menos nove pessoas foram atingidas por tiros. A PM negou, por meio de nota oficial, que as mortes tenham sido provocadas por brigas entre torcidas. De acordo com a corporação, "os criminosos aproveitaram o horário, em que se dava a salva de fogos, para 'disfarçar' o estampido dos disparos de suas armas".Direto de Osasco

Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, o ataque seria contra torcedores que comemoravam o título do time alviverde. Mais tarde, porém, foi informado que nem todos os mortos eram palmeirenses. Testemunhas relatam que, em alguns dos ataques, suspeitos passaram atirando de carro e, em outros casos, os atiradores passaram de moto.

Segundo a polícia, a única pista é de que um dos ataques foi feito por homens dentro de um Pálio vinho. Os locais dos crimes são conhecidos por abrigarem pontos de venda de drogas na cidade.

A nova vítima, João Manoel Gonçalves Santos, 46 anos, foi internada, mas não corria risco de morte. Pelo menos três das vítimas tinham passagem pela polícia.

Vítimas
A Polícia Civil investiga uma suposta conexão entre os assassinatos, traçando uma rota entre os locais dos crimes, que aconteceram entre 1h e 5h desta quinta-feira. Segundo a investigação, Jailton Rodrigues da Silva, 29 anos, foi morto na rua Cuiabá, no bairro Rochoale,ao lado de Robson Cardoso Godoi, 22 anos.

No bairro Munhoz Júnior, a polícia registrou as mortes de Antônio Carlos Junior, 46 anos, na rua Patrocínio Paulista; Edison Silvestre da Silva, 35 anos, e Marcelo Lúcio Gaspar, 31 anos, na rua Palmital e Daniel Pereira Medrado, 23 anos, na rua José Marques Resende.

Ainda foram registradas as mortes de Dênis dos Santos, 34 anos, na rua Santo Expedito e de Adriano Barbosa, 24 anos, na rua Jade, esse último no bairro Mutinga.

De acordo com a irmã de uma das vítimas, que não quis se identificar, o irmão era palmeirense, mas ela não sabe o que motivou o crime. "Nem cigarro ele fumava. Ele estava com camisa do Palmeiras e era palmeirense, mas não tinha nada a ver. Falta justiça e policiamento na rua. Isso tudo é muito estranho, mas pra mim foi maldade das pessoas", disse.

Apesar desse testemunho, a Polícia Militar afirmou que "nenhuma das vítimas estava com uniforme daquele clube de futebol (Palmeiras)". O caso foi registrado no 10º DP, no Jardim Baronesa.

Terra