Com as campanhas a todo vapor já nas ruas da capital baiana, os olhos dos eleitores e opositores se voltam para o que for possível na intenção de alfinetar sobre qualquer situação. Em meio à crise que o governo estadual enfrenta – tentando gerir uma greve na educação que já bate recorde – totalizando 99 dias, o desgate na imagem de Jaques Wagner parece não atingir só os professores e parte da população, mas cai como uma luva para as críticas da oposição.
Com o prato feito, o cacique do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, não perdeu tempo e fez questão de ressaltar o porquê de em algumas placas do candidato Nelson Pelegrino, não aparecer o governador. “Rapaz, que coisa o Nelson Pelegrino esta escondendo o J Wagner de suas propagandas,ja repararam isso? ” (sic)
Sem propaganda
Enquanto um não coloca o outro, a Justiça determinou que uma campanha do Estado fosse retirada do ar. “É de Salvador. É de Todos Nós”. O governo da Bahia teve 48 horas para retirar a propaganda do ar. A determinação é do juiz Ricardo D’Ávila, da 17ª Zona Eleitoral, que concedeu liminar favorável à ação da coligação DEM/PSDB/PPS/PV/PTN.
Na sexta-feira (13), a campanha do deputado federal ACM Neto (DEM) à prefeitura de Salvador pediu à Justiça Eleitoral que retirasse do ar toda a propaganda do governo do Estado que faz referência à cidade de Salvador. Alegou que era uma forma subliminar de ajudar Pelegrino. E o juiz acatou.
O descumprimento da decisão prevê multa de R$ 5 mil por dia.
Desgaste
É certo que o que parecia óbvio, não está tão claro assim. Aquilo que hoje se torna a arma dos demais prefeituráveis, serve como combustível para fortalecer o pensamento de que, se Pelegrino não quer atrelar a imagem dele a Jaques Wagner na corrida eleitoral, é porque o apoio tão desejado talvez não valha mais a pena e seja um tiro contra o próprio pé
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