Soberanos, Alison e Emanuel batem letões e vão à final do vôlei de praia
Após um início arrasador, Alison e Emanuel superam reação de Plavins
e Smedins no segundo set, vencem por 2 sets a 0 e garantem medalha
Com uma atuação de gala, Alison e Emanuel despacharam Plavins e Smedins, da Letônia, por 2 sets a 0 (21/15 e 22/20), nesta terça-feira, e se classificaram para a grande decisão das Olimpíadas. Depois de um passeio no primeiro set, a dupla verde-amarela parecia que ia trilhar o mesmo caminho no segundo, mas os adversários reagiram a partir da metade da parcial e venderam caro a vitória. Com o resultado, o país já garantiu uma medalha em Londres. Quem vencer o jogo entre os alemães Brink e Reckermann e os holandeses Nummerdor e Schuil pega o Brasil na final.
- Eles mudaram a tática e começaram a sacar mais em mim. Estava ventando um pouco e eu comecei a errar a bola. A verdade é essa. E eles são jogadores mais baixos. Quando você é mais alto, não vê o cara embaixo. Eu estava atacando e voltando, mas o Emanuel me deixou tranquilo em todos os momentos. Disse “calma, calma, continua fazendo o seu”. E foi isso que aconteceu no final. O jogo é sempre mais no Emanuel, mas foi bom isso, ter mudado na semifinal. Se acontecer de novo na final, já estou preparado - disse Alison.
Confiante, o Brasil entrou na Arena de Vôlei de Praia com um bom volume de jogo. Após um início equilibrado, a equipe canarinho deslanchou e abriu uma boa vantagem com um ataque no fundo da quadra. Ao lado do experiente companheiro, Alison ganhou confiança não só no bloqueio como para virar as bolas, pressionando os rivais, que passaram a cometer erros tentando driblar os favoritos. Emanuel, ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008, estava inspirado no ataque, enquanto o Mamute era uma muralha na rede. Os letões estavam perdidos, ficaram seis pontos atrás dos brasileiros (16 a 10) e a reação não veio. A dupla verde-amarela teve um desempenho impecável e fechou a parcial em 21 a 15, em 18 minutos, sem dificuldades.
Forçando os saques em cima de Alison e arriscando ataques no fundo de quadra, Plavins e Smedins adotaram uma estratégia diferente para parar o Brasil no segundo set. Depois de ficar apenas um ponto atrás do time canarinho (11 a 10), parecia impossível que os letões pudessem encostar no placar. Mais uma vez, eles viram os adversários crescerem na partida: 15 a 10. O nível técnico dos estrangeiros era inferior e eles não tiveram armas suficientes para lutar de igual para igual com os brasileiros. Demorou, mas a dupla da Letônia finalmente acordou, deixou os erros de lado e chegou perto em uma diagonal de Smedins: 18 a 17. Depois de explorar o bloqueio brasileiro, os letões empataram: 19 a 19. O jogo ficou dramático, o Brasil suou, mas conseguiu fechar o set no bloqueio do Mamute: 22 a 20.
De virada, dupla
americana desbanca
Juliana e Larissa e
avança à decisão
Jennifer Kessy e April Ross vencem brasileiras por 2 sets 1 e encaram as compatriotas e bicampeãs mundiais Walsh e May na final, quarta-feira
Um dia de muita chuva, vento forte e tempo frio, com os termômetros marcando 14º C, virou o pior pesadelo de Juliana e Larissa. Após um início impecável, elas caíram de produção e deixaram escapar a vitória, nesta terça-feira, em Londres. As americanas Jennifer Kessy e April Ross venceram as campeãs mundiais, de virada, por 2 sets a 1 (15/21, 21/19 e 15/12) e agora têm uma difícil missão em busca da medalha de ouro. Na outra semifinal, as bicampeãs olímpicas Walsh e May derrotaram as chinesas Xue e Zhang por 2 a 0 (22/20 e 22/20) e vão medir forças com as compatriotas na decisão, nesta quarta-feira, às 17h (horário de Brasília). Na preliminar, as brasileiras enfrentam as asiáticas, às 15h, de olho no bronze.
E um dado impressionante torna a derrota ainda mais cruel. Juliana e Larissa haviam vencido os nove últimos jogos contra Kessy e Ross. Não perdiam para elas desde maio de 2010. Agora, em 22 partidas, são oito triunfos das brasileiras, contra quatro das americanas.
- A gente estava administrando bem o segundo set, mas a Larissa, infelizmente, cantou uma bola fora, mas deu o saque em cima da linha. Tudo estava dando certo para elas. É óbvio que eu estou desapontada. Merecíamos a vitória, mas não ganhamos. Merecedor se faz dentro de quadra, e as merecedoras foram elas - disse Juliana.
A companheira disse que a dupla poderia ter demonstrado mais atitude, mas destaca que o torneio é de alto nível e as quatro melhores equipes do mundo nos últimos quatro anos estão presentes. Quem joga mal está fora.
- Faltou um pouquinho mais de atitude, tanto da minha parte como da Juliana. Eu estava ali no jogo, ela tinha que ter participado mais, mas é isso. Às vezes a gente ganha, outras perde. Em Londres, estão as quatro principais duplas do mundo nos últimos quatro anos. E é isso aí. Jogou mal, vai perder. Nosso 100% não foi suficiente para vencer - completou Larissa.
O
jogo
O time verde-amarelo jogou muito bem o primeiro set e não deu chances às rivais. Com boas defesas de Larissa, três pontos de saque e uma pontaria afiada no ataque, as brasileiras fizeram 16 a 12. No capricho, viraram as bolas de forma tranquila. Larissa instigava Juliana com conselhos e algumas puxadas de orelha em busca da perfeição, e a dupla fechou parcial em 21 a 15, sem sustos.
Os Estados Unidos entraram com uma outra postura no segundo set, marcado pelo equilíbrio. No contra-ataque de Juliana, o Brasil abriu três pontos de vantagem (9 a 6) e ficou em uma situação confortável. As americanas forçaram o saque em cima de Larissa, mas a pressão não abalou a campeã mundial. Kessy e Ross não se intimidaram e empataram após um ace: 14 a 14. As brasileiras sofreram um apagão e viram as rivais crescerem na partida. Os Estados Unidos acertaram o tempo de bloqueio e não deixaram escapar oportunidades para ampliar: 17 a 15. A dupla canarinho ainda tentou forçar o saque, mas nada atrapalhava as americanas, que fizeram 21 a 19.
O tie-break começou disputado, com as duas duplas pontuando após a recepção de saque. Finalmente, o Brasil acertou um belo contra-ataque com uma pancada de Larissa e deixou tugo igual (5 a 5). A veterana caiu de produção, teve dois erros de ataque seguidos, e os Estados Unidos assumiram o controle do jogo: 8 a 6. A situação ficou cada vez mais complicada e as brasileiras não conseguiam mudar o quadro. Após um belo rali, Juliana colocou a bola na areia, fez o 10º ponto, mas a companheira atacou para fora na sequência: 12 a 10. As americanas administraram a vantagem e abriram 14 a 11. Foi duro, Juliana e Larissa ainda salvaram um match point, mas já era tarde demais: 15 a 12.
Informações: http://globoesporte.globo.com/
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