“Sou o homem mais rico do mundo”, diz Macedo a Bloomberg

Líder da Universal entrou neste ano na lista de bilionários brasileiros. Em longo perfil da Bloomberg, ele se reconhece como o mais rico do mundo "do ponto de vista da fé em Jesus”

Edir Macedo: "Do ponto de vista da minha fé em Jesus Cristo, sou o homem mais rico do mundo"

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São Paulo – Tornar-se um dos 43 brasileiros a integrar listas internacionais de bilionárioschamou atenção global para Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus. Com fortuna estimada em 1,2 bilhão de dólares, o bispo foi tema de extenso perfil na revista Bloomberg Businessweek. Macedo, que só concedeu entrevista por e-mail, se reconheceu com o mais rico entre os mortais.

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“Do ponto de vista da minha fé em Jesus Cristo, sou o homem mais rico do mundo", disse à agência norte-americana.

A reportagem coloca Macedo como “uma figura de destaque nacional” no Brasil que foi feito bilionáriocom as doações recebidas nos últimos 36 anos.  

“Nas pregações de Macedo, o dízimo - dar 10% de suarenda para a igreja - é um mandato de Deus”, diz a revista.

O cálculo da Bloomberg para chegar à fortuna de Macedo considera apenas a TV Record. A emissora brasileira foi alvo de um entre os mais de 20 processos enfrentados pelo bispo, um deles nos Estados Unidos.

“Ele nunca foi condenado e foi preso apenas uma vez, por 11 dias em 1992, acusado de fraude, charlatanismo e curandeirismo. As acusações foram rejeitadas por falta de provas, como a maioria das que foram levantadas contra ele”, ressalta o texto.

A agência norte-americana ouviu pessoas próximas a Macedo e reconta os passos de suacarreira, além de ouvir as críticas feitas ao religioso e homem de negócios. O retrato se divide entre uma pessoa que abre mão dos bens materiais – e de dividendos da Record –, e um homem que só almeja o crescimento.

"Não se tratava mais de salvar as pessoas e levá-las a Deus. Tratava-se de extrair o máximo possível delas", disse Jorge Coelho da Cunha, um ex-pastor da Universal. Para inveja de muitas empresas, a Igreja está presente hoje em quase 200 países.

João Batista Ramos da Silva , ex-deputado federal flagrado em um jato com 10 milhões de dólares da congregação - e homem forte tanto na Record quanto na Universal - defende Macedo de forma pragmática. Diz ele à Bloomberg:

“A Igreja Universal é como uma empresa para salvar almas”, afirma. E o CEO, ele mesmo coloca, todos sabem quem é. 

Fonte: Revista Exame