No Sertão do Cariri, Várzea Alegre tem 40 mil habitantes e uma vocação para alegria. Estampada até na bandeira da cidade.
A pesquisa revela que o relacionamento com amigos e parentes pode ser mais importante do que o dinheiro para quem busca a felicidade. Reforça a conclusão de outros estudos americanos de que só a conta recheada não garante a satisfação com a vida.
Portanto, a felicidade não tem mesmo endereço. Pode estar nas mansões dos chiques e famosos americanos, ou em um recanto mais simples no Nordeste brasileiro.
No Ceará, por exemplo, tem cidade com Alegria até no nome.
“Aqui o povo gosta muito de se divertir, de ser alegre”, conta Maria Félix Pereira, aposentada.
No Sertão do Cariri, Várzea Alegre tem 40 mil habitantes e uma vocação para alegria. Estampada até na bandeira da cidade.
Uma realidade bem diferente da Califórnia. Mais da metade da população sobrevive com uma renda inferior a um salário mínimo.
“Temos mais felicidade do que dinheiro no bolso. Essa é uma característica do brasileiro profissão esperança”, ressalta Marcelo Neri, presidente do IPEA.
“As pessoas que ganham milhões de dólares na loteria são mais felizes no dia seguinte, mas depois de um ano, elas podem estar mais tristes, porque não sentem prazeres em atividades comuns. A felicidade vai muito além do dinheiro”, explica James Fowler.
A economia de Várzea Alegre gira graças a fama de cidade festeira. Reconhecida pela organização do Carnaval, São João e a festa do padroeiro: São Raimundo Nonato.
Globo Repórter: O que o povo festeja tanto aqui? O que tem para festejar?
Mulher: Nós.
Várzea Alegre está na região mais feliz do Brasil, segundo uma pesquisa do IPEA. Os moradores do Nordeste alcançam os maiores índices de satisfação com a vida, com no 7,3 em uma escala de 0 a 10. Uma concentração de gente contagiada pelo vírus da felicidade.
Pelé, o craque da criatividade. Palito, o palhaço que faz das ruas, picadeiro. Dois personagens que ganham a vida distribuindo alegria. Pelé ganha R$ 7 por hora para fazer propaganda.
Palhaço Palito faz show na porta das escolas durante o recreio e ganha a vida com salgadinhos a R$ 1,50.
Antes de pintar o rosto, João Mendonça, o Palito, trabalhava na roça. O sonho de ser palhaço nasceu ainda criança, mas na infância virou pesadelo.
“Eu queria fugir em um circo, em um grande circo. Aí minha vizinha falou para meu pai. Ele me pegou e me deu uma surra muito grande. Em que eu abandonei o sonho de palhaço, esqueci. E só foi restaurado quando eu fiz um curso de teatro, já com 18, 20 anos. Aí restaurou o palhaço. Aí eu vesti a roupa de palhaço e comecei a fazer show, a animar aniversário. Tudo aquilo que ficou guardado parece que saiu de uma vez”, conta João Mendonça “Palito”, vendedor de salgados.
Portanto, a felicidade não tem mesmo endereço. Pode estar nas mansões dos chiques e famosos americanos, ou em um recanto mais simples no Nordeste brasileiro.
No Ceará, por exemplo, tem cidade com Alegria até no nome.
“Aqui o povo gosta muito de se divertir, de ser alegre”, conta Maria Félix Pereira, aposentada.
No Sertão do Cariri, Várzea Alegre tem 40 mil habitantes e uma vocação para alegria. Estampada até na bandeira da cidade.
Uma realidade bem diferente da Califórnia. Mais da metade da população sobrevive com uma renda inferior a um salário mínimo.
“Temos mais felicidade do que dinheiro no bolso. Essa é uma característica do brasileiro profissão esperança”, ressalta Marcelo Neri, presidente do IPEA.
“As pessoas que ganham milhões de dólares na loteria são mais felizes no dia seguinte, mas depois de um ano, elas podem estar mais tristes, porque não sentem prazeres em atividades comuns. A felicidade vai muito além do dinheiro”, explica James Fowler.
A economia de Várzea Alegre gira graças a fama de cidade festeira. Reconhecida pela organização do Carnaval, São João e a festa do padroeiro: São Raimundo Nonato.
Globo Repórter: O que o povo festeja tanto aqui? O que tem para festejar?
Mulher: Nós.
Várzea Alegre está na região mais feliz do Brasil, segundo uma pesquisa do IPEA. Os moradores do Nordeste alcançam os maiores índices de satisfação com a vida, com no 7,3 em uma escala de 0 a 10. Uma concentração de gente contagiada pelo vírus da felicidade.
Pelé, o craque da criatividade. Palito, o palhaço que faz das ruas, picadeiro. Dois personagens que ganham a vida distribuindo alegria. Pelé ganha R$ 7 por hora para fazer propaganda.
Palhaço Palito faz show na porta das escolas durante o recreio e ganha a vida com salgadinhos a R$ 1,50.
Antes de pintar o rosto, João Mendonça, o Palito, trabalhava na roça. O sonho de ser palhaço nasceu ainda criança, mas na infância virou pesadelo.
“Eu queria fugir em um circo, em um grande circo. Aí minha vizinha falou para meu pai. Ele me pegou e me deu uma surra muito grande. Em que eu abandonei o sonho de palhaço, esqueci. E só foi restaurado quando eu fiz um curso de teatro, já com 18, 20 anos. Aí restaurou o palhaço. Aí eu vesti a roupa de palhaço e comecei a fazer show, a animar aniversário. Tudo aquilo que ficou guardado parece que saiu de uma vez”, conta João Mendonça “Palito”, vendedor de salgados.
O destino mudou os caminhos, mas não o rumo da felicidade.
Globo Repórter: Você se sente realizado?
Palito: Me sinto. Realizado, feliz. Todo dia eu agradeço a Deus por mais um dia de vida e pela minha felicidade. Eu não tenho mais sonho a ser realizado. O último sonho que eu tinha era esse.
Pelas ruas de Várzea Alegre, pouca gente deve conhecer Antônio José de Sousa, mas Pelé é sem dúvida a figura mais popular da cidade. Ele mora em uma casa que está sempre de portas abertas para receber amigos e vizinhos. E lá está um dos segredos da felicidade dessa figura cearense. A família do Pelé está muito, muito próxima. A maioria dos parentes, inclusive, vive sob o mesmo teto.
Mãe, pai, filhos e agregados unidos para compartilhar a vida e dividir as despesas.
“Dinheiro não importa tanto não. O que importa é a gente estar feliz e estar junto com a família e com os amigos”, afirma Antônio José de Sousa “Pelé”, locutor.
A harmonia em família também se revela com o dom herdado por todos. Até a próxima geração já está bem encaminhada. O talento é tão grande que até dispensa os instrumentos. O dom de dona Rita, mulher de Pelé, é a costura.
“Não tem riqueza, não tem bens materiais, mas nós somos felizes, graças a Deus”, diz Rita Cardoso, costureira.
Já seu Luiz, pai de Pelé, aos 90 anos decidiu ir para a escola. Dois quilômetros de caminhada, para desvendar o enigma das palavras. O espírito jovem surpreende todas as gerações.
“Noventa anos e continua estudando, é difícil a pessoa chegar assim”, diz Márcio Edvaldo de Freitas, estudante.
“Tem que estudar, porque é uma alegria”, afirma Luiz José de Sousa, aposentado.
“É possível ser feliz, sempre. Não existe receita. O desafio está se recolocando a cada etapa da vida e eu acho muito importante a pessoa ter projeto. Ter desafio”, destaca Eduardo Giannetti.
Globo Repórter: Você se sente realizado?
Palito: Me sinto. Realizado, feliz. Todo dia eu agradeço a Deus por mais um dia de vida e pela minha felicidade. Eu não tenho mais sonho a ser realizado. O último sonho que eu tinha era esse.
Pelas ruas de Várzea Alegre, pouca gente deve conhecer Antônio José de Sousa, mas Pelé é sem dúvida a figura mais popular da cidade. Ele mora em uma casa que está sempre de portas abertas para receber amigos e vizinhos. E lá está um dos segredos da felicidade dessa figura cearense. A família do Pelé está muito, muito próxima. A maioria dos parentes, inclusive, vive sob o mesmo teto.
Mãe, pai, filhos e agregados unidos para compartilhar a vida e dividir as despesas.
“Dinheiro não importa tanto não. O que importa é a gente estar feliz e estar junto com a família e com os amigos”, afirma Antônio José de Sousa “Pelé”, locutor.
A harmonia em família também se revela com o dom herdado por todos. Até a próxima geração já está bem encaminhada. O talento é tão grande que até dispensa os instrumentos. O dom de dona Rita, mulher de Pelé, é a costura.
“Não tem riqueza, não tem bens materiais, mas nós somos felizes, graças a Deus”, diz Rita Cardoso, costureira.
Já seu Luiz, pai de Pelé, aos 90 anos decidiu ir para a escola. Dois quilômetros de caminhada, para desvendar o enigma das palavras. O espírito jovem surpreende todas as gerações.
“Noventa anos e continua estudando, é difícil a pessoa chegar assim”, diz Márcio Edvaldo de Freitas, estudante.
“Tem que estudar, porque é uma alegria”, afirma Luiz José de Sousa, aposentado.
“É possível ser feliz, sempre. Não existe receita. O desafio está se recolocando a cada etapa da vida e eu acho muito importante a pessoa ter projeto. Ter desafio”, destaca Eduardo Giannetti.
Fonte: Globo Repórter - TV Globo
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