Resposta (“BOM DEBATE”) a Leandro Quadros sobre o domingo - Se Liga na Informação





Resposta (“BOM DEBATE”) a Leandro Quadros sobre o domingo

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Leandro Quadros apresentou uma pergunta em seu programa àqueles que defendem que o Domingo é o Dia do Senhor. A pergunta de Quadros foi:


“Se o domingo é o Dia do Senhor, por que Jesus disse em Mateus 12:8 que ele, Jesus, é Senhor do Sábado e não do domingo?” (https://www.youtube.com/watch?v=l9uaUn2s5oc).

Leandro Quadros tem razão quando disse que essa é uma perguntasimples. Na verdade, é uma pergunta medíocre. Creio que qualquer estudante sério da Bíblia tem uma resposta a essa pergunta, não precisando nem cursar um “jardim” de Teologia Bíblica. Vamos lá:

1º) O Contexto: em Mateus 12.1-8, os discípulos estavam colhendo espigas para matar a fome. Os fariseus, rapidamente acusaram os discípulos de estarem transgredindo o sábado, fazendo o que não era lícito, e indagaram Jesus a respeito desse comportamento. Há duaslinhas de argumentação que podemos traçar aqui.

A) A interpretação dos fariseus estava errada, pois os discípulos não estavam colhendo/trabalhando, mas apenas se alimentando. Porém, Jesus não fez caso e respondeu como que aceitando a objeção como válida, ou não fazendo caso dela e indo à preocupação legítima, se o sábado estaria sendo desrespeitado.

B) De fato, os fariseus tinham razão, e o Senhor Jesus tece sua resposta usando elementos bíblicos onde daria aos discípulos um salvo conduto. Ele mostra que entrando dentro do Templo, Davi e seus soldados comeram de coisas que não era licito comer. E que no templo os sacerdotes fazem o que não era licito fazer no sábado e violavam o sábado.

Portanto, diante dos fatos, Jesus tanto diz que é maior que o Templo (v.6), fazendo alusão ao caso citado, bem como diz que é Senhor do Sábado. Ou seja, seus discípulos estavam com alguém maior que Davi (compare Mt 22.41-45), e maior que o Templo, e dava a eles permissão de fazer isso no sábado. Pois ele é Senhor=Dono=Soberano, sobre o sábado, e em última instância, Ele como Filho de Deus, ele é a exegese viva (Jo 1.18) dos mandamentos que foram dados ao povo da Aliança.

2º) Teologia: em uma perspectiva teológica, a resposta a essa pergunta também pode ser traçada. O assunto em ‘mira’ não era olhado em uma perspectiva futura, de uma mudança ou não desse dia. Ele não tratou assim a questão, assim como não o fez em momento algum a respeito de leis cerimoniais que seriam abolidas. Ao contrário, o Senhor Jesus mesmo quando curou um leproso ordenou que o mesmo cumprisse a lei cerimonial (Mt 8.1-4), ou quando falou de oferta (sacrifícios), nem mencionou que isso seria mudado (Mt 5.23,24). Jesus estava debaixo daquela dispensação (a dispensação das sombras), e assim agia. Dizer que esse dia mudaria, na perspectiva da revelação progressiva, era algo que estava a serviço da segunda pessoa da Trindade, na condução da igreja, e apenas em Escritos posteriores viriam ao conhecimento dos servos de Deus. Cristo mesmo, disse que algumas coisas não foram ensinadas por ele, mas o seriam pelo Santo Espírito:

“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” (Jo 16.12,13).

Segundo os Evangelhos, os discípulos no geral não tinham uma compreensão plena nem mesmo das palavras de Cristo com respeito a sua morte e ressurreição, como o teriam de consequências daquilo que estava diretamente ligadas à prática da litúrgica da igreja após a ressurreição do Senhor? Veja a data que Apocalipse 1.10 foi escrito...

A pergunta de Leandro Quadros é desprovida de sentido teológico e vazia de correspondência com a realidade contextual de Mateus 12. 1-8...

Fonte: http://mcapologetico.blogspot.com.br/

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