Marcelo Odebrecht revela que “amigo” era nome de conta secreta para Lula - Se Liga na Informação





Marcelo Odebrecht revela que “amigo” era nome de conta secreta para Lula

Compartilhar isso

O ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, relatou a procuradores da Lava Jato que uma espécie de conta que a empresa mantinha em nome de Luiz Inácio Lula da Silva tinha o objetivo de manter o petista influente depois que saísse da Presidência da República.
O jornal Folha de S. Paulo informa que, segundo ele e outros funcionários da empreiteira, foi criada uma “conta” financiada pela área da empresa denominado Setor de Operações Estruturadas, a responsável pelo pagamento de propinas e de caixa dois.
A conta, conforme os delatores, era gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci, preso desde setembro. Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci que também chegou e ficar preso em Curitiba, é apontado como um dos encarregados de transportar o dinheiro em espécie que abastecia a “conta”.
Batizada de “amigo”, termo usado pelos funcionários da empresa para se referirem a Lula devido à relação dele com Emílio Odebrecht, dono do grupo e pai de Marcelo, a “conta” foi usada para financiar projetos como a compra de um terreno em São Paulo que deveria abrigar a sede do Instituto Lula.
Lula deixou o Palácio do Planalto com grande aprovação popular em 2010, após a eleição de Dilma Rousseff, sua escolhida dentro do PT. A expectativa era a de que o petista continuasse a ter relevância no cenário político, o que de fato ocorreu.
Projeto de poder - A criação de um espaço para que o petista despachasse e que também servisse para divulgar seus oito anos na Presidência da República era avaliada como vital para a consolidação do projeto de poder, segundo relatos obtidos pela reportagem.
Outro meio de consolidar a influência política de Lula descrito pelos delatores foi por meio do financiamento de campanhas de líderes de esquerda latino-americanos em países onde a empreiteira tem atuação.
No mesmo documento em que consta a anotação sobre o instituto, há os dizeres “Evento El Salvador via Feira” vinculado ao valor de R$ 5,3 milhões. O dinheiro, segundo delatores, foi pago ao marqueteiro João Santana, que comandou a comunicação da campanha que elegeu Maurício Funes presidente de El Salvador em março de 2009.
Os delatores também esclareceram que esse pagamento fez parte do projeto de manter Lula influente na política. O montante teria sido descontado do caixa dedicado ao petista com autorização dele.

Fonte: Toda Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário