Corações quebrantados para o verdadeiro louvor - Se Liga na Informação





Corações quebrantados para o verdadeiro louvor

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Corações quebrantados para o verdadeiro louvor

Se o louvor é aquilo que mais alegra o coração de Deus, o descontentamento humano deve ser um dos seus maiores motivos de tristeza. Louvar a Deus é nosso maior privilégio e também nosso maior desafio.

Davi escreveu o Salmo 34 em um dos piores momentos de sua vida. Ele perdera sua reputação, fugia dos que antes o aclamavam e buscava refúgio em terra inimiga. Seria difícil imaginar um poço mais profundo. Ainda assim, ele iniciou esse salmo com um surpreendente compromisso de fé: “Louvarei ao Senhor em todo o tempo” (v. 1).
Não é difícil louvar a Deus ao ganhar um presente, ao ter a oração respondida ou ao ter a saúde restaurada. Não é difícil louvá-lo ao receber um aumento no salário, ao ser aplaudido pela equipe ou ao ser valorizado na igreja. A Palavra, entretanto, nos convida a louvá-lo mesmo no deserto árido ou na noite sombria — em todo o tempo.
Parece um contrassenso louvar a Deus ao ser diagnosticado com câncer, ao ter perdido o emprego ou ao ser alvo de críticas. Mas o ensino bíblico é louvá-lo como reconhecimento de quem ele é. E por isso o salmista faz um impressionante convite: “Oh, provai e vede que o Senhor é bom” (v. 8). Em meio a temores, angústias e dores, Davi nos ensina uma lição: nenhuma tragédia da vida será maior do que a bondade do Senhor.
Alguns que leem estas linhas talvez estejam passando pelos mais terríveis momentos de suas vidas, sejam conflitos públicos ou angústias silenciosas. Em qualquer situação o convite é o mesmo: reconheça que Deus é bom e faça com ele um compromisso de fé — louvá-lo todo o tempo.
A Palavra lança luz sobre as nossas vidas e essa luz sempre revela a verdade. Ela nos faz enxergar os atos de bondade do Senhor que antes passavam despercebidos em meio a dias corridos. Também nos leva a ver as mazelas pecaminosas do próprio coração, quase sempre camufladas em meio a boas justificativas. Assim, a Palavra nos conduz ao louvor e ao arrependimento. Louvor pelos admiráveis feitos de Deus, arrependimento por nossos vergonhosos pecados.
Os atos de bondade de Deus, entretanto, podem não ser exatamente aquilo que pedimos. Ele deseja não apenas melhorar a nossa vida, mas também redimi-la. Não quer nos agradar com presentes perecíveis, mas com a graça incessante. Não se propõe a aumentar os nossos bens, mas a nossa fé. Não nos livra de todos os desertos, mas os atravessa conosco. Não nos dá glória, mas humildade. Não nos tira do mundo, mas nos livra do mal.
O louvor a Deus é uma atitude do coração, pois alguns possuem tudo que precisam — com abundância — e ainda assim encontram constantes motivos de descontentamento. Outros, mesmo tendo tão pouco, sempre reconhecem os feitos de bondade do Senhor. A diferença entre os dois não se dá pela abundância ou carência no cenário da vida, mas pelo quebrantamento do coração. Sim, a agenda de Deus para cada um dos seus filhos passa pelo quebrantamento. Davi reconhece esse plano do Eterno ao afirmar que “perto está o Senhor dos quem tem o coração quebrantado” (v. 18). Ele nos quebra para tornar-nos vasos de honra que sinceramente louvam o seu nome.
Ao ser quebrado, não olhe para os lados com amargura ou revolta, mas olhe para Deus, que faz os alicerces se mexerem para abençoar o seu coração. Reconhecer que por trás de cada cena da vida está a mão de Deus é imprescindível para louvá-lo — em todo o tempo.

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