Odebrecht e compadre de Lula usaram notas frias em obras de Atibaia - Se Liga na Informação





Odebrecht e compadre de Lula usaram notas frias em obras de Atibaia

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Afirmação consta em delação do ex-executivo da construtora Alexandrino Alencar

A Odebrecht e o advogado Roberto Teixeira, compadre de Luiz Inácio Lula da Silva, usaram notas fiscais frias para 'legalizar' as obras realizadas pela construtora no sítio de Atabaia (SP), que está no nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, e é utilizado pelo ex-presidente.
Segundo delação de Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da empresa, depois que a reforma na propriedade foi encerrada, o advogado o procurou.
"Ele [Teixeira] estava preocupado, digamos, como é que poderia aparecer essa obra sem um vínculo com os proprietários do sítio. Então nós marcamos uma reunião uma semana, dez dias depois. Fui eu e o engenheiro [da Odebrecht] Emir conversar com ele. E ele estava preocupado, claramente preocupado", disse Alencar.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o delator contou que Teixeira pediu que fosse forjada a documentação. "O Emir conseguiu falar com o Carlos Rodrigues Prado [empreiteiro subcontratado para a obra] para fazer uma nota fiscal mostrando que foi pago pelo Fernando Bittar", disse Alencar.
Ainda segundo o delator, os documentos fiscais foram elaborados de maneira que se encaixassem no perfil econômico de Bittar, para não gerar suspeitas. "Foi feito um escalonamento do pagamento para não ficar uma coisa muito cara que inviabilizasse, digamos, como é que o Fernando Bittar ia pagar toda a obra?".
A reforma toda tinha sido orçada em R$ 500 mil, mas no final a empreiteira gastou por volta de R$ 1 milhão, segundo Alencar. "Eu sei que em função da sensibilidade do processo nenhum dos nossos funcionários usou macacão da Odebrecht e sei que a compra dos materiais feitos na região foram feitos todos em dinheiro vivo", disse Alencar.
O ex-executivo afirmou que a obra foi um agrado ao ex-presidente. "A pessoa te pede. É um valor, digamos, nenhuma coisa absurda. É um agrado a se fazer a uma pessoa que teve essa relação toda com o grupo durante esse tempo todo. É uma retribuição, sem dúvida nenhuma."

O advogado Roberto Teixeira não comentou os fatos, enquanto a assessoria de Lula voltou a dizer que o sítio de Atibaia não é do ex-presidente. "Não comentaremos delações feitas para a obtenção de benefícios judiciais", disse a assessoria.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/

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