Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)
Aula ministrada pelos Professores da Igreja AD em Criciúma - SC
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TEXTO DO DIA
“Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6.36).
SÍNTESE
A nossa natural disposição em sentenciar as pessoas, coloca-nos em uma posição que não nos cabe.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
CRITICAR a autossuficiência da postura de juiz, tanto em si, quanto nos outros;
CULTIVAR o bom costume de autoavaliar-se, autocorrigir-se e também ajudar aos outros;
BUSCAR o discernimento a fim de conduzir-se sabiamente durante toda a vida.
INTERAÇÃO
Em 1 Coríntios 11.31,32 o apóstolo Paulo diz que “se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados. Mas quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”. Este texto utilizado, tradicionalmente, em reuniões de celebração da Ceia revela uma grande verdade. Se cada um de nós exercesse sobre, e acerca de si, um autoexame perfeito, não haveria o perigo de sermos julgados. Contudo, devido ao fato de não sermos perfeitos, terminamos não nos avaliando corretamente, ou seja, fazemos isto de forma desequilibrada, sendo, muito vezes, autoindulgentes ou severos demais. Entretanto, quando somos avaliados pelo Senhor, acabamos corrigidos para o nosso bem, para não sermos condenados com o mundo. Na realidade, como diz a Palavra de Deus, “Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece motivo de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos recebem como recompensa uma vida correta e de paz” (Hb 12.11 — ARA).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A fim de contribuir para um melhor entendimento acerca das três posturas e/ou práticas a serem estudadas nesta lição, apresente a seguinte atividade: Solicite aos alunos que se dividam em três grupos. Um grupo representará a prática do julgamento, o outro a da capacidade de autoavaliação e o último, a do discernimento. A ideia é que cada grupo apresente, ao menos, dez palavras relacionadas a cada uma das práticas para posteriormente compará-las com as expressões das demais. Exemplo:
O objetivo é que ao comparar as expressões, os alunos compreendam não apenas a diferença entre elas, mas o lugar de cada prática e o que cabe a cada um. No sentido em que o Senhor Jesus ensina no Sermão do Monte, só a Deus cabe o julgamento, pois Ele é o único capaz de julgar perfeitamente e sentenciar. Nosso papel é “julgarmos” a nós mesmos, isto é, nos autoavaliarmos e discernirmos todas as coisas para que possamos agir com sabedoria.
ANÁLISE DO TEXTO BÍBLICO Mateus 7.1-6.
JESUS ENSINA SOBRE JULGAR OS OUTROS / 7.1-6
(Comentário Bíblico do Novo Testamento Aplicação Pessoal - Volume 1).
As palavras de Jesus sobre o julgamento podem representar o texto da Bíblia Sagrada que foi mais erroneamente citado. Freqüentemente, as pessoas aplicam esse texto com se fosse um claro mandamento contra todo julgamento moral. Na verdade, as pessoas fazem uso dele para julgar aquilo que consideram uma atitude arbitrária da parte das outras. Jesus, entretanto, expressou estas palavras como uma aplicação negativa da Regra Áurea. Isto é, devemos tratar os outros da maneira como queremos ser tratados. Devemos procurar avaliar a nós mesmos, e aos outros, utilizando os mesmos padrões.
7.1,2 O mandamento, “Não julgueis”, não se refere ao julgamento de um tribunal da lei, nem é uma afirmação generalizada contra o pensamento crítico. Os crentes devem saber discernir e fazer certos julgamentos. Por exemplo, Jesus disse que devemos expor os falsos mestres (7.15-23), e admoestar os outros a fim de ajudá-los (18.15).
Paulo ensinou que devemos praticar a disciplina da igreja (1 Coríntios 5.1-5), mas os seguidores de Cristo não devem ser críticos ou sentenciadores nas suas atitudes em relação aos outros. Um espírito crítico e arbitrário difere radicalmente do amor. A condição especial dos crentes junto a Cristo não lhes dá licença para tomar o lugar de Deus como Juiz. Aqueles que julgam dessa maneira encontrarse-ão igualmente julgados por Deus. Como Deus tem misericórdia dos misericordiosos (5.7) e perdoa aqueles que perdoam (6.14,15), Ele condenará os que condenam: “ Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. Jesus disse que era inaceitável que alguém desculpasse os próprios pecados, e, ao mesmo tempo, condenasse os outros por um comportamento semelhante. Quando perceber algum erro em alguém, seu primeiro impulso pode ser enfrentar ou rejeitar essa pessoa. Mas primeiro pergunte a si mesmo se o conhecimento desse erro não está espelhando a sua própria vida.
Seu esforço para ajudar será em vão se essa pessoa puder apontar o mesmo erro em você. Utilize o seu próprio remédio antes de pedir que alguém o utilize.
7.3-5 A palavra “argueiro” também foi traduzida como “estilhaço”, e a palavra “trave ”
também foi traduzida como “prancha” ou “tábua”. Muitos consideram que essa metáfora
significa que os cristãos nunca devem se preocupar em corrigir ninguém - os pecados pessoais que temos perante Deus são grandes demais para que pensemos em cuidar dos pecados dos outros. Entretanto, o argumento de Jesus era que apesar de todos nós termos muitos pecados na nossa vida (alguns pequenos como um estilhaço, outros grandes como pranchas), somos responsáveis por tratar deles e depois ajudar os outros. Jesus revelou ter um incrível entendimento da natureza humana. E muito fácil negligenciarmos os nossos pecados, e imediatamente descobrirmos pecados nos Outros. Mas também é verdade que o pecado que vemos claramente nos outros também está presente em nós mesmos. Os crentes devem primeiro cuidar dos seus próprios pecados, e
também corrigir e orientar seus faltosos irmãos e irmãs (veja Gálatas 6.1; Tiago 5.19,20).
7.6 Embora os crentes estejam impedidos de julgar os outros (7.1-5), Jesus preveniu contra uma completa falta de discernimento em relação às atitudes das pessoas para com o Evangelho — com o que é santo. Essas pessoas profanas são aquelas que, quando apresentadas ao Evangelho, recebem-no com desprezo e escárnio. Ensinar o Evangelho a essas pessoas que não querem ouvir é tão inútil quanto deitar pérolas aos porcos. Tais pessoas apenas “pisarão” aquilo que lhes dissermos.
Os porcos não entendem o valor das pérolas; tudo o que sabem é que não podem comêlas.
Portanto, cospem-nas e depois as pisam,afundando-as na lama. Pessoas sem respeito e más não podem entender o valor do Evangelho. Portanto, elas o lançam fora com escárnio. Não devemos deixar de transmitir a Palavra de Deus aos infiéis, mas devemos ser suficientemente sábios para discernir, evitando trazer a zombaria e a ridicularização à mensagem de Deus.
Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso
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