“Depois de seu batismo e afirmação por Deus, Jesus foi levado para o deserto pelo Espírito de Deus, e ali jejuou por quarenta dias e noites. Há um paralelo direto com Israel, o povo de Deus, no Antigo Testamento. Depois de eles atravessarem o mar Vermelho (batismo) e fazerem uma aliança com Deus (afirmação da missão e identidade), os israelitas passaram quarenta anos no deserto, onde a fé e a obediência a Deus foram testadas (Dt 8.2). Agora, o verdadeiro Filho de Deus também tinha de experimentar esse teste, mas, de forma distinta de Israel, Ele teria de confiar perfeitamente no Pai e obedecer a Ele de forma plena (Hb 4.15).
Mateus e Lucas registram três tentações específicas que Satanás apresentou a Jesus; ainda assim, nosso Salvador, em cada caso, resistiu citando versículos de Deuteronômio (8.3;6.16,13). As tentações de Satanás levaram os primeiros seres humanos a duvidar da Palavra de Deus, mas Jesus firmou-se na verdade da Palavra. Em cada uma das tentações, Jesus foi desafiado sobre a compreensão de sua missão e identidade (‘Se tu és o Filho de Deus [...]’). Primeiro, Satanás tenta Jesus para que provesse pão para si mesmo, mas Jesus responde citando Deuteronômio 8.3. Os israelitas no deserto murmuraram para ter pão e, só de forma muito relutante, confiaram na Palavra de Deus para prover o maná que necessitavam”(Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.81).
A narrativa da tentação de Jesus enaltece a importância do conhecimento e do uso da Palavra de Deus contra os ataques do Inimigo.
TEXTO DO DIA
“Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4.11).
SÍNTESE
A narrativa da tentação de Jesus enaltece a importância do conhecimento e do uso da Palavra de Deus contra os ataques do Inimigo.
INTERAÇÃO
É importante que você faça, a cada aula, um planejamento. Todo planejamento deve ter os objetivos específicos e para que eles sejam elaborados é preciso que o professor conheça bem as características específicas de seus alunos.
O planejamento também deve ter três componentes essenciais do processo ensino-aprendizagem: o método, os recursos didáticos, a avaliação e o tempo que será utilizado para cada atividade. Caso você não saiba como elaborar um plano de aula, procure fazer uma pesquisa na internet a respeito desse tema ou consulte algumas obras a respeito de didática. Você vai encontrar um vasto material e diferentes modelos de plano de aula que vão auxiliá-lo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que para a aula de hoje você separe três grupos. Cada grupo ficará responsável em ler, estudar e apresentar um dos tópicos da lição. Escolha em cada grupo um líder para conduzir as conversas. Cada grupo terá o tempo estimado de 1o minutos para discutir o tópico e dez minutos para apresentá-lo para a turma. Você deverá ser o moderador da turma e fazer as considerações finais. O tempo sugerido/estimado serve apenas como referência, você deverá adaptar de acordo com o tempo disponibilizado pela sua superintendência de Escola Dominical e o número de alunos.
TEXTO BÍBLICO
Mateus 4.1-11.
1 — Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 — E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3 — E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4 — Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
5 — Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 — e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
7 — Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.
8 — Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.
9 — E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 — Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.
11 — Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
As pessoas tendem a acreditar que a tentação de Jesus foi apenas momentânea. No entanto, Ele foi tentado pelo Diabo durante toda a sua vida terrena.
Segundo o Evangelho de Mateus, a primeira tentação de Jesus está relacionada com as necessidades de sustento material e tem conexão com o povo hebreu na travessia do deserto. A última está relacionada à idolatria. Tal tentação nos mostra o risco que corremos ao dar lugar ao impulso de se desfrutar das glórias do mundo, em detrimento da adoração a Deus. Precisamos estar atentos.
I. A TENTAÇÃO DOS HEBREUS NO DESERTO
1. A relação de Mateus 4.1-4 com a caminhada dos israelitas no deserto.
Existe uma relação direta entre a narrativa de Mateus 4.1-11 e a narrativa da travessia dos hebreus pelo deserto, em especial nos capítulos 6, 7 e 8 de Deuteronômio.
O texto de Mateus 4.1-11 está diretamente relacionado ao livro de Deuteronômio, que narra a história dos hebreus enquanto caminhavam no deserto rumo à Terra Prometida. A única exceção é o Salmo 91.11,12. Conhecer as Escrituras foi fundamental para as respostas de Jesus ao Adversário. Ele reage cada tentação citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de cada passagem mencionada. É recomendado estudar a tentação de Jesus em paralelo com os textos de Deuteronômio.
2. A tentação de Israel no deserto durou 40 anos.
A tentação de Jesus se assemelha ao Haggadah, um dos mais importantes textos da tradição judaica. No início da Páscoa, judeus de todos os cantos da Terra se reúnem para lê-lo ao redor da mesa. Ele contém a narrativa do êxodo do Egito. Uma celebração da passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade, passando pelo deserto.
Os hebreus saíram da escravidão do Egito, onde abundava a injustiça, com a incumbência de criar uma sociedade justa na terra que o Senhor os mandaria. Eles tiveram, necessariamente, de passar pelo deserto e permanecer nele por 40 anos, porém muitos dentre o povo, diante das condições adversas do deserto, colocaram em dúvida a proteção e o cuidado de Deus, tentando-o por diversas vezes (Êx 16.3-8). Por isso, a maioria das pessoas que saíram do Egito não entrou na Terra Prometida. Aprendemos que o deserto é lugar de fome (Mt 4.2-4), porém também é lugar de provisão, aliança, purificação e encontro com Deus (Êx 19.1-19; Os 2.14).
3. A tentação de Jesus no deserto por 40 dias.
Os quarenta dias de jejum de Jesus recordam os quarenta anos de Israel no deserto. O jejum por 40 dias não era uma inovação, pois Moisés (Êx 24.18) e Elias (1Rs 19.8) também jejuaram este mesmo tempo. O número 40 é utilizado várias vezes na Bíblia (Gn 7,4,12; Êx 24.18; Dt 9.9) e quando se refere a dias ou anos pode significar um período necessário e suficiente para determinada ação.
Jesus foi desafiado, como Filho de Deus, a fazer uso de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades humanas, mas Ele rebate a tentação utilizando a Palavra de Deus. Enquanto o povo hebreu murmura contra Deus por causa da fome, Jesus segue submisso a Deus a fim de cumprir sua missão.
Pense!
O povo hebreu e Jesus responderam de forma diferente diante das tentações no deserto. E você, como se comporta quando passa pelo deserto, pelas provações?
Ponto Importante
Conhecer as Escrituras foi fundamental para as respostas de Jesus ao Inimigo. A Palavra de Deus é uma arma eficiente contra as tentações.
II. A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO
1. A tentação de mercantilizar a religião (Mt 4.5,6).
O local da segunda tentação é o lugar mais alto do Templo. O pináculo demonstra a responsabilidade de estar no ponto mais alto do poder religioso, e quem assume tal “poder” precisa ter muito cuidado, pois também será tentado pelo Diabo para usá-lo mal. O Inimigo cita o Salmo 91, em que Deus promete proteger o justo. No entanto, isso não quer dizer que o cristão será beneficiado em troca de sua fidelidade. Infelizmente muitos pregam um relacionamento mercantil com Deus. Jesus descartou esse procedimento afirmando que os seus discípulos também passariam por aflições (Jo 16.33).
A sociedade atual é consumista, tendo como principais características o imediatismo, e em resposta a essa sociedade algumas instituições religiosas oferecem uma teologia consumista. Promessas de experiências inovadoras, com resultados imediatistas, em maior quantidade e menor esforço. Em troca, exigem a fidelização dos “consumidores espirituais”, além de sua passividade, cumplicidade e submissão cega. Essa relação de poder beneficia somente algumas pessoas, que não se interessam pelos fiéis, mas pelo sistema de poder que monopolizam. Diferente da teologia pregada por Jesus, que privilegiava a solidariedade, a vida em comunidade, simples e sem excesso de consumo. A mercantilização da sociedade tem moldado práticas religiosas antibíblicas e prestado um serviço ao materialismo.
2. A tentação de fazer de Deus um instrumento de ostentação.
Em uma das respostas de Jesus, Ele cita Deuteronômio 6.16: “Não tentareis o SENHOR, vosso Deus [...]”. O texto se refere ao episódio ocorrido em Massá (Êx 17.1-7), onde os israelitas tentaram a Deus, exigindo que Ele provasse o seu poder providenciando água para beber. Infelizmente, muitos ainda acham que podem determinar o que Deus deve fazer. Muitos falsos profetas usam do autoritarismo em supostas “visões e revelações”, visando à manutenção dos benefícios e interesses próprios. Eles se apresentam como pessoas com o suposto poder de manipular a ação de Deus (“tentam” a Deus). Estes se apresentam como pessoas de fé, mas na realidade se comportam como ateus, pois agem como se Deus não existisse para julgar o seus atos pecaminosos.
3. As distorções que prejudicam o cristianismo.
A atuação dos falsos profetas que querem mercantilizar a fé cristã e a ideia erronea de “manipular a Deus”, acabam por prejudicar o Cristianismo e a pregação da Palavra de Deus. Jesus curou e libertou muitas pessoas, mas Ele nunca tirou vantagem ou usou sua posição de profeta para manipular as pessoas com seus discursos. Mateus 7.28,29 afirma que as multidões se maravilhavam com o seu ensino e reconheciam sua autoridade como divina, pois não estava baseada na sua persuasão, mas no exemplo de vida.
Pense!
Jesus privilegiava a solidariedade, o amor ao próximo e uma vida sem excesso de consumo.
Ponto Importante
Jesus tinha autoridade e nunca usou de suas qualificações em seu benefício próprio.
III. A TENTAÇÃO DO USO INDEVIDO DO PODER
1. O poder dos impérios e reinos deste mundo.
A grande altura do monte e a visualização de todos os reinos dão a sensação de poder. O ser humano tem a tendência de desejar o poder; a diferença é que alguns têm equilíbrio, enquanto outros não se importam com os meios para conquistá-lo.
2. O poder conquistado à custa da opressão e exploração do povo não provém de Deus.
O texto dá a entender que o Diabo domina os reinos do mundo, pois ele tem a petulância de oferecê-los a Jesus, como se estivessem em seu poder. Que mundo é esse? Provavelmente, Mateus está falando do controle da vida política, social, econômica e religiosa. Portanto, um mundo que necessita da intervenção divina para ser justo.
O Diabo tenta negociar esse poder, mas Jesus rejeita e o vence. Sua vitória final é na cruz, ou seja, no cumprimento da sua missão e com o recebimento de um corpo glorificado. O próprio Mateus descreve que esse Jesus ressurreto recebeu o poder e a autoridade, pois é o Criador de todas as coisas. Esse poder e autoridade são ilimitados, pois é sobre a Terra e também sobre o céu (Mt 28.18).
3. O poder idolátrico dos reinos deste mundo.
Todos aqueles que aguardavam a promessa messiânica tinham sua atenção voltada para a cidade de Sião. Essa atenção e centralidade estavam relacionadas com o fato de Sião ser um centro de adoração de todos os povos e um lugar de bênçãos. Um reino com o poder de prover as necessidades dos povos do mundo, com certeza receberia as “glórias” desses povos. Tal poder era e é realmente tentador. Com a tentação de Jesus também podemos aprender que mesmo alguém que pensa no bem do próximo também pode ser tentado a receber glórias para si. Por isso, a importância de se estar em sincronia com Deus e sua vontade.
Jesus estava estava totalmente comprometido em cumprir a vontade do Pai, mesmo que fosse necessário sofrer dores, perseguição e morrer na cruz. A cruz de Cristo deve ser o real motivo pelo qual realizamos a obra de Deus.
Pense!
Por que muitas pessoas que iniciam seu ministério na obra de Deus com amor e lealdade, com o aumento do “poder” e da fama, acabam por se perderem?
Ponto Importante
Jesus estava consciente que para cumprir sua missão e os propósitos de Deus deveria trilhar pacientemente o caminho da cruz e não o da glória humana.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que a fidelidade a Deus deve preceder a satisfação pessoal e de bens materiais. Aprendemos também que Deus não pode ser tentado pelo mal e seu nome não deve ser usado em benefício próprio. Como crentes não devemos buscar a glória para nós, mas glorificar a Deus.
Precisamos estar sempre vigilantes, pois todos os cristãos passam pelo modelo das tentações de Jesus e o caminho da vitória também é o mesmo: conhecer a Palavra de Deus e fazer a vontade divina.
ESTANTE DO PROFESSOR
PEARLMAN, Myer. Mateus: O evangelho do grande Rei. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
HORA DA REVISÃO
1. Como Jesus reagiu a cada tentação?
Ele reagiu cada tentação citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de cada passagem mencionada.
2. De acordo com a lição, a tentação de Jesus se assemelha a quê?
A tentação de Jesus se assemelha ao Haggadah, um dos mais importantes textos da tradição judaica.
3. Quanto tempo durou a tentação de Jesus no deserto?
A tentação de Jesus no deserto durou 40 dias.
4. O que representa a terceira tentação?
A tentação do uso indevido do poder.
5. Segundo a lição, explique a centralidade em Sião.
Sião era um centro de adoração de todos os povos e um lugar de bênção.
SUBSÍDIO
“Depois de seu batismo e afirmação por Deus, Jesus foi levado para o deserto pelo Espírito de Deus, e ali jejuou por quarenta dias e noites. Há um paralelo direto com Israel, o povo de Deus, no Antigo Testamento. Depois de eles atravessarem o mar Vermelho (batismo) e fazerem uma aliança com Deus (afirmação da missão e identidade), os israelitas passaram quarenta anos no deserto, onde a fé e a obediência a Deus foram testadas (Dt 8.2). Agora, o verdadeiro Filho de Deus também tinha de experimentar esse teste, mas, de forma distinta de Israel, Ele teria de confiar perfeitamente no Pai e obedecer a Ele de forma plena (Hb 4.15).
Mateus e Lucas registram três tentações específicas que Satanás apresentou a Jesus; ainda assim, nosso Salvador, em cada caso, resistiu citando versículos de Deuteronômio (8.3;6.16,13). As tentações de Satanás levaram os primeiros seres humanos a duvidar da Palavra de Deus, mas Jesus firmou-se na verdade da Palavra. Em cada uma das tentações, Jesus foi desafiado sobre a compreensão de sua missão e identidade (‘Se tu és o Filho de Deus [...]’). Primeiro, Satanás tenta Jesus para que provesse pão para si mesmo, mas Jesus responde citando Deuteronômio 8.3. Os israelitas no deserto murmuraram para ter pão e, só de forma muito relutante, confiaram na Palavra de Deus para prover o maná que necessitavam” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.81).
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INTRODUÇÃO
“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. Nessa narrativa, dois agentes invisíveis preparam -se para um grande confronto.
Enquanto o Espírito Santo transporta Jesus ao lugar da tentação, encontra-se já o adversário preparado para o tentar. A tentação estava nos propósitos de Deus.
Poderia a segunda pessoa da Trindade ser tentada? Como Filho do homem, Jesus possuía alma passível de tentação e corpo sujeito a fome e canseira. Afinal, assumira ele a forma humana; revestira-se de carne para enfrentar batalhas, não para viver de forma contemplativa.
Nessa condição, o Senhor Jesus “como nós, em tudo foi tentado” (Hb 4.15). Por que foi tentado? Em primeiro lugar, para iniciar seu ministério com um forte golpe contra Satanás, cujas obras viera destruir (1 Jo 3.8). A tentação é uma realidade com a qual todo crente, em algum momento, irá se deparar. Não existe ninguém que seja imune à tentação, pois até mesmo Jesus, o homem perfeito, foi tentado! A resposta à tentação não é, portanto, negá-la, mas enfrentá-la à luz da Palavra de Deus.
I. A TENTAÇÃO DOS HEBREUS NO DESERTO , MAS O QUE É TENTAÇÃO ?
a) Definição. Oriunda do vocábulo latino tentatione, a palavra "tentação" significa: indução, seja externa, seja interna, que impulsiona o ser humano à prática de coisas condenáveis.
b) Definição teológica. Estímulo que leva à prática do pecado. Embora a tentação, em si, não constitua pecado, o atender às suas reivindicações caracteriza a transgressão das leis divinas. Eis porque, na Oração Dominical, ensina-nos o Senhor a clamar ao Pai: "E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13). (Dicionário Teológico).
QUEM É RESPONSALVEL PELAS TENTAÇÕES
Deus a ninguém tenta, e, por ninguém pode ser tentado Tg 1.13-15; O diabo , é o principal agente das tentações – (Mt 4.ICo 7.5; IICo 11.3; ITss 3.5 ) A carne (se referindo a natureza pecaminosa) é uma fonte de tentação Ver Tg 1.14; Rm 7.15-20. O mundo também é uma fonte de Tentação – I Jo 2.15-17.
O DIABO É CONHECIDO COMO :
O tentador. Nas Sagradas Escrituras, Satanás é o tentador por natureza (Mt 4.3; 1 Ts 3.5). É o grande opositor de Deus e o arquiinimigo do ser humano. Os nomes do tentador. Além de tentador, recebe o agente da tentação as seguintes alcunhas nas Sagradas Escrituras: Satanás que, em hebraico, significa adversário (1 Cr 21. 1; 2 Co 2.10,11); Diabo que, em grego, quer dizer: caluniador (Mt 4.1; At 13.10); Homicida e pai da mentira (Jo 8.44); Acusador (Ap 12.10). Ele é conhecido também como o dragão e a antiga serpente (Ap 12.9).
O principal trabalho do tentador. O trabalho que mais agrada ao maligno é desviar-nos da disciplina da vida cristã. Ele sabe que temos "uma carreira para correr"; por isto, busca, de todas as formas, colocar obstáculos em nosso caminho (Gl 5.7). Não foi o que ocorreu com os irmãos da Galácia? Embora progredissem eles na carreira cristã, caíram no fascínio do adversário e, neste fascínio, acabaram por cair da graça (Gl 3.1; 5.4).
Por que somos tentados ?
O ser humano é tentado por causa da transgressão de nossos primeiros pais. (Sl 51.5Jo 3.8;2 Co 5.17).
O ser humano é tentado por suas próprias concupiscências. Leia Tiago 1.14. ;1 Jo 2.16). O consolo é que podemos vencer cada uma de nossas concupiscências (Gl 5.16).
Positivamente considerada, a tentação pode (e deve) impulsionar o santo a ser ainda mais santo. Afirmou mui oportunamente Frederick P. Wood: 'Tentação não é pecado; é o chamado para a batalha". O Senhor Jesus, embora Deus, foi tentado, como homem, dando-nos um exemplo de que é possível vencer a tentação (Mt 4.1; Hb 2.18). Por conseguinte, não deve a tentação ser considerada pelo crente, como se fora uma oportunidade para pecar; é uma oportunidade para que nos tornemos ainda mais santos (Ap 22.11).
A Tentação dos Hebreus no Deserto
A tentação de Israel no deserto durou 40 anos. Deus libertou Israel da escravidão. Livre, o povo de Deus iniciou a sua jornada rumo à Terra Prometida. O percurso escolhido pelo Senhor não foi o mais fácil, porém, com certeza foi o melhor para os israelitas naquela ocasião, pois eles não estavam preparados para enfrentar o inimigo. Deus é fiel e sempre cuidou com zelo do seu povo, todavia, os israelitas a cada dificuldade sempre murmuravam contra o Senhor. O povo precisava ser lapidado e o deserto foi uma escola para os israelitas. Os hebreus tropeçaram muitas vezes até chegarem a Canaã, contudo Deus nunca os abandonou. O Senhor é fiel!
Os israelitas precisavam ser lapidados, moldados pelo Senhor até que se transformassem em uma nação. Eles ainda eram uma massa de gente briguenta, murmuradora e sem fé caminhando pelo deserto. Mas, Deus escolheu e separou Israel para que se transformasse em uma nação santa. Os israelitas foram moldados pelo Senhor no deserto. O deserto era somente um lugar de passagem, porém se tomou uma grande escola para o povo de Deus. Talvez você também esteja passando por um vale árido, um deserto. Este não é o lugar que Deus preparou para você, mas com certeza é um tempo de aprendizado e de ver o milagre da provisão. Depois do deserto, Israel estava pronto para a Canaã. Depois dos “desertos” desta vida, você também estará pronto para a eternidade com Deus.
A tentação de Jesus no deserto por 40 dias. A primeira tentação de Jesus se dá na esfera dos apetites. A essa tentação Jesus respondeu: “Escrito está que nem só de pão viverá o homem” (Lc 4.3,4). O Diabo, por certo, sabia que por ocasião do batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe da sua filiação divina (Lc 3.22). Jesus, como o homem perfeito que era, precisava enfrentar a tentação em sua condição humana, e não fazer uso de seus atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de Deus que era, evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para transformar todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim procedesse, negaria a sua missão de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um apetite legítimo, quer não, o seu alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no caminho do servo de Deus.
Depois de 40 dias de jejum total, Jesus, sem dúvida alguma, encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o seu ser, por certo, exigia ser saciado. Tanto a água quanto o pão são elementos necessários para a manutenção do corpo. Não há, portanto, nada de errado com o desejo de comer ou beber. Todavia, se esse desejo é apenas para uma gratificação pessoal, como queria o Diabo, então ele se converte em pecado. Satanás queria que Jesus visse as coisas materiais como sendo mais necessárias do que as espirituais. Jesus mostra que mais importante do que o pão material era o pão espiritual, a Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma artimanha quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou prosperidade material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus.
O jejum
“Segundo a leitura médica, trinta a quarenta dias de completo jejum exaure as energias do corpo, causa fome intensa e aproxima o indivíduo da exaustão. Mesmo neste estado de fraqueza, Jesus permaneceu fiel ao compromisso. Confiou e agiu de acordo com a Palavra de Deus” (Guia do Leitor da Bíblia. CPAD. p.655).
II. A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO
(Mt 4.5,6) A tentação seguinte foi realizada em Jerusalém, a sede política e religiosa da Palestina. O Templo era o centro religioso da nação judaica e o lugar onde o povo aguardava a chegada do Messias (Ml 3.1). O Templo era o edifício mais elevado da área e esse pináculo era provavelmente a parede lateral que se projetava para fora da colina.
Dessa vez, Satanás usou a Escritura para tentar convencer Jesus a pecar. Ele citou as palavras do Salmo 91.11,12: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra”. Satanás queria testar o relacionamento de Jesus com Deus Pai para ver se a promessa de proteção divina era verdadeira. Satanás estava citando a Escritura fora do seu contexto, fazendo parecer que Deus protegeria qualquer um, mesmo se essa pessoa tentasse desafiar as leis naturais. Segundo o contexto, o Salmo promete a proteção de Deus para aqueles que, embora permanecendo na vontade do Senhor, e servindo a Ele, se encontrarem em perigo. Ele não promete proteção para crises criadas artificialmente, nas quais os cristãos clamam a Deus a fim de testar o seu amor e o seu cuidado.
A tentação, agora, abrange a esfera da vida religiosa. Seu propósito é levar Jesus a interpretar equivocadamente as promessas de Deus, e fazê-lo sucumbir pelo fanatismo. Jesus é tentado a pedir a Deus um milagre para salvá-lo de um perigo que pode ser evitado por meios naturais. Não há necessidade de pular do pináculo, quando as escadas podem levá-lo até em baixo. Ele está sendo tentado a tomar riscos ilícitos, sob a alegação de viver à altura de sua fé. Jesus conhecendo as intenções do diabo respondeu as alturas.
“Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”. Satanás havia citado as Escrituras maldosamente, sem mencionar a condição vinculada ao cumprimento da promessa. Deixou, também, de citar o versículo seguinte. Ver Salmos 97.13. Jesus corrige a citação, acrescentando outra. Um versículo tomado isoladamente pode comprovar qualquer idéia, mas um trecho das Escrituras precisa ser comparado a outros.
Jesus experimenta três tentações específicas.
"A primeira envolve suas necessidades físicas (Mt 4.3,4; Lc 4.3,4). O Diabo presume que Jesus é o Filho de Deus — ‘Se tu és o Filho de Deus’ significa ‘Visto que Tu és o Filho de Deus’. Claro que Jesus pode exercer o poder de Deus e transformar uma pedra do chão em pão. O Diabo sugere que o uso deste poder para aliviar a fome era verdadeira prova de que Jesus é o Filho de Deus. Mas se Jesus transformasse uma pedra em pão, tal milagre revelaria sua falta de fé na bondade de Deus. Ele teria obedecido a Satanás em vez de ser obediente a Deus. Ele teria usado seu poder para satisfazer as necessidades pessoais em vez de usá-lo para a glória de Deus.
Jesus resiste à tentação do Diabo citando Deuteronômio 8.3. O ponto de sua resposta é que o bem-estar humano é mais que assunto de ter comida suficiente. O mais importante é obedecer à Palavra de Deus e confiar no Senhor que cuida de nós. Jesus obedece à Palavra de Deus, embora implique em fome física” (Comentário Bíblico Pentecostal.Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
“A segunda tentação é a oferta que o Inimigo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8). Num momento de tempo, ele traz à presença de Jesus todos os reinos do mundo. Afirma que eles lhes foram dados e que ele tem o direito de dispor deles como quiser. A afirmação do Diabo é meia-verdade. Embora ele tenha grande poder (Jo 12.31; 14.30), não tem autoridade para dar a Jesus os reinos do mundo e a glória deles. Ele promete que Jesus pode se tornar o governante da terra se tão somente Ele o adorar. Satanás tenta ludibriar Jesus para obter poder político e estabelecer um reino no mundo maior que o dos romanos.
O Reino que Jesus veio estabelecer é muito diferente. É um reino no qual Deus reina, e é formado por homens e mulheres livres da escravidão do pecado e de Satanás” (Comentário Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
“A terceira tentação tem a ver com provar a verdade da promessa de Deus (Lc 4.9-12). Jesus se deixa levar voluntariamente com o maligno até o ponto mais alto do templo. A localização precisa no templo é incerta, mas do ponto mais alto do templo Satanás instiga Jesus a pular: ‘Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo’ (v.9). A sugestão dele é esta: ‘Antes de tu te dispores em tua missão, é melhor que te certifiques da proteção de Deus. Então, por que não pulas e não te asseguras de que Deus tomará conta de Ti?’. O maligno foi refutado duas vezes com as Escrituras, então ele cita o Salmo 91.11,12 para garantir que Deus o protegerá de qualquer dano. Este é um exemplo de torcer as Escrituras para servir a um propósito, pois o Salmo 91 não garante que Deus fará milagres sob as condições que estipularmos” (Comentário Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.338).
III. A TENTAÇÃO DO USO INDEVIDO DO PODER
Satanás discursa: “Veja esses reinos poderosos com sua glória e riqueza; podem pertencer-lhe sem dificuldade ou sofrimento” (Mt 4.8).
Essa experiência era provavelmente uma visão. Os reinos do sistema pecaminoso do mundo estão sob o domínio de Satanás (Jo 12.31). Ele sabia que um dia Jesus iria reinar sobre a terra (veja Fp2.9-11). Sua tentação era, basicamente: “Por que esperar? Posso te dar tudo isso agora!”
Satanás tentou Jesus a receber o reino da terra naquele exato momento, antes de executar seu plano de salvar o mundo do pecado. Para Jesus, isso significava alcançar o prometido domínio sobre o mundo sem passar pelo sofrimento e pela morte na cruz. Satanás estava oferecendo um atalho indolor. Mas o sofrimento e a morte faziam parte do plano de Deus que Jesus havia decidido obedecer.
Jesus expulsou Satanás com as palavras:
“Vai-te Satanás”. Se Jesus considerasse o atalho como um objetivo — reinar sobre o mundo, mas adorando Satanás — (4.9) - Ele teria transgredido o primeiro mandamento:
“Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (cf. Dt 6.4,5). Jesus preferiu tomar o caminho de obedecer a Deus, pois somente assim seria capaz de cumprir sua missão, que era trazer a salvação ao mundo.
A tentação vencida. “Vai-te, Satanás” . Cristo veio destruir o reino do diabo. Não pode haver meio-termo, nem trégua. É preciso destruir cada forma de adoração a Satanás, por mais sofisticada ou sutil que se apresente, a fim de que o Deus verdadeiro seja adorado. “Vai-te”.
Esta é a palavra do Rei. O tentador obedece, porque conhece o Mestre. Acovardado, indo para longe.
Como Jesus era superior a Satanás, Satanás tinha que fazer o que Jesus lhe ordenara. Portanto, o diabo o deixou. Esse era apenas o primeiro dos muitos encontros que Jesus teria com o poder de Satanás. O fato de os anjos terem vindo e servido a Jesus não diminui a intensidade das tentações por que passou. Os anjos podem ter-lhe servido alimento (chegaram os anjos e o serviram), mas também atenderam às suas necessidades espirituais. (Mt 4.10;Lc 22.43; 1 Rs 19.5,6).
Jesus é vencedor!
CONCLUSÃO
Deus está sempre à disposição quando somos tentados. Ele não olha passivamente, mas intervém ativamente. O Todo-Poderoso não somente limita a força da tentação como também mostra o caminho do escape. O Pai celestial não deseja que pequemos, por isso, Ele próprio faz tudo o que for necessário, em qualquer tentação, para nos dar um meio de saída: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13).
O crente pode vencer a tentação se: orar e vigiar, não dar lugar ao Diabo, andar em Espírito e guardar a Palavra de Deus no coração. Se as tentações são fortes, temos abundantes promessas divinas que nos asseguram: podemos resisti-las com a Palavra de Deus.
Veja quão consoladoras são as palavras do autor da Epístola aos hebreus: "Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados" (Hb 2.18). E estas de Pedro: “Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos” (2 Pe 2.9).
Por conseguinte, mantenhamos sempre a disciplina da vida cristã, evitando o pecado que tão de perto nos rodeia.
OBRAS CONSULTADA
COMENTÁRIO MATEUS & MARCOS AY. ROBRTSON
DANIELS, R. Pureza sexual. RJ: CPAD, 2000.
HOLLOMAN, H. O poder da santificação. RJ: CPAD, 2003.
LUTZER, E.W. Deixando seu passado para trás. RJ: CPAD, 2005. COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed., RJ: CPAD, 2005. Comentário aplicação Pessoal Novo Testamento Vol. 1
DC. AILDO FERREIRA
IEADALPE - AD ITAPISSUMA – PE
Resumo da Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Jovens da CPAD, pastor Natalino das Neves
Aula ministrada pelo Professor Adriel Lemos
Aula ministrada pelo Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)
Aula ministrada pelo Pr. Moisés Câmara
Aula ministrada pelo professor Lucas Neto
Aula ministrada pelo Pastor Fernando Tavares
Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso

Que milagre é ter meu ex de volta, meu nome é robe dorise
ResponderExcluire eu preciso compartilhar este grande testemunho ... Eu só quero agradecer a você (DR. JAMES) por tomar o tempo para me ajudar a conduzir o feitiço que me devolve meu ex-amante (agora meu marido), que de repente perdeu o interesse em me depois que nos casamos 7 anos. Eu estava sozinha até conhecer um amigo meu que me colocou em contato úmido (Dr. JAMES). Ele me ajudou a recuperar meu marido. Para mais informações ... entre em contato com ele no dia email, [drjamesd3@gmail.com] ou via whatsapp, +27737872215