ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: O FRUTO DE UM TRABALHO ZELOSO - Se Liga na Informação





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: O FRUTO DE UM TRABALHO ZELOSO

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Texto do dia.
"Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos." (1 Ts 2.8)

Síntese.
O caráter de uma comunidade não se constrói de modo repentino; é necessário um forte investimento espiritual - por meio de discipulado eficiente e de testemunho pessoal edificante.

Interação
Paulo era um exemplo para aquela comunidade. Uma das questões que se sobressai tanto na primeira como na segunda epístola é o caráter do apóstolo, sua integridade, sinceridade e amabilidade. Sendo merecedor de honra e privilégios entre os tessalonicenses - por ser o orientador espiritual da comunidade, em virtude do grande risco de morte que o apóstolo pessoalmente enfrentou - este não usufruiu de nenhum benefício, antes, trabalhou incessantemente para não ser "pesado" a ninguém naquela localidade.
Nossas ocupações, nosso trabalho, não podem ser utilizados como desculpas para algum tipo de prejuízo à obra de Deus. É necessário que sigamos o inspirador exemplo de Paulo, para que, fazendo o melhor para o Reino de Deus, muitas vidas sejam alcançadas não apenas por nossa pregação, mas também por nosso testemunho enquanto fiéis discípulos de Cristo.

Orientação Pedagógica
Uma sugestão para ser aplicada nesta lição é o uso de uma metodologia denominada de "aquário" (em inglês fishbowl). A metodologia desenvolve-se da seguinte maneira: As cadeiras da classe são arrumadas em círculo. Ao centro do círculo coloque cinco cadeiras (sendo que sempre uma deve ficar livre). Quatro alunos são convidados a sentarem no centro e iniciarem um debate a partir de uma temática sugerida pelo professor. A qualquer momento do debate, alguém da classe pode sentar-se na cadeira vazia, com isso, necessariamente alguém que estava sentado participando do debate deve retirar-se de modo a sempre existir uma cadeira vazia para quem quiser participar, e não permitir que o debate seja atrapalhado. Um mesmo participante pode sair e retornar quantas vezes quiser, o papel do professor é não permitir que o debate acabe; assim este deve, sempre que possível, sugerir novos temas, formular perguntas, demonstrar falhas na argumentação de algum participante, etc.

Texto bíblico

1 Tessalonicense 2.1-12
1 Porque vós mesmos, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã;
2 mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate.
3 Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência;
4 mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração.
5 Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha;
6 E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;
7 antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos.
8 Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos.
9 Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.
10 Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes.
11 Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos,
12 para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No capítulo dois de 1 Tessalonicenses, Paulo apresenta-nos o paradigma do verdadeiro plantador de Igrejas. Quais devem ser as motivações daqueles que se envolvem no ministério de evangelização e discipulado de novos cristãos? Por vivermos em dias tão difíceis, somos facilmente induzidos a imaginar que apenas nós enfrentamos os desafios de conviver com falsos obreiros, com indivíduos cujo objetivo é o estabelecimento de uma carreira profissional, e não a manifestação da graça do Pai nesta geração. Todavia, neste momento de sua Carta aos tessalonicenses, ao fazer questão de destacar alguns aspectos de sua prática ministerial naquela comunidade, o apóstolo acaba denunciando uma série de indivíduos, que já na Igreja Primitiva, tinham a intenção de instituir feudos particulares ao invés de militarem pelo Reino de Deus. Assim como os tessalonicenses, aprendamos com Paulo.

I- O MINISTRO COMO AQUELE QUE SERVE

1. Aquele que cuida dos outros.
O vocacionado por Cristo possui um coração misericordioso, capaz de compreender a realidade por meio da ótica da graça e do cuidado. Enquanto a sociedade atual apregoa o individualismo como forma padrão de relacionamento, o servo de Cristo envolvido na evangelização, discipulado e pastoreio experimenta a força do amor que se doa para outro; e isto não é à toa, Jesus encarnou este tipo de modelo relacional (Jo 10.26-30). Em Tessalônica, Paulo afirma cuidar daqueles irmãos tanto como uma ama (1 Ts 2.7) - que mesmo sem nenhum vínculo biológico com as crianças de quem cuida, é responsável pela nutrição mais básica como pelos carinhos -, como um pai (1 Ts 2.11) - cuja responsabilidade fundamental é a formação do caráter dos filhos que lhe são dependentes. O apóstolo não procurava benefícios próprios, mas o desenvolvimento daqueles irmãos.

2. Aquele que serve mesmo com o perigo de perder a vida.
Desde o início, o ministério de Paulo entre os tessalonicenses envolveu um nível de comprometimento tal que, em várias ocasiões (1 Ts 2.2,15), o apóstolo testemunha que correu risco de vida. A radicalidade deste tipo de vocação pode ser comparada à chamada de nossos irmãos missionários que atuam em países hostis ao Evangelho hoje (Coreia do Norte, Irã, Vietnã, etc.). Eles não têm suas vidas por preciosas (At 20.24), mas são capazes de enfrentar vários tipos e níveis de riscos para levar a Palavra àqueles que ainda não ouviram as Boas Novas de paz (2 Co 11.23-26). O senso de serviço entre esses obreiros é altíssimo; para eles a vida não faz sentido se não é apresentada como oferta diária diante do altar do Cordeiro de Deus. Este nível de comprometimento com o Reino de Deus está numa condição diametralmente oposta ao tipo de vida nababesca e luxuosa que alguns optam e impõem sobre suas comunidades.



3. Aquele que trabalha para não ser pesado a ninguém.
Esta talvez é uma das características sociais mais marcantes do ministério de Paulo. Ele optou por um estilo de vida despojado, a tal ponto que, na maioria do tempo, não necessitava de uma comunidade ou instituição para garantir-lhe o sustento financeiro; ele mesmo produzia os recursos para sua manutenção (1 Ts 2. 6, 9). Deste modo, seus pedidos financeiros poderiam voltar-se para o sustento das novas comunidades fundadas (2 Co 8.1-5; 9.12). Esta opção de vida certamente exige muito mais daquele que realiza ações para o Reino, entretanto o autoriza a exigir de todos à sua volta uma postura similar (2 Ts 3.12).

Pense
O privilégio de ser ministro do Reino não está associado a prêmios ou reconhecimentos humanos que se podem receber de homens ou instituições. A maior honraria que cabe ao cristão é ser achado digno de continuar a obra iniciada por Jesus há dois mil anos.

Ponto Importante
O Brasil tem sido muito abençoado em função de jovens que, seguindo uma visão de Deus, doaram-se completamente em favor do anúncio do Evangelho. Que essa chama evangelística volte a acender no coração desta geração para que os não alcançados possam ouvir de Cristo.

II- QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DESTA IGREJA QUE PAULO AMA?

1. A pregação como exposição da verdade.
O ministério de Paulo entre os tessalonicenses foi bem-sucedido porque o foco dele era o anúncio da Palavra; entretanto, tal tarefa não estava fundamentada em sabedoria humana (1 Ts 1.5), e sim no poder que é próprio da vontade de Deus (1 Ts 2.3,5). Os tessalonicenses não foram envolvidos em estratégias de retórica ou oratória, mas pelo poder do Evangelho. Infelizmente na atualidade, em muitas igrejas, perdeu-se a esperança no poder da Palavra, em virtude disso em muitas celebrações voltadas para jovens a liturgia é preenchida com elementos dos mais diversos (shows de humor, MMA amador, muita música dançante). Que tipo de Igreja teremos daqui a alguns anos se os cristãos que a compõem não valorizam a Bíblia, nem sequer a conhecem?

2. A necessidade de honrar a Deus e a sua Palavra.
A quem preocupamo-nos em agradar quando pregamos o Evangelho? Paulo deixou bem claro àquela jovem igreja que seu compromisso estava em agradar ao Pai, e não a eles (1 Ts 2.4). O apóstolo não temia o que poderia acontecer quanto à reação dos tessalonicenses, pois ele sabia que a aprovação de seu ministério não vinha das pessoas, mas do Deus que confirmara seu ministério (Gl 1.10). Àquele que foi vocacionado por Deus cabe o discernimento e a maturidade para permanecer firme em sua missão, mesmo quando todos e tudo levantam-se como oposição. Nestes dias trabalhosos o Evangelho não é bem recebido por uma geração incrédula e rebelde (Fp 2.15). Contudo, devemos ter a convicção de que não é a eles que buscamos agradar, mas ao SENHOR!

3. O discernimento e a confiança dos tessalonicenses.
No caso da comunidade dos tessalonicenses, apesar do pouco tempo de fé que estes possuíam, a Palavra fluiu entre eles com naturalidade. Um dos motivos de tal desenvolvimento do Evangelho nesta igreja foi o fato de os cristãos ali terem recebido as palavras de Paulo como Palavra de Deus (2 Ts 2.13). Numa sociedade cheia de vozes e mecanismos de comunicação o discernimento é um dos dons mais importantes. Precisamos de maturidade para sermos capazes de rejeitar as falácias (2 Tm 4.4) e acolher a voz do Senhor (1 Co 2.14,15). Como o caso da Igreja em Tessalônica nos demonstra, discernir a vontade de Deus tem relação direta com nossa intimidade com Deus, e não com o tempo que possuímos de fé.

Pense
As estratégias para anúncio do Evangelho podem ser diversas, mas é necessário ter a consciência de que o conteúdo sempre tem que ser mais relevante do que a forma. A falência da Igreja é decretada quando as pessoas a procuram não com sede da Palavra, mas com fome de entretenimento.

Ponto Importante
A aprovação coletiva nem sempre esteve do lado dos profetas e ministros de Deus, todavia, eles permaneceram firmes e inabaláveis. Cresçamos continuamente em intimidade com o Pai, para que em momentos de adversidade tenhamos a serenidade de que nossa chamada é de Deus.

III- OS OBJETIVOS DE UM MINISTÉRIO ÍNTEGRO

1. Colaborar para o desenvolvimento de uma comunidade espiritualmente sadia.
O zeloso trabalho de Paulo tinha um objetivo claro: colaborar no crescimento espiritual dos tessalonicenses de tal forma que estes chegassem ao nível de intimidade desejado por Deus (1 Ts 2.12). O apóstolo, que naquele momento histórico estava em forte atividade missionária, não tinha qualquer intenção de beneficiar-se, de alguma forma, através da vida daqueles irmãos; antes, a finalidade de seus cuidados pastorais era exclusivamente o bem-estar deles. Hoje, cada vez mais, na igreja, precisamos de pessoas comprometidas com o crescimento e amadurecimento de outros.

2. A edificação mútua.
Um dos resultados mais destacáveis decorrentes do estabelecimento de um ministério sadio é a edificação mútua. É necessário reconhecer, apesar deste não ser o objetivo prioritário da presença de Paulo entre os tessalonicenses, que o apóstolo foi ricamente abençoado por meio da convivência com aquela igreja (1 Ts 2.19,20). É assim que o Reino de Deus manifesta-se por meio de uma liderança abençoadora, todos são enriquecidos pelo poder de Deus, tanto os que ministram como os que são ministrados (2 Co 7.7; Fm 7). Nunca devemos compreender a bênção de Deus de forma egoísta, na verdade, sempre que o Senhor abençoa-nos abundantemente, o seu objetivo é que sejamos capazes de compartilhar com os outros o muito que Ele nos tem dado (2 Co 9.8).

3. Denunciar as ações do Maligno.
É inevitável: a luz sempre desarticula as trevas (Jo 12.46). Por mais que o foco daquele que faz a obra de Deus com sinceridade não seja esse, mais cedo ou mais tarde, as obras do Maligno acabam sendo reveladas através do estabelecimento dos princípios do Reino de Deus (At 26.18). Foi exatamente isto que ocorreu em Tessalônica (1 Ts 2.14-16); o anúncio do Evangelho foi seguido por uma onda de perseguição promovida por aqueles que, cheios de maldade, não desejavam o desenvolvimento da obra de Deus naquela cidade. A integridade do ministério de Paulo destacava-se, positivamente, em meio a um contexto de falsos pregadores e profetas de aluguel.

SUBSÍDIO
"Jesus
O nome Jesus quer dizer 'Deus salva'. Conforme Paulo anuncia aos tessalonicenses: 'Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo' (1 Ts 5.9). Em uma passagem anterior da epístola, ele refere-se a Jesus como aquEle 'que nos livra da ira futura' (1.10). Poucas vezes (há cerca de dez ocorrências nessa epístola), Paulo refere-se a Jesus sem usar também o título 'Cristo' ou 'Senhor'. Na maioria dessas passagens, o assunto é a morte de Jesus (1 Ts 1.10; 4.14), um lembrete da humanidade dEle e da forma custosa com que Ele efetuou a salvação (Rm 3.25,26).
Talvez a advertência de Paulo de que 'ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema' (1 Co 12.3), seja um indício para entender a passagem em discrepância com esse padrão. Talvez os falsos profetas que negavam a humanidade de Jesus tenham feito uma denúncia desse tipo. A primeira heresia cristológica, o docetismo (de dokeõ, 'parecer' ou 'ter a aparência'), negava a humanidade de Jesus com o argumento de que Ele apenas parecia ser humano, mas, na verdade, não o era. O padrão das referências de Paulo a Jesus e sua morte negam firmemente esse tipo de ensino falso" (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. p. 282).

ESTANTE DO PROFESSOR
Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

CONCLUSÃO
O bem-estar da jovem Igreja em Tessalônica não era fruto do acaso, como vimos durante esta lição; o padrão paulino de implantar novas igrejas e de discipular novos cristãos fez com que aquele grupo de irmãos, mesmo tendo convivido pouco tempo com o apóstolo, tivesse um nível de espiritualidade diferenciado. Nós, como igreja, na atualidade precisamos cada vez mais disso: amor, integridade e responsabilidade.
Hora da revisão.

Tomando como base a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, cite três características de um ministério íntegro.
Dedicação, diligência e doação.

Que riscos a Igreja corre ao retirar a centralidade da Palavra de suas reuniões de celebração?
Perde-se a centralidade de Cristo na adoração, e a liturgia torna-se puro entretenimento.

Quais os efeitos em uma comunidade local de uma vocação ministerial cumprida segundo a vontade de Deus?
Desenvolvimento espiritual, crescimento mútuo e denúncia das obras do mal.

Por que não devemos compreender a bênção de Deus em nossas vidas de modo egoísta?
Sempre que o Senhor abençoa-nos abundantemente, o seu objetivo é que sejamos capazes de compartilhar com os outros o muito que ele nos tem dado (2 Co 9.8).

De que modo as obras do Maligno são denunciadas quando assumimos uma postura de espiritualidade madura?

Por meio dos princípios do Reino de Deus que se estabelecem e manifestam as obras de Cristo.





INTRODUÇÃO

Paulo e Silas tinham sido expulsos de Tessalônica pelos seus inimigos, que difamaram o apóstolo junto aos novos crentes da jovem igreja naquele lugar. Esta carta responde às acusações dos inimigos de Paulo, descrevendo aquilo que os crentes já sabiam — a verdade da mensagem de Paulo e Silas, a sinceridade das suas motivações, e a prova de ambas, através de seus atos entre eles. Paulo estava completamente comprometido com o crescimento daqueles que tinham vindo à fé por meio da sua pregação. 

I.  O MINISTRO COMO AQUELE QUE SERVE 

Paulo não foi para Tessalônica para tirar proveito dos tessalonicenses, mas legar algo a eles. Paulo não foi à capital da província da Macedônia para levar vantagem, mas para doar. Ele não foi para ganhar dinheiro, mas para ganhar almas. Sua motivação não era o lucro, mas a salvação das almas. Paulo se dispôs a abrir mão de direitos legítimos e trabalhar com as mãos para o seu sustento para manter o privilégio de pregar o evangelho. O ministério não é uma plataforma de lucro, mas um campo de trabalho.  
O capítulo 2 desta carta é uma defesa de Paulo aos vários ataques sofridos dos inimigos quanto à sua pessoa, à sua mensagem, aos seus propósitos e aos seus métodos.
Paulo tinha um frutífero ministério. Ele não era um obreiro vazio e estéril, mas um grande ganhador de almas. Ele foi o maior teólogo do cristianismo e também o maior evangelista. Ele era um missionário plantador de igrejas e também um zeloso e dedicado pastor. 
Por onde passava, deixava muitos frutos do seu trabalho. Sua estada em Tessalônica não foi infrutífera. Em apenas três semanas há registros de multidão de pessoas sendo salva. Paulo tinha não apenas a revelação, mas também, aprovação. Ele possuía o conteúdo glorioso do evangelho de Deus e uma vida reta diante do Senhor. Sua pregação era respaldada pela sua vida, e seu ministério foi plantado no solo fértil de uma vida piedosa.

O apóstolo Paulo menciona três fatores da sua irrepreensibilidade diante dos homens:

a. Ele não era um bajulador (2.5a). A palavra usada por Paulo para “bajulação” é kolakeia, que descreve sempre a adulação que pretende ganhar algo, a lisonja por motivos de lucros.
O bajulador é aquele que fala uma coisa e sente outra. Ele tem a voz macia como a manteiga e o coração duro como uma pedra. Ele tem palavras aveludadas e uma motivação ferina como uma espada (Mc 7.6). Havia plena sintonia entre o que Paulo falava e o que ele sentia. Paulo apresenta seu testemunho diante de todos: “[...] como sabeis” (1.5;2.1,5,11; 3.3,4; 4.2;5.2). E também dado seu testemunho diante de Deus: “Deus disto é testemunha” (2.5).

b. Ele não era um rnercenário (2.5b). A palavra grega pleonexia, traduzida por “ganância” indica a cobiça de todos, Paulo não pregava para arrancar o dinheiro das pessoas, mas para arrancar-lhes do peito o coração de pedra, a fim de receberem um coração de carne. Paulo não buscava lucro, mas salvação. Sua recompensa não era dinheiro, mas vidas salvas. Os motivos de Paulo em fazer a obra de Deus eram puros. Ele não fazia do ministério uma plataforma para se enriquecer. Ele não estava atrás do dinheiro das pessoas, mas ansiava pela salvação delas.

C. Ele não era um megalomaníaco (2.6). Paulo não pregava para alcançar glória e prestígio humano, não andava atrás de lisonjas humanas. Ele não buscava prestígio pessoal nem glória de homens. Ele não dependia desse reprovável expediente, pois sabia quem era e o que devia fazer. Ele não precisava bajular nem receber bajulação. Sua realização pessoal não procedia da opinião das pessoas, mas da aprovação de Deus. É digno observar que em ITessalonicenses 1.5, Paulo não tenha dito; “Eu cheguei até vós”, mas disse; “O nosso evangelho chegou até vós”. O foco não estava no homem, mas no evangelho.

II. O COMPROMISSO COM A PALAVRA

A principal responsabilidade do servidor cristão é ser fiel (1 Co 4:1 -2); e ele será testado e recompensado no retorno de Cristo com base nessa fidelidade.
O crente tem de estar disposto a sofrer a fim de ser fiel em seu serviço cristão. Em Filipos, Paulo e Silas foram maltratados e ultrajados (At 16:19-24) e teriam todo tipo de desculpa para tirar umas férias se quisessem. Mas eles sabiam que Deus confiara o evangelho a eles e tinham de levar a mensagem para as outras cidades. Eles sentiram se com coragem para proclamar as boas-novas, em vez de ficarem temerosos por causa do tratamento que receberam.
O servidor cristão fiel vive para agradar a Deus, não ao homem (v.4). Deus não pode abençoar o servidor cuja mensagem e ministério não estejam de acordo com seu padrão divino, embora, às vezes, seja tentador pensar em comprometer a mensagem a fim de ganhar amigos. 

No versículo 3, Paulo afirma que sua mensagem não era enganosa ou dolosa, isto é, era a verdadeira Palavra de Deus. Seus motivos eram puros, não impuros; seu método era honesto, não fraudulento (como "isca no anzol" para pegar peixe).
Parece estranho que Paulo, um homem, compare-se a uma "ama" (v. 7). (Veja também 1 Co 4:14-15, em que afirma que ele, como pai espiritual, -'gerou" os santos coríntios em Jesus Cristo.) Em 2:9-13, ele usa a imagem de um pai, mas a idéia central é o cuidado amoroso. Os novos cristãos precisam de amor, de alimento e do cuidado terno que a mãe dá ao filho. Os recém-nascidos precisam do leite da Palavra (1 Pe 2:2), depois podem passar para a carne (1 Co 3:1-4; Hb 5:11-14), o pão (Mt 4:4; e veja Ex 16, o maná) e o mel (SI 119:103) da Palavra.

O alimento com que a mãe nutre os filhos é tão importante quanto a maneira como os nutre. É muito importante que nós, cristãos mais velhos, nutramos os crentes jovens com amor e paciência.

O pai interessado (2:9-16). Observe o ministério "paternal" de Paulo: ele labuta (v. 9a), proclama (v. 9b), comporta-se ("procede"; v. 10), exorta (v. 12) e sofre (v. 14). O pai deve zelar pela família e fazer sacrifícios pelo bem-estar dela. É muito importante que "pais e mães espirituais" tenham uma vida exemplar, pois as crianças são grandes imitadoras.
Paulo poderia reivindicar seus direitos de apóstolo e exigir que a igreja o sustentasse (2:6), mas ele, em vez disso, trabalhou, com sacrifício, com as próprias mãos a fim de ministrar à igreja.  Ele também tinha o cuidado de levar uma vida santa (para Deus), justa (para o homem) e irrepreensível (para si mesmo).

Em Tessalônica, Paulo cumpriu a tarefa do pai de exortar e educar os filhos. Ele forneceu ensino pessoal e individual ("a cada um de vós"), como também exerceu o ministério público para a igreja. Que os líderes espirituais não ousem fiar-se apenas em seu ministério público, pois seus filhos espirituais também precisam de encorajamento e aconselhamento pessoal. 

O ministério de Paulo, como pai, incluía três aspectos: (1) 
"exortar" ou pedir; (2) "consolar" ou encorajar; e (3) "dar testemunho" ou testificar (NVl). Paulo encorajava-os com suas experiências pessoais no Senhor; não se contentava em apenas ensinar a Palavra.
O apóstolo regozijava-se com a forma como seus filhos espirituais receberam a Palavra do Senhor. Ele sabia que o Espírito de Deus operaria na vida deles se recebessem a Palavra e cressem nela. Ao ligarmos Filipenses 2:12-13 a Efésios 3:20-21 ,e a 1 Tessalonicenses 2:13, constatamos que Deus opera em nós por meio de sua Palavra, de seu Espírito e da oração.
Por fim, Paulo alerta sua família espiritual em relação aos inimigos que a perseguirão.

CONCLUSÃO 

A fim de não ser um peso para os tessalonicenses, eles se sobrecarregaram. Labor e fadiga... noite e dia. Labor significa trabalho esfalfante; fadiga é o resultado desse trabalho. Talvez eles começassem antes do alvorecer (dia) e trabalhassem até a noite, provavelmente fazendo tendas (At. 18:3), a fim de serem financeiramente independentes. Eles faziam isto enquanto pregavam o evangelho de Deus. Pregamos é tradução de uma palavra referente ao arauto. Era usada a respeito do arauto do rei, que devia ser ouvido e obedecido como se o rei estivesse falando em pessoa. Eles eram arautos do Rei.

Em ITss 2.10-12, Paulo apela para os seus leitores e para Deus como testemunhas de como nos portamos. Eles foram santos para com Deus, justos para com os que credes, de forma que eles foram irrepreensíveis diante de ambos. Aqui Paulo muda a sua metáfora de uma ama para um pai a seus filhos. Note-se as três fases do papel de um ministro: exortando-vos, consolando-vos e instando — tudo isto com o objetivo de que andasseis de um modo digno de Deus. Eles os exortaram a agir assim, encorajaram-nos ou consolaram-nos nas tribulações resultantes, e testemunharam a respeito de uma vida digna.

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