“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”. Rm 8.28
Verdade Aplicada
Enquanto estão “debaixo do sol”, os discípulos de Cristo precisam ter sempre em mente a importância de usar as lentes da fé e dos propósitos de Deus.
Glossário
Percepção: Ato ou efeito de perceber;
Pressuposto: Aquilo que se tenta atingir; meta, objetivo;
Superficialidade: Qualidade ou caráter de superficial.
Textos de Referência.
Gênesis 45.4-5, 7-8
4 E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito.
5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.
7 Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento.
8 Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.
Hinos sugeridos.
25, 178, 186
Introdução
Sendo discípulos de Jesus, como temos percebido o mundo ao nosso redor? Como estamos lidando com as adversidades e a prosperidade? Reflitamos sobre este assunto à luz da Palavra de Deus, nossa lâmpada e luz.
1. Cosmovisão: significado e importância.
Nem sempre paramos para pensar sobre a nossa vida de mundo, principalmente no presente século, quando estamos sempre muito ocupados. Porém, ainda que o ser humano não pense sobre isso, faz parte das nossas ações e reações, bem como da nossa compreensão da realidade. Sendo assim, trata-se de um aspecto intensamente prático. Inicialmente, nos deteremos nos aspectos do significado, importância e as diversas formas adotadas pelos seres humanos para explicar e reagir diante da realidade do mundo e dos diversos acontecimentos que nos envolvem, sejam (aos nossos olhos) positivos ou negativos.
1.1. Significado e conceitos.
Considerando o exposto acima, todo ser humano possui uma cosmovisão. Segundo o Dicionário Aurélio, cosmovisão é “concepção ou visão do mundo”. Ou seja, a maneira de ver e entender o mundo. Essa maneira é resultado de um conjunto de ideias e crenças que funcionam como base ou lentes para vossos conceitos, atitudes e decisões na vida. Trata-se de como interpreto a vida, afetando assim, a forma de pensar, sentir, e viver dia após dia. Envolve todas as áreas da vida: fé em Deus; razão de viver; riqueza; valores; família; morte; eternidade; prosperidade; entre outros aspectos.
1.2. Diferentes cosmovisões.
Como destacado no item anterior a cosmovisão de uma pessoa vai depender do conjunto de crenças, valores e ideias adotados ela mesma. Há aqueles que adotam como base da sua vida o materialismo. Ou seja, a visão de mundo dessas pessoas não considera ou valoriza a realidade espiritual e a eternidade. Há aqueles que têm como base o existencialismo. Acreditam que o sentido da vida está em conquistar, realização pessoal, alcançar sonhos e projetos. Há os que creem em Deus, porém não acreditam que Ele interfere na história da humanidade (são os deístas). Os humanos supervalorizam a capacidade humana: você pode, consegue e muda a realidade.
1.3. A importância da cosmovisão.
Não se trata apenas de olhar a realidade na qual estamos inseridos, mas perceber de uma forma mais profunda a totalidade desta realidade. Não decidir escolher, agir ou reagir somente pelo que vemos, ouvimos ou sentimos, mas procurar perceber as razões, motivos e consequências nos acontecimentos e atitudes da vida. Vide o exemplo de Caim. Após Deus não ter atentado para sua oferta, ficou irado. O Senhor Deus procurou conduzi-lo a uma reflexão, lhe dirigindo três perguntas e fazendo um alerta (Gn 4.4-7). Porém ele decidiu agir por conta própria (Gn 4.8). Qual era a visão de mundo de Caim?
2. O exemplo de José.
Dentre muitos exemplos encontrados na Bíblia, destaca-se a postura de José diante de realidades adversas e favoráveis. Ele demonstrou uma visão de mundo baseada não somente na superficialidade dos fatos, mas na sua fé em Deus e nas promessas e propósitos do Senhor na sua vida e dos seus.
2.1. José e a realidade no lar.
José era filho de Jacó e Raquel. Seu pai gerou vários filhos de diferentes mulheres (Gn 35.22-26). A preferência de Jacó por José era notória, resultando grande descontentamento entre seus irmãos. José procurava ajudar e obedecer seu pai *Gn 37.2); discordava do comportamento de seus irmãos (não deixou influenciar e nem pactuava com seus erros, mesmo tendo lhe custado o isolamento) e sofreu inveja e violência por parte dos irmãos (Gn 37.8, 11, 18, 23-28).
2.2. José e a realidade longe do lar.
Sendo José ainda bem jovem, foi vendido aos ismaelitas e, no Egito, a Potifar, eunuco de Faraó (Gn 37.28, 36). Que grande mudança na realidade de José. De filho passou a ser escravo e depois prisioneiro. Esta realidade perdurou por longos treze anos (Gn 41.46), antes de se tornar governador do Egito. Foi alvo de tentação, calúnia e esquecimento. Porém, “...Deus era com ele” (At 7.9). Mesmo nas adversidades e dificuldades, na casa de Potifar e na prisão, o Senhor o abençoava, usando com ele de benignidade e fazendo-o prosperar no trabalho que desenvolvia (Gn 39.2-5, 21-23).
2.3. José e a mudança da realidade.
A história de José é rica de ensinamentos práticos para a vida do discípulo de Cristo. São diversas as realidades do nosso viver, pois abrange diferentes ambientes e circunstâncias. A história de José não se resume a inveja, violência, escravidão, esquecimento e calúnia. Há, também, benignidade de Deus, exaltação, casamento, filhos, honrarias, perdão, prosperidade, trabalho, testemunho e esperança. Precisamos, como José, saber vivenciar essas diferentes realidades.
3. A fé e os propósitos de Deus.
Vários são os pressupostos que devem nortear a maneira do discípulo de Cristo perceber o mundo e suas decisões, atitudes e reações diante das diversas realidades vivenciadas. Entre outros objetivos, destacamos: fomos resgatados para pertencermos a Deus (1Co 6.20); estamos no mundo, porém não somos do mundo (Jo 17.14, 16); devemos fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10.31); a fé é indispensável no relacionamento com Deus (Hb 11.6); nossa existência não se resume à vida debaixo do sol (1Co 15.19).
3.1. A lente da fé.
Sendo filho de Jacó, José ouviu acerca da história de Abraão, Isaque e seu Pai, inclusive como eles se relacionavam com Deus. Ele nasceu e cresceu numa família que cria no Deus Criador de todas as coisas e Todo Poderoso. Assim, ele usava a “lente da fé” para perceber as diversas realidades que vivenciava. Foi assim quando tentado na casa de Potifar (Gn 39.9), na prisão lidando com outros presos (Gn 40.8), perante Faraó (Gn 41.16), quando do nascimento dos filhos (Gn 41.51-52), ao encontrar com os irmãos (Gn 45.5-8) e no final de sua vida (Gn 50.25; Hb 11.22).
3.2. A lente dos propósitos de Deus.
Ao reencontrar seus irmãos, José testemunhou sobre a sua percepção, compreensão e convicção acerca dos acontecimentos adversos de sua vida: “Deus me enviou”; “não fostes vós...senão Deus” (Gn 45.5-8). Notemos, agora, o seu testemunho após a morte de seu pai e antes de encerrar seus dias na terra: “Deus o tornou em bem” e “Certamente vos visitará Deus” (Gn 50.20, 25). Ele venceu a tentação de perceber a realidade somente pela conduta má de seus irmãos.
3.3. A importância das Escrituras Sagradas.
Evidente que a base da cosmovisão do discípulo de Jesus Cristo é a revelação de \deus nas Escrituras Sagradas. A Bíblia é a nossa regra de fé e de conduta. Ela é a base de nossas crenças e valores que nortearão nossa percepção das diversas realidades. Assim, evitaremos a utilização de “lentes” que estejam embaçadas, ou seja, informações e referências a partir da televisão, das redes sociais, de filmes, filosofias e intelectualidade, sem passar pela luz da Palavra. Somente nas Escrituras Sagradas vamos encontrar o conteúdo da fé e a revelação dos propósitos de Deus (2Tm 3.14-17).
Conclusão.
Precisamos aprender a vivenciar os bons e os maus momentos, pois ambos fazem parte do processo de formação do discípulo de Cristo. É preciso cuidado para que nossa mente não fique contaminada com a cosmovisão mundana, mas que nosso entendimento seja sempre renovado para a glória de Deus.
Questionário.
1. Após o alerta de Deus o que Caim fez?
R: Decidiu agir por conta própria (Gn 4.8).
2. O que resultou em grande descontentamento entre os irmão de José?
R: A preferência de Jacó por José Gn 37.3-4).
3. O que é indispensável no relacionamento com Deus?
R: A fé (Hb 11.6).
4. O que José usava para perceber as diversas realidades que vivenciava?
R: A lente da fé (Gn 39.9).
5. Qual é a base da cosmovisão do discípulo de Jesus Cristo?
R: É a revelação de Deus nas Escrituras Sagradas (2Tm 3.14-17).
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