Escola Bíblica Dominical: Inconformados com o Mundo - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: Inconformados com o Mundo

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Lição 09 – Inconformados com o Mundo
(Dc. Odir de Almeida)

Texto Bíblico Básico: 1Jo 2.15-17; Ef 5.8-17
Texto Áureo: Rm 12.2a

1 – OBJETIVOS DA LIÇÃO
  Compreender que a salvação é um estado novo da vida
 Desprender-se de tudo que estiver em consonância com o pecado
  Entender que a conformação com o mundo é inimizade com Deus

2 – INTRODUÇÃO 
 O pós-modernismo é marcado pelo relativismo e a ausência dos valores absolutos. O verdadeiro ou falso, certo ou errado, bom ou mal, são valores que se definem pelo intelecto (razão), dentro do contexto em que são analisados. Como consequência, a maior parte das pessoas inseridas neste contexto vive uma crise de identidade. 
 Ser inconformado é, além de não tomar a formar, posicionar-se contra toda a voz que não está em consonância com a verdade – as escrituras sagradas.
  A grande guerra do cristão é a mesma que foi travada no Éden: A VERDADE CONTRA A MENTIRA. Na primeira batalha o homem perdeu aceitando a mentira do diabo, mas em Cristo somos capazes de vencer esta guerra, pois Cristo venceu o mundo.



3 – O RELATIVISMO SE SOBREPONDO AO ABSOLUTISMO  
A Bíblia mostra que Deus e suas verdades são absolutos o que para muitos os tornam radicais, mas como a palavra de Deus poderia transigir com a mentira. Tornar a verdade das Escrituras como algo relativo é o mesmo que nivelá-la com as inverdades e sofismas encontrados no mundo. Somente a verdade bíblica é capaz de sobreviver ao tempo, cultura e local. Qual é a verdade que a Bíblia trata?
 Cristo é a verdade - “Eu sou a Verdade” (Jo 14.6);
  Vivemos uma mentira que somente Cristo pode nos libertar - “a verdade vos libertará” (Jo 8.32); 
 A solução da busca humana - “e disse a Pilatos que veio ao mundo exatamente para dar testemunho da verdade” (Jo 18.37);
 É a vontade que conheçamos a verdade em CRISTO - “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4);
 A única agência na terra portadora da verdade é a igreja de Cristo - “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3.15).

Todas as afirmações acima são absolutas.

4 – QUESTÃO  DO ABORTO  
O aborto é a interrupção da gravidez. Em nossa sociedade muitos consideram como um direito da mulher, mas a Bíblia afirma ser um crime contra a vida.   Quando começa a vida?
 1. Muitos cientistas concordam que a vida tem início na fecundação, quando o espermatozoide e o óvulo se fundem gerando uma nova célula chamada "zigoto".
 2. Outros defendem que a vida inicia com a fixação do óvulo fecundado no útero, onde recebe o nome de embrião - período entre o 7° e o 10° dia de gestação.
 3. Outros apontam o começo da vida por volta do 14° dia quando ocorre a formação do sistema nervoso. 
4. Tem ainda os que indicam o começo da vida quando o feto tem condições de se desenvolver fora do útero por volta da 25a semana de gestação. 
5. E também os que defendem a ideia de que a vida só se inicia por ocasião do nascimento do bebê
1.    A Bíblia aponta para a vida desde o momento da fecundação:
 “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei...” (Jr 1.5).
 “... O SENHOR me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome” (Is 49.1). 
  “Sabe quais as diferenças entre um óvulo fecundado e um bebê? O tempo de vida, o tamanho e a forma, o desenvolvimento e o tipo de nutrição” (Silas Malafaia)
2.   Do exposto, quaisquer atos contra o feto é um homicídio e como tal um pecado (Ex 20.13), um crime previsto no Código Penal - Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Logo, somente Deus pode tirar a vida “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1Sm 2.6).

5 – COMPREENDENDO A IDEOLOGIA DE GÊNERO  
A Ideologia de Gênero (Ideologia da Ausência de Sexo) prega que os dois sexos — masculino e feminino — são construções culturais e sociais, e que ninguém nasce homem ou mulher. Logo, segundo esta ideologia, nascemos um indivíduo indefinido e que podemos escolher ser homem, mulher ou neutro, independentemente de nossas características fisiológicas. “Se você baseia a sua visão de mundo na Bíblia, então, a ideia de gênero vai ser mesmo ofensiva” (Judith Butler – Criadora da ideologia de gênero).
  Precisamos estar atentos, pois como toda e qualquer ideologia existente há um caminho a se seguir até que a mesma se instale em um grupo, sociedade e/ou povo: primeiramente é lançada como uma semente para depois ser adubada e regada, e então aguardar que tipo de colheita se dará (o que será construído e que será desconstruído). Lembre-se a verdade já existe e está na bíblia. Então, o que se pretende desconstruir? E o que se pretende construir? Como já dito é uma guerra entra a verdade e a mentira.

                BÍBLIA                                                         


“E criou Deus o homem à sua imagem; à  mudaram a verdade de Deus em mentira, ...Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza ...” (Rm 1.25-27).


IDEOLOGIA DE GÊNERO


“Ideologia do gênero” insiste na afirmação de que “sexo” não existe. É o papel desempenhado pelo indivíduo na sociedade que determinaria uma das cinco modalidades de sexo: “mulher heterossexual, mulher homossexual, homem heterossexual, homem homossexual e bissexual”3..

3..   A investida dessa ideologia afeta diretamente a família e visa destruí-la acabando com a identidade de cada um dentro do lar, onde a mulher não é necessariamente a mãe e o pai não é necessariamente o homem. O local pretendido para a eficaz propagação desta ideologia é a escola, onde as crianças recebem passivamente os pensamentos dos seus adeptos.


6 – CONCLUSÃO   
“ Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou.  Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.  E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade” (Jo 17.15-19).   Estamos no mundo, ao qual não mais pertencemos, para transformá-lo com a verdade que está explicita nas escrituras. É esperado que tenhamos uma atitude ativa na implantação do Reino refutando qualquer sofisma.
                                                         
 1 LB CPAD, 2º Trim 2018, Lição 4. 2 Silas Malafaia. Disponível em: https://noticias.gospelprime.com.br/silas-malafaia-contra-aborto/. Acesso em: 17 mai 2018. 3 Ideologia de Gênero e os Planos Municipais de Educação.Disponível em: . Acesso em: 17 mai 2018.

ADVEC – ASSEMBLEIA DE DEUS VITÓRIA EM CRISTO | TAQUARA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – CLASSE DOS PROFESSORES LPD nº 54 – Ser Um Verdadeiro Cristão 2.º Trimestre de 2018

              

             O amor que Deus odeia
    INTRODUÇÃO
– Um grupo de crianças da primeira série foram conhecer um grande hospital. Depois de falar sobre os cuidados e a higiene no hospital e percorrer os corredores, ao final do tour pelo hospital a enfermeira perguntou se alguém tinha alguma pergunta. Uma criança levantou a mão e perguntou: Por que e como as pessoas que trabalham aqui estão sempre lavando as suas mãos? A enfermeira sorriu e respondeu: As pessoas que trabalham no hospital estão sempre lavando as suas mãos por duas razões: Primeiro, porque elas amam a saúde e segundo, porque elas odeiam os germes.


– Muitas vezes o amor e o ódio caminham lado a lado: “Vós que amais o Senhor, detestai o mal” (Sl 97:10). “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem” (Rm 12:9). O mesmo João que nos falou que o amor é a marca do verdadeiro cristão (1 Jo 2:10), agora nos diz que a marca do verdadeiro cristão é não amar o mundo (1 Jo 2:15).
– Há quatro motivos pelos quais os cristãos não devem amar o mundo:
I. POR CAUSA DO QUE O MUNDO É – V. 15
1. Os três significados da palavra MUNDO

• A palavra “mundo” tem três diferentes significados no Novo Testamento: 1) Mundo físico – “Deus fez o mundo e tudo o que nele existe” (At 17:24); 2) Mundo humano – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…” (Jo 3:16); 3) Mundo sistema – “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo” (1 Jo 2:15).
2. O que significa o Mundo Sistema?

• Nós usamos a palavra “mundo” como sistema em nossas conversas diárias: o mundo dos esportes, o mundo da política, o mundo da economia. Estamos nos referindo ao sistema que rege esses mundos.

• Para João, o mundo era a sociedade pagã com seus falsos valores, suas falsas maneiras de viver e seus falsos deuses.
• O mundo na Bíblia é o sistema de Satanás que se opõe à obra de Cristo na terra. Esse sistema se opõe a tudo o que é piedoso (1 Jo 2:16). “O mundo inteiro jaz no maligno” (1 Jo 5:19). Jesus chamou o diabo de “príncipe deste mundo” (Jo 12:31). O diabo tem uma organização de espíritos maus trabalhando com ele e influenciando as coisas deste mundo (Ef 6:11-12).
• Assim como o Espírito de Deus nos influencia para fazermos a vontade de Deus, as pessoas não regeneradas são energizadas pelo diabo para cumprir os seus nefastos planos – “andastes segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2:2).
• As pessoas não salvas pertencem a este sistema do mundo. Elas são filhas do mundo (Lc 16:8). Esse mundo não conheceu a Cristo nem conhece a nós (1 Jo 3:1). Esse sistema odiou a Cristo e odeia a igreja (Jo 15:18).
• Esse sistema do mundo não é o habitat natural do crente. Nossa cidadania está no céu (Fp 3:20). Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 15:15). Exemplo: A canoa – ela está na água, mas a água não está nela.
• Ficamos revoltados com a poluição do meio ambiente: a contaminação dos rios pela Goitacazes, as chaminés das indústrias, poluição dos motores. Precisamos protestar contra a poluição moral do sistema do mundo: Crime organizado, tráfico de drogas, prostituição institucionalizada, impunidade.
• A ordem para não amar o mundo baseia-se em dois argumentos: Primeiro, a incompatibilidade entre o amor pelo mundo e o amor pelo Pai (v. 15-16) e segundo, a transitoriedade do mundo contrastada com a eternidade daquele que faz a vontade do Pai (v. 17).
II. POR CAUSA DO QUE O MUNDO FAZ PARA NÓS – 2: 15-16
1. O amor ao mundo compromete o nosso amor a Deus Pai – v. 15

• O amor pelo mundo e o amor pelo Pai são mutuamente exclusivos.

• O mundo não é tanto uma questão de atividade, mas de atitude interior. É possível ter uma vida externa bonita e um coração cheio de podridão. É possível um fariseu, um legalista, um sepulcro caiado. É possível não deitar-se com uma mulher e ainda assim, a desejar no coração. É possível não ser rico e ainda sim, cobiçar a riqueza.
2. O amor ao mundo afeta nossa resposta à vontade de Deus – v. 17

• “O mundo passa, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2:17). Fazer a vontade de Deus é a alegria de todos aqueles que amam a Deus. “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14:15). Mas quando um crente perde a sua alegria no amor do Pai, fazer a vontade do Pai deixa de ser deleite, para ser peso.

• O mundanismo pode ser definido como tudo aquilo que leva você a perder a alegria do amor do Pai e desencoraja você a fazer a von tade do Pai.
3. O sistema do mundo usa três armadilhas para derrubar o cristão – v. 16
3.1. A concupiscência da carne

• A carne são as tentações que nos assaltam de dentro para fora. São desejos sórdidos. É viver para o prazer imediato. É endeusar os prazeres puramente humanos. É viver uma vida dominada pelos sentidos.

• A carne é nossa natureza caída. São os impulsos e desejos que gritam por ser satisfeitos. Esses desejos estão dentro de nós, estão no nosso coração. O mundo assim, não é apenas produto do meio. Os mosteiros da Idade Média não resolveram esse problema.
• Uma coisa boa em si mesma pode ser pervertida quando ela nos controla: A fome não é um mal, mas a glutonaria sim. A sede não é um mal, mas a bebedice sim. O sexo não é um mal, mas a imoralidade sim. O sono não é um mal, mas a preguiça sim!
• O sistema do mundo é a vitrine que busca satisfazer os desejos da carne (Gl 5:19-21).
3.2. A concupiscência dos olhos

• A concupiscência dos olhos são tentações que nos assaltam de fora para dentro. Ser tentado por valores falsos.

• Os olhos são a lâmpada do corpo e as janelas da alma. Por eles entram os desejos. Eva caiu porque viu o fruto. Ló viu as campinas do Jordão e foi armando suas tendas paras as bandas de Sodoma. Siquém viu Diná e a seduziu. A mulher de Potifar viu José e tentou seduzi-lo. Acã viu a capa Babilônia e arruinou-se. Davi viu Bate Seba e a espada não se apartou da sua casa. Cuidado com os seus olhos: Se eles lhe fazem tropeçar, arranca-os porque é melhor você entrar no céu sem um olho do que todo o seu corpo ser lançado no inferno.
3.3. A soberba da vida

• O alazon era um fanfarrão. É atitude de querer impressionar todos que encontra com a sua inexistente importância. É a vanglória com coisas externas como riqueza, posição, inteligência, poder, beleza, jóias, carros, vestuário. É qualquer ostentação pretensiosa. É tocar trombetas para si mesmo. É gostar dos holofotes. É o desejo de brilhar ou de ofuscar os outros com uma vida luxuriosa.

• A glória de Deus é rica e plena; a glória do homem é vã e vazia. O soberbo é aquele que tenta impressionar as pessoas com sua importância. As pessoas compram carros, casas, roupas, jóias para impressionar as pessoas. Elas sacrificam a honestidade, a integridade para ostentar poder – Exemplo: Os palácios de Sadam Hussein e os momentos ao culto a personalidade de si mesmo.
• As pessoas compram o que não precisam, com o dinheiro que não têm, para impressionar as pessoas que não conhecem.
• Eva ficou desconte em ser criatura e ser colocada num jardim. Quis ser igual a Deus e caiu no estado de miséria e vergonha.
• O PROCESSO DA MUNDANIZAÇÃO: Primeiro, torna-se amigo do mundo (Tg 4:4) + segundo, contaminado pelo mundo (Tg 1:27) + terceiro, conformado com o mundo (Rm 12:2) + condenado com o mundo (1 Co 11:32). Exemplo: os passos de Ló em direção ao mundo: viu + armou as tendas + capturado junto com Sodoma + sofre com os pecadores de Sodoma + quando Deus destruiu Sodoma, ele perdeu tudo. Foi salvo como que através do fogo.
III. POR CAUSA DE QUEM O CRISTÃO É – V. 12-14
1. Os três estágios da Vida Cristã – v. 12-14

• João não está descrevendo idade físicas, mas estágios de desenvolvimento espiritual, pois a família de Deus tem membros de diferente maturidade. Os filhinhos são os recém-nascidos em Cristo. Os jovens são cristãos mais desenvolvidos e fortes na luta espiritual, enquanto os pais possuem a profundidade e a estabilidade da experiência cristã.

• A vida cristã não é só gozar o perdão e a comunhão com Deus, mas combater o inimigo. O perdão dos pecados passados deve ser acompanhado pela libertação do poder atual do pecado.
• O cristão é aquele: 1) Filhinhos: Foi perdoado e conhece o Pai; 2) Jovens – Tendes vencido o maligno, sois fortes e a Palavra de Deus permanece em vós; 3) Pais: conheceis aquele que existe desde o princípio: PERDÃO + COMUNHÃO COM DEUS + VITÓRIA PELA PALAVRA + EXPERIÊNCIA COM DEUS.
• Quais são as marcas do cristão: 1) O perdão mediante Jesus; 2) O crescente conhecimento de Deus; 3) A força vitoriosa contra o Maligno.
IV. POR CAUSA PARA ONDE O MUNDO ESTÁ INDO – V. 17
1. A transitoriedade do mundo – v. 17

• Outra razão porque não devemos amar o mundo é que chegou a nova era, e a era presente está condenada. O mundo com suas trevas já está se dissipando (2:8) e os homens com sua concupiscência mundana passarão com ele.

• O mundo não é permanente. Um dia esse sistema passará. Seus prazeres e encantos passarão. Um cristão maduro considera-se estrangeiro e peregrino sobre a terra (Hb 11:13). Ele não tem cidade permante aqui, mas procura a cidade que está por vir (Hb 13:14). Não podemos nos sentir em casa aqui neste mundo.
• João está contrastando dois tipos de vida: a vida vivida para a eternidade e a vida vivida para o tempo. Uma pessoa mundana vive para os prazeres da carne, mas um cristão dedicado para as alegrias do Espírito. Um crente mundano vive para as coisas que pode ver, os desejos dos olhos; mas um crente espiritual live para as realidades invisíveis de Deus (2 Co 4:16-18).
• O homem que se apega aos caminhos mundanos, está entregando sua vida a coisa qwue literalmente não têm futuro. O homem do mundo está condenado ao desengano, à desilusão. O mundo é um beco sem saída.
2. A permanência eterna daqueles que fazem a vontade de Deus – v. 17
• Mesmo depois que este mundo acabar: com suas refinada cultura, suas vaidosas filosofias, seu egocêntrico intelectualismo, seu impiedoso materialismo. Mesmo depois que tudo isso for esquecido e este mundo tiver dado lugar aos novos céus e à nova terra, os fiéis servos de Deus permancerão para sempre, refletindo a glória de Deus por toda a eternidade.
• Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar para ganhar o que não pode perder – Jim Elliot – mártir entre os Alcas.


3. A suprema importância da conhecer a fazer a vontade de Deus – v. 17

• A vontade de Deus não é alguma coisa que devemos consultar esporadicamente como uma enciclopédia, mas é alguma coisa que deve controlar nossas vidas. A questão não é se isso ou aquilo é certo ou errado, é bom ou ruim, mas se isso ou aquilo é a vontade de Deus para mim.
• Deus deseja que nós compreendamos sua vontade, mas do conhecê-la (Ef 5:17). “Deus fez conhecido os seus caminhos a Moisés e seus atos aos filhos de Israel” (Sl 103:7). Israel conheceu o que Deus estava fazendo, mas Moisés conheceu porque ele estava fazendo.
• Não falando sobre a vontade de Deus que nós iremos agradar a Deus, mas fazendo sua vontade (Mt 7:21). A vontade de Deus não é como um restaurante self-service que você apanha o que gosta e deixa o que não gosta. Um crente mundano não tem apetite pela Palavra de Deus. Precismaos experimentar toda a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a nossa vida.
CONCLUSÃO
• O cristão está no mundo (Jo 17:11), mas não é do mundo (Jo 17:14). O cristão é chamado do mundo e enviado de volta ao mundo como luz e testemunho (Jo 17:18). • Temos que ter cuidado porque o mundo entra no cristão pela porta do coração: “Não ameis o mundo…” (1 Jo 2:15).

• Devemos sempre nos lembrar que o amor ao mundo é o amor que Deus odeia!
Rev. Hernandes Dias Lopes



O QUE É “IDEOLOGIA DE GÊNERO”?

Controverso conceito sexual passou a ser mais debatido com a elaboração dos planos de educação, mas ainda gera muitas dúvidas
Depois de surgir com destaque em 2014 nos debates envolvendo a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE), o termo “gênero” voltou aos holofotes no Brasil. Políticos, pesquisadores, organizações da sociedade civil e cidadãos comuns têm se mobilizado para que o termo não conste nos novos planos municipais e estaduais de educação que devem ser votados até o fim do mês de junho. As razões para a preocupação, no entanto, ainda parecem desconhecidas de grande parte da opinião pública. Por que uma palavra aparentemente inofensiva passou a receber tanta resistência?
Uma das maiores dificuldades para esclarecer o assunto está nos múltiplos significados que o termo “gênero” pode receber, inclusive dentro de um mesmo contexto. No senso comum gênero é apenas um sinônimo mais polido para sexo, no sentido de diferenciação entre masculino e feminino, ou homem e mulher. Para uma corrente do feminismo, no entanto, o significado é bastante diferente.
Para explicar melhor o assunto e tornar a questão mais conhecida, críticos deram o nome “ideologia de gênero” a esse conjunto de ideias. O registro mais antigo que se tem da expressão está na obra “ Who Stole Feminism?” (em Português, Quem roubou o feminismo?) , de 1994, escrita pela norte-americana Christina Hoff Sommers, doutora em Filosofia que se considera uma “feminista da equidade”, mas não uma “feminista de gênero”.
Conceito






Teóricos da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas.
Diferentemente do feminismo clássico, os militantes dessa linha não querem apenas direitos e oportunidades iguais para homens e mulheres. Para alguns de seus expoentes, a própria divisão do mundo entre homens e mulheres é um mal a ser combatido. Assim diz Shulamith Firestone, em seu livro The Dialectic of Sex (A dialética do sexo), de 1970: “A meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente – ao contrário do primeiro movimento feminista – não apenas acabar com o privilégio masculino, mas também com a própria diferença de sexos. As diferenças genitais entre os seres humanos já não importariam culturalmente.”
Outra referência acadêmica a cunhar o termo “gênero” foi a feminista Judith Butler. Em seu livro Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity (Questão de gênero: o feminismo e a subversão da identidade), ela afirma que “o gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o sexo”. Na mesma obra, Butler ainda defende que “homem e masculino poderiam significar tanto um corpo feminino como um masculino; mulher e feminino tanto um corpo masculino como um feminino”.

CONFLITO COM NEUROCIÊNCIAS LEVOU À CRISE DE CREDIBILIDADE

Em 2011, um documentário transmitido em rede nacional na Noruega abalou a credibilidade dos teóricos de gênero nos países escandinavos. O Conselho Nórdico de Ministros (que inclui autoridades da Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia) ordenou a suspensão dos financiamentos dirigidos ao Instituto Nórdico de Gênero, promotor de ideias ligadas às teorias de gênero, depois da exibição, em 2010, do filme “ Hjernevask”(“Lavagem Cerebral”), que questionava os fundamentos científicos dessa linha de pesquisa. O documentário gerou um intenso debate público sobre o assunto no país.
A produção do sociólogo e ator Harald Eia contrapõe a afirmação dos defensores da teoria de gênero com outras de estudiosos ligados às neurociências e à psicologia evolutiva. Enquanto os teóricos do gênero afirmam que não há fundamento biológico nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres, tratando-se apenas de construções sociais, os outros cientistas mostram resultados de seus testes empíricos que constatam diferenças inatas nas preferências e comportamentos de homens e mulheres.
Os estudiosos das neurociências, contudo, admitem que, mesmo que os genes sejam determinantes para algumas condutas, a cultura influencia. Já os teóricos do gênero afirmam que “não veem verdade alguma” nas pesquisas dos neurocientistas, embora toda a base dos estudos de gênero seja teórica e não empírica.
No vídeo, a filósofa do gênero Catherine Egeland, uma das entrevistadas, diz que “não se interessa nem um pouco” por esse tipo de ciência, e que “é espantoso como as pessoas se interessam em pesquisar essas diferenças”. Assista ao documentário no YouTube:

CONFUSÃO EM TORNO DO TERMO COMEÇOU HÁ VINTE ANOS, NA ONU

Estudiosos afirmam que a expansão da ideologia de gênero teve início na Conferência sobre as Mulheres, realizada em Pequim, em 1995. A jornalista norte-americana e participante da conferência Dale O’Leary diz em seu livro The Gender Agenda (ou algo como a Discussão do Gênero), de 1997, que o evento resultou em orientações para que governos de todo o mundo incorporassem a “perspectiva de gênero” em todo programa e em toda a política, em cada instituição pública e privada.
Em sua crítica, Dale lamenta que uma decisão com esse alcance tenha se dado sem a prudência de se explicar às pessoas a natureza dessa agenda, e afirma que essa discrição foi proposital. “A Agenda de Gênero navega nas comunidades não como um navio elevado, mas como um submarino, determinado em revelar-se tão pouco quanto possível”, diz a escritora.
No artigo “ Perspectiva de género: sus peligros y alcances” de Jutta Burggraf, doutora em Pedagogia da Universidade de Navarra, Espanha, são relatados detalhes do evento. A cúpula da conferência teria emitido a seguinte definição: “O gênero se refere às relações entre mulheres e homens baseadas em papéis definidos socialmente que se refiram a um ou outro sexo”.
Segundo Jutta, na ocasião, muitos delegados ficaram confusos com o conceito, sugeriram a substituição pelo termo “sexo” e receberam a seguinte explicação da feminista e ex-congressista norte-americana Bella Abzug. “O sentido do termo ‘gênero’ evoluiu, diferenciando-se da palavra ‘sexo’ para expressar a realidade de que a situação e os papéis da mulher e do homem são construções sociais sujeitas à mudança”. Os documentos conclusivos da conferência de Pequim acabaram por assimilar o termo.
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Esta matéria foi originalmente publicada pela Gazeta do Povo, na edição de 13 de junho de 2015.



"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento - Romanos 12.2a

Texto Bíblico Básico: I João 2.15-17; Efésios 5.8-17

O RELATIVO SOBREPONDO-SE AO ABSOLUTO

Resultado de imagem para não vos conformeis com este mundoRelativismo é, em suma, a visão de que todas as crenças, costumes e ética são relativas ao indivíduo dentro do seu contexto social, não existe um padrão universal de moralidade, ninguém tem o direito de julgar os costumes de outra sociedade. Estes relativistas acreditam que todas as culturas são igualmente dignas e de igual valor, eles veem a verdade como variável e não como algo absoluto. Como resultado, ninguém pode dizer se alguém está certo ou errado; é uma questão de opinião pessoal, ninguém pode julgar nada ou alguém.
Não me espanta que a sociedade adote estes princípios, pois chama ao mal de bem e ao bem de mal, faz das trevas luz e da luz, trevas (Is 5.20), porém ver que dentro de nossas igrejas o relativismo tem crescido diariamente me assusta muito. É um prova, quase cabal, do estado lastimável que nos encontramos. Mas por que tamanha indignação? Explico: A verdade não é subjetiva – “Santifica-os na tua verdade; a Tua palavra é a verdade.” (João 17:17) – a verdade é absoluta e existe um padrão moral pelo qual todas as pessoas de todas as culturas terão que prestar contas. Este padrão é revelado nas escrituras. Elas nos ensinam que os padrões para o comportamento humano são dados por Deus (Lc 10:27) e Deus estabeleceu e revelou um padrão absoluto de santidade, não subjetivo.O ser humano (mesmo corrompido pelo pecado) não é amoral (mesmo podendo ser imoral), ele possui as leis morais interiores gravadas por Deus em seu coração, conforme Paulo menciona em Romanos 2:14-15. Dizer o contrário disto é discordar da palavra, porém o homem só distingue estas verdades (as leis morais de Deus), através da revelação da palavra (revelação especial).O relativismo dentro da igreja pode, e normalmente leva, a um pragmatismo, onde “o que dá certo” (se bailes, festas, arraiais, cultos de vitórias e “descarregos”) substitui “o que é certo” (a palavra de Deus) que, na visão deles, seria relativa.Pior que tudo isso, o relativismo destrói por completo a obra salvífica da cruz. Cristo veio nos salvar da ira de Deus. Nós estávamos condenados em nossos pecados (Ef 2:5-6), mas Deus, rico em misericórdia, nos ressuscitou e nos faz assentar com Cristo na glória. Na visão relativista, onde não existe nada errado (pecado), a obra magnífica de Cristo não foi nada, a não ser um exercício de futilidade. O relativismo desistiu completamente da verdade. Os relativistas desistiram completamente de Cristo, pois Ele é a verdade (João 14:6). O caminho do relativismo é um caminho sem Cristo, sem verdade e sem vida. Fuja do relativismo e batalhe contra ele em sua igreja.“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” 1Cor 11:19
A mentalidade permissiva dos tempos de Isaias nasceu da apostasia. O apóstolo Paulo ensinou ao jovem Timóteo, “.. que nos últimos dias, muitos apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.” ( I Tm 4.1 – idem). O sombrio, porém verdadeiro vaticínio do apóstolo, finalmente encontrou seu inevitável cumprimento! É cada vez maior o número de cristãos que abandonam sua fé e decidem acreditar em heresias que os arrastam para o sórdido mundo das seitas. Eles são ostensivamente aliciados por Testemunhas de Jeová, Mórmons, Adventistas do Sétimo Dia, e outras organizações religiosas. E, quando não cedem aos apelos destas e de outras seitas, freqüentemente, envolvem-se com ensinos heterodoxos e anti-bíblicos, como a Teologia da Prosperidade (também conhecida como Confissão Positiva), o Ecumenismo e o Legalismo, entre outros. Mas qual é a causa dessa apostasia em massa? A resposta é: Negligência!

Embora não possamos reverter este quadro deprimente – trata-se de uma legítima palavra profética -, devemos, contudo, repensar nossa postura com relação às Escrituras; retornar, urgentemente, sua leitura e difundir seu ensino; estimular a defesa intransigente da fé e preservar sua integridade. E ela restabelecerá as prioridades do reino em nossa vida; voltaremos a amar, ardentemente, a Deus, às almas perdidas, aos nossos irmãos e também aos nossos inimigos; renunciaremos ao individualismo e ao materialismo, para socorrer órfãos e viúvas, e nos dedicaremos a “... pelejar pela fé que uma vez para sempre foi entregue aos santos.” ( Jd 3b – ididem). Cristo deseja uma Igreja santa, fiel e combativa ( I Pe 3.15), capaz de exercer seus dons de maneira responsável e eficiente – com o objetivo de consolidar sua edificação em absoluta unidade.

A QUESTÃO DO ABORTO

A Bíblia nunca trata especificamente sobre a questão do aborto. No entanto, há inúmeros ensinamentos nas Escrituras que deixam muitíssimo clara qual é a visão de Deus sobre o aborto. Jeremias 1:5 nos diz que Deus nos conhece antes de nos formar no útero. Êxodo 21:22-25 dá a mesma pena a alguém que comete um homicídio e para quem causa a morte de um bebê no útero. Isto indica claramente que Deus considera um bebê no útero como um ser humano tanto quanto um adulto. Para o cristão, o aborto não é uma questão sobre a qual a mulher tem o direito de escolher. É uma questão de vida ou morte de um ser humano feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27; 9:6).


O primeiro argumento que sempre surge contra a opinião cristã sobre o aborto é: “E no caso de estupro e/ou incesto?”. Por mais horrível que fosse ficar grávida como resultado de um estupro e/ou incesto, isto torna o assassinato de um bebê a resposta? Dois erros não fazem um acerto. A criança resultante de estupro/incesto pode ser dada para adoção por uma família amável incapaz de ter filhos por conta própria – ou a criança pode ser criada pela mãe. Mais uma vez, o bebê não deve ser punido pelos atos malignos do seu pai. O segundo argumento que surge contra a opinião cristã sobre o aborto é: “E quando a vida da mãe está em risco?”. Honestamente, esta é a pergunta mais difícil de ser respondida quanto ao aborto. Primeiro, vamos lembrar que esta situação é a razão por trás de menos de um décimo dos abortos realizados hoje em dia. Muito mais mulheres realizam um aborto porque elas não querem “arruinar o seu corpo” do que aquelas que realizam um aborto para salvar as suas próprias vidas. Segundo, devemos lembrar que Deus é um Deus de milagres. Ele pode preservar as vidas de uma mãe e da sua criança, apesar de todos os indícios médicos contra isso. Porém, no fim das contas, esta questão só pode ser resolvida entre o marido, a mulher e Deus. Qualquer casal encarando esta situação extremamente difícil deve orar ao Senhor pedindo sabedoria (Tiago 1:5) para saber o que Ele quer que eles façam. 94% dos abortos realizados hoje em dia são por razões diferentes da vida da mãe estar em risco. A vasta maioria das situações pode ser qualificada como “Uma mulher e/ou seu parceiro decidindo que não querem o bebê que eles conceberam”. Isto é um terrível mal. Mesmo nos outros 6%, onde há situações mais difíceis, o aborto jamais deve ser a primeira opção. A vida de um ser humano no útero é digna de todo o esforço necessário para permitir um processo de concepção completo.
 Para aquelas que fizeram um aborto – o pecado do aborto não é menos perdoável do que qualquer outro pecado. Através da fé em Cristo, todos e quaisquer pecados podem ser perdoados (João 3:16; Romanos 8:1; Colossenses 1:14). Uma mulher que fez um aborto, ou um homem que encorajou um aborto, ou mesmo um médico que realizou um – todos podem ser perdoados pela fé em Cristo.


COMPREENDENDO A IDEOLOGIA DE GÊNERO

Basicamente a ideologia de gênero é a designação dada a uma corrente de ideias que defende a dissociação e distinção entre gênero e sexo, e afirma que o ser humano nasce com o gênero neutro. Este tema tem ganhado destaque nos últimos anos e vem obtendo apoio de parte da sociedade, da mídia e de vários governantes.Mas muitos cristãos ainda não sabem exatamente o que é a ideologia de gênero. Infelizmente alguns parecem não estar nem mesmo convencidos de que ética cristã e ideologia de gênero são coisas completamente opostas. Consequentemente, eles também não sabem se posicionar diante da ideologia de gênero de acordo com a Bíblia.

A origem e significado da ideologia de gênero

Atualmente a palavra “ideologia” possui amplo significado e aplicação. O termo foi cunhado pelo filósofo francês Destutt de Tracy a partir dos vocábulos gregos eidos, “ideia”, e logos, “estudo”. Assim, o significado básico de ideologia seria o “estudo ou ciência das ideias”. Então esse termo passou a ser utilizado para indicar o conjunto de ideias e opiniões orientadoras de uma sociedade ou mesmo de um indivíduo.A palavra “gênero” também tem origem grega e significa basicamente “raça”, “espécie”, “classe” ou “tipo”. A aplicação usual de gênero indica o “masculino” e o “feminino”, como por exemplo, na Gramática. Com o tempo, o termo “gênero” passou a ser aplicado de forma a substituir o termo “sexo”, mas não como um sinônimo. Isso significa que as pessoas começaram a distinguir entre diferenças de sexo e diferenças de gênero.A ideologia de gênero fixa suas raízes em vários sistemas ideológicos, pois se aproveita de resquícios de movimentos e revoluções que se deram ao longo dos séculos. Um dos principais, sem dúvida, é o Marxismo, com seu conceito de impossibilidade de conciliação entre as classes. Consequentemente, o Feminismo, amplamente influenciado pelo Marxismo, também aparece como fonte da ideologia de gênero.Tudo isto culmina na reivindicação feita pela ideologia de gênero de que qualquer diferença entre homem e mulher, deve ser abolida. A ideia é tratar o gênero de forma independente do sexo biológico. Já este último, torna-se irrelevante na determinação do papel do individuo na sociedade.

O que a ideologia de gênero defende?

Para os defensores da ideologia de gênero, o sexo refere-se às características e diferenças biológicas naturais entre macho e fêmea. Já o gênero refere-se ao papel que macho e fêmea assumem e exercem na sociedade.Isto significa que de acordo com a ideologia de gênero, o sexo não define o gênero de uma pessoa. E outras palavras, apenas o sexo é determinado biologicamente, o gênero não. Assim, um indivíduo que nasce biologicamente macho, não seria necessariamente homem. O “ser homem” ou o “ser mulher” supostamente não seria algo biológico, mas social. A sociedade e todo seu conjunto ambiental e cultural é quem determina o gênero de uma pessoa.Esse conceito de ideologia de gênero fica bem claro nas palavras da feminista Simone Beauvoir, quando diz que “ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. Sobre este “tornar-se mulher”, ela mesma explica que isto ocorre pela construção social do conjunto da civilização. Antes de dela, o psicanalista americano Robert Stoler já havia dito que enquanto o sexto é biológico, o gênero é definido por aquilo que cada sociedade lhe atribui. Portanto, as designações “homem” e “mulher” são plenamente flexíveis socialmente.O que fica evidente é que a ideologia de gênero prega um tipo de construção do gênero desassociado do sexo biológico, e pendente ao campo da subjetividade. Nesse ponto fica fácil entender porque movimentos homossexuais pegaram carona nesse tipo de ideologia e passaram a defendê-la. Um indivíduo pode nascer macho, mas ao invés de ser homem, pode sentir-se, considerar-se ou escolher ser mulher. Da mesma forma, uma fêmea pode sentir-se, considerar-se ou escolher ser um homem, ao invés de mulher.Além disso, os apologistas da ideologia de gênero apresentam um grande leque de variáveis quando apelam ao que chamam de “orientação sexual”. Por exemplo: biologicamente um indivíduo pode ser do sexo masculino, mas genericamente identificar-se como uma mulher e sexualmente se atrair por homens, mulheres ou ambos.Mas isto também revela uma grande incoerência dentro do ativismo homossexual. Nas décadas passadas, esse movimento buscou no estudo genético uma forma de aprovação. Eles queriam provar a existência do gene homossexual. A ideia básica era a de que o indivíduo nasce homossexual. Já com a ideologia de gênero, o ponto de partida é o de que ninguém nasce homem, mulher ou homossexual, mas torna-se um(a).

Ética cristã e ideologia de gênero

Ética cristã e ideologia de gênero definitivamente não combinam. A ética cristã é fundamentada unicamente na Palavra de Deus. Já a ideologia de gênero se faz valer de alternativas éticas que são frutos da corrupção da natureza humana.Por exemplo: é possível perceber na ideologia de gênero um forte apelo do existencialismo e sua ênfase no relativismo. Valores morais e até espirituais não são vistos com absolutos. O certo e o errado são relativos ao entendimento e interpretação de cada indivíduo. Se a experiência individual for boa, então é válida. É exatamente isto que a ideologia de gênero defende: cada indivíduo deve assumir o gênero que lhe dá prazer e satisfação.Além disso, a ideologia de gênero traz a base egoísta de outros modelos éticos humanísticos, como o hedonismo. O construto social tradicional não serve para os defensores da ideologia de gênero. Tudo o que se choca com sua ideologia deve ser desconstruído. Para os ativistas da ideologia de gênero, entender que o “ser homem” e o “ser mulher” está de acordo com o sexo biológico, configura um abuso de poder.Mas por outro lado, eles buscam impor sua nova estrutura social como regra que deve ser respeitada pela sociedade. É como se dissessem: “O que não me agrada deve ser abolido, mas o que me agrada deve ser respeitado e seguido”. O propósito egoísta da ideologia de gênero é evidente.

As consequências da ideologia de gênero

Então a ideologia de gênero traz consequências terríveis e completamente incompatíveis com a ética cristã. O principal pressuposto da ética cristã é a existência de Deus como o criador dos céus e da terra, cuja vontade é revelada nas Escrituras e deve ser obedecida por suas criaturas. Mas a ideologia de gênero, no fundo, levanta a bandeira do ateísmo, ainda que seus defensores até possam crer em alguma forma de divindade.Os pregadores da ideologia de gênero não olham para Deus como o supremo e infalível Criador. Eles não acham que a Lei de Deus é adequada e deve ser respeitada e seguida. Para eles, se existir um criador, então esse criador errou, pois à vezes o corpo não representa quem o indivíduo é. Há uma negação do corpo, uma rebelião contra a ordem criada, e uma tentativa de usurpar o poder divino.Enquanto a ética cristã diz que Deus é quem determina quem é homem e quem é mulher no nascimento, a ideologia de gênero diz que esse poder não compete a Deus, mas ao próprio ser humano. Segundo essa ideologia, cabe ao homem definir o seu gênero. Então todas as diferenças criadas por Deus entre homens e mulheres, são rejeitadas. Este entendimento chega ao extremo de defender que como o sexo biológico não é fundamental na questão do gênero, então ele também pode ser facilmente modificado. Daí a transexualidade é encorajada.Além disso, os ativistas da ideologia de gênero alegam que a Bíblia é sexista. Para eles as Escrituras pregam a opressão do domínio masculino sobre o feminino. Eles dizem que o modelo patriarcal defendido pela Igreja Cristã com base na Bíblia, influenciou a sociedade e deve ser abolido. Consequentemente, a ideologia de gênero também ataca ferozmente a instituição familiar. Ela desvaloriza o casamento segundo as diretrizes instituídas por Deus. A ideologia de gênero busca reinventar o casamento de acordo com suas próprias ambições pecaminosas. Segundo essa ideologia, o gênero é flexível. Então o modelo de casamento heterossexual, conforme estabelecido nas Escrituras, torna-se sem sentido.

A ideologia de gênero à luz da Bíblia

Definitivamente a Palavra de Deusa reprova as ideias defendidas e propagadas pela ideologia de gênero. Ao estudar a Bíblia, facilmente é possível identificar qual é o seu posicionamento com relação a esta questão. Hernandes Dias Lopes diz algo interessante sobre isto. Ele afirma que contra a ideologia de gênero, devemos apresentar a teologia de Gênesis.A Bíblia não deixa dúvida alguma! Deus criou homem e mulher (Gênesis 1:27). Biblicamente é impossível separar o gênero do sexo como a ideologia de gênero faz. Se o sexo é determinado biologicamente, o gênero é sua decorrência natural. Não há como falar em determinação de gênero se sua base não for o sexo biológico. Por isto a Bíblia Sagrada afirma de forma muito clara a distinção natural entre homem e mulher (Gênesis 2:15-25; Deuteronômio 22:5; Provérbios 31:10-31). Todo tipo de comportamento que busca abolir a ordem da criação original de Deus e inverter os papeis naturais estabelecidos por Ele, é visto como um grave pecado (Romanos 1:24-32). Abraçar a ideologia de gênero é trocar a verdade de Deus pela mentira fabricada pela própria concupiscência humana. Sem dúvida Deus revelou muito claramente através das Escrituras qual deve ser o papel do homem e da mulher. Diferentemente do que muitos pensam, essa determinação não é machista ao indicar a liderança masculina. Na verdade, no plano original de Deus, existe completa harmonia entre homens e mulheres. Qualquer tipo de opressão de uma parte sobre outra, tem como fonte a natureza pecaminosa e caída do homem, e não vontade do Senhor. Embora Deus tenha colocado o homem como líder natural, Ele não aprova sua liderança machista e opressora. A prova de que aos olhos do Senhor não há qualquer depreciação de sexo e gênero, ou qualquer tipo de classe, pode ser vista nas palavras do apóstolo Paulo. Ele escreve que “não há judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).

O cristão e a ideologia de gênero

Sem dúvida todo cristão verdadeiro deve se opor à ideologia de gênero, e saber refutá-la com base bíblica sólida. Os cristãos devem falar da ideologia de gênero mostrando como ela é contrária às Escrituras. Igreja não deve tratar a ideologia de gênero como um assunto secundário, mas como algo que ataca diretamente as doutrinas fundamentais do Cristianismo. Lamentavelmente, muitos cristãos ignoram este assunto. Como resultado disto, pode-se ver uma tolerância cada vez maior com relação à ideologia de gênero. É possível identificar até mesmo dentro de algumas comunidades cristãs, reflexos da ideologia de gênero. Nesses casos geralmente é proposta uma nova forma de interpretação bíblica sob as lentes da desconstrução dos papeis de homens e mulheres, abolindo qualquer diferença entre ambos. É por isto que cresce, cada vez mais, a oposição à liderança eclesiástica masculina. Em casos mais graves, até mesmo a homossexualidade é aceita e reconhecida como legitima em algumas comunidades. Parece que muitos ditos cristãos estão mais preocupados em parecer politicamente corretos. Concordo com John Piper quando ele diz que é impossível ser um cristão verdadeiro, comprometido com a Palavra de Deus, e ao mesmo tempo ser politicamente correto. O Evangelho jamais será uma espécie de produto agradável que se adéqua à natureza pecaminosa do homem. Na verdade o Evangelho ofende o pecador, a menos que Ele seja regenerado pelo Espírito SantoAugustus Nicodemus Lopes diz algo muito interessante sobre como a Igreja deve encarar as questões da ideologia de gênero. Ele defende que as comunidades cristãs deveriam preparar uma liderança masculina consistente e bíblica. Ao mesmo tempo, elas deveriam buscar fortalecer o ministério feminino e providenciar as condições necessárias para que homens e mulheres aprendam sobre a masculinidade e a feminilidade à luz da Bíblia. Ele também acerta em advertir que se os cristãos não aprenderem sobre o tema de seus pastores e líderes, fatalmente eles aprenderão dos ativistas e defensores da ideologia de gênero.

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FONTES DE PESQUISA

https://estudos.gospelmais.com.br/o-relativismo-e-o-protestantismo.html 
https://sites.google.com/site/pensadorescristaos/Home/artigos-e-articulistas/ev-marcos-lopes/relativismo-uma-ameaca-a-fe-crista
https://www.gotquestions.org/Portugues/aborto.html
https://estiloadoracao.com/ideologia-de-genero/

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