ABORTO: REFLEXÕES FILOSÓFICAS, POLÍTICAS E TEOLÓGICAS - Se Liga na Informação





ABORTO: REFLEXÕES FILOSÓFICAS, POLÍTICAS E TEOLÓGICAS

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NATHAN FALCUCCI

      O texto que se segue é de autoria de meu amigo e irmão em Cristo, Nathan Falcucci. Agradeço a Deus pela graça de conhecê-lo e pelo modo especial que Deus o tem usado para ensinar e transmitir as verdades do Evangelho, bem como para desmascarar e refutar o erro:

1 - PRESSUPOSTOS ABORTISTAS DESMASCARADOS

       Pouca coisa me causa tanta repulsa quanto o aborto.  A dessensibilização da consciência e a desumanização da vida é de tal modo nas mentes de pessoas que o defendem, que é necessário relegar ao embrião um estado de “não-humanidade”, ou seja, o embrião, como diz Marcelo Berti[1], “pode até ser considerado vivo, mas não goza do status de humano”, e por isso, é justificável que acabemos com sua existência, pois isso não seria considerado assassinato.
       E, para piorar, os abortistas costumam usar a biologia para comprovar suas teses diabólicas. Entretanto, usando o argumento científico, os abortistas vão para áreas que não cabe à ciência responder, ou seja, que não é sua área de estudo. Como aponta Francisco Razzo [2] :

“A sentença ‘o embrião é um ser vivo’ está no nível da definição biológica. E não tem como, a partir da metodologia das ciências biológicas, alcançar a ordem da definição da experiência humana mais elementar, que é dada, pois, por categorias filosóficas, éticas e antropológicas. Ora, na análise dos fatos biológicos, não há sentido decretar a ordem do dever ser de uma conduta. Quando o geneticista mirim decreta que ‘é preciso parar de igualar ser vivo a pessoa’, ele se expressa no âmbito restrito da biologia. A noção de ‘pessoa’ não diz respeito à biologia. Do ponto de vista biológico, ele está correto em decretar que ‘não se deve associar a noção de pessoa à noção de vida’. Certo enquanto norma metodológica, uma vez que o sentido do termo ‘vida’, no contexto do seu discurso biológico, restringe-se ao âmbito da biologia; enquanto que a noção de ‘pessoa’, não. No entanto, quando ele diz: ‘o embrião, apesar de ser um ser vivo e ser vida humana na definição [biológica], não é uma pessoa’, ele está ultrapassando a sua área. Essa sentença está encerrada na ordem da definição biológica (e não antropológica) e ele não tem como decretar, à luz dessa ordem, que o embrião não é ‘pessoa’ ou que devemos parar de igualar aquele ser vivo, na condição biológica de embrião, a uma pessoa. A noção de ‘pessoa’ é uma categoria da antropologia filosófica e não é pro bico de biólogos, principalmente os mirins.”

       Nós partimos do fato de que, naquela “coisa”, há alguém. O “fato bruto” se tornará ser, ente; não se tornará uma árvore ou um extintor, e sim um ser. Não é possível dizer onde o embrião se torna “humano”, mas sabemos que, em todas as condições, ele é, em ato, um ser humano; não é um alface ou uma pedra. Um embrião é um humano em ato e um bebê em potência. Esse é o pressuposto fundamental. Nenhum outro “amontoado de células” é tão humano quanto aquele embrião.

“Um argumento que os abortistas frequentemente usam para se defenderem contra a acusação de assassinato é a reivindicação de que o bebê não é um ser humano. Mas se o bebê no ventre não é um humano, o que ele é então? Um canino? Um felino? Penso que alguns bebês nasceram há trinta ou quarenta anos atrás para se tornarem asnos” – Gordon H. Clark
“Embriões são pessoas. Não em potência, como dizem. Mas em ato. São pessoas, porém em estado embrionário. São vivos e humanos. Não são simplesmente ‘vivos’. Pois foram concebidos de outros seres humanos. Não são ‘vivos’ como um abacate, um inseto ou um repolho. Como qualquer outro ser vivo, não são autossuficientes, isto é, não geraram a si mesmos. Comungam, portanto, de uma característica fundamental: são criaturas frágeis, dependentes e insuficientes. Não foram gerados do nada. Ainda não desenvolveram consciência dessa condição embrionária e humana. Mas trazem consigo a consciência em estado de crisálida. São singulares. Estão presentes. Eles não podem dizer ‘eu’, ainda. Mas já podem ser chamados pelo nome. Infelizmente, pessoas em estado embrionário não podem se defender daqueles que querem reduzi-las a uma mera coisa a fim de justificar suas irresponsabilidades sexuais, seus medos, suas incompetências” [3] – Francisco Razzo
“Status humano é questão genética e científica muito bem estabelecida. Ninguém sério no meio acadêmico, mesmo que esteja a favor do aborto, levantaria a hipótese de que um feto não é humano. É humano ontologicamente e geneticamente a partir do momento da concepção. O que está em discussão realmente é quais humanos podemos matar e quais não podemos. Fetos humanos não viram tatus ou samambaias, eles viram pessoas adultas, viram crianças, viram idosos, e todas essas categorias são categorias de seres humanos.” [4] – Hélio Angotti Neto

       Outro pressuposto repugnante que os abortistas adotam, mesmo inconscientemente, é o de liberdade acima do direito à vida e acima das responsabilidades. É por isso que não importa QUEM perde o direito da vida, desde que o indivíduo não perca a sua liberdade e fuja das responsabilidades que ele mesmo lhe proporcionou.
       Nesse ponto, devemos entender que a dignidade da vida humana e seu valor está acima de QUALQUER OUTRO VALOR; um morto não pode exercer qualquer direito. É por isso que a vida é o direito fundamental, pressuposto para que existam todos os outros valores e direitos. A própria medicina hipocrática-cristã[5], de onde a medicina atual se fundamenta, considera a vida algo precioso e sagrado, e é isso que faz com que a medicina dê certo; toda tentativa de fugir dos princípios apresentados por essa medicina (como, por exemplo, o comunismo e o nazismo) têm como resultado a destruição de milhares de pessoas.
         Outro pressuposto que os abortistas têm é imaginar que o útero da mulher é propriedade (no sentido de posse dela) e que, por isso, ela pode fazer o que quiser com ele e com o que estiver dentro dele. Como Francisco Razzo afirma:

“Claro que o corpo — e, consequentemente, o útero — é uma “propriedade da mulher”, porém não se trata de “propriedade” no sentido de “posse de algo” (como possuir uma peça de roupa), mas como uma categoria de “ser próprio”, relacionada com a “própria” identidade (eu não tenho um corpo, eu sou o meu corpo). O “corpo” é o meio pelo qual a pessoa se manifesta fenomenologicamente no mundo e não o pedaço de carne biologicamente determinado.”[6]
       É no sentido ontológico, então, que a mulher detém o seu corpo. Ele não é um propriedade dela, mas ele É ela; dessa forma, o embrião, feto ou bebê em seu corpo não é algo que está “invadindo” sua propriedade ou mesmo parte de sua propriedade (o que até faria sentido, se o real significado de “propriedade” aqui fosse o de “posse de algo”), e sim um corpo ontologicamente distinto.[7]
       Até no campo biológico, a distinção entre o corpo da mulher e o corpo da criança é claro: A “criança tem um código genético distinto da mãe, um sistema imunológico distinto do da mãe e em muitos casos um tipo sanguíneo e gênero distinto da mãe.” [8]

2 – OS MÉTODOS DO ABORTO DEMONSTRAM A PERVERSIDADE DO ATO

       Nesta parte, mostrarei alguns métodos (os mais usados) para fazer o aborto: [9]

ABORTO POR ENVENENAMENTO SALINO – “Extrai-se o líquido amniótico de dentro da bolsa que proteger o bebê; introduz-se uma longa agulha através do abdômen da mãe, até a bolsa amniótica; e injeta-se em seu lugar uma solução salina concentrada; o bebê ingere esta solução, que lhe causará a morte em 12 horas por envenenamento, desidratação, hemorragia do cérebro e de outros órgãos. A solução salina produz queimaduras graves na pele do bebê. Algumas horas mais tarde inicia-se “o parto” e a mulher dá a luz a um bebê morto ou moribundo, muitas vezes ainda com movimentos.”
ABORTO POR SUCÇÃO – “Insere-se no útero um tubo com uma ponta afiada. Uma forte sucção (28 vezes mais forte que a de um aspirador doméstico) despedaça o corpo do bebê que estava se desenvolvendo, assim como a placenta, e absorve “o produto da gravidez”. A placenta é um órgão localizado no útero e que estabelece, através do cordão umbilical, a comunicação biológica entre a mãe e o filho. O crânio, que costuma não sair pelo tubo de sucção, é extraído por meio de uma pinça. Partes menores do corpo do bebê podem algumas vezes ser identificadas no material succionado. Quase 95% dos abortos, nos países desenvolvidos, são realizados dessa forma.”
Há um testemunho incrível de Bernard Nathanson, o “Rei do Aborto”[10] sobre o que o fez para de abortar crianças:
“Mas as coisas começaram a mudar quando surgiu um impressionante aparelho: a ultrassonografia! Ao observar as reações do feto no momento em que o mesmo era destruído pela sucção, Nathanson parou de viver na abstração de seu próprio mal e percebeu concretamente a extensão do mal que praticava. Ali estava uma vida sendo destruída, ao vivo, na televisão! E não somente ele, mas outros médicos abortistas nunca mais ousaram eliminar vidas humanas depois de assistir ao que realmente acontecia dentro do útero materno.”[11]
ABORTO POR NASCIMENTO PARCIAL – “Costuma ser designado como aborto por D&X, e é usado a partir da 32º semana. Este é o método mais espantoso de todos. Costuma ser feito quando o bebê se encontra já muito próximo de seu nascimento. Depois de ter dilatado o colo uterino durante três dias, e guiando-se por ecografia, o executante do aborto introduz algumas pinças que agarram uma perninha do bebê, depois a outra, em seguida o corpo, até chegar aos ombros e braços. Assim se extrai parcialmente o corpo do bebê, como se este fosse nascer, deixando-se a cabeça dentro do útero. Como a cabeça é grande demais para ser extraída intacta, introduzem-se tesouras na base do crânio do bebê, ainda vivo, e com elas se abre um orifício que dá acesso ao interior do crânio. Então se insere um cateter para succionar o cérebro. Este procedimento faz com que o bebê morra e sua cabeça desabe. Em seguida extrai-se o que resta do bebê, e lhe é cortada a placenta.”
ABORTO POR OPERAÇÃO CESÁREA OU HISTEROTOMIA – Este método é exatamente iguala uma operação cesárea até o momento em que se corta o cordão umbilical; porém, em vez de dar os devidos cuidados à criança extraída, deixa-se que ela morra. A cesárea, neste caso, não tem, pois, o objetivo de extrair a criança viva, mas sim de mata-la.”
       É esse tipo de crueldade que os abortistas defendem.

3 - O QUE A COSMOVISÃO CRISTÃ DIZ?

       Primeiro é preciso entender que a cosmovisão cristã afirma que o homem foi criado à imagem de Deus e que, por isso, ele tem uma dignidade inata, que pertence a todo homem; essa dignidade é intrínseca, pois foi o próprio Deus que a deu:

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” – Gênesis 1.26
“Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” – Gênesis 9.6[12]
As Escrituras sempre trataram a criança não nascida como uma pessoa:
“E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao SENHOR.” – Gênesis 25.22
“Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.” -          Salmos 22.9-10
“Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente.” – Salmos 71.6
“E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.” – Lucas 1.41
E muitas vezes ela também diz que o próprio Deus tem planos para as pessoas desde antes delas nascerem:
“Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta” –Jeremias 1.5
“Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.” – Salmos 139.16
“OUVI-ME, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O SENHOR me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome” – Isaías 49.1
“E agora diz o SENHOR, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó; porém Israel não se deixará ajuntar; contudo aos olhos do SENHOR serei glorificado, e o meu Deus será a minha força” – Isaías 49.5
“E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.” – Lucas 1.14-15
Como Marcelo Berti afirma, “Nas escrituras, a criança não nascida é frequentemente descrita como os mesmos termos que descrevem um criança já nascida, o que sugere que não existe diferença essencial entre elas” [13]:
“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR.” – Jó 1.21
“Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!” – Jó 3.3
“Por que, pois, me tiraste da madre? Ah! se então tivera expirado, e olho nenhum me visse!” – Jó 10.18
“Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?” – Jó 31.15
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” – Salmos 51.5
“E agora diz o SENHOR, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó; porém Israel não se deixará ajuntar; contudo aos olhos do SENHOR serei glorificado, e o meu Deus será a minha força.” – Isaías 49.5
“No ventre pegou do calcanhar de seu irmão, e na sua força lutou com Deus.” – Oséias 12.3
“Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.” – Romanos 9.11-13
O Feto, então, por já ser considerado uma criança e por não ter feito nada de bem ou mal (Romanos 9.11-13), é considerado como um inocente, e Deus odeia a morte do inocente [14] :
“De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio.” – Êxodo 23.7
“Maldito aquele que aceitar suborno para ferir uma pessoa inocente. E todo o povo dirá: Amém.” – Deuteronômio 27.25
“Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” – Provérbios 6.16-19
Além disso, na cosmovisão cristã, não há tal ideia como “meu corpo, minhas regras”. A Bíblia diz que todas as coisas pertencem a Deus:
“Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” – Salmos 24.1
“Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR teu Deus, a terra e tudo o que nela há.” – Deuteronômio 10.14
“A visão bíblica de criação implica em que não somos nem proprietários (para fazer o que quisermos com a terra) nem simples hóspedes (para aproveitarmos passivamente, sem interferir nos ‘processos naturais’).” – Howard Peskett[15]
E na nação de Israel, toda criança tinha direito à vida, e esse direito nunca era inferior ao direito de liberdade da mãe:
“Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem.” – Deuteronômio 14.29
“Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em penhor a roupa da viúva.” – Deuteronômio 24.17
Devemos nos lembrar também, como já disse em meu artigo sobre pena de morte, que todo mandamento tem seu aspecto positivo e seu aspecto negativo:
“O segundo princípio é entender que todo mandamento tem um aspecto positivo e um aspecto negativo: ao mesmo tempo em que proíbe uma ação, incentiva a fazer outra (por exemplo, o oitavo mandamento, "Não roubarás": ao mesmo tempo que proíbe o roubo, incentiva a proteção da propriedade. Esse método hermenêutico, aplicado ao sexto mandamento, proíbe, como veremos, o assassinato, mas, ao mesmo tempo, incentiva a proteção da vida).”[16]
Com base nisso, quebra tanto o sexto mandamento (não matarás [17] ) quem pratica o aborto quanto quem o facilita, legaliza ou mesmo apoia. É por isso, também, que a perspectiva “sou contra o aborto, mas a favor da legalização” é antibíblica, imoral e pecaminosa. Porque ao institucionalizar um pecado, você tem parte na culpa em todas as barbaridades que esse pecado institucionalizado fizer. MESMO QUE O NÚMERO DE ABORTOS DIMINUÍSSE COM A LEGALIZAÇÃO (o que não acontece, e eu mostrarei isso abaixo), os abortos “legais” ainda recairiam como juízo de Deus sobre aqueles que votaram a favor da legalização.
Na história judaica, a ideia de aborto era tão estranha que a lei de Israel nem sequer contemplou uma possível punição para o mesmo. Como comenta Marcelo Berti:
“Por exemplo, nas Leis Assírias (1200 a.C.) encontra-se uma série de instruções relacionadas a morte de crianças não nascidas divididas em duas categorias: (1) A morte acidental da criança, vítima de um terceiro seria resolvida por meio do pagamento de um dívida. Caso a mãe viesse a morrer, o acusado pelo acidente teria o mesmo destino (A§50-52); (2) Por outro lado, se a mãe, por razões próprias decidisse terminar com a gravidez, ela também sofreria o mesmo fim, sendo empalada sem direito de ser enterrada (A§53; cf. COS II:281-2). Na legislação de Israel nós encontramos situações similares à primeira categoria mencionada nas leis assírias, entretanto, não encontramos qualquer paralelo para a segunda.”[18]
Com a vinda de Cristo, então, a perspectiva não mudou. O Didâque, um antigo documento cristão, comenta no capítulo II, ponto 2: “Não mate, não cometa adultério, não corrompa os jovens, não fornique, não roube, não pratique a magia nem a feitiçaria. Não mate a criança no seio de sua mãe e nem depois que ela tenha nascido”[19].Atenágoras, filósofo cristão de Atenas do século II, ao escrever respondendo à algumas acusações injustas sobre os cristãos, também comenta:
“Nós, porém, que consideramos que ver matar está próximo do próprio matar, nos abstemos de tais espetáculos. Portanto, como podemos matar os que não queremos sequer ver para não contrair mancha ou impureza em nós? Afirmamos que as mulheres que tentam o aborto cometem homicídio e terão que dar contas a Deus por ele” [20]
E essa tem sido a visão da igreja em todos os séculos. Como último exemplo, João Calvino, reformador francês:
"O feto, embora oculto no ventre de sua mãe, já é um ser humano e é um crime monstruoso roubá-lo da vida que ele sequer começou a desfrutar. Se parece mais horrendo matar um homem em sua própria casa do que em um campo, porque a casa de um homem é o seu lugar de refúgio mais seguro, deveria ser certamente considerada uma maior atrocidade destruir um feto no ventre, antes que ele venha à luz" [21]

Para concluir, na cosmovisão cristã, ter filhos nunca é sinal de maldição, e sim de benção:
“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.” – Salmos 127.3-5

4 - RESPONDENDO ÀS OBJEÇÕES:

ABORTO E EUTANÁSIA – Muitos abortistas argumentam que, se o aborto é proibido porque o embrião já pode ser considerado um ser vivo, então deveria ser errado a eutanásia, já que é um ser humano também. Mesmo que partíssemos do pressuposto de que a eutanásia é um dispositivo moralmente válido, a comparação ainda é falha: A falência cerebral, em casos de eutanásia, é irreversível e não é esperado que um ser nessa condição retome sua consciência (a não ser, é claro, por intervenção divina). De maneira diferente, é plenamente possível que um embrião venha a se tornar um bebê, que já é, em ato, um humano.
            Além disso, o fato do “amontoado de células” não ter tuba neural durante um tempo inicial da gestação e, consequentemente, não sentir dor, ainda não faz com que sua morte seja justificável. Como já disse, ele é um ser humano em ato e um bebê em potência; não é o fato de sentir dor ou não que faz o feto ser considerado vivo ou não, e sim o fato dele ser humano. Anestesiar alguém para mata-lo não justificaria tal atrocidade, mesmo que a pessoa, no ato da morte, também não sentisse dor.
“Há um argumento tosco usado por abortista que diz seguinte: ‘a falência do sistema nervoso central, autoriza os médicos do ponto de vista técnico desligar os aparelhos pois aquele corpo não mais é um ser vivo. Agora, sabendo que o sistema nervoso central demora algumas semanas para se formar num feto, por que a extração de um punhado de células do útero de alguém que não quer ser mãe caracterizaria homicídio ou mesmo outro crime contra a vida sob a denominação de aborto?’ Esse é o mesmo argumento usado por Jean Wyllys. E é estúpido, pois do fato de consideramos a morte cerebral o fim biológico de uma vida humana não segue que a formação do cérebro — e a sua degeneração — seja o início e o FUNDAMENTO do VALOR da DIGNIDADE da pessoa humana. A morte cerebral não implica o fim da dignidade do falecido. Ninguém descarta um defunto como os abortistas pretendem descartar pessoas em estado embrionário.” – Francisco Razzo [22]
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO FARÁ ACABAR O ABORTO CLANDESTINO E TORNARÁ O ABORTO MAIS SEGURO [23] - Os dados falam o contrário:
“Na Itália, depois de 29 anos de aborto legal e mais de 4.600.000 abortos legais, o Instituto Superior de Saúde estima em 20.000 o número de abortos clandestinos por ano (Relatório do ministro da saúde sobre a atuação da lei sobre a tutela social da maternidade e a interrupção voluntária da gravidez (lei 194/78) no ano de 2006)” [24]
“A quem diz que legalizando o aborto e combatendo assim o aborto clandestino se evita que as mulheres morram por causa das complicações de tal prática que, por sua própria natureza, não assegura a mesma segurança de um aborto legal, o Dr. Puccetti respondeu: «Os dados da OMS referem que a mortalidade materna (a mortalidade da mulher no período do início da gravidez até o quadragésimo segundo dia depois do término da gravidez, conduzida ao término ou interrompida) em Portugal, Irlanda e Polônia, onde o aborto é ilegal, é em média mais baixa em relação a dos países vizinhos, respectivamente Espanha, Inglaterra e República Tcheca».”[25]
“Na Finlândia foram avaliados os falecimentos de todas as mulheres em idade fértil entre um ano do término da gravidez; o resultado é que as mulheres que abortaram voluntariamente tiveram uma mortalidade três vezes maior em relação àquelas que deram à luz, com uma taixa de suicídio de 700% (Gisler M, Berg C, Bouvier-Colle MH, Buekens P. Am J Obstet Gynecol. 2004 Feb; 190(2):422-7).”[26]
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO DIMINUI O NÚMERO DE ABORTOS – Outro argumento usado, baseado no fato de que, com a conscientização e medidas sociais e não juridicamente legais contra o aborto, a percentagem de abortos diminuiria e, muitas vezes, o Uruguai [27] é usado como exemplo de país em que essa prática deu certo. O problema é que, nesse caso, se o aborto foi legalizado, isso significa que antes ele era ilegal; logo, as únicas clínicas que faziam abortos eram CLÍNICAS CLANDESTINAS. Como é possível ter estatísticas precisas de clínicas clandestinas, que trabalham de forma fora da lei? Como é possível chegar precisamente à esses números? A resposta é que não há como.
Ainda assim, se formos contar o número de abortos ilegais registrados (mulheres que morrem, clínicas clandestinas que são encontradas pela polícia e têm registro, etc), o número SEMPRE SERÁ MAIOR no período em que houve a legalização do que no período em que o aborto era ilegal. Mas porque o que ouvimos é sempre o contrário? A razão é que em vários países podemos observar a seguinte tendência:
“Após a legalização desencadeia-se um súbito aumento de abortos, sendo que passados vários anos, este número se estabiliza ou mesmo cai um pouco, porém jamais aos níveis pré-legalização. A falácia de que a legalização do aborto não aumenta seu número (ou mesmo que possa diminuí-lo) repousa justamente numa análise de dados neste período estacionário ou declinante, deixando-se maliciosamente de lado o período anterior de crescimento” [28]
O exemplo dos EUA é o mais emblemático. O aborto foi legalizado no início de 1973. A evolução dos números entre 1973 e 2011 é alarmante:
1973 – 744.600[29]
1980 – 1.553.900
1990 – 1.608.600
2000 – 1.313.000
2009/2011 – 1.212.400
O ESTADO NÃO DEVE INTERVIR NA VIDA PARTICULAR DE CADA UM – Deve a partir do momento em que uma pessoa faz com que outra, por exemplo, sofra risco de vida. Se admitirmos, então, que o feto constitui um ser humano (vida), o estado tem o direito de intervir e proteger. Veja se esse princípio fosse aplicado a outras áreas da vida: “Eu sou contra a escravidão, mas não quero impedir outras pessoas de escravizarem pois o estado não deve intervir na vida particular de cada um!” ou “eu sou contra o assassinato, mas não quero impedir outras pessoas de assassinarem pois o estado não deve intervir na vida particular de cada um!”. O resultado seria desastroso.[30]
FAMÍLIAS POBRES – Muitos argumentam que há famílias que não tem condições de sustentar um filho e que, por isso, ele crescerá em uma condição muito ruim, fazendo com que provavelmente ele entre na vida do crime e seja mais um problema para a sociedade. Mas ainda assim, nesses casos, ele é humano; não pode deixar de existir, por qualquer motivo que seja. Não são as oportunidades que determinam se uma vida merece a morte; e o problema principal é pensar que temos o direito de decidir com relação a isso, como já disse Francisco Razzo[31]: “A confusão disso reside na crença de que, ao dar vida a um filho, somos os proprietários da humanidade da vida do filho e proprietário absoluto da nossa própria humanidade. Não somos! Não “criamos” um filho assim como não criamos a nós mesmos. Não temos o poder de, a partir do nada, dar vida a alguém e a nós mesmos. Posso destruir algo que eu, do nada, criei, mas não criei a condição de possibilidade de dar a vida a mim mesmo e a ninguém. Portanto, a decisão de matar alguém é sempre uma decisão contra a mim mesmo.”
UM MILHÃO DE MULHERES, NO BRASIL, FAZEM ABORTOS CLANDESTINOS TODO ANO [32] – Falso dado. Um dado estatístico produzido pelo Instituto Alan Guttmacher [33], que é um dos braços da IPPF, uma grande empresa abortista multinacional, proprietária de várias clínicas de aborto em todo mundo. Só isso já deixa subentendido que pode ser uma estatística tendenciosa, mas a forma como ela é feita deixará isso ainda mais claro: É o total de internações hospitalares anual devido ao aborto (e aqui não é só o aborto provocado, mas o aborto espontâneo e o aborto com causas variadas) multiplicado por 5. A perguntar que não quer calar: porque isso é multiplicado por 5? Até agora, ninguém soube responder.
Usando o ano de 2013 por exemplo, que teve 206.270 internações, para eles, o número de mulheres que abortam no Brasil nesse ano, foi de 1.031.350. Entretanto, vamos calcular de maneira mais sensata:
O número 206.270 é a quantidade geral de abortos e, segundo o DATASUS, cerca de apenas 20-25% das internações hospitalares são por aborto provocado. Isso dá um total de, no máximo, 51.567 internações decorrentes do aborto, registradas. Um estudo feito pela Universidade de Brasília em parceria com a ANIS aponta que 1 a cada 2 mulheres que abortam precisam de internação. Ou seja, multipliquemos esse número (51.567) por dois: 103.135 mulheres são internadas por ano, vítimas de aborto provocado; um número muito menor do que o que a agenda progressista quer nos fazer engolir.
MILHARES DE MULHERES MORREM POR ANO, NO BRASIL, VÍTIMAS DE ABORTOS CLANDESTINOS – Segundo os dados do DATASUS [34] de 2014:
Óbitos de Mulheres em Idade Fértil e Óbitos Maternos
Óbitos Maternos por Tipo: Causa obstétrica segundo categoria CID-10
Grupo CID-10: Gravidez que termina em aborto.
Total = 121
000 Gravidez ectópica = 53
001 Mola hidatiforme = 4
002 Outros produtos anormais da concepção = 9
003 Aborto espontâneo = 14
005 Outro tipo de aborto = 12
006 Aborto não especificado = 25
007 Falha de tentativa de aborto = 4
Se adotássemos um critério rigoroso para contabilizar as mortes por aborto, seriam apenas QUATRO MORTES DURANTE TODO O ANO DE 2014. Mas, se formos um pouco maleáveis e adicionarmos as categorias 005, 006 e 007 à contagem, o número irá (e isso é o MÁXIMO que esse número pode chegar) para 41 mortes. O doutor Hélio Angotti Neto comenta bem esse fato: “Cada morte é uma tragédia, com certeza. Mas se alguém quiser realmente prevenir mortes, proibir a existência de piscinas parece ser algo mais eficaz que liberar o aborto, já que em 2013 tivemos 142 afogamentos em piscinas no Brasil!”[35]
O ABORTO É UMA QUESTÃO JURÍDICA, NÃO FILOSÓFICA E NEM BIOLÓGICA[36] – O argumento começa com premissas erradas. Para ser jurídico, é necessário, antes, ser filosófico; ora, como definir os termos “vida”, “ordem”, “direito” e etc. sem apelar para a filosofia?
A CIÊNCIA DIZ ONDE A VIDA COMEÇA![37] – Na verdade, não há um consenso entre os cientistas:
“O desenvolvimento do embrião começa no estágio 1 quando o espermatozoide fertiliza óvulo e juntos se tornam um zigoto” (Marjorie England, professor da Faculdade de Medicina de Ciências Clínicas, Universidade de Leicester, Reino Unido)[38]
“O desenvolvimento de um ser humano começa com a fertilização, processo pelo quão o espermatozoide do homem e o óvulo da mulher se unem para dar existência a um novo organismo, o zigoto” (Thomas W. Sadler, Ph.D., Departamento de Biologia Celular e Anatomia da Universidade da Carolina do Norte)[39]
“Zigoto. Essa célula, formada pela união de um óvulo e um espermatozoide, representa o início de um ser humano. A expressão comum ‘óvulo fertilizado’ refere-se ao zigoto” (Keith L. Moore, premiado professor emérito e cátedro da divisão da anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto, Canadá; Dr. T.V.N. Persaud é professor de Anatomia e Chefe do Departamento de Anatomia, professor de Pediatria e Saúde infantil, Universidade de Manitoba, Winnipeg, Manitoba, Canadá. Em 1991, recebeu o prêmio mais importante no campo da Anatomia, do Canadá, o J.C.B. Grant Award, da Associação Canadense de Anatomistas)[40]
“Quase todos animais maiores iniciam suas vidas de uma única célular: o óvulo fertilizado (zigoto)... O momento da fertilização representa o ponto inicial na historia de uma vida, ou ontogenia, de um indivíduo” (Bruce M. Carlson, M.D, Ph. D., pesquisador professor emérito da Escola Médica de Desenvolvimento Biológico e Celular)[41]
“A ciência não tem uma resposta consensual. Há aqueles que admitem começar na fecundação; há os que apontam para o período entre o 7º e o 10º dia, quando ocorre a fixação do óvulo fecundado no útero; há os que defendem começar na 3ª semana de gestação, quando o embrião pode se dividir dando origem a outros indivíduos e, por fim, há os que marcam o início da vida somente após a 8ª semana de gravidez, com o início da atividade cerebral.”[42]
E mesmo que a ciência fosse consensual nessa questão, ISSO NÃO É UM ASSUNTO QUE CABE À CIÊNCIA; A ciência apenas descreve as coisas, e não as prescreve; ela pode, por exemplo, narrar os estágios de desenvolvimento de um ser vivo, mas não pode criar moralidade e dizer o que é certo ou não; no caso em questão, ela pode narrar o desenvolvimento do feto, mas nunca poderá AFIRMAR COM CERTEZA em que momento, supostamente, o “feto se torna humano”, porque isso é um problema filosófico-antropológico, e não cientifico. A ciência não pode dar um conceito de “pessoa”, pois, como afirma Francisco Razzo:
“a noção de ‘ente’ e a noção de ‘pessoa’ não são objetos para a biologia. ‘Ente’ é o típico objeto de estudo da filosofia, mais precisamente da ontologia, enquanto a noção de ‘pessoa’ é estudada pela antropologia filosófica. Por exemplo, um químico estuda ‘entidades químicas’, e, assim como o método da biologia não tem acesso aos objetos da antropologia filosófica, ele também não tem acesso, com a metodologia da química, às ‘entidades biológicas’. Portanto, a opinião de um biólogo sobre o que vem a ser ou não uma ‘pessoa’ e uma ‘entidade’ é a mera expressão de uma opinião pessoal sem qualquer qualificação, aliás, bem fraquinha, já que pressupõe que pode dar opinião inequívoca sobre ética derivada de conhecimentos biológicos.”[43]
            Em todo o caso, MESMO QUE ESSAS OBJEÇÕES NÃO PUDESSEM SER CONTESTADAS, ainda assim, eu defenderia a proibição do aborto através do conflito de cosmovisões, mostrando como a cosmovisão cristã é mais racional que qualquer outra e como AS OUTRAS COSMOVISÕES precisam de pressupostos ROUBADOS da visão de mundo cristã para fazerem sentido, mesmo sem conseguir prova-los.

APÊNDICE: ABORTO EM CASOS DE ESTUPRO

            Por mais doloroso que possa ser, mesmo em casos de estupro o aborto não é moralmente legítimo (por mais que hoje, juridicamente, o seja); ora, não importa o que a mulher faça a posteriori, o estupro já ocorreu. A discussão, então, se passa em carregar um “fruto” desse estupro ou aniquilá-lo. Quais seriam as consequências, de um ponto de visa moral? O que a mulher perde mantendo essa gravidez indesejada? Muito, com certeza. Mas o que o feto perde se ela abortar? A VIDA, o que é infinitamente mais importante. Se for insuportável para a mulher cuidar desse bebê, entregue-o para a adoção, mas não tire a vida dele. Existem casos em que a criação do bebê é fator catalisador para a superação do trauma. Eu, como cristão, também acredito que o Evangelho pode transformar qualquer realidade. Cristo, por amor a nós e para nos dar uma nova vida, sofreu uma punição infinitamente pior que um estupro.

NOTAS
[5] Ao falar isso, não quero dizer que a medicina hipocrática e a medicina cristã são a mesma coisa; elas têm pequenas diferenças, entretanto, a essência das duas (que pessoas são vulneráveis e precisam de ajuda, e que há pessoas para ajuda-las, além de reconhecer a vida humana como algo precioso) são semelhantes. Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=_tSBsE_qm_w
[9] Todos os métodos citados nesse ponto foram retirados do livro “Catecismo contra o Aborto”, do Padre David Francisquini, p. 17-19.
[10] Estima-se que mais de 75.000 vidas foram tiradas por ele. Fonte:http://www.puggina.org/artigo/convidados/um-mergulho-nas-proprias-trevas-o-relato-do-r/9227
[12] E aqui já mostramos que não há contradição entre defender a pena de morte e ser contra o aborto: A pena de morte deve ser legalizada para o assassinato porque DEUS ASSIM O DISSE, pelo fato de ser um ataque contra outra pessoa, que porta a imagem de Deus, e o aborto deve ser ilegal JUSTAMENTE por, também, intentar contra essa dignidade.
[14] Por inocente, aqui, me refiro a todo aquele que não cometeu nenhuma falha punível com punição civil, pois a cosmovisão cristã também afirma que, no sentido de pureza total, “Não há justo, nem um sequer” – Romanos 3.10b
[15] PESKETT, Howard e RAMACHANDRA, Vinoth. A Mensagem da Missão. São Paulo: ABU Editora, 2005, p. 31-46.
[17] Por trás do mandamento está o conceito de que a vida começa na fecundação. Por isso, não é necessário que houvesse um mandamento explícito (“Não abortarás”, por exemplo) porque esse mandamento era tão abrangente na mente do judeu e do cristão no período apostólico, que já incluía a preservação da vida, inclusive no ventre da mãe. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=WaJG8L81X_Y
[20] ATENÁGORAS de Atenas. Petição em Favor dos Cristãos: cap. 35. Em: Padres Apologistas. Coleção Patrística, vol. 2. São Paulo: Paulus Editora, 1995. Pág. 163. (Também disponível aqui: http://bit.ly/2fUuVgg .)
[21] A harmonia da Lei, comentário de Êxodo. Disponível em:http://www.ccel.org/ccel/calvin/comment3/comm_vol05/htm/iii.iii.ii.htm
[23] Outra afirmação falsa. Um dado oficial mostra que, ao invés de diminuir, a legalização do aborto AUMENTA a mortalidade materna: https://www.eurekalert.org/pub_releases/2014-11/mi-tca110614.php
[29] Ludmer, P. I., A. Nucci-Sack and A. Diaz (2003). Adolescent Abortion: Trends and Techniques. Current Women’s Health Reports 3: 438-444.
[30] Um dos vídeos arrebatadores sobres esse ponto é esse, do Yago Martins: https://www.youtube.com/watch?v=xcV-t87KZJc
[32] Em todos os pontos, é claro, eu só posso fazer uma introdução ao tema. Caso queira saber mais sobre esse ponto, em específico, temos uma especialista no Brasil que fala com muita propriedade, cama Isabela Mantovani. Alguns vídeos dela: https://www.youtube.com/watch?v=UVG6gFN3Sdc,https://www.youtube.com/watch?v=KGa9U1NbfOA e https://www.youtube.com/watch?v=-DtJQtnB-qc
[34] Basta uma pesquisa simples no site do DATASUS que você poderá comprovar isso:http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim%2Fcnv%2Fmat10uf.def
[36] Hoje e, principalmente, nos Estados Unidos, o aborto se tornou algo maior do que tudo isso: Se tornou um mercado que lucra milhões todo ano. Para mais informações, ler:http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/16827-2016-11-17-06-37-34.html
[37] Todas as citações desse tópico foram tiradas do artigo: https://portalconservador.com/nao-existem-argumentos-para-o-aborto/#07
[38] ENGLAND, Marjorie A. Life Before Birth. 2nd ed. England: Mosby-Wolfe, 1996, p. 31.
[39] SADLER, T.W. Langman’s Medical Embryology. 7th edition. Baltimore: Williams & Wilkins 1995, p. 3.
[40] MOORE, Keith L. and PERSAUD, T.V.N. Before We Are Born: Essentials of Embryology and Birth Defects. 4th edition. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1993, p. 1.
[41] CARLSON, Bruce M. Patten’s Foundations of Embryology. 6th edition. New Yok: McGraw-Hill, 1996, p. 3.

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