Escola Bíblica Dominical: A Escravidão dos Hebreus no Egito - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: A Escravidão dos Hebreus no Egito

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Texto Áureo
“Então disse Abraão: Saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não e sua; servi-los-á; e afligi-la-ão quatrocentos anos.” Gn 15.13

Verdade Aplicada
O desígnio divino para o Seu povo está além da capacidade intelectual humana e no seu momento acontecerá.

Glossário
Ápice: Extremo; auge; o mais alto grau;
Inconcebível: Que não se pode entender ou explicar;
Maquiavélico: Que é ardiloso, astuto; falso, desleal, pérfido.
Textos de Referência.

Êxodo 1.1-7
1. Estes pois são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
2. Rúben, Simeão, Levi, e Judá;
3. Issacar, Zebulom, e Benjamim;
4. Dã e Naftali, Gade e Aser.
5. Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
6. Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
7. E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.

Introdução
Diante do pavor e do medo, Faraó passa a oprimir o povo de Deus, que, por quatrocentos anos viveu sob intensa escravidão anos. Todo esse sofrimento levou o povo de Israel a clamar a Deus por livramento.

1. O fortalecimento do povo de Deus 
Durante os sete anos de grande seca que assolou toda a terra, a família de Jacó, por uma providência divina,desceu ao Egito. Aquelas setenta almas descritas em Êxodo 1.5 se tornaram um povo composto de aproximadamente 603 mil homens(Nm 1.46).
1.1. Coisas inexplicáveis acontecem ao povo de Deus
"Os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles" (Êx 1.7). Diante de todo esse fortalecimento e crescimento, surgiu um novo Faraó, que não conhecia o que José significava historicamente para o Egito. Esta nova dinastia começou a se preocupar, pois via um povo se tornando mais poderoso do que a própria nação do Egito. Como consequência, ele começou a oprimir o povo de Israel. É inconcebível, racionalmente falando, um governante não lembrar o que determinada pessoa representou para a história do seu povo, mas quando Deus está no controle, coisas inexplicáveis acontecem. 

1.2. O povo se torna escravo 
O novo governante não familiarizado com José, não nutria qualquer afeição pelo povo hebreu. Ele introduziu regras cujo desígnio era aliviar seus temores, pois via o povo se fortalecendo. Como resultado, empreende-se numa investida de colocar maiorais de tributos para os afligirem com suas cargas e edificar cidades de tesouros (Êx 1.11). Vale salientar que o termo "afligir", "anah", do hebraico, é o  mesmo usado em Gênesis 15.13, Quando Deus diz a Abraão que seu povo seria afligido por 400 anos. O sentido dessa expressão é violar o direito de liberdade de alguém. Muitas construções egípcias foram erigidas às custas da escravidão do povo de Deus. 
1.3. A escravidão se torna mais intensa
O relato de Êxodo 1.12 nos diz que "quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam". É bom lembrar que o crescimento do povo de Israel era o cumprimento das promessas feitas aos patriarcas, de que a descendência seria numerosa na terra. Enquanto Faraó escravizava o povo com intuito de conter o crescimento numérico, Deus usava a mesma situação para fortalecer Seu povo.

2. Uma ordem terrível
Faraó, em seu intento de conter o aumento  hebreus, leva a perseguição até as últimas consequências. A primeira investida contra os recém-nascidos foi através das parteiras, pedindo que as mesmas matassem todos os filhos, mas as filhas deixassem com vida (Êx 1.16). O medo levou Faraó a cometer loucuras contra o povo de Israel.
2.1. Deus usa as parteiras para preservar o Seu povo
O plano maquiavélico de Faraó tinha tudo para dar certo, mas deu errado, pois além da promessa que repousava sobre este povo, Deus velava por cada detalhe da história. Êxodo 1.17 nos afirma que "as parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram conforme o rei do Egito lhes dissera; antes, conservaram os meninos com vida". A expressão "temeram", do hebraico "yaré", traz a ideia de ficar pasmado diante de algo e ter medo de fazer alguma coisa. O sentimento que tomou conta das parteiras de provocar a ira em Deus pela destruição dos bebês inocentes era maior do que o temor de desobedecer às ordens de Faraó, mesmo ele sendo considerado um divindade. 
2.2. Sepultando os sonhos no rio
Em sua última tentativa, Faraó ordenou que todos os bebês do sexo masculino que nascessem fossem jogados no rio Nilo, para morrerem afogados (Êx 1.22). A pressão contra os hebreus chegou ao seu ápice com esta atitude insana. No entanto, o mesmo rio Nilo que fora escolhido para sepultar os filhos dos hebreus, mais tarde se incumbiria de preservar e levar o grande libertador para o palácio.
2.3. Por que as meninas eram poupadas?
Nas duas investidas de Faraó contra o povo de Israel, percebemos que a ordem para as parteiras(Êx 1.16) e a matança no rio (Êx 1.22) era para que preservasse com vida as filhas. É interessante perceber a sutileza e a maldade de Faraó, pois os egípcios poupariam somente a vida das meninas, imaginando que elas possivelmente se casariam com os filhos deles e, dessa forma, perderiam a sua identidade como nação, por causa da mistura. Na realidade, aquilo que era uma aparente preservação, se tornaria uma destruição ao longo dos anos. O grande intento do inimigo é nos destruir por completo. O diabo quer nos matar e destruir (1Pe 5.8). Não existe negociação com o inimigo e não podemos ficar refém de suas artimanhas. Precisamos clamar a Deus, antes que seja tarde demais.
3. Deus escuta o clamor de Seu povo
Êxodo 2.23 nos diz que os filhos de Israel clamaram e o seu clamor subiu a Deus. O termo subir derivado do hebraico "alah", nos fornece a ideia de uma pessoa num lugar elevado para ficar diante de Deus. Foi justamente isso que o povo fez. Diante do sofrimento e da escrevidão, os israelitas romperam com seus próprios limites para apresentar suas queixas suas queixas diante de Deus.
3.1. Deus se lembra do pacto
Durante o clamor do povo, Deus se lembrou do pacto que fizera a Abraão, Isaque e Jacó, conforme registrado em Êxodo 2.24. A expressão "lembrar" não significa que Deus havia se esquecido do pacto, mas, teologicamente, o que encontramos aqui é uma antropopatia (atribuição de sentimentos humanos a Deus). Pelo original da palavra "zakhar", mesmo termo usado em Gênesis 8.1; ocasião em que Deus se lembra de Noé, entendemos que, quando essa palavra é usada para o divino, traz a ideia de "mencionar ou pensar a respeito" do pacto com o Seu povo. Deus é Onisciente. O apóstolo Tiago nos diz que Deus não muda e não sofre sombra de variação (Tg 1.17). Esta é a nossa confiança: temos e servimos a um Deus que não se esquece do Seu povo e nem das Suas promessas.
O fato da resposta demorar não quer dizer que Deus se esqueceu, mas, sim, que ainda não chegou o Seu tempo de agir em nossas vidas.
3.2. Deus conheceu a Israel
No sofrimento, o povo se voltou para Deus e clamou a Ele. As duas expressões usadas pelo autor nos fornecem o quanto Deus tem um carinho especial pelo Seu povo. A primeira é o verbo "atentar", que nos revela que Deus ouviu o clamor e se encurvou (Êx 2.25), tornando-se assim propício a atender a atender o Seu povo. A segunda expressão diz que Deus conheceu o Seu povo (Êx 2.25). O verbo "conhecer" é usado no Antigo Testamento com vários sentidos. Neste texto, expressa que Deus conhece o sofrimento de Israel e se importa com o Seu povo.
3.3. O Deus que entra na história
Por Deus conhecer o Seu povo, Ele chamou e vocacionou um homem para a libertar os israelitas da escravidão. No capítulo 2 de Êxodo, a história nos conta como Deus preservou a vida de um menino para dele fazer o grande libertador e líder de Seu povo. Quando tudo parecia perdido e sem saída, Deus manifesta Seu poder e controle na história do Seu povo. Infelizmente, muitos advogam que Deus abandonou o universo e deixou o homem a mercê da sorte. Mas, para nós que cremos, sabemos mais do que nunca que Deus é "Emanuel", Deus Conosco.

Conclusão.
Diante do sofrimento, os descendentes de Jacó não olharam para os terrenos férteis do Egito, mas, sim, para as promessas feitas por Deus aos patriarcas. O segredo deste povo para vencer o sofrimento foi clamar ao verdadeiro Deus de Israel. Essa é a chave para a vitória nas batalhas.
Questionário.

1. Quantas pessoas da família de Jacó desceram ao Egito?

2. O que o relato de Êxodo 1.12 nos diz?

3. Durante o clamor do povo, o que Deus se lembrou?

4. O que o apóstolo Tiago nos diz sobre Deus?

5. O que nos conta Êxodo 2?


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