Setores do PT temem que o provável lançamento do nome de Fernando Haddad como candidato à Presidência no lugar de do ex-presidente Lula signifique um caminho sem volta para o condenado. Em poucos dias, a Justiça Eleitoral pode declarar o petista inelegível, de modo que o PT será forçado a registrar Haddad como candidato pelo partido.
A partir de então, toda a máquina partidária terá que se voltar para Haddad, entrando num processo irreversível que na prática significará a admissão de que o lugar de Lula neste importante momento da vida nacional é mesmo na prisão. O problema é que não há como impedir que esta perspectiva seja amplamente disseminada entre os os tradicionais eleitores do petista.
"Lula não pode concorrer nesta eleição e colocou o Haddad em seu lugar". Esta será a constatação de cada eleitor do Brasil quando não se deparar com a figura de Lula na urna eletrônica. É fato que muitos destes eleitores estão sendo induzidos a crer que o condenado estará na disputa, mas a tendência de que serão confrontados pelos fatos no momento do voto é cada vez mais certa.
Confirmada a impossibilidade de Lula registrar sua candidatura e concorrer na eleição de outubro, não haverá outra alternativa. Caso Haddad e o PT apostem mesmo numa disputa eleitoral competitiva, terão que apostar todas as fichas na campanha. Neste sentido, não há como fazer campanha para exaltar o presidiário ao mesmo tempo em que será preciso convencer o eleitor a votar em Haddad. O poder de transferência de votos de Lula não é absoluto. Além disso, como preso, Lula perdeu parte significativa do eleitorado, inclusive no campo da esquerda.
Após quase três décadas disputando eleições, Lula estará fora do pleito eleitoral. O petista será finalmente confrontado por mais uma das consequências práticas de seus atos. Preso e inelegível, Lula experimenta uma morte política lenta, que teve início logo que passou a ser investigado pela Operação Lava Jato, em 2014. Desde então, a sociedade se familiarizou com uma série de crimes atribuídos ao ex-líder político, apontado como chefe de uma organização criminosa.
Para piorar, um ex-aliado importante do petista resolveu escancarar o que de fato está ocorrendo no processo eleitoral com base nas intenções de Lula e de seu partido. Ciro Gomes,candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou em entrevista à Carta Capital, que o PT armou uma "fraude" ao lançar a candidatura do ex-presidente, que está preso; "Eu não participo de fraude. Isso que o PT armou é uma fraude. As pessoas têm direito de ser respeitadas", declarou Ciro gomes.
A morte política de Lula nunca esteve tão perto.
Fonte: http://www.imprensaviva.com/
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