Escola Bíblica Dominical: A Economia e o Manejo dos Recursos em Tempos de Escassez - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: A Economia e o Manejo dos Recursos em Tempos de Escassez

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Lições Bíblicas nº 56

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 Timóteo 6.6-11 
6 - Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
7 - Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.
8 - Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 - Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 - Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
TEXTO ÁUREO
"Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos?
Nos dízimos e nas ofertas alçadas." Ml 3.8


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, o sistema econômico mundial é baseado nas relações de consumo e apelo aos bens materiais. Para esse sistema funcionar, é necessário propagar uma mensagem do tipo: “Você precisa ‘ter’ para ser feliz nessa vida”! Há uma massifi cação desse tipo de mensagem nas propagandas veiculadas diariamente nos meios de comunicação.
Essas mensagens tornam a pessoa receptível e pronta ao consumo e, assim, ela sente-se incluída e importante, preenchendo de forma errada o seu vazio existencial. Algumas pessoas sentem-se atraídas por personagens, aparentes modelos de sucesso, e tentam imitar seus comportamentos e hábitos como se fossem, também, da noite para o dia, tornar-se uma pessoa de sucesso.
Alerte seu aluno para essa realidade e desperte nele a motivação certa para cuidar da economia de sua casa com prudência e sabedoria.
Boa aula! 

Palavra introdutória
As questões de ordem econômico-financeiras ocupam um lugar de importância na vida humana. O cristão também precisa ter muito cuidado ao lidar com este assunto.
Estudaremos alguns aspectos ligados à economia e a maneira como devemos nos posicionar em relação a eles. Isaías 55.2a adverte-nos contra o desperdício dos nossos recursos financeiros em coisas não essenciais.
Devemos refletir nessa passagem, pois ela traz um ponto de partida muito interessante para a compreensão da questão econômica na vida cristã. 

 1. SIGNIFICADO DE ECONOMIA
 Inicialmente, precisamos entender a abrangência do termo economia. Essa palavra é formada por duas palavras da língua grega: oikos, que significa casa; e nomos, que quer dizer lei, costume. Esses dois termos trazem o significado básico para economia de o gerenciamento ou administração da casa (ou lar) por intermédio de regras e leis. Em um sentido comum, economia é o controle exercido para impedir gastos excessivos em toda e qualquer área ou atividade.
Pode-se dizer que as regras para administrar um país ou uma grande empresa assemelham-se muito aos princípios para administração da economia familiar.
Assim, economia é a arte de administrar os recursos advindos do trabalho; é o gerenciamento dos bens limitados, procurando harmonizá-los com as carências que existem na família ou na sociedade.

1.1. O poder que o dinheiro exerce sobre o homem
Talvez a parte mais visível da economia seja o dinheiro. No início da humanidade não havia dinheiro, e os negócios eram feitos por escambo.
O sistema de escambo sobreviveu até o período anterior à Reforma Protestante. Até então, era praticada a economia de subsistência. Porém, os reformadores enfatizavam a produção de excedentes, e isso deu origem à criação da moeda, da poupança e do sistema bancário. 
Séculos após o início da veiculação do dinheiro, aprendemos que ele pode ser uma bênção, ou um grande problema; depende de como nos relacionamos com ele. O dinheiro e os bens materiais devem servir o homem, sem exercer sobre ele qualquer senhorio. Paulo fez uma declaração emblemática so-
bre esse assunto:
Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1 Tm 6.10).

Quando amamos o dinheiro, invertemos a ordem, e, então, temos grandes problemas. Jesus afirmou,
em Mateus 6.21:
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Ou seja, onde estiverem as prioridades da pessoa, ali estará preso o seu coração, suas emoções, motivações e afetos.
O poder do dinheiro é tão grande que Jesus referiu-se a ele como uma pessoa, com atitudes e um nome:
Mamom. Dessa forma, Jesus reconheceu o poder e a influência do dinheiro sobre o ser humano, advertindo que não se pode amar a dois senhores (Mt 6.24). 

A advertência do autor de Eclesiastes mostra que o dinheiro provoca uma reação incomum — quem amá-lo nunca será saciado do desejo de possuí-lo; e, nessa cobiça, o homem pode corromper-se, buscando maneiras destrutivas de enri quecimento (Ec 5.10,12).
Apesar de a maioria dos cristãos não estar envolvida em extremos, em relação ao dinheiro, é preciso reconhecer que todos estão sujeitos à sua influência e, em diferentes graus, envolvidos mais do que gostariam de admitir.
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As pessoas mentem,
enganam, roubam,
matam e corrompem-se
pelo dinheiro. Uns se
prostituem pelo dinheiro,
enquanto outros fazem as
coisas mais desprezíveis
e impensáveis se o dinheiro
estiver envolvido a favor
deles. O dinheiro
pode destruir laços.
____________________ 

1.2. A relação entre economia e prosperidade
A Bíblia não vincula prosperidade à posse de dinheiro ou a bens materiais. Na verdade, trata de maneira aparentemente inversa. Salomão disse:
Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza
(Pv 13.7). Isso significa que alguém pode ser muito rico, sem, contudo, ser uma pessoa próspera, e vice-versa.
O termo prosperidade vem do latim prosperitate, que significa abastado, próspero, afortunado, em plena ascensão. O conceito da verdadeira prosperidade é mais amplo e abrangente do que a simples posse de recursos materiais, porque envolve a vida do ser humano em todas as suas dimensões.
Sobre esse assunto, Jesus advertiu:
Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma (Mc 8.36)?
O Novo Testamento não deixa dúvida de que a verdadeira prosperidade é, essencialmente, de fundo espiritual. Em Efésios 1.3, Paulo afirma que Deus nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual em Cristo. O apóstolo João, abordou a questão quando se dirigiu a Gaio e afirmou que ele era um homem de alma próspera (3 Jo 1,2). 

2. OS PROBLEMAS ECONÔMICOS MUNDIAIS
As questões econômicas também estão conectadas com a maneira como as lideranças políticas administram a produção e a distribuição dos bens da sociedade. É nessa dinâmica que a sociedade prospera ou não. Uma economia bem administrada trará crescimento e prosperidade, e seus bons resultados poderão ser distribuídos de forma justa e equilibrada, evitando desigualdades sociais.
Seguem abaixo os problemas mais graves de má gestão da economia mundial:


2.1. Desigualdade financeira
A maioria dos países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento, tem uma má distribuição de renda per capita (por pessoa).
O Brasil vive uma contradição — é a oitava economia do planeta e tem uma distribuição de renda perversa.
Quase 30% da riqueza produzida aqui estão nas mãos de apenas 1% dos habitantes, sendo essa a maior centralização desse tipo no mundo.
As seis pessoas com maior riqueza em nosso país têm uma fortuna igual aos recursos somados de 100 milhões de brasileiros de menor condição financeira — quase a metade da população do país!
A desigualdade de renda no mundo é complexa. As soluções para que isso seja resolvido ou minimizado não são tão simples, pois passaria pelo governo de vários países e dependeria de muitas concessões e vontade política disposta a sacrifícios, o que é realmente muito difícil.

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A desigualdade social tem
sido avaliada como um
dos maiores problemas
da atualidade na área
econômica. Dados mostram
que os recursos financeiros
do mundo encontram-se,
no máximo, em poder
de 2% da população.
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2.2. Corrupção
A corrupção, passiva ou ativa, abrange atividades de desvio de dinheiro. Isso acontece quando alguém age para o seu proveito pessoal, desviando recursos, ou em grandes corporações, com atividades ilícitas ligadas à economia.
A corrupção está totalmente enraizada na sociedade e tem drenado muitos recursos financeiros que poderiam ser revertidos para minorar o sofrimento humano.
Os efeitos deletérios da corrupção têm se manifestado, também, em outros países, corroendo recursos e levando as nações à falência e ao caos.
A diferença é que em alguns países a corrupção anda de mãos dadas com a impunidade


2.3. Necessidades humanas ilimitadas
As carências humanas não possuem limites, enquanto os recursos são restritos. Portanto, é necessário ter cautela. Os recursos devem ser administrados considerando o consumo a partir de prioridades em cada família ou sociedade.
Nem todas as necessidades serão atendidas inteiramente do modo e no tempo que se deseja, por conta da insuficiência dos recursos.



3. A VISÃO DA BÍBLIA EM RELAÇÃO À ECONOMIA
A Bíblia foi escrita por 40 autores. Muitos deles fizeram abordagens sobre a questão econômica, dando-nos um panorama de textos complementares que mostram uma visão sobre economia.

3.1. Visão da Bíblia em relação à mordomia
Biblicamente, mordomia é o gerenciamento de nossa vida pessoal em toda a sua dimensão — material, moral, física e espiritual.
Mordomo significa ecônomo, o administrador que é incumbido de gerenciar a casa. A Bíblia ensina que somos mordomos de Deus. Ele apenas nos confiou a administração dos bens que lhe pertencem.
A Bíblia mostra que o cristão-mordomo deve coordenar, com capacidade, os recursos que o Senhor colocou sob seus cuidados (Lc 12.42-44; 1 Co 4.2), como: dinheiro, recursos, bens, saúde, tempo. 

3.2. Visão de Provérbios O autor de Provérbios abordou aspectos da economia. Ele afirma que não se deve depositar a confiança em bens materiais nem fazer deles a nossa prioridade de vida (Pv 11.28).
Ele faz um alerta contra a avareza e o desejo insaciável, em Provérbios 17.1.
3.3. Visão de PauloA visão de Paulo sobre a riqueza é mostrada em 1 Timóteo 6.7-9. Paulo está fazendo uma introdução ao que dirá no versículo seguinte, onde ele afirma que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.
Durante o Seu ministério, Jesus falou bastante sobre dinheiro e bens, mas já foram feitas citações a este respeito nessa lição.

4. ORIENTAÇÕES RELACIONADAS À ECONOMIA DOMÉSTICAVimos que economia também pode significar regras ou administração do lar ou da casa. Portanto, a economia é uma atitude responsável que cada cristão deve ter, cuidando da estabilidade e evolução de sua vida financeira. 
Assim, o cristão deve ser comprometido com Deus e a Sua Palavra, para administrar a sua vida econômica e financeira, com sabedoria e prudência, para que a sua família tenha mais segurança e conforto. Para isso, ele deve observar alguns princípios:

4.1. Pedir sabedoria a Deus
Tiago 1.5 mostra que podemos pedir sabedoria a Deus. Mesmo nas dificuldades para gerenciar os recursos financeiros, podemos recorrer ao Senhor, e Ele nos capacitará com sabedoria para cuidarmos das finanças, na escassez ou na abundância.

4.2. Equilíbrio nos gastosÀs vezes, o problema não é o quanto ganhamos, mas o quanto gastamos. O controle de gastos é fundamental para o crescimento e o equilíbrio financeiro. Quando gastamos tudo que ganhamos, o sinal é de advertência; quando gastamos além, o sinal é de estresse total. Portanto, a palavra de ordem
é: controle de gastos.

4.3. Planejamento e priorização de gastos
O planejamento deve anteceder o gasto. O estabelecimento de prioridades evitará os gastos por compulsão, competição, ou apelo das mídias de marketing.
Falando a uma multidão, em Lucas 14.28-30, Jesus ressaltou a importância de planejar gastos previamente antes de lançar-se em qualquer empreendimento.

4.4. Fidelidade na entrega dos dízimos e ofertasIsto é fundamental na escala de prioridades, pois, sem fidelidade nos dízimos e ofertas, não há garantia de crescimento e estabilidade financeira. A Bíblia diz que devemos levar os nossos dízimos e ofertas alçadas à casa do tesouro (Ml 3.8,10). A importância dos dízimos também é destacada em Provérbios 3.9,10.
Conclusão.
Olhando para as desigualdades econômicas em nosso país, onde imperam a pobreza e a miséria, somos levados a orar para que Deus faça desta nação um lugar justo e melhor.
No entanto, em prudência, precisamos adquirir mais conhecimento no manejo da economia doméstica. A vontade de Deus é que Seus filhos prosperem, vivam bem e em segurança. Porém, isso depende de cada um de nós. 
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Qual é o significado da palavra economia?
R.: A palavra economia vem de duas palavras da língua grega: oikos, que significa casa; e nomos, que quer dizer lei, costume.
Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 56


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