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O que é ideologia de gênero

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Atualmente, existem mais de setenta identidades de gênero no Brasil


Falar em ideologia de gênero, hoje em dia, é muito comum. Mas você sabe o que significa realmente esse termo? A palavra “ideologia” foi usada pela primeira vez (1801) pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy, mais conhecido como conde de Tracy. Ele foi líder da Escola Filosófica dos Ideólogos e a palavra idéologie quer dizer “ciência das ideias”.
Na época, porém, o termo se aplicava às ideias expressas através da Revolução Francesa, logo, tinha uma conotação política. Com o tempo, a “ideologia” passou a descrever pejorativamente o conjunto de ideias dentro dos mais variados grupos. Isso até chegar ao nosso tempo, quando tantas ideologias são discutidas.
Gênero, por sua vez, quer dizer “espécie”. Para a ciência, o termo gênero passou a ser sinônimo do “sexo biológico dos indivíduos”. Originalmente, existem dois sexos: masculino e feminino. E há dois gêneros: homem e mulher.
A ideologia de gênero propõe que o ser humano tenha a liberdade de criar novas identidades de gênero e de escolher qualquer uma delas, desde que se sinta à vontade com essa escolha. Lembrando que, dentro desse “universo de ideias” muitas ciências foram desprezadas, como biológicas, genéticas, sociológicas e até mesmo históricas.

Criadora da ideologia de gênero

A filósofa americana Judith Butler é a figura mais associada ao campo de estudo da identidade de gênero. Ela é autora do livro “Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade”, de 1990. Essa obra é considerada uma das mais importantes para as feministas contemporâneas.

Judith Butler
Judith Butler. (Foto El País)

Butler praticamente mudou o conceito de gênero, afirmando ser um tipo de performance culturalmente construída, múltipla e passível de mudanças. Ela prega que as pessoas devem experimentar todo tipo de experiência sexual. A lésbica e militante LGBT, esteve no Brasil em 2015 e 2017 e não foi bem recebida. Entre protestos foi chamada de “bruxa” e “falsa acadêmica”.

Movimento LGBT

Essa nova ideologia da sexualidade humana foi expressa publicamente através do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais ou transgêneros), na década de 80. Ativistas acreditavam que só o termo gay não era suficiente para descrever a comunidade.
A sigla LGBTQ foi registrada em 1996 para incluir o “queer” – aqueles que se acham “estranhos” e questionam sua identidade sexual. Existe ainda a sigla LGBTQI para os que consideram os intersexuais. E a mais recente, LGBTQIA que convida os “assexuais” ou simpatizantes para o movimento.
Isso pode ficar mais confuso? A resposta é sim. Atualmente no Brasil, existem 70 identidades de gênero.
Faz parte dessa lista as mais estranhas formas de relacionamento, incluindo o pansexual, indivíduo que se relaciona com “tudo e todos”. A educadora Damares Alves fez um alerta para a possibilidade de a zoofilia e a pedofilia se tornarem normais com esse ativismo.

O que é identidade de gênero?

De acordo com os adeptos desse movimento ideológico “é como a pessoa se identifica na sociedade”. Depois de homem e mulher, existem outras 70 “identidades inventadas”. Cada uma dessas identidades inspira novo estilo, comportamento, modo de vestir, corte de cabelo, linguajar. Cirurgia para troca de sexo também é uma opção de mudança.
Conheça algumas:
Transgênero – conhecido como “guarda-chuva”, se identifica com todos os gêneros, menos o masculino e o feminino.
Pangênero – aquele que possui gêneros demais para contar, por isso se relaciona com tudo e todos.
Cisgênero – se identifica com seu gênero biológico.
Gênero Fluido – muda de gênero conforme o momento.
Demigênero – pode ser apenas parte de uma das identidades.
Andrógine – mescla os gêneros homem e mulher.
Quoigênero – quem não entende o gênero que sente.
Bigênero – que possui dois gêneros ao mesmo tempo.
Horogênero – gênero que muda de tempos em tempos.

Doutrinação nas escolas

Esse debate se intensificou com a estruturação do Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era incluir temas relacionados com a identidade de gênero e sexualidade nos planos de educação de todo o país.
prova do Enem deste ano apresentou fortes tons ideológicos e foi alvo de críticas tanto de alunos como de educadores.
Para os defensores da ideologia de gênero essa inclusão é uma forma de diminuir o preconceito e de promover a igualdade entre as pessoas. A maioria da população, porém, encarou essa ideia como uma “desconstrução dos valores familiares” e “doutrinação esquerdista” dentro das escolas e universidades.
A bancada evangélica pretende acabar com essa doutrinação dentro das escolas. E o presidente eleito, Jair Bolsonaro, já declarou que se depender dele, a ideologia de gênero vai deixar de existir.

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