Jair Bolsonaro toma posse como presidente e agradece a Deus - Se Liga na Informação





Jair Bolsonaro toma posse como presidente e agradece a Deus

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Nos dois discursos que proferiu, Bolsonaro reviveu retórica de campanha; público ficou abaixo do esperado


Jair Messias Bolsonaro tomou posse nesta terça-feira 1º como novo presidente do Brasil, em cerimônia solene no Congresso Nacional. Hamilton Mourão foi empossado como vice-presidente. A ascensão de Bolsonaro ao cargo ocorreu sob um forte sistema de segurança – mais de 10.000 agentes, entre Forças Armadas, polícias e setor de inteligência, atuaram no evento.
O público, entretanto, ficou abaixo do esperado. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, 115.000 pessoas acompanharam a cerimônia na Esplanada dos Ministérios. A expectativa era que entre 250.000 e 500.000 pessoas comparecessem.
A cerimônia de posse de Bolsonaro contou com o menor número de delegações estrangeiras desde a redemocratização. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, 46 representações foram a Brasília para acompanhar os festejos.  Desses, dez vieram lideradas por seus chefes de Estado ou governo. A principal estrela foi Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, com quem Bolsonaro teve um encontro fora da agenda oficial no Palácio do Itamaraty, antes mesmo de se encontrar com os líderes e representantes de outros países.
Nos dois discursos que proferiu em sua posse, um no Congresso e outro no púlpito no Palácio do Planalto, Bolsonaro reviveu a retórica que formou sua plataforma de campanha, como o direito à legítima defesa e o combate a ideologias de esquerda. Aos parlamentares, após ser oficialmente empossado, o presidente prometeu partilhar o poder de “forma progressiva” com estados e municípios. Eleito numa campanha marcada pela polarização, Bolsonaro também falou em “união”.
Já com a faixa presidencial, no Palácio do Planalto, dirigindo-se sobretudo aos seus apoiadores, Bolsonaro disse que sua posse representa “o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”. O público reagia aos gritos de “mito”, apelido de Jair Bolsonaro entre seus admiradores.
Mas quem roubou a cena foi a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que quebrou o protocolo ao discursar no parlatório do Palácio do Planalto – normalmente, só discursa o presidente que está assumindo o cargo. Ela falou antes do marido por meio de libras, linguagem de sinais usada por surdos-mudos. Ao seu lado, uma tradutora vocalizava os sinais da primeira-dama.

Veja como foi o dia da posse de Bolsonaro em Brasília:

21:33 – Fora da agenda
Bolsonaro manteve encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no início da noite desta terça no gabinete do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A reunião não estava prevista na agenda oficial da posse. O novo presidente esteve também com líderes de outros países e com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, antes de assumir a função de anfitrião do coquetel aos convidados especiais para sua posse.
Bolsonaro ingressou no Itamaraty pela porta principal às 19h10. Mas, em vez de seguir para o coquetel servido na Sala Brasília, no 3º andar do Palácio dos Arcos, dirigiu-se ao segundo andar, para a sala do chanceler. Somente apresentou-se aos convivas depois das 20h.

21:25 – No microfone
“Brasil” e “Deus” foram as palavras mais usadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos dois discursos que fez nesta terça-feira, 1º, em dois eventos de posse, na Câmara dos Deputados e no parlatório do Palácio do Planalto.
 (Arte/VEJA)

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