ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: ESPÍRITO SANTO: PESSOA OU INFLUÊNCIA? - Se Liga na Informação





ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: ESPÍRITO SANTO: PESSOA OU INFLUÊNCIA?

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Texto Básico: João 14.16-26; 15.26; 16.7-14

Três jovens, a fim de entenderem melhor uma passagem bíblica, chegaram para o seu pastor e perguntaram: – Pastor, a palavra diz “enchei-vos do Espírito Santo”, mas estamos muito em dúvida: como se faz isso? O pastor lhes entregou uma peneira e disse: – Vão até o rio e encham essa peneira com água, quando conseguirem vocês terão a resposta. Os três jovens foram ao rio um tanto quanto duvidosos e incrédulos. Chegando à água, eles discutiram, mas não conseguiam pensar em alguma forma de encher aquela peneira de água. Então, dois disseram: – O nosso pastor está louco! Isso é inútil! Vamos embora, senão ficaremos o dia todo aqui feito bobos. Horas mais tarde o pastor foi até aquele rio e encontrou apenas o jovem que não desistiu. Ao ver o pastor, ele disse meio triste: – Ah pastor, não consigo encher essa peneira de água! Já quebrei a cabeça, mas é impossível! Disse-lhe o pastor:
– Você só conseguirá ter água nesta peneira, meu jovem, se a mantiver mergulhada no rio. Assim também é para ser cheio do Espírito Santo. Só conseguirá ser cheio, se permanecer mergulhado n’Ele! Enchei-vos do Espírito!
O ensino bíblico sobre o Espírito Santo é vasto. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo encontraremos elementos para uma boa abordagem sobre Ele. De maneira bem substanciosa, no Novo Testamento e mais ainda nas cartas paulinas. Mas quero, nesta lição, apresentar o ensino de Jesus sobre o Espírito Santo, que servirá de norte para nossa compreensão em todas as demais citações, principalmente no Novo Testamento.
Posso dizer que o ensino de Jesus sobre o Espírito Santo é como uma chave para todo entendimento nas demais partes das Escrituras.

1 – JESUS ENSINOU QUE O ESPÍRITO SANTO É OUTRO CONSOLADOR
(João 14.16)
 
Jesus fez a promessa de que os discípulos não ficariam sozinhos.
Haveria outro consolador. Quem é esse outro consolador? O Espírito Santo. Duas coisas aqui a observar e destacar no ensino de Jesus. Ele disse “outro”. Um que iria substituí-lo. A palavra usada por Jesus, aqui, significa outro, mas não diferente do primeiro. Outro igual. Outro, mas que seria da mesma essência. O Espírito Santo não é uma emanação, uma influência ou uma força. É uma pessoa! Tem atribuições de uma personalidade. Tem em si mesmo elementos de existência pessoal. Sente tristeza, ensina, tem vontade, intercede, guia. Tem também a mesma essência divina, assim como Jesus.
Outra palavra que Jesus usa é “consolador”. A palavra usada significa aquele que está ao lado, que dá
força, que assegura vitória. Aquele que não deixa cair. Aquele que nos dá o suporte de vida e força. Este é o Espírito Santo na vida do discípulo. O amparo divino continuaria na vida daqueles seguidores de Cristo.
O Espírito Santo está em nós. Foi-nos dado como selo e garantia de nossa salvação. Paulo diz que se alguém não tem o Espírito, o tal não é de Deus: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Rm 8.9).

2 – JESUS ENSINOU QUE O ESPÍRITO SANTO É O ESPÍRITO DA VERDADE (João 14.17)

Jesus se referiu ao Espírito Santo como sendo o Espírito da verdade. O cristianismo foi fundamentado sob a verdade que o próprio Jesus declarou: “... eu sou a verdade...” (Jo 14:6). O “Espírito da verdade” porque faria com que os discípulos lembrassem, entendessem toda verdade de Deus em Cristo Jesus. O Espírito Santo seria aquele, na promessa e ensino do Mestre, que daria ênfase à revelação plena e completa de Deus, que é Jesus. A obra do Espírito no crente seria de enfatizar o que fora revelado, trazer luz e entendimento.
A Verdade de Deus, que é Jesus, estava com os discípulos, por isso eles teriam este Espírito da verdade. Quem não tem a verdade, não tem o Espírito de Deus. O mundo não o recebe porque não tem esse Espírito. É na experiência de conversão, ao nascer de novo, que recebemos a verdade que é Jesus e, por conseguinte, o Espírito da verdade. Toda obra ou compreen-
são das Escrituras que se opuser àvida e obra de Jesus não é do Espírito da verdade. Jesus disse que o Espírito faria com que os discípulos se lembrassem de tudo que o Ele havia ensinado. “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (Jo 14.26). A obra do Espírito, aqui no ensinamento de Jesus, está relacionada com a obra e ensino dEle mesmo.
3 – JESUS ENSINOU QUE O ESPÍRITO SANTO TEM A MISSÃO DE CONVENCIMENTO DO PECADO
( Jo 16.8-11 )
 
Jesus ensinou que o convencimento do pecador é obra do Espírito Santo. Tamanha relevância essas
palavras de Jesus naquele momento em que os discípulos dariam continuidade à Sua obra na proclamação do Evangelho e no convite ao pecador para o arrependimento.
Há momentos que nossa paixão é tão grande pelo pecador que nos dá uma vontade de convertê-lo ao
Evangelho. Mas Jesus ensina que isso seria obra do Espírito Santo: “E, quando ele vier, convencerá o
mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” (Jo 16.8-11). Precisamos deixar de querer realizar a missão de convencimento, que não é nossa, e confiar no poder de Deus e na obra do Espírito.
Uma das obras do Espírito Santo no ensino de Jesus é a do convencimento. O Espírito Santo trabalha no pecador, a fim de que este entenda e aceite que é pecador.
Através da persuasão, o Espírito Santo cria uma certeza no outro. A Bíblia diz que todos pecaram. Crer em Jesus é resultado desse convencimento produzido pelo Espírito no coração do homem. O Espírito traz para o homem o entendimento de que o pecado é uma ofensa contra Deus. O que nos faz crer em Jesus é o reconhecimento de que somos pecadores. Jesus disse: “Convencerá o homem do pecado porque não creem em mim.” Jesus declarou que além de convencer o homem, o Espírito Santo também daria o entendimento do que é a justiça. O pecador precisa saber que a salvação não é resultado de sua própria justiça, mas da justiça divina. Não existe salvação por obra própria. Jesus Cristo é o centro da justiça de Deus e o pecador precisa ter este convencimento.
Disse Jesus: “... da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais.” O homem precisa entender e estar convencido de que a cruz do Calvário trouxe o juízo. Satanás já está condenado e seus adeptos constituem o mundo perdido. A morte de Jesus na cruz estabeleceu o ajuízo de Deus. Esse entendimento e convencimento, diz o Mestre, que seria obra do Espírito da verdade.
Jesus disse: “... e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado”. O juízo nos faz entender que o maior problema do homem já foi resolvido pelo triunfo de Jesus na cruz. O diabo já foi vencido!

4 – JESUS ENSINOU QUE O ESPÍRITO SANTO TEM UMA MISSÃO NA VIDA DO CRENTE E DA IGREJA
(Jo 15.26,27)

É o Espírito que nos faz dar testemunho de Jesus. “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” (Jo 15.26). O crente e a Igreja não possuem uma missão própria, originada em si mesmos. A missão da
Igreja é a missão de Jesus enfatizada na pessoa do Espírito na vida do crente e guiada à Igreja.
A Missão da Igreja e sua obra não são de marketing eclesiástico, nem mercantilismo pessoal. Muito menos de entretenimento. A missão da Igreja é ser conduzida, dirigida e capacitada pelos dons, para que tudo redunde no testemunho de Jesus. Qualquer manifestação pessoal ou eclesiástica que venha chamar a atenção e focar mais as pessoas do que Jesus é areia movediça, espiritualmente falando. É falácia de interpretação, vida e obra.
Tudo o que for secundário na vida da Igreja só tem relevância se convergir para o testemunho da vida e obra de Jesus e glorificá-lo. É tempo de pararmos de trabalhar na Obra buscando os holofotes e nossa proeminência. A glória é do Salvador. Jesus não pode ser um coadjuvante na Igreja. “Ele é o Senhor. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai.”(Fp 2.11).
PARA PENSAR E AGIR 
Conhecer e viver os ensinamentos de Jesus sobre o Espírito Santo é essencial para a vida do crente e da Igreja. Toda experiência cristã, habilidades pessoais e capacidades adquiridas terão pouco ou nenhum valor produtivo no Reino de Deus se a obra não for feita, conduzida e orientada pelo Espírito Santo. Fazemos muito e produzimos pouco, porque muitas vezes fazemos com a nossa força pessoal e autossuficiente.
Façamos a obra do Senhor conduzidos pelo Consolador, pelo Espírito da verdade e pelo convencedor.


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