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Escola Bíblica Dominical: Adorar, Cultuar e Servir

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"Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem ao Senhor no esplendor do seu santuário" - Salmo 29.2
COMO DEVEMOS ADORAR A DEUS

Muito se tem debatido, em nossos dias, sobre a questão do culto a Deus. Que fomos criados por Deus para adorá-lo, é um fato inconteste e acima de qualquer discussão. Porém, quando se trata da forma de adorar a Deus, as divergências aparecem. Há aqueles que defendem um culto tradicional e solene; outros preferem um culto contemporâneo e informal.  Uns querem um estilo de adoração endereçado apenas à cabeça, sem qualquer emoção; outros tendem para um culto mais emotivo, sem o concurso da razão. Para nós, o que importa é o que a palavra de Deus diz. O que a Bíblia nos ensina sobre esse momentoso assunto? Devemos adorar a Deus com todo o nosso entendimento e de todo o nosso coração! Fomos criados por Deus com razão, emoção e volição.  Portanto, todo o nosso ser precisa estar envolvido na adoração. O Salmo 100 nos ajuda a entender essa verdade:
Em primeiro lugar, precisamos adorar a Deus com a nossa mente (Sl 100.3,5). “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio […]. Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade”. Não podemos abandonar nossa mente no culto. Devemos orar e cantar com a mente e também com o espírito (1Co 14.15). Precisamos entender que o ser divino a quem adoramos é o Senhor, o governador do universo, revestido de glória e majestade, entronizado acima dos querubins. No texto em epígrafe, o salmista destaca a centralidade de Deus no culto ao enaltecer seus atributos como bondade, misericórdia e fidelidade. Ainda precisamos saber que ele é o nosso criador. Não viemos ao mundo por acaso. Não somos fruto de uma evolução de milhões e milhões de anos nem viemos dos símios. Procedemos de Deus. Também, precisamos saber que somos propriedade exclusiva de Deus, pois ele não apenas nos criou, mas, também nos remiu. Ele tem duplo direito sobre nossa vida: o direito de criação e o direito de redenção. Finalmente, precisamos saber que, de entre todos os povos da terra, fomos escolhidos para sermos o seu povo, o rebanho do seu pastoreio. Não podemos nos aproximar de Deus sem saber quem ele é e quem nós somos nele e para ele.
Em segundo lugar, precisamos adorar a Deus com as nossas emoções (Sl 100.1,2). “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico”. Celebração é ato festivo e não um funeral. O culto é um serviço que prestamos a Deus e a forma de fazê-lo é com alegria. Precisamos nos apresentar a Deus com cântico, ou seja, com hinos de louvores. O culto precisa ser vivo, entusiasmado e alegre. A emoção aqui, entretanto, não é epidérmica e carnal. Ao contrário, decorre do entendimento de quem Deus é, do que ele fez e faz por nós e de quem nós somos para ele. Aqueles que meditam sobre a grandeza de Deus não podem comparecer diante dele sisudos e gelados. Aqueles que compreendem o amor de Deus estampado na cruz de Cristo não podem comparecer para a adoração secos e áridos. A mente iluminada pela verdade desemboca em emoções santas. Luz na mente produz fogo no coração. Um culto onde os adoradores não compreendem a verdade gloriosa da majestade de Deus nem se emocionam com o privilégio de sermos amados, comprados e chamados para sermos ovelhas do seu pastoreio, não tem a marca do culto bíblico. Jesus nos ensinou a adorar a Deus em espírito e em verdade. Ou seja, o culto precisa ser bíblico, mas também de todo o coração. Conteúdo e forma precisam estar lado a lado. Precisamos ter a mente iluminada pela verdade das Escrituras e a coração aquecido pela graça de Deus.
Em terceiro lugar, precisamos adorar a Deus com a nossa volição (Sl 100.4,5). “Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome”. No momento que compreendemos quem Deus é e quem nós somos nele, não podemos deixar de adorar a ele. Adorar a Deus deixa de ser um compromisso pesado para ser um prazer deleitoso. Entrar em seus átrios deixa de ser um compromisso denso, para ser uma alegria indizível. Estar na Casa de Deus deixa de ser um peso, para ser uma bendita oportunidade para render graças, cantar hinos de louvor e bendizer o seu nome. Quando nossa mente é iluminada e quando nossas emoções são despertadas, então, a nossa vontade é acionada para obedecermos a Deus e adorá-lo com tudo o que somos e temos. Oh, que tenhamos em Deus todo o nosso prazer na adoração, pois quanto mais nos deleitamos nele, mais ele é glorificado em nós!
ADORAR E SERVIR
A adoração  é enganosa quando não há serviço real ao reino de Deus. A verdadeira adoração anda de mãos dadas com o serviço (“…ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás” Mt.4.10). O serviço implica logicamente em mais que palavras e pensamentos, por mais poéticos e filosóficos que sejam. Em verdade, adoração feita só de palavras, versos e poesia é abominável ao Senhor, como vemos em Isaías 29.13: “Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído”.
Adorar com “mais que palavras”, é adorar servindo ou servir adorando. O serviço a que nos referimos é portanto, aquela noção de que nossos afazeres diários são para a glória de Deus.
O senso de adoração precisa ser sobretudo bíblico, e então atingir intensamente cada aspecto da nossa vida. O seu trabalho secular é para a glória de Deus, não importando o que você faça; o seu momento de lazer também é para glória de Deus! Enfim, “tudo o que fizerdes seja em palavra seja em ação fazei em nome do Senhor Jesus dando por Ele graças a esse nome” (Cl. 3.17).
Precisamos resgatar o sentido da verdadeira adoração, pois Deus não recebe adoração que não tenha sido por Ele mesmo estabelecida. Não podemos pensar que tudo o que Deus pede é sinceridade, pois podemos estar sinceramente errados.
Martinho Lutero nos deixou um legado importante de resgate da adoração simples, que não requer invenções copiadas sem critério do mundo doente, como vemos hoje. E é dos dias da Reforma que nos vem um exemplo maravilhoso, quando um certo sapateiro se aproximou de Lutero perguntando o que deveria fazer da sua vida, agora que se tornara cristão, e o sábio reformador disse prontamente: “faça um bom sapato e venda por um preço justo!”
Talvez aquele homem esperasse uma resposta clichê do tipo, “consagre-se inteiramente ao Senhor, viva só da obra!”. Mas Lutero sabia que somos verdadeiros adoradores com o nosso trabalho bem executado, sendo bons profissionais em nossa área, não dando ‘calote’ na praça, sendo bom pai e bom marido e até quando separamos de forma ordeira um tempo para o lazer.
Em outro momento perguntaram a Lutero “o que você faria hoje, se soubesse que Cristo volta amanhã?” e o Reformador mais uma vez surpreendeu: “plantaria uma árvore”. Pois não importa o amanhã, nem o domingo de culto, nem lugar (Jo.4.21-23). Precisamos viver cada dia para glória de Deus, cada atitude nossa deve glorificar o Nome do Senhor da vida !
Porque dEle, por meio dEle e para Ele são todas as coisas, a Ele pois a glória para sempre, Amém!
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