Qual é a verdadeira origem do Terço Católico? - Se Liga na Informação





Qual é a verdadeira origem do Terço Católico?

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O instrumento de reza representa a terça parte do Rosário – conjunto de orações proposto pelo frade Alan de Rupe em 1470. 

Sua origem remete à recitação dos 150 Salmos bíblicos. Pela dificuldade dos fiéis em decorar os Salmos, estes foram substituídos por 150 Pais-Nossos, que eram rezados (e contados) com 150 pedrinhas numa bolsa de couro e, mais tarde, com 150 nós em um cordão. 


O Rosário, cujo significado é “coroa de rosas”, já passou por diversas alterações até atingir sua forma contemporânea. Atualmente, é composto por terços com 50 contas pequenas, simbolizando Ave-Marias, intercaladas por cinco contas grandes, que representam os Pais-Nossos. 


Como rezar o terço? 

A oração do Terço (ou Rosário) é uma oração milenar da igreja. Somente um coração puro, humilde e de fé compreende o valor desta oração. Ela é destinada aos que buscam ter um coração puro como de uma criança. 

Muitos têm dúvidas sobre algumas orações das orações recitadas no terço ou mesmo não descobriram ainda a riqueza que é esta oração. Por isso, preparamos este artigo explicando de forma bem didática como rezar o terço e o texto das orações. 



A partir da cruz, siga as orações na sequência indicada 
Inicia-se segurando pela cruz, com a oração do Creio Reza-se um Pai-Nosso, seguido de três Ave-Maria (Cada Ave-Maria é precedida de uma oração. Vide orações abaixo) Recita-se: Glória ao Pai, ao Filho… O terço possui 5 dezenas. A cada dezena contempla-se o mistério, seguido de 1 Pai-Nosso e 10 Ave-Maria Ao final de cada dezena reza-se Glória ao Pai seguido da jaculatória Oh! meu bom Jesus… (vide orações abaixo) Ao concluir as 5 dezenas, reza-se os agradecimentos 

É bíblico fazer a oração do rosário? 

Enquanto muito da oração do rosário é bíblico, toda a segunda metade do “Ave Maria” e porções do “Salve Rainha” são claramente não-bíblicas. Apesar de a primeira parte do Ave Maria ser quase uma citação direta de Lucas 1.28, não há base escritural para (1) orar a Maria agora, (2) se dirigir a ela como “santa” Maria, ou (3) chamá-la “nossa vida” e “nossa esperança”. 

É certo chamar Maria de “santa”, com o significado que a Igreja Católica dá de que Maria nunca pecou nem teve sombra do pecado original? Os crentes da Bíblia eram chamados “santos”, o que pode ser interpretado como “escolhidos”, mas o entendimento das Escrituras é que a justiça que os crentes em Cristo têm é uma justiça transmitida de Cristo (2 Coríntios 5.21) e que enquanto nesta vida, eles ainda não foram santificados do pecado na prática (1 João 1.9-2.1). Jesus é chamado nosso Salvador repetidamente nas Escrituras porque Ele nos salvou do nosso pecado. Em Lucas 1.47, Maria chama Deus de seu “Salvador”. Salvador do quê? Uma pessoa sem pecado não necessita de um Salvador. O pecador precisa de um Salvador. Maria concordava que Deus era o seu Salvador. Portanto, Maria concordava que ela era uma pecadora. Jesus disse que Ele veio para nos salvar dos nossos pecados (Mateus 1.21). 

A Igreja Católica Romana afirma que Maria foi salva do pecado de forma diferente de todo mundo… que ela foi salva do pecado através da imaculada conceição (foi concebida livre de pecado). Mas este ensinamento é bíblico? A Igreja Católica Romana abertamente afirma que este ensinamento não é encontrado nas Escrituras. Quando um homem jovem se referiu a Jesus como “bom Mestre” (Mateus 19.16-17), Jesus perguntou por que ele O chamava de “bom”, visto que não há ninguém bom, senão um, que é Deus. Jesus não estava negando a Sua própria divindade, Ele estava tentando mostrar para o jovem que ele estava usando o termo descuidadamente, sem pensar no que estava dizendo. Mas o que Jesus quer dizer ainda é válido, ou Ele não haveria dito… não há ninguém bom senão Deus. Isso exclui todos exceto Deus, até mesmo Maria! Isto está de acordo com Romanos 3.10-23, Romanos 5.12, e incontáveis outras passagens que destacam o fato de que ninguém está no mesmo nível de Deus. Maria jamais é excluída destas afirmações! Se Maria tivesse sido preservada da mancha do pecado, ela não precisaria de um Salvador, como ela afirmou que precisava (Lucas 1.47). 

E quanto à questão de orar para Maria ou qualquer outro além de Deus? Em lugar algum da Bíblia é dito se alguém no Céu pode sequer nos ouvir. O que nós sabemos é que Deus por si só é onisciente, onipotente e onipresente. Mesmo os anjos, com quaisquer grandes habilidades que eles possam ter, parecem ter as suas limitações e não podem sempre nos ajudar como gostariam (Daniel 10.10-14). Quando Jesus ensinou seus discípulos a orar, Ele ensinou o que é comumente chamado de “Pai Nosso”. Ele nos ensina a dirigir as nossas orações a Deus. Sempre que uma oração é dirigida a alguém, é dirigida a Deus! Você nunca encontra alguém dirigindo uma oração a qualquer “santo” ou anjo ou qualquer outro (com exceção de orações para falsos deuses) na Bíblia. Além disso, toda vez que alguém piedoso se prostra (em um contexto religioso) para honrar alguém além de Deus, ele é ordenado a se levantar e parar com isso (Atos 10.25-26; Atos 14.13-16; Mateus 4.10; Apocalipse 19.10; Apocalipse 22.8-9). A Igreja Católica Romana afirma que adora apenas a Deus, mas que “venera” Maria e os santos. Qual é a diferença? Uma pessoa que reza um rosário passa mais tempo chamando a Maria do que a Deus! Para cada louvor a Deus no rosário, há 10 louvores a Maria! 

A Bíblia atesta que Jesus é o nosso redentor (Gálatas 3.13; 4.4-5; Tito 2.14; 1 Pedro 1.8-19; Apocalipse 5.9). O “Salve Rainha” chama Maria de “nossa mais graciosa advogada”, mas a Bíblia chama a Jesus de nosso Advogado perante o Pai (1 João 2.1) e de nosso único Mediador (1 Timóteo 2.5). A única ocorrência nas Escrituras do título “Rainha dos Céus” é num sentido negativo (Jeremias 7.17-19; 44.16-27). Toda a Escritura nos ensina a orar apenas a Deus. Nem sequer uma vez você pode encontrar um exemplo ou admoestação para orar a alguém mais! O único argumento para a ideia de se chegar a Deus através de Maria é baseado na história bíblica de Maria vindo a Jesus para pedir pela Sua ajuda em uma festa de casamento (João 2). Mas, à luz de todos os outros versículos, incluindo as instruções do próprio Jesus acerca de como devemos orar, é possível usar essa passagem para ensinar que nós devemos continuar nos achegando a Maria para chegarmos a Deus? 

Da mesma forma, é apropriado chamar Maria de nossa “vida” e “esperança”? Mais uma vez, esses termos são usados apenas com relação a Deus na Escrituras, particularmente o Deus Filho, Jesus Cristo (João 1.1-14; Colossenses 3.4; 1 Timóteo 1.1; Efésios 2.12; Tito 2.13). 

Portanto, a prática da oração do rosário vai contra as Escrituras de diversas formas. Apenas Deus pode ouvir as nossas orações. A Bíblia em lugar algum instrui os cristãos a orar através de intermediários, ou fazer petições aos santos ou a Maria (no Céu) pelas suas orações. 

Fonte: cristaoreformado.com.br 

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