Escola Bíblica Dominical: O desafio das novas teologias e modismos - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: O desafio das novas teologias e modismos

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Texto Áureo
"Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.", 2Pe 3.18

Verdade Aplicada
A Igreja contemporânea, para vencer a guerra espiritual, precisa estar informada sobre as rápidas mudanças e estar alicerçada na Palavra de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

At 17.10-12
10 - E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
11 - Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
12 - De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens.

Introdução
Os desafios dos nossos tempos exigem de nós autorreflexão e uma vida pautada pela Palavra de Deus. Contudo, não podemos perder nossa identidade.
1. O pragmatismo pentecostal
O evangelho das multidões em detrimento ao evangelho da renúncia e do discipulado tem caracterizado os tempos atuais. A busca por resultados em detrimento à observação da Palavra, valores e ordenanças tem sido notório em nossos tempos. 

1.1. Pragmatismo religioso e discipulado
O pragmatismo é a filosofia que prega que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático. Com isso, vemos que o pragmatismo religioso está impregnado no contexto evangélico. Está inserida nesse contexto a pregação que valoriza mais os resultados em detrimento ao conteúdo fiel à mensagem bíblica. Muitos consideram unicamente o crescimento numérico como critério de aprovação de um trabalho ou pregação. A Bíblia, em especial nos evangelhos, nos mostra a dicotomia entre a multidão e os discípulos de Jesus. A grande diferença entre a multidão e o discipulado, está em seu compromisso com Jesus (Jo 6.26-27, 66-67). Enquanto que a multidão é pragmática, só está atrás de Jesus enquanto Ele tem algo a oferecer, os discípulos O seguem em compromisso com a Sua Pessoa e Palavra (Jo 6.68).

1.2. O profeta bíblico
Diferentemente do que a maioria pensa, o profeta do Antigo Testamento (do hebraico, nabi) não tinha como função principal revelar o futuro, na verdade, como afirma Gordon D. Fee e Douglas Stuart, a principal função do profeta era de ser o porta-voz de Deus para Israel. O profeta hebreu apontava o pecado, apresentava a queda da Aliança do Sinai, profetizava o juízo e, por fim, a reconciliação com Deus e as bençãos da Aliança. Eles anunciavam o futuro sim, porém, um futuro imediato como consequência da obediência ou desobediência do povo de Deus. Sendo assim, o anúncio do futuro era uma consequência da vida do povo, portanto, função secundária, da profecia veterotestamentária e bíblica.

1.3. A procura por profecias
Por não entender a função da profecia bíblica de denunciar o pecado, apresentar as consequências da desobediência e as bênçãos da Aliança,  muitos visitam igrejas pentecostais à procura não da Palavra de Deus, que é a maior profecia, mas, sim, da revelação do futuro. O profeta pagão (do grego "profetes") era adivinho, isto é, aquele que através da magia, necromancia, ou por meio de drogas, adivinhava o futuro em troca de dinheiro. João, em sua carta (1Jo 2.21-26), nos informa sobre o perigo dos falsos profetas. Não se pode avaliar uma pessoa, que se diz, usada por Deus, simplesmente pelas supostas manifestações espirituais demonstradas publicamente ou por realizações miraculosas. O que qualifica o verdadeiro profeta é a simetria entre o que diz a Palavra de Deus e o que ele crê e vive (Mt 7.21-23). 
2. Novas teologias e modismos
O evangelho simples, a mensagem da cruz e o advento do Reino de Deus têm sido esquecido e trocado por uma mensagem que, apesar de aparentemente parecer bíblica, possui mais característica de autoajuda ou outra coisa do que o motivo pelo qual Jesus derramou o Seu sangue na cruz e deu a Sua vida por cada um de nós.
2.1. O triunfalismo
O triunfalismo afirma que nós,como crentes e salvos em Cristo não podemos ter qualquer tipo de doença, problema, tribulação ou perda. Faz a seguinte afirmação, baseando-se em Isaías 53:5:"Se Ele levou sobre si as nossas enfermidades, logo, não podemos ficar doentes", ou se ficamos doentes é 1) porque não temos fé para sermos curados; ou 2) porque de fato ainda não fomos salvos por Cristo. Essa teoria é, na verdade, uma tremenda contraposição da reflexão teológica correta. A obra da salvação foi plena em Jesus, entretanto, é necessário que ela se cumpra cabalmente com a volta de Cristo. Somente depois da Sua vinda que nós não sofreremos mais e não morreremos mais. A vinda de Cristo é a expectação e vitória máxima da Igreja.

2.2. A teologia da prosperidade
A teologia da prosperidade é a concepção de que Deus nos abençoa de acordo com o valor financeiro que nós "pagamos" a Ele. Comumente, utiliza-se textos do Antigo Testamento  para afirmar esta teoria. A teologia da prosperidade é uma incoerência hermenêutica, a partir do pressuposto da revelação progressiva de Deus no Antigo Testamento, ou seja, no Israel primitivo a esperança do indivíduo estava vinculada ao futuro do povo nesta terra, pois não existia ainda uma compreensão de esperança na vida eterna. Longevidade, descendência numerosa, bens materiais são promessas para o Israel terreno, para a vida neste mundo. Entretanto, em Cristo a nossa esperança e objetivo de vida não se resumem a esta vida (1Co 15.19).

2.3. A Confissão Positiva
Outro modismo destes tempos está no "tomar posse" ou "determinar" a benção. Além de ser uma afirmação de cunho quase que mágico, sem uma reflexão coerente das Escrituras, ela é diferente da cosmovisão cristã, que é a percepção da realidade a partir do prisma cristão. Ou seja, o cristão deve ser otimista e alegre, porque ele possui o Espírito Santo, que é a garantia e o penhor da nossa salvação (Ef 1.14), e ele sabe que Deus está no controle de todas as coisas e Sua vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Ter a mente de Cristo e ser consolado pela presença do Santo Espírito nada tem a ver com a repetição de palavras ou a presunção da vitória aos próprios olhos.

3. Experiência pentecostal e a Palavra
Não podemos dissociar a Palavra da experiência. Na verdade, um completa o outro. Não devemos valorizar um em detrimento do outro. A busca deve sempre crescer na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).

3.1. O poder do Espírito
O Espírito Santo é o agente vivificante que capacita o cristão a fazer a obra de Deus. Através dEle e do batismo com o Espírito o cristão é inspirado a declarar mensagens proféticas e louvores (1Co 14.2, 15); a ter maior sensibilidade contra o pecado, que entristece o Santo Espírito, uma busca maior na retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade; uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13-14; At 4.33); visões da parte do Espírito (At 2.17); manifestações dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); maior desejo de orar e interceder (At 2.41-42; Rm 8.26); e maior amor pela Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13).

3.2. Manifestação dos dons
A Igreja primitiva era uma igreja carismática (charisma, do grego, significa, segundo Strong - graça ou dom de Deus), ou seja, nela se manifestava os dons espirituais para edificação, exortação e consolação. Porém os dons do Espírito devem ser administrados com responsabilidade, comprometimento e destreza. O apóstolo Paulo apresenta o amor como dom principal, e mais importante, responsável em reger os outros dons (1Co 13). O amor é a exigência para uma administração correta e saudável utilização dos dons.
3.3. Aprofundamento da Palavra
O aprofundamento da Palavra é importante para o amadurecimento do cristão. A ideia não é a intelectualização da fé, pois deve haver o equilíbrio entre fé, espiritualidade pentecostal e razão. Não devemos criar uma polaridade entre graça e conhecimento. Não precisamos perder o fervor espiritual ao estudar a Palavra. Aprofundar-se na Palavra é obedecer ao que o próprio Deus disse através de Oséias 6.3: "Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.", Os 6.3

Conclusão
O nosso grande desafio atual é viver a Palavra de Deus em sua essência, não perdendo a nossa identidade pentecostal. Ao guardar e conhecer a Palavra de Deus, viveremos com saúde espiritual as bênçãos de Deus para nós.

Questionário 

1. O que João em sua carta nos informa?

2. O triunfalismo baseia-se em qual passagem bíblica?

3. O que nos ensina 1 Coríntios 15.19?

4. Quem é a garantia e o penhor da nossa salvação?

5. O que o apóstolo Paulo apresenta como dom principal?

Fonte: Revista Betel

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