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Escola Bíblica Dominical: O Lugar Santo

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TEXTO ÁUREO 
“Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário” (Hb 9.2). 

VERDADE PRÁTICA 
Através de sua morte expiatória, Jesus nos garantiu o livre acesso ao Santíssimo Deus. 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 

Êxodo 25.23,30,31; 26.31-37; 30.1,6-8. 

Êxodo 25 
23 — Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio, 
30 — E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente. 
31 — Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo. 

Êxodo 26 
31 — Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará. 
32 — E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro. 
33 — Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo. 
34 — E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do Testemunho no lugar santíssimo, 
35 — e a mesa porás fora do véu, e o castiçal, defronte da mesa, ao lado do tabernáculo, para o sul; e a mesa porás à banda do norte. 
36 — Farás também para a porta da tenda uma coberta de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador, 
37 — e farás para esta coberta cinco colunas de madeira de cetim, e as cobrirás de ouro; seus colchetes serão de ouro, e far-lhe-ás de fundição cinco bases de cobre. 

Êxodo 30 
1 — E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás. 
6 — E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo. 
7 — E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará. 
8 — E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações. 

HINOS SUGERIDOS 
90, 97 e 252 da Harpa Cristã. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 
Na lição passada vimos que as cores das cortinas do Tabernáculo apontavam para a obra completa de salvação. Nesta lição, veremos a importância do serviço e da adoração a Deus refletida no Lugar Santo, um lugar de reverência e sacrifícios ao Altíssimo. Não podemos perder o senso de serviço e adoração divina. Uma vida piedosa é o que Deus requer de seus servos. Para isso, não precisamos de intermediários para entrar na presença de Deus. Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, nos abriu essa porta. 

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO 
Local de serviço e de comunhão com Deus, as peças do Tabernáculo denotavam a sacralidade do lugar; os dois véus realçavam a santidade que o local requeria. O Lugar Santo tem muito a nos dizer. Por isso, estudaremos a sua simbologia, pois esta tem muito a ensinar-nos nestes dias difíceis e trabalhosos. Há consolação neste estudo. 

I. LUGAR SANTO: UM LOCAL DE SERVIÇO E COMUNHÃO COM DEUS 

1. Que lugar é esse?
O texto de Êxodo 26.33 mostra a distinção dos dois compartimentos do Tabernáculo. O primeiro é chamado de “Santuário” ou Lugar Santo, e o segundo “Santo dos Santos” ou Lugar Santíssimo. O primeiro aparece como local de serviço, no qual somente os sacerdotes podiam entrar para oficiar diante de Deus (Hb 9.6). Os israelitas limitavam-se a trazer suas ofertas ao altar dos holocaustos. O povo tinha acesso ao Pátio (Átrio), mas não ao Lugar Santo. 

2. Um lugar de serviço e adoração.
No Tabernáculo, havia uma porta e dois véus. Esses três elementos impediam a entrada de pecadores na presença de Deus. O caminho para Deus começava com o derramamento do sangue inocente dos animais, a fim de restaurar a vida do pecador. Era um lugar de serviço, porque ali eram ministrados sacrifícios ao Senhor. Mas também era um local de adoração e profunda reverência. 

Nos dias atuais, devemos ter o mesmo espírito quando exercemos um ministério na igreja local ou apresentamos o nosso culto ao Pai Celestial (Rm 12.1,2). Quando nos reunimos, ministramos uns aos outros, mas, sobretudo, todos estão reunidos para adorar ao Criador. 

3. O propósito do Lugar Santo.
Tinha-se como principal função ser o local onde os sacerdotes ministravam sacrifícios pelas diversas espécies de pecados cometidos pelo povo israelita. A cada violação individual, familiar ou nacional, o sacerdote entrava no Lugar Santo e apresentava a Deus um sacrifício. Ali, estava explícita a santidade de Deus, pois esse lugar era o local adequado para restaurar a vida do pecador diante de Deus. Entretanto, a apresentação dos sacrifícios não era perfeita nem suficiente, como registra a Epístola aos Hebreus (Hb 9.11-14). 

Hoje, sabemos que foi Cristo quem apresentou um sacrifício perfeito e suficiente no “Lugar Santo”, por meio de seu próprio sangue, garantindo-nos, em seu nome, a remissão de todos os nossos pecados. Por isso, quem está em Cristo tem o privilégio de entrar na presença de Deus (Ef 2.18,19; Hb 10.19-22). 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO 
“Porque o ministério à Igreja reflete uma figura bíblica que representa a Igreja como um organismo, podemos ver como a dimensão relacional da vida na Igreja é dinâmica, e não estática. Certamente exercemos algum efeito uns sobre os outros. O ministério à Igreja corrige a tendência da sociedade ocidental de enfatizar o indivíduo mais do que a comunidade. O ministério da Igreja inclui equipar um grupo de pessoas que vivem em mútua comunhão, capacitando-as a crescer até formarem uma entidade amorosa, equilibrada e madura. Paulo diz claramente em Efésios 4.11-16 que a equipagem dos santos para o serviço compassivo em nome de Cristo deve acontecer numa comunidade. O crescimento espiritual e o contexto em que ele ocorre de modo mais eficaz não surgem por mera coincidência. O amadurecer do crente não poderá acontecer fora da comunidade da fé. O discipulado não possui nenhum outro contexto que não seja a igreja de Jesus Cristo, porque não se pode seguir fielmente a Jesus à parte de uma participação cada vez mais madura com outros crentes na vida e no ministério de Cristo” (HORTON, M. Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 2018, pp.601,602). 

II. AS TRÊS PEÇAS QUE COMPUNHAM O INTERIOR DO LUGAR SANTO 

1. Os mobiliários do lugar.
O Lugar Santo era o espaço de preparação dos sacerdotes para a entrada na segunda divisão do Tabernáculo, o Lugar Santíssimo. No Lugar Santo, havia três peças que compunham um ambiente perfeito de oração, intercessão, adoração e louvor: o castiçal de ouro (candeeiro ou candelabro), a mesa para os pães da proposição e o altar de ouro para os incensos (este ficava no centro do Lugar Santo e de frente para o véu que dava para o Lugar Santíssimo). 

2. O castiçal de ouro (Êx 25.31-37).
O castiçal era feito de uma só peça de ouro, e sustentado por uma coluna central, de onde saiam três braços de cada lado, formando assim, sete lâmpadas. Essas lâmpadas eram, interiormente, alimentadas por dutos, nos quais havia uma mecha embebida no azeite, fornecendo dessa forma, um combustível que, uma vez aceso, fazia o Castiçal iluminar todo o ambiente. Ou seja, as sete lâmpadas produziam uma só luz. 

Nos Evangelhos, o Senhor Jesus é apresentado como “a luz do mundo” (Jo 8.12). Ele, por sua vez, disse aos discípulos: “vós sois a luz do mundo” (Mt 5.16). Da mesma forma que o castiçal de ouro iluminava o ambiente escuro, Jesus é a luz que ilumina o mundo em trevas. A Igreja também tem essa mesma função na Terra até a volta do Senhor (Fp 2.15,16). Ela possui o verdadeiro azeite como a marca da unção do Espírito Santo (Jo 14.26). Assim, somos chamados por Cristo a iluminar o mundo, pregando o Evangelho com poder, autoridade e ousadia (At 1.8). 

3. A Mesa com os Pães da Proposição (Êx 25.30).
A mesa era feita com madeira de acácia e recoberta de ouro. Nela, eram colocados os doze pães da proposição (Lv 24.5-9; Êx 35.13). Os pães eram feitos sem fermento (Lv 24.5). Deviam estes ser comidos pelos sacerdotes, a fim de que os ministrantes estivessem nutridos para exercer o ofício na presença de Deus. 

O Senhor Jesus é o “pão da vida”. E todos os obreiros devem alimentar-se de Cristo. Só assim poderão ministrar com graça e autoridade diante da Igreja de Deus. Nesse sentido, todo crente é um sacerdote. Logo, devemos nutrir-nos do “pão da vida” (Jo 6.35,58). Somos o sacerdócio real feito por Deus (1Pe 2.9)! 

4. O Altar de Incenso (Êx 30.1-10).
O altar de incenso era também identificado como “o altar de ouro” ou “altar do cheiro suave”, em virtude do perfume, feito à base de plantas aromáticas, que queimadas sobre ele, exalavam um agradável perfume (Lv 16.12). Esse altar também ficava diante do véu que dava acesso ao “Lugar Santíssimo”. 

A Palavra de Deus correlaciona o incenso como uma figura da oração (Sl 141.2; Lc 1.10; Ap 5.8; 8.3). 

Nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, intercede por nós. Ele cumpriu sua tarefa de intercessor supremo quando, através de sua morte, fez-se nosso único Mediador entre Deus e o homem (Hb 4.14,15; 1Tm 2.5). 

SUBSÍDIO VIDA CRISTà

“A Oferta do Cristão 
Nós nos aproximamos hoje do Senhor não com uma pomba, ou um cordeiro, ou uma cabra, ou um novilho. Nós chegamos com o nosso tudo, oferecendo-o ao Senhor. Não barganhando com Ele para obter a bênção. 

Muita raramente sei de pessoas que perderam a bênção de Deus quando se achegaram abertamente e disseram: ‘Eu desejo receber; eu quero dar tudo de mim’. Este é o segredo de todo o afeto entre pessoa e pessoa, entre os sexos. As pessoas nem sempre estão procurando alguém que as ame; estão procurando alguém que elas possam amar. 

Quando duas almas estão buscando aquela a quem possam amar, há união, e o mundo constata gradualmente que há verdadeiros casamentos. Há uma união de espírito tão indissolúvel, que nada na terra ou no céu o divide. 

Cristo está buscando a alma que receberá o seu amor, e o cristão, o verdadeiro, está buscando Cristo, que receberá o amor dele. Ambos estão praticando a inalterável lei de Deus: ‘Dai, e ser-vos-á dado’” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.161,162). 

CONHEÇA MAIS 

A respeito do Serviço 
“Na Bíblia Sagrada, os termos ‘serviço’ e ‘servo’ são usados no sentido de servir e ministrar. A escravidão ou serviços forçados são atestados desde os tempos mais remotos por todo o Oriente Próximo. O trabalho escravo era utilizado principalmente pelas famílias ricas, e também em projetos reais de construção”. Leia mais em Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1805. 

III. O VÉU QUE DEMARCA O LUGAR SANTO E O LUGAR SANTÍSSlMO 

1. O primeiro véu (Êx 26.36).
Depois de passar pelo Altar dos Holocaustos e pelo Lavatório no Pátio, havia no Tabernáculo um véu que dava acesso ao Lugar Santo. Esse véu ficava na entrada do “Lugar Santo”. Ele era feito com linho torcido bordado. E só depois de passar pelo Altar dos Holocaustos e pela Bacia do lavatório, o sacerdote poderia entrar no Lugar Santo. Logo, esse primeiro véu tinha o objetivo de demarcar o espaço entre o Pátio o Lugar Santo. Aqui, começava a ficar claro os espaços permeados de sacralidade no Tabernáculo. O primeiro véu deixava patente o propósito sacro do lugar. 

2. O segundo véu (Êx 26.32,33).
Esse é o véu que ficava entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ou Santo dos santos). No Santuário, somente o sumo sacerdote podia entrar, representando todo o povo de Israel. No Lugar Santíssimo encontramos apenas a Arca da Aliança. O segundo véu tinha objetivo de demarcar o espaço entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Aqui, a sacralidade inspirava uma consciência de intimidade com o Altíssimo. O segundo véu deixava claro que a partir daquele espaço havia um propósito santo e remidor no lugar sagrado. 

Os dois véus são uma imagem para nós. Antigamente, havia uma gradação e divisão do propósito sacro no Tabernáculo. Mas em Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, por intermédio de seu próprio sangue, o acesso à presença santa de Deus está aberto (Hb 9.6,7). Assim, a Igreja de Cristo tem a liberdade de exercer seu sacerdócio na presença de Deus (1Jo 1.3,7). 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO 
Ao final da exposição do tópico é importante que você faça uma revisão de toda a lição. Essa revisão pode ser feita por meio de algumas ênfases em cada tópico ou por meio das perguntas do questionário. Revisar é fundamental para garantir o processo de ensino-aprendizagem do aluno. 

CONCLUSÃO 
Acheguemo-nos, com ousadia e confiança, diante de Deus. Através do sangue de Jesus, fomos salvos, justificados, adotados como filhos de Deus e santificados. As cortinas que nos separavam do Pai Celeste foram removidas pelo Cordeiro através de sua morte no Calvário. Portanto, não deixe de usufruir desse glorioso privilégio. 

PARA REFLETIR 
A respeito de “O Lugar Santo”, responda: 

O povo tinha acesso ao Lugar Santo? 
O povo tinha acesso ao Pátio (Átrio), mas não ao Lugar Santo. 

O que havia no Tabernáculo, segundo a lição? 
No Tabernáculo, havia uma porta e dois véus. 

Qual é o privilégio de quem está em Cristo? 
Quem está em Cristo tem o privilégio de entrar na presença de Deus (Ef 2.18,19; Hb 10.19-22). 

Quais são as três peças que compunham o Lugar Santo? 
O castiçal de ouro, a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso. 

Fale sobre o primeiro e o segundo véu. 
Primeiro véu: depois de se passar pelo altar dos holocaustos e pela Bacia de Bronze, havia, no Tabernáculo, um véu que dava acesso ao Lugar Santo. Segundo véu: esse é o véu que ficava entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo (ou Santo dos Santos). 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

O Lugar Santo 
Apresentar um verdadeiro serviço e uma verdadeira adoração a Deus é o que esta lição propõe. Semelhantemente aos sacerdotes, que deviam ter zelo no serviço e adoração apresentados no Lugar Santo, devemos ter essa mesma perspectiva na Nova Aliança. 

O resumo da lição 
O Lugar Santo era um local de serviço e de adoração, conforme apresenta o primeiro tópico da lição. O segundo descreve as peças que compunham o Lugar Santo: o Castiçal de Ouro, a Mesa com os Pães da Proposição e o Altar do Incenso. E o terceiro tópico apresenta os dois véus do Tabernáculo: (1) o primeiro, que fazia a divisão entre o Pátio e o Lugar Santo; e (2) o segundo, que fazia a divisão entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. 

A fim de apresentar a urgência do tema central da presente lição, leia este texto: “O mundo derruba e desfaz tudo. Os cristãos edificam. Mas, para fazermos assim, nós mesmos devemos ser edificados primeiro. Falar em línguas edifica a nós pessoalmente (1Co 14.4,14,17,18). Se não formos edificados, estaremos ministrando com vasos vazios. A vida devocional de muitos cristãos modernos é lastimavelmente fraca. A oração e a adoração são nossas fortalezas interiores. Mas, se buscarmos somente a nossa edificação pessoal, ficaremos espiritualmente como esponjas que absorvem água em sem passá-la adiante. Precisamos esforçar-nos para edificar outras pessoas” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, p.479). 

Aplicações da lição 
À luz do texto acima, e de cada tópico da lição, podemos fazer as seguintes reflexões: 

1. Qual é o nosso serviço e como contribuímos para a adoração pública em nossa igreja local? 

2. Como tem sido a nossa vida de intercessão a Deus? Intercedemos por nossos irmãos? Ou por nossa igreja? Levamos a sério a nossa vida de intercessão e de serviço a Deus? 

3. Valorizo a oportunidade de, em Cristo, entrar livremente na presença de Deus? 

Num contexto onde muita coisa é descartável e a qualidade do tempo não é valorizada, devemos nos perguntar a respeito do que fazemos na igreja local, se temos consciência da real dimensão acerca do que é uma vida de serviço e de adoração a Deus. Ao fazer essas reflexões, você pode apresentar exemplos de irmãos e irmãs que se destacaram no serviço a Deus.

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