Escola Bíblica Dominical: O poder de Jesus Cristo sobre os demônios - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: O poder de Jesus Cristo sobre os demônios

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Texto Áureo
"E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades.", Lc 9.1

Verdade Aplicada
Os demônios são seres espirituais malignos, porém submissos aos limites estabelecidos por Deus em sua soberania.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lc 4.33-36
33 – E estava na sinagoga um homem que tinha um espírito de um demônio imundo, e exclamou em alta voz,
34 – Dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
35 – E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal.
36 – E veio espanto sobre todos, e falavam entre si uns e outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?

Introdução
O plano da salvação não consiste apenas em perdoar e reconciliar o homem com Deus, mas habilitá-lo a viver vitoriosamente. Para isso, Jesus veio para destruir as obras dos espíritos das trevas e Lucas nos mostra uma gloriosa visão a respeito.

1. DEMÔNIOS, O QUE SÃO?
Eles são seres espirituais malignos, com várias designações e atividades múltiplas. Embora sejam invisíveis, agem no mundo e os seus efeitos podem ser notados, bem como a anulação deles pelo poder de Cristo Jesus. Para derrotá-los, é necessário conhecer o que a Bíblia revela a respeito deles e dos recursos espirituais que podem ser usados pelos discípulos de Cristo.

1.1. Designações comuns
Há no mundo dois tipos de espíritos criados por Deus, os que se mantêm fiéis ao Criador, que são os anjos santos, e os que se rebelaram. Os rebeldes são chamados de demônios por Lucas e demais evangelistas. Demônio vem do termo grego “daimon”, que o designa como um “espírito sobrenatural (de natureza maligna)”. Por isso, em algumas culturas eram adorados como divindades inferiores. No evangelho de Lucas, tais espíritos são chamados de “demônio imundo”(Lc 4.33)e “espíritos imundos”(Lc 4.36);denotando assim o seu caráter de imundície. Também são chamados de “espíritos maus” e “espíritos malignos”, por causa da malignidade e por serem causadores de doenças (Lc 7.21; 8.2).

1.2. Eles têm um chefe
Este ser que é considerado o líder dos demônios é chamado no evangelho de Lucas de diabo (Lc 4.2), de Satanás (Lc 10.18)e de Belzebu, o príncipe dos demônios (Lc 11.15). Tendo, respectivamente, os seguintes sentidos a partir dos termos em grego: “caluniador”, “falso acusador”; “adversário”; decorrente de “Baal-Zebube”, um deus de Ecrom –os fariseus o consideravam como o “maioral dos demônios”. O texto bíblico menciona que este ser tem anjos que o acompanham (Mt 25.41). Alguns outros textos bíblicos, utilizados por diversos comentaristas e teólogos, parecem indicar que Satanás se rebelou contra Deus (perdendo, assim, sua condição original em que foi criado) e alguns seres espirituais o acompanharam nessa rebelião, sendo expulsos do céu (Is 14.12-15; Ez 28.12-15; Ap 12.4, 7).

1.3. Demônios, os inimigos de Deus
Os próprios termos usados para designar estes seres espirituais, mencionados no tópico 1, já indicam que se tratam de seres contrários a Deus e ao Seu plano redentor para a humanidade: “maus” e “malignos”. Portanto, procuram a todo momento afligir e contaminar os seres humanos moral e espiritualmente. Procuram impedir que as pessoas entendam a mensagem do evangelho (2Co 4.4)e ainda promovem falsas doutrinas (1Tm 4.1). Na parábola do semeador, eles são representados nas aves que tiram do coração a semente da Palavra de Deus, impedindo que os homens deem fruto para o Reino de Deus (Lc 8.5, 12).

2. A NATUREZA DOS DEMÔNIOS
A natureza dos demônios resume-se em fazer oposição a Deus e ao homem. As atitudes reveladas no evangelho de Lucas, bem como em toda a Bíblia, provam e ilustram de modo categórico a natureza perversa que estes seres assumiram.

2.1. Eles são tentadores
O próprio príncipe dos demônios, o diabo, é o agente da tentação. Quando o Senhor Jesus se preparava para dar início ao seu ministério público, foi tentado pelo diabo (Lc 4.1-13). Mas, diferentemente do primeiro homem no Gênesis, o Senhor Jesus não caiu na tentação do diabo, mas o venceu. O diabo tenta a todos através de seus demônios, procurando desviá-los dos caminhos do Senhor Jesus (Lc 8.5, 13). Por isso, somos ensinados na oração do “Pai nosso” a pedir: “Não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal”(Lc 11.4). Cada pecador é tentado por sua própria cobiça. Quando o pecado é consumado, gera escravidão e morte (Tg 1.14-15).Escravidão, pois os demônios passam a inflamar mais fortemente esse pecado gerado. Por isso precisamos orar para não entrarmos em tentação (Lc 22.40, 46).


2.2.Eles possuem pessoas e animais
Os demônios encontram-se numa condição desesperadora, diferente da qual Deus os criou. Eles encontram alguma espécie de alívio quando habitam em pessoas e até animais. Lucas ilustra este fato com o caso do endemoninhado de Gadara (Lc 8.26-27, 32). Quando eles são expulsos de alguém, eles buscam repouso. Não encontrando, retornam para a antiga pessoa em que habitavam. Caso encontrem a pessoa disponível espiritualmente, levam consigo mais demônios, tornando o estado da pessoa pior do que antes (Lc 11.24-26). Por isso, devemos orar e apoiar os novos convertidos.

2.3.Eles são agentes de enfermidades
Os espíritos imundos atuam com diferentes especialidades. Os demônios fazem parte de hostes infernais especializadas em todo tipo de maldade. Lucas, o médico amado, não explora profundamente o assunto, mas aponta os demônios como agente da tentação, causadores de discórdias e de enfermidades (Lc 11.14-26;13.10-16). Convém entender que a enfermidade é um princípio contrário à vida. Trata-se de um princípio de desordem e morte no organismo. E, se este princípio não for derrotado, gera sofrimento, dor e óbito. Quando Jesus expulsou um espírito de enfermidade, certa mulher que andava encurvada passou a andar direito, pois Ele veio para trazer vida abundante (Lc 13.16; Jo 10.10).

3.COMO JESUS LIDOU COM OS DEMÔNIOS
Assim como a luz elimina as trevas, não há qualquer acordo entre o Senhor Jesus e os demônios. Ele veio para desfazer as obras deles entre os homens. Embora Jesus estivesse na condição humana, estava também na condição de servo de Deus para confrontá-los, expulsá-los e outorgar aos Seus discípulos autoridade sobre eles.

3.1. Jesus expulsou os demônios
Os demônios agem de diferentes modos em relação às pessoas. Eles podem habitar, possuir, enfermar e até matar as pessoas (Jo 10.10). Nem sempre alguém chega ao nível de possessão em que perde os sentidos, como foi o caso do gadareno. No entanto, eles podem silenciosamente habitar em pessoas, causando males, por exemplo, como um espírito de enfermidade semelhante ao que afligiu aquela mulher por dezoito anos (Lc 13.11). Contudo, que fique claro que todos os que buscaram ajuda em Jesus foram libertos. Tais espíritos tornaram-se intrusos e foram expulsos das suas vidas (Lc 8.2-3).

3.2.Jesus ensinou sobre os demônios
Ao analisarmos os evangelhos, constatamos ensinos e citações do Senhor Jesus acerca dos demônios para os Seus discípulos. Ele os ensinou tanto pelo exemplo, como de modo teórico também. Logo de início, o Mestre teve que expulsar um demônio de um homem numa sinagoga (Lc 4.33-36). Aos discípulos, ensinou como os demônios guerreiam para desviar um novo discípulo da fé (Lc 11.24-26); no caso do lunático (Lc 9.37-45), ensinou que há castas de demônios que apenas saem com jejum e oração (Mt 17.21). Também ensinou sobre o destino final do diabo e seus anjos (Mt 25.41). 

3.3. Jesus deu poder e autoridade sobre os demônios
Há certa ênfase na descrição de Lucas quando Jesus diz: “E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios”(Lc 9.1). Note que Jesus diz “virtude”, do grego “dunamis”, que é a capacidade, habilidade para lidar contra os demônios, mas também “poder”, do grego “exousia”, que também é traduzido por autoridade em algumas Bíblias. Depois de enviados, os setenta discípulos retornam jubilantes pela autoridade para expulsar os demônios (Lc 10.17). Depois da ressurreição, Jesus deu-lhes a promessa de revestimento de poder “dunamis”para pregar as boas novas. Ela inclui o poder para a expulsão de demônios (Mc 16.17; At 5.16). Não devemos temer, mas saber que, embora essa autoridade tenha sido dada à Igreja, há casos que exigem preparo espiritual no que se refere à libertação.

CONCLUSÃO
Os demônios não são forças, fluidos ou criação da mente humana. São seres reais, pessoais e estão em ação. Devemos conhecer seus ardis para não sermos enganados (Ef 6.12; 2Co 2.11). Todos os discípulos de Cristo são envolvidos na batalha espiritual, mas o Espírito Santo está conosco para nos equipar e preparar. Não devemos ter medo, pois a vitória está garantida em Cristo Jesus.

QUESTIONÁRIO 
1. Como é chamado o líder dos demônios no evangelho de Lucas?
2. O que ocorre quando o pecado é consumado?
3. Por que precisamos orar?
4. No caso do lunático, o que Jesus ensinou?
5. Como os setenta discípulos retornaram?

Fonte: Revista Betel

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