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Escola Bíblica Dominical: O dever de orar sempre

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Texto Áureo
"E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer.", Lc 18.1

Verdade Aplicada
O discípulo de Cristo possui um meio por excelência para falar diretamente com o Criador do universo: a oração.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lc 18.2-5
2 - Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
3 - Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4 - E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5 - Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.

Introdução
Orar não é a única coisa que devemos fazer em prol da causa de Cristo Jesus e da Sua Igreja, mas, sem dúvida, é uma atividade indispensável na vida cristã.

1. A RELEVÂNCIA DA ORAÇÃO
O tema oração é recorrente no evangelho de Lucas. Em várias ocasiões, ao orar percebemos que estamos em plena guerra espiritual. Portanto, precisamos permanecer fiéis e continuar orando.

1.1 Jesus Cristo e a Oração. 
Mesmo afirmando que Ele e o Pai era um só (Jo 10.30), o Senhor Jesus durante o seu ministério terreno foi um homem de oração. Não eram orações rotineiras e vãs repetições, mas acompanhadas de "clamor e lágrimas (...) e súplicas" (Hb 5.7), agonia e sangue (Lc 22.44). Assim vemos no evangelho de Lucas que o Senhor iniciou Seu ministério com oração (Lc 3.21) e orou quando estava encerrando (Lc 22.41-46). Ele tanto vivia uma vida de oração quanto ensinava aos Seus discípulos sobre a oração (Lc 11.1-4). Interessante notarmos que nos diversos textos que registram Jesus orando, além dos mencionados acima, parece haver uma certa relação entre Suas orações com os acontecimentos anteriores ou posteriores envolvidos (Lc 5.16; 6.12; 9.18; 9.28).

1.2 A Humildade na oração.
Na parábola do fariseu e do publicano, o Senhor Jesus advertiu sobre a importância da humildade de espírito quando nos aproximamos de Deus em oração (Lc 18.14).
O fariseu estava no templo e orando, porém, seu entendimento estava obscurecido consigo mesmo. Estava confiante em si próprio, com as coisas que fazia ou deixava de fazer. Quanta diferença do publicano que, humilhando-se diante de Deus, encontrou perdão. Ainda hoje muitos têm fracassado por acharem-se justos aos próprios olhos. Como na parábola se consideram perfeitos e piedosos, confiantes de que são dignos de serem atendidos.

1.3 Fé, Necessidade e Exclusividade. 
A mulher da parábola (Lc 18.1-8), mesmo sendo viúva e o juiz um homem que não temia a Deus e nem respeitava o próximo, não deixou de ir "ter com ele" com insistência, ainda que a autoridade tenha demonstrado que não quisesse atendê-la. Contudo, a viúva demonstra três aspectos relevantes: 1) Plena consciência de que necessita; 2) Plena convicção de que aquele juiz podia fazer-lhe justiça; 3) Ela não tinha outro a quem recorrer. São pontos relevantes na vida de oração: como o publicano do tópico anterior, somos carentes da misericórdia de Deus; o Senhor Deus é Poderoso; e não há outro a quem chamarmos.

2. ALGUNS ASPECTOS BÍBLICOS 
A oração é um tema frequente na vida e nos ensinos de Jesus. Portanto, é sábio o discípulo de Cristo estar bem atento quanto a este aspecto da vida cristã (1Ts 5.17; Ef 6.18).

2.1 Orar com Certeza.
Em ambas as parábolas (amigo importuno e juiz iníquo), o Senhor Jesus enfatiza que os Seus discípulos, ao orarem, devem fazê-lo com a plena certeza de que estão falando com o "Pai celestial" (Lc 11.13) e que são "escolhidos" de Deus (Lc 18.7). Tendo em mente estas verdades, quanta diferença isso faz na vida de oração dos discípulos de Cristo. Aprendamos com a Bíblia que não importa qual seja o problema ou dificuldade que estejamos enfrentando, podemos falar com Deus e pedir-lhe ajuda. Não importa como estejamos nos sentindo, podemos expressar diante do Senhor em oração.

2.2 Disciplinados em Orar. 
Encontramos nas parábolas estudadas neste tópico o destaque quanto a insistência (Lc 11.9) e ao dever de orar (Lc 18.1). Talvez o maior problema dos cristãos em geral seja a falta de disciplina em orar. É fácil começar a orar, mas é difícil permanecer orando. Um dos grandes desafios da atual geração é priorizar a oração. Até mesmo nos templos, infelizmente, no momento da oração há tantos indiferentes que não oram. Não é à toa que verificamos repetições de exemplos de Jesus e ensinos sobre o ser disciplinado em oração, até finalmente sermos atendidos. É fundamental que cada discípulo de Cristo tenha a consciência de que a disciplina da oração deve ser individual da oração deve ser individual (Mt 6.6) e coletiva (At 12.5; 12).

2.3 Oração e Vontade de Deus. 
Qualquer tema bíblico deve ser estudado à luz de outros textos bíblicos que tratam do mesmo assunto, evitando, assim, conclusões precipitadas e deturpadas. Quando o assunto é oração, também não é diferente. É evidente que a oração não envolve apenas os aspectos destacados do estudo das parábolas mencionadas na presente Lição: Humildade, Insistência, Certeza, Perseverança, etc. Não é apenas pedir, buscar e bater. Também envolve : Perdão (Mc 11.24-26); Petições e Motivos (Tg 4.3); Vontade de Deus (1Jo 5.14), entre outros.

3. ATITUDES DO DISCÍPULO AO ORAR 
Há algumas maneiras de se comportar antes e depois das respostas às nossas orações. Se antes levamos a Deus as nossas petições, com ações de graças e paciência, depois de termos resposta, temos de manifestar nossa gratidão de diferentes maneiras.

3.1 Aguardando pela Resposta.
Uma vez tendo sido respondida a nossa oração, podemos ser surpreendidos pela resposta. Embora no momento da resposta à oração fiquemos surpresos, isso não deve significar que não estivéssemos esperando a resposta divina para o nosso dilema. A mulher da parábola aguardava e obteve sua vitória. O Salmista disse: "Esperei com paciência no Senhor, Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor" (Sl 40.1). Mesmo que Deus diga "não", lembremo-nos que o Seu plano para conosco é perfeito, e Ele com certeza proverá algo muito melhor para nós em Sua sabedoria e poder.


3.2 Reagindo à Resposta. 
Toda a oração respondida por Deus deve ser seguida de gratidão. Há níveis de gratidão que um cristão pode demonstrar de acordo com o significado da resposta alcançada. Há respostas muito significativas para alguns, por exemplo: Ana, a que fora estéril, teve um bebê; Naamã curado de sua lepra; mulheres libertas de espíritos imundos por Jesus; Davi ao sobreviver a muitas batalhas. Todos estes agiram com alguma forma de gratidão a Deus. Nós também podemos ser agradecidos a Deus com palavras e louvor, mesmo antes de termos resposta através da fé. Podemos contar nosso testemunho num culto e também podemos levar uma oferta ou abençoar alguém em gratidão a Deus (Sl 116.12).

3.3 O que Demonstra a Resposta. 
O Senhor Deus não apenas criou o ser humano, como também tem interesse em manter relacionamento com o mesmo. Desde o início o Criador toma iniciativa na busca de relacionamento (Gn 2.18-22; 3.8-9). A resposta às orações é mais uma demonstração do interesse de Deus movido pelo amor para conosco. Além das parábolas citadas nesta lição, há vários textos bíblicos que manifestam o interesse de Deus que os Seus servos se comuniquem com Ele (Sl 27.8; 34.17; Jr 33.3; Fp 4.6-7). Disse Jesus: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." (Jo 15.7).

CONCLUSÃO
Uma vida contínua de oração e leitura, como também a aplicação prática da Palavra de Deus são elementos indispensáveis para os quais todo cristão deve atentar. Não há outra maneira de viver o Reino de Deus aqui na Terra. Que possamos perseverar em orar e ler/aplicar as Escrituras.

QUESTIONÁRIO

1. Qual tema é recorrente no evangelho de Lucas ?


2. Como Jesus iniciou e encerrou Seu ministério ?


3. Como deve ser a disciplina da oração ?


4. Como devemos reagir a uma oração respondida por Deus ?


5. Quem, desde o início, toma a iniciativa na busca de relacionamento ?

Fonte: Revista Betel

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