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Escola Bíblica Dominical: O valor do indivíduo

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Texto Áureo
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.", Lc 15.7

Verdade Aplicada
O tão imensurável amor de Deus é demonstrado no chamado universal ao arrependimento e na busca de todos os que estão perdidos e necessitados.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lc 15.2-6
2 – E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
3 – E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4 – Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
5 – E, achando-a, a põe em seus ombros, gostoso;
6 – E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

Introdução
Este aspecto do ensino do Senhor Jesus que valoriza o indivíduo é em nossos dias algo muito necessário. Deus ama a todos e isso está amplamente ilustrado em Lucas 15 e em outras partes, que é o que veremos nesta lição.

1. O VALOR DO INDIVÍDUOQuando Deus criou o homem, o fez à Sua imagem e semelhança. Todos são importantes e devem ser valorizados. É vontade de Deus que todos os homens se reconciliem com Ele.

1.1. Valor do homem comparado aos animaisÀs vezes, os seres humanos demonstram mais valor pelos animais do que pelo seu semelhante. Motivados pelo ciúme, os fariseus e alguns líderes das sinagogas incomodavam-se que Jesus recebesse o povo para curá-los (Lc 14.1-6). Estando Jesus na casa de um dos principais deles, Ele lhes lançou a questão: “É lícito curar no sábado?”. Então curou o hidrópico e o despediu, para a seguir dizer: “Qual será de vós o que, caindo-lhe em um poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”. O ensino de Jesus é simples: se valorizamos os animais a ponto de salvá-lo de um poço, por que não salvar das enfermidades um ser humano?

1.2. O valor da humildade e bondade desinteressada A convivência social exige cuidado e sabedoria de todos, para que o momento seja o mais agradável possível (Lc 14.7-14). Jesus permaneceu na casa de certo líder fariseu para comer pão e reparou a maneira como os que chegavam primeiro escolhiam os melhores lugares. Diante disso, aproveitou para lhes falar sobre a importância da humildade, ensinando o critério correto de se escolher um lugar (Lc 14.11). E, ainda, quando alguém for generoso e oferecer uma refeição, não deve fazê-lo somente àqueles que podem retribuir também com um convite ou pensando na recompensa, mas deve ter em mente o bem que está fazendo ao próximo, independente do mesmo poder ou não retribuir.

1.3. O valor dos pobres e marginalizados O valor dos pobres e marginalizados é demonstrado na parábola da grande ceia (Lc 14.15-24). Para Deus, todas as almas têm igual valor e, portanto, recebem o convite para a grande ceia que Ele preparou, mas a eles cabe decidir se acolherão o convite ou não. Ora, aquele senhor convidou os seus amigos, mas cada qual enviou um pedido de desculpas, seguido de uma explicação. Eis diante de nós uma advertência quanto a colocar o coração nas aquisições passageiras antes do Reino de Deus.

2. PARA SER UM DISCÍPULO DE CRISTO Os publicanos, meretrizes, beberrões, etc., considerados “pobres e marginalizados”, eram os que entravam no Reino de Deus, adiante dos que se consideravam justos e bons. Mas todos têm um preço a pagar.

2.1. O preço da renúncia Uma grande multidão seguia a Jesus. Porém Ele não omitiu à multidão as condições para ser Seu discípulo (Lc 14.25-35). Os que formavam a multidão gostavam de estar com Ele, de ouvir a Sua Palavra e presenciar os Seus sinais, porém não havia compromisso e nem renúncia. Não é isso que tem acontecido em nossos dias, quando muitos vêm aos nossos templos? Infelizmente, não têm compromisso e nem renúncia. Observe que o apelo do Mestre é ao indivíduo: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.26). O preço é renúncia total.

2.2. O cálculo necessário do discipulado Após exigir lealdade acima dos laços familiares e consanguíneos, o Senhor Jesus aprofunda o tema, exigindo de Seus discípulos segui-lo tomando a sua cruz (Lc 14.27-33). A seguir, Jesus conta a parábola do construtor da torre e do rei que se preparava para a guerra. Essas palavras, exclusivas do evangelho de Lucas, exigem que o indivíduo calcule o preço empregado no seguir a Jesus Cristo. A vida cristã deve ser vista como uma grande torre a ser edificada, ou como uma guerra a ser batalhada, ou seja, antes de tais compromissos se deve calcular as despesas do início ao fim. Jesus não quer discípulos precipitados, que voltem atrás.

2.3. O discípulo como sal da terra O discípulo que se propõe seguir a Jesus Cristo não deve capitular, pois seria como o sal que perde o sabor (Lc 14.34-35). Nesta vida, o Senhor Jesus não prometeu facilidades, mas a satisfação da vida cristã está à altura da renúncia paga pela lealdade a Ele. A alegria, a honra e o privilégio de trabalhar como edificadores ou soldados do Reino de Deus são coisas indizíveis que temperam este mundo. Porém, se alguém, diante de tão grande nuvem de testemunhas, se rende ao espírito deste mundo, torna-se como um sal insípido, inútil a ser descartado. Precisamos entender isso para que possamos salgar a nossa nação.

3. O VALOR DOS PERDIDOS A narrativa do sal insípido parece encerrar a questão sobre os que voltam atrás, mas não encerra. O sal que se tornou insípido refere-se a indivíduos que se perderam em meio às lutas e dificuldades. Contudo, a retomada do assunto, sob o prisma da busca de Deus pelos perdidos, aconteceu por causa do criticismo dos escribas e fariseus (Lc 15.1-2).

3.1. A ovelha perdida Quando os escribas e fariseus viram que todos os “desqualificados” publicanos e demais pecadores vinham para ouvir Jesus, murmuraram de inveja: “Este recebe pecadores e come com eles” (Lc 15.2). Então, Jesus aproveitou a ocasião para ensinar o valor do indivíduo diante de Deus (Lc 15.3-7). O homem é comparado a uma ovelha que se desgarrou no deserto da vida, mas Deus, como um solícito pastor, guardou as noventa e nove e foi atrás da perdida até a achar, para, em seguida, fazer festa. Assim é o agir de Deus para com os perdidos do Seu rebanho.

3.2. A dracma perdida A dracma era uma moeda equivalente em valor ao denário romano, que é o valor da jornada de um dia de trabalho. T. W. Manson comenta que “(…) dez dracmas sugere as economias de uma mulher pobre, e não somente o dinheiro para as despesas da casa.” (Lc 15.8-10). Mesmo assim, as mulheres daquela época costumavam usar tais moedas de prata cunhada como ornamento em seus cabelos. Certo é que a moeda foi perdida e numa casa escura (considerando que as casas dos pobres na Palestina não eram bem iluminadas). Esta parábola refere-se à ação de Deus em buscar os pecadores perdidos.

3.3. O filho pródigo Há coisa mais trágica do que perder um filho para as aventuras descabidas desta vida? Isso, porém, é algo que acontece em todos os tempos, um filho que sai de casa e desperdiça toda a sua vida desregradamente (Lc 15.11-32). O filho pródigo, depois de desperdiçar tudo quanto tem, sentindo fome, lembra-se da fartura da casa do pai e se arrepende de sua tolice. Retorna e é carinhosamente recebido pelo pai, figura do Pai Celestial, que acolhe amavelmente todos os pecadores que se arrependem. Infelizmente, o irmão mais velho sente ciúmes por causa da maneira como o irmão foi recebido, simbolizando os escribas e fariseus. Note que as três parábolas do capítulo 15 terminam de modo alegre e festivo: “alegrai-vos comigo” (Lc 15.6, 9, 23-24, 32).

CONCLUSÃO Em ambos os capítulos do evangelho de Lucas estudados na presente lição, 14 e 15, encontramos a ênfase do ministério de Jesus quanto ao ensino, preparando os Seus discípulos para dar prosseguimento à missão, bem como na valorização do ser humano mesmo caído, rejeitado, marginalizado, perdido. São dois temas que bem caracterizam este evangelho.

QUESTIONÁRIO 1. Por que os fariseus e alguns líderes das sinagogas estavam incomodados?
2. O que a convivência social exige?
3. O que é demonstrado na parábola da grande ceia?
4. A que se refere a parábola da dracma perdida?
5. Como as três parábolas do capítulo 15 terminam?

Fonte: Revista Betel

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