Escola Bíblica Dominical: Os Cônjuges e a Vida Financeira - Se Liga na Informação





Escola Bíblica Dominical: Os Cônjuges e a Vida Financeira

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Salmo 112
1 - Louvai ao SENHOR. Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer.
2 - A sua semente será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada.
3 - Prosperidade e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre.
4 - Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo.
5 - O homem bom se compadece, e empresta; disporá as suas coisas com juízo;
6 - Porque nunca será abalado; o justo estará em memória eterna.
7 - Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no Senhor.
8 - O seu coração está bem confirmado, ele não temerá, até que veja o seu desejo sobre os seus inimigos.
9 - Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.
10 - O ímpio o verá, e se entristecerá; rangerá os dentes, e se consumirá; o desejo dos ímpios perecerá.

TEXTO ÁUREO
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.", 1 Tm 6.10

COMENTÁRIO

Palavra introdutória
O dinheiro é um dos grandes causadores de conflitos no relacionamento conjugal. Seja por conta de uma diferença salarial existente entre marido e esposa ou pela maneira como os gastos são realizados.
A riqueza concede poder, e, quando uma pessoa busca apenas o poder, acaba perdendo a compreensão de quem ela é. Por isso, estudar a Bíblia é essencial, pois ela é um manual para quem deseja aprender a lidar corretamente com o dinheiro.
As Escrituras registram diversos casos de pessoas ricas que serviram a Deus com alegria, que souberam lidar com a riqueza e que a utilizaram para a promoção do bem, sobretudo, para adorar a Deus (Jó 1.1-3; Mt 27.57-60). Isso mostra que a riqueza não é um mal em si, mas a forma como alguém lida resulta em bênção ou maldição.
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Há uma linha tênue entre
a bênção e a maldição
quando o assunto é riqueza.
Muitas pessoas, em vez
de possuírem os bens,
são possuídas por eles,
tornando-se verdadeiras
escravas das riquezas.
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1. O PODER DAS RIQUEZAS

1.1 O apego desmedido das riquezas
No Sermão do Monte, Jesus falou sobre os males decorrentes do apego desmedido às riquezas (Mt 6.19-34). Ele ensinou que os homens não devem ajuntar tesouros na terra (bens transitórios e instáveis), mas, sim, no céu (bens eternos e permanentes). Pregou que não se deve servir a dois senhores (Deus e Mamom).
Em sintonia com os ensinos de Jesus, Paulo escreveu que a avareza é idolatria (Cl 3.5). O avarento é ávido por dinheiro, é capaz de dar a sua vida na obtenção de bens materiais. Se alguém, porém, coloca Deus e o Seu Reino em primeiro lugar, passa então, a desfrutar do Seu favor, e liberta-se de si mesmo (Mt 6.33).

1.2. A bênção financeira
É interessante observar que, no Reino de Deus, a lógica da prosperidade não está no acúmulo de riquezas, mas no ato de compartilhar. Citando o Mestre, Paulo disse: É necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mas bem aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35). Portanto ninguém deve ser dominado pelo dinheiro nem viver em busca dele. O desprendimento é o que ajudará o casal a cuidar de todas as questões financeiras que surgirem no dia a dias.

2. O DINHEIRO USADO COM SABEDORIA
É possível e desejável fazer bom uso dos recursos materiais. O salmista escreveu: Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra, deu-a Ele aos filhos dos homens (Sl 115.16). Cabe, portanto, aos homens conquistar riquezas da terra e saber lidar com elas.

2.1. Estabelecendo prioridades
A insaciável sociedade de consumo deflagra problemas financeiros e, automaticamente, a vida conjugal é afetada. Portanto, é preciso que o casal estabeleça prioridades, as quais não devem ser impostas, mas definidas pelo diálogo.
Quando ocorre diálogo, os envolvidos assumem o compromisso de realizar o que foi combinado. Definir metas e planejar o futuro não é demonstração de incredulidade. O mesmo Deus que garantiu o pão de cada dia também orientou José a utilizar corretamente o tempo das vacas gordas (Gn 41.25-37).

2.2. Administrando os recursos financeiros
A palavra administração - ação de administrar; de dirigir os negócios públicos ou privados; de gerir bens - faz parte do mesmo campo semântico do termo economia. Este é a junção de duas palavras gregas: oikos (casa) e nomos (lei). Logo, economia é o gerenciamento ou a administração da casa (ou do lar) por meio de regras e de leis. A administração eficaz evita gastos excessivos em qualquer área da atividade humana.
É fundamental harmonizar as necessidades da família com os recursos provenientes do trabalho. Quando um casal gasta tudo que recebe, isso já é um sinal de alerta. É essencial que marido e esposa façam um controle de todos os seus gastos, sentando-se para planejar o uso dos recursos que os dois possuem (Lc 14.28).

3. A BENÇÃO SOBRE A FAMÍLIA
Inúmeros textos bíblicos relacionam a vida financeira com a obediência a Deus (Mq 3.10; 2 Cr 7.14-16; Pv 3.9,10; Dt 28). O princípio da saúde financeira é priorizar e honrar a Deus com os próprios bens. Toda família deve entender que, além de saber administrar os recursos, a liberalidade em ofertar e a fidelidade no ato de devolver o dízimo atraem a bênção de Deus para o lar.

3.1. As sementes que enriquecem O apóstolo Paulo tratou a oferta financeira como semente. É totalmente válido, portanto, que o ofertante crie expectativa de colheita (2 Co 9.1-15). Por intermédio de Epafrodito (Fp 2.15), a igreja de Filipos enviou ajuda a Paulo, cuja resposta traz um grande ensinamento acerca da importância de ofertar (Fp 4.10-20):
  • O receber é consequência do dar - O ato de dar abre as portas para o receber. Mas, quando alguém retém mais do que convém, dá legalidade para o fracasso financeiro (Pv 11.24-26).
  • O dar aumenta nossa conta - O ato de semear aumenta o crédito do ofertante: Mas procuro o fruto que aumente a vossa conta (Fp 4.17).
  • A oferta possui características - Paulo não tratou a ajuda recebida como algo simples, mas como um cheiro suave, um sacrifício aceitável e um ato aprazível a Deus (Fp 4.18).
  • O ofertante é recompensado por Deus - Quando aprendemos o valor do dar, Deus recompensa-nos conforme Suas riquezas (Fp 4.19).
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O profeta Ageu afirmou que
a causa da escassez vivenciada 
pelo povo judeu em seus dias
era espiritual. Ao invés de
dedicarem-se à reconstrução
do Templo, os judeus optaram
por construir suas próprias casas
e, com isso, a Casa de Deus
ficou deserta (Ag 1.1-11).
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3.2. A oferta que atrai o olhar de  Deus
Adão e Eva ensinaram aos seus filhos a importância de adorar a Deus com as ofertas (Gn 4.1-5). Abel decidiu aplicar as lições e entregou ao Senhor das primícias das suas ovelhas.
Tal ato revelou que, em seu coração, Abel amava profundamente a Deus e que, por isso, entregou o seu melhor. No entanto, em um ato de incredulidade, Caim desdenhou de Deus e, por isso, deu-lhe qualquer coisa.
No contexto da passagem de Gênesis 4.3, a expressão do fruto da terra uma oferta ao Senhor aponta para um ato indefinido e sem valor espiritual para Deus. Caim quis somente cumprir um protocolo sem, contudo, atentar para o real significado de uma oferta. Sua atitude teve um resultado: Deus atentou para Abel e para sua oferta, mas não atentou para Caim nem para sua oferta.
O texto bíblico não revela como foi o atentar de Deus (Gn 4.4,5), mas provavelmente foi algo material, pois Caim percebeu a ação favorável de Deus em relação a Abel e ficou enfurecido e transtornado (Gn 4.5 NVI). Não adianta, portanto, somente trabalhar para aumentar a renda familiar. É necessário, principalmente, que a família honre a Deus com suas fazendas, porque se o Senhor não edificar a casa [...], inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono (Sl 127.1,2).

3.3. A fidelidade que promove
Quando o cristão entrega seu dízimo e suas ofertas, está reconhecendo que Deus é o Senhor de sua vida. Em Seu ato de amor, Deus permitiu aos Seus filhos usufruírem de 90% de tudo que eles administram. Dessa forma, em reconhecimento à Sua soberania, os cristãos devem entregar a Deus somente 10% (o dízimo) daquilo pelo que são responsáveis (Ml 3.10).
Quando alguém é fiel nos dízimos, o Senhor o promove a patamares maiores, mediante o recebimento de bênçãos indescritíveis (Ml 3.11). Verdadeiramente, ser fiel a Deus é o que promove os homens.

CONCLUSÃO
É necessário que o casal administre todos os recursos financeiros com sabedoria  e planejamento. Também é fundamental permitir e invocar a presença de Deus para uma vida financeira abençoada. A fidelidade e a liberalidade, porém, são os elementos fundamentais para os planos de quem deseja ter um lar bem-sucedido financeiramente.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. De acordo com a lição, administração é...?


Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 59

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