APOLOGÉTICA: A anti-intelectualidade na igreja - Se Liga na Informação





APOLOGÉTICA: A anti-intelectualidade na igreja

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Por Alex Eduardo de Bastiani
É comum que em toda igreja como instituição haja membros que reflitam em partes o modelo comportamental do meio social em que estão inseridos, e, pelo fato de se tratar de um lugar onde todos os tipos de pessoa, em quaisquer situações sociais, culturais ou econômicas reúnam-se com um propósito maior ─ a reunião da Εκκλησία (Ekklesia) para cultuar a Deus, propagar o Evangelho de Jesus Cristo e trabalhar para o avanço do Reino de Deus no plano terreno ─, existem certas diferenças entre os membros. É certo que tais diferenças não interferem (pelo menos não deveriam interferir) em nada no conceito de amor fraternal que deve haver entre os irmãos da comunidade de fé, pois, apesar de diferentes, todos são igualmente importantes e apenas um em Cristo Jesus (Gálatas 3.28).
Atualmente, na igreja brasileira em especial, pelo fato de haver vários estilos denominacionais e conceitos teológicos diferentes, há alguns pontos em destaque. Mas o objetivo aqui não é de fazer um tratado sistemático de diferenciação doutrinária ou algo do tipo, e sim, destacar alguns pontos em especial, pois o tema em destaque é justamente a deficiência intelectual que a igreja no Brasil sofre em boa parte da sua composição.
“Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. ” Provérbios 2:3-5 ACF
Os cristãos que prezam pela inteligência e a absorção do conhecimento quase que ininterrupto de Deus estão corretos em assim fazer. Entretanto, não devem fazer do SABER um ídolo, pois ainda que aprender seja extremamente importante, ele deve ser acompanhado do fazer, para que a ortodoxia e a ortopraxia consigam andar de mãos dadas. Portanto, um cristão que sabe e não faz, é um cristão dotado de conhecimento vazio, porque como está escrito na epístola de Tiago, “aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4.17) ─ vale destacar que este discurso nem de longe faz ou fará algum tipo de defesa da salvação por obras.
Um detalhe muito importante a ser considerado é que, não há defeito em ser intelectual, ao mesmo tempo que não há virtude em ser ignorante, pois nem o excesso e nem a falta de intelectualidade devem ser vistas como fins em si mesmas. Por que é importante destacar isto? Porque o conhecimento e a inteligência não produzem salvação, mas sim o sangue do Cordeiro Santo que foi derramado na cruz do calvário e, é preciso levar em consideração o fato da salvação ser um dom de Deus, dado por meio da fé em Cristo Jesus, não por obras, nem por inteligência, nem por conhecimento, nem por sentimentos e tanto mais, para que ninguém se glorie (Efésios 2.8).
A LETRA MATA?
Ao ler a Bíblia, percebe-se que há algumas sentenças na Palavra de Deus que fazem o conhecimento parecer perigoso e outras que o fazem parecer glorioso. Por exemplo, a Bíblia diz: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica” (1 Co 8.1). Mas ela também diz: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). O conhecer é perigoso. O conhecer é libertador. E esse não é um paradoxo isolado. ¹
Tem se tornado um costume corriqueiro em muitas igrejas brasileiras (normalmente de cunho neopentecostal) a má utilização do texto bíblico de 2 Coríntios 3.6b ─ “porque a letra mata e o espírito vivifica” ─ por crentes negligentes que têm preguiça de aprender e pensar como justificativa para o seu desleixo com o conhecimento da Palavra de Deus. Entretanto, é preciso lembrar que um regenerado, isto é, aquele que ama a Deus, deseja constantemente conhecer o seu Senhor, ou seja, é necessário aprender sobre os textos bíblicos nos quais trazem o conhecimento de quem Deus é e como Ele age, pois não há como ter comunhão com Deus sem conhece-lo.
Sempre que um crente utiliza a passagem de 2 Coríntios 3.6b como uma muleta para se demonstrar um fideísta extremamente espiritual, é como se ele quisesse sacrificar a razão em nome da fé, ou seja, tenta criar uma dicotomia entre fé e razão, coisas que não são inimigas, mas sim complementos, pois o próprio Cristo, através dos seus ensinos, quer fossem exortativos ou parabólicos, instigava o pensamento, a reflexão e o aprendizado constantes, de modo algum excluindo a fé. Sobre isso, Jonas Madureira é preciso em dizer que:
De um lado, tem-se o fideísmo, que seria o sacrifício da razão em favor da fé; do outro, o racionalismo, que seria o sacrifício da fé em favor da razão. O conceito de inteligência humilhada não pretende favorecer nenhuma dessas duas posições […] A inteligência humilhada é a fé que não tem medo de pensar, duvidar ou questionar. A fé não precisa morrer, só precisa pensar […] em contrapartida, a inteligência humilhada é também a consciência da humilhação da razão que nos faz reconhecer o papel fundamental da fé. A razão não precisa morrer, só precisa dobrar os joelhos. ²
Ou seja, embora o cristão deva ter em mente que o justo vive pela fé (Romanos 1.17), no seu chamado de seguir Jesus, ele é justificado e redimido completamente, pois, como Deus criou o ser humano em sua totalidade e, esta caiu por inteiro, a regeneração é ato de restauração completa da criação, incluindo o seu intelecto, sendo este não suficiente em si mesmo, mas que encontra a suficiência no Altíssimo, para o restabelecimento das suas faculdades.
Diante disto, é necessário buscar um entendimento fiel ao que Paulo diz na passagem aos coríntios, pois de maneira alguma deve-se buscar versículos isolados nos textos para defender algo em causa própria, ou seja, é dever do cristão fugir do atomismo com as Escrituras. Cada texto bíblico deve ser lido na íntegra e interpretado de acordo com o contexto em que foi escrito e o propósito ao qual se refere, isto é, como o trecho se relaciona e se harmoniza com os versículos anteriores e posteriores, com capítulos ou dentro do próprio livro ou epístola.
“Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. ” 2 Coríntios 3:5-9 ACF
A ideia que o texto de Paulo traz é uma renúncia de todo o mérito próprio em relação ao entendimento da Palavra de Deus e, em momento algum deixa brecha para o ser humano achar qualquer vestígio de achar que o seu intelecto não é caído e pode ser redentivo, como alguns defensores da teologia natural defendem, mas sim que a capacidade total é vinda diretamente de Deus.
Quanto ao que Paulo fala sobre “um novo testamento, não de letra, mas de espírito” (v.6ª), o sentido é o ministério da Nova Aliança em Cristo Jesus. Sobre isto, João Calvino diz que
Ele agora entra na comparação entre a lei e o evangelho, o que previamente já mencionara. […] seu propósito foi mostrar-lhes a principal excelência do evangelho e a principal recomendação de seus ministros, que é a eficácia do Espírito. Para este propósito, uma comparação entre a lei e o evangelho é de grande valor; e parece-me ser esta a razão por que ele entra nesta questão aqui.
Seja o que for, não há dúvida de que, por letra, Paulo quer dizer o Antigo Testamento e, por espírito, ele quer dizer o evangelho. Pois, quando ele diz que é ministro do novo testamento [nova aliança], acrescenta imediatamente, à guisa de explicação, que é ministro do Espírito e com o Espírito ele contrasta a letra. Temos agora que inquirir sobre suas razões para falar desta maneira. ³
Portanto, pelo sublime e gracioso ministério da Nova Aliança que o cristão é capacitado para ser conforme a imagem do Filho. Por isso que Paulo se regozija em dizer “se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça” (v. 9). Foi de Orígenes que veio a interpretação de que Paulo se refere à pregação e o estudo diligente das Escrituras como letra que mata. Sobre isto, João Calvino comenta que
Esta passagem tem sido distorcida e interpretada erroneamente; primeiro, por Orígenes, e depois por outros, e todos eles têm contribuído para o surgimento do mais danoso erro, de que as Escrituras são não só inúteis, mas também danosas, caso não sejam alegorizadas. Este erro tem sido a fonte de muitos males. Não só abriu o caminho para a corrupção do significado natural das Escrituras, como também suscitou a ousadia no campo da alegorização como a principal virtude exegética. Dessa forma, muitos dos antigos, sem qualquer restrição, lançaram todas as sortes de jogos com a sagrada Palavra de Deus, como se fossem eles arremessadores de uma bola para lá e para cá. Este fato deu também aos hereges a chance de precipitar a igreja em desordem, pois quando foi aceita a prática de qualquer um interpretar qualquer passagem de qualquer maneira que desejasse, qualquer ideia maluca, não obstante absurda ou monstruosa, podia ser introduzida sob o pretexto de alegoria. Mesmo homens bons foram arrebatados por sua equivocada paixão por alegorias, formulando daí inúmeras opiniões perversas. 4
Esse tipo de pensamento, conforme as palavras de João Calvino, gera muitos danos na igreja, pois causa dificuldades ao cristão ao defender a fé que professa, em examinar a pregação, causando também uma facilidade em ser levado por várias doutrinas antibíblicas. Estes são riscos desnecessários à Igreja do Senhor que surgem a partir de uma visão anti-intelectual, visto que nega a relevância sobre Deus ter se revelado e dado ao ser humano tal revelação escrita para que o cristão possa tê-la em mãos e estudá-la com todo temor e dedicação. John Piper salienta isto dizendo que
Enquanto toda a criação de Deus serve para revelá-lo de alguma maneira, ele determinou que a revelação mais clara e mais categórica de si mesmo, neste lado do céu, viesse por meio de sua Palavra escrita, a Bíblia. Essa é a razão por que o nosso foco estará nessa revelação. A Bíblia é o principal meio pelo qual chegamos a conhecer a Deus. A Bíblia é um livro, e um livro exige pensar. A partir do fundamento de conhecer a Deus por meio deste livro, podemos nos mover adiante e pensar frutiferamente sobre toda a vida. 5
DIANTE DAS DÚVIDAS
É comum na vida cristã que o crente tenha dúvidas e muitas vezes tenha que responder as dúvidas dos incrédulos que volte meia os interrogam a respeito da razão da sua fé e esperança. A respeito disso, o apóstolo Pedro orienta a igreja da seguinte forma:
Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal. 1 Pedro 3:15-17 ACF
Esse comportamento paciente e humilde que Pedro orienta aos cristãos que respondam as dúvidas que os demais têm a respeito da fé é extremamente necessário no exercício da piedade e, para tal defesa da fé, os cristãos
[…] devem estar preparados para apresentar a razão do seu cristianismo, para que fique claro que não são motivados por tolice ou fantasia. Essa defesa pode ser necessária mais do que uma vez ou duas, por isso que os cristãos devem estar preparados para apresentá-la sempre, seja diante de um magistrado, se ele exigir, ou a qualquer curioso, que deseja sabê-lo para sua informação ou crescimento. 6
O cristão deve estar sempre apto para responder as perguntas dos incrédulos e dos “novos na fé” não por algum tipo de vanglória ou prepotência intelectual, mas sim para que o nome de Deus seja glorificado e conhecido no meio dos homens. Em momento algum da vida cristã o conhecimento de Deus deve ser usado em prol do benefício próprio, pois a Palavra é dele e a glória deve ser somente a Ele, porque tudo o que foi revelado ao ser humano a respeito de Deus aponta somente ao Altíssimo e o seu poder. Isto deve gerar no cristão um sentimento de gratidão e humilhação ao mesmo tempo, pois o seu chamado é para servir e viver para e pela vontade de Deus, não para nem pela própria vontade.
A RAZÃO É FERRAMENTA, NÃO INIMIGA
O cristão que nega a razão pode chegar ao ponto de cultivar um dualismo dividindo a vida entre “coisas espirituais” e “coisas materiais”, colocando estas como inferiores e aquelas como superiores. Também pode chegar ao ponto de influenciar os demais a negarem a unidade do mundo criado por Deus e “dar corda” ao pensamento dos incrédulos, que veem a fé como um instrumento de comando e maluquice para controlar as pessoas e atrasar o “desenvolvimento da humanidade”, porque um bom testemunho é resultado de uma mente que não tem preguiça de pensar e raciocinar sobre o que e como está fazendo.
Diferente da crença de que a razão é um caminho redentivo, a Bíblia não dá nenhum parecer de que a fé e a racionalidade devem ser coisas separadas, mas que devem andar lado a lado. Um exemplo claro disso é o próprio Senhor Jesus, que nunca deixou de conhecer as Escrituras e esclareceu tudo o que foi necessário para o conhecimento do caminho da redenção (que é Ele mesmo), além disso, Jesus evidenciou e manuseou o poder espiritual com muita sabedoria. Isto posto, pode-se chegar à conclusão de que intelectuais sérios podem ser humildes e místicos descuidados podem ser arrogantes.
Se os cristãos “anti-razão” se empenhassem em mostrar que a razão favorece a confissão de fé cristã, mostrando de fato que o ateísmo, ou qualquer outra filosofia ou religião sustentada pelo descrente, é falsa e contraditória, conseguiriam com o tempo mostrar que “irracionalidade da fé” não passa de uma mentira proclamada pelos incrédulos por muitos anos. Infelizmente muitos cristãos caem na armadilha de aceitar as mentiras seculares sobre a irracionalidade da fé e nem percebem o quanto isso é desastroso para a igreja.
Alguns cristãos, mesmo que favoráveis ao uso da razão, ainda têm uma certa insegurança ao utilizá-la, principalmente diante de um embate contra um incrédulo, pois acham que ele vencerá o argumento se houver algum acordo sobre a razão como um denominador comum. Tais cristãos até suspeitam que se concordarem com os incrédulos com o fato de que crenças contraditórias devem ser falsas, então, o Cristianismo se mostrará como falso. Entretanto, tal insegurança é fruto da falta de informação, estudo e treinamento, porque a razão sã origina-se naturalmente de Deus, pois a natureza de Deus é lógica e não-contraditória (vale lembrar o conselho de Pedro em 1 Pedro 3:15-17), como Joseph R. Farinaccio argumenta que
Se todo raciocínio se baseia em certas suposições básicas sobre a realidade, fé e razão estão sempre inter-relacionadas. Isso é o exato oposto de como a maior parte das pessoas entende essa relação. Elas não percebem que a fé de fato precede a razão. A razão não é em si mesma oposta à fé. A fé não se dá por um “salto” após deixar a razão para trás. A fé não é um salto, mas um fundamento.
A fé é uma presença a priori em nosso pensamento sobre qualquer coisa. Todos nós raciocinamos da perspectiva de uma cosmovisão estabelecida. Nós iniciamos com pressuposições de fé e então as empregamos para raciocinar. Nossas suposições de fé são o fundamento para todo o nosso raciocínio. Não há uma só área de discussão em que conclusões não envolvam suposições primárias baseadas na fé. O fato de que todos nós vemos o mundo segundo algum conjunto de suposições sobre a realidade significa que todos temos uma visão de fé. As pressuposições estão no cerne de toda cosmovisão, independentemente dessa cosmovisão ser religiosa ou secular. 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A igreja nunca manifestará seu poder na sociedade até que ganhe novamente um amor apaixonado pela verdade e, consequentemente, um ódio pelo erro. Verdadeiros cristãos não podem tolerar ou desconsiderar influências anticristãs em seu meio e esperar desfrutar a benção de Deus: “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Rm. 13:11-12). 8
A anti-intelectualidade é, na verdade, uma manifestação da natureza adâmica no ser humano, pois ela enche o coração de prazer pela ignorância, o que impede que o cristão esteja apto a explicar de modo inteligente, o quanto a sua fé é verdadeira e provê o sentido real ao mundo e à vida.
Circula com frequência nas redes sociais uma frase com a autoria atribuída ao rev. Augustus Nicodemus Lopes dizendo que “Jesus morreu para tirar o seu pecado e não a sua inteligência”. Todo cristão deve concordar com tal raciocínio, pois se entregar às emoções ou êxtases “espirituais”, deixando de lado o estudo zeloso da Palavra de Deus demonstra sinais de um coração relaxado e indiferente com o conhecimento do próprio Deus a quem confessa como Senhor e Soberano.
REFERÊNCIAS
¹. PIPER, John. Pense. 1ª ed. S. J. dos Campos/SP: Editora Fiel, p. 44.
². MADUREIRA, Jonas. Inteligência Humilhada. 1ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2017, p. 26,7.
³. CALVINO, João. 2 Coríntios (Comentários Bíblicos João Calvino) (Locais do Kindle 1303-1313). Editora Fiel. Edição do Kindle.
4. Ibid., (Locais do Kindle 1351-1361).
5. PIPER, John. Pense. 1ª ed. S. J. dos Campos/SP: Editora Fiel , p. 60.
6. HENRY, Matthew. Comentário Bíblico no Novo Testamento – Vol VI – Atos a Apocalipe. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2008, p. 875.
7. FARINACCIO, Joseph R. Faith with reason : why Christianity is true. BookSpecs Publishing, 2002. Pennsville, p. 25. (Traduzido por: Marcelo Herberts)
8. MACARTHUR, John in: https://www.gty.org/library/articles/A304/the-rationality-of-faith (Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto)

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