Observem o Sete-estrelo e o Órion - Amós 5:8 - Se Liga na Informação





Observem o Sete-estrelo e o Órion - Amós 5:8

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Wilma Rejane


“Procurai o que faz o Sete-estrelo e o Órion, e torna a sombra da noite em manhã, escurece o dia como a noite, o que chama às águas do mar e as derrama sobre a terra, Senhor é o seu nome” Amós 5:8

Amós, o profeta nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, cerca de 16 Km ao Sul de Israel, certamente já havia observado o céu e contemplado aquele brilhante conjunto de estrelas que se destaca no infinito. Do alto das colinas,  o Sete-estrelo e o Órion poderia ser visto a olho nu com todas as coloridas nebulosas: em azul, vermelho, lilás, violeta, dourado , cores e cores que embelezam o universo em todos os seus cantos (e encantos).  Deus, através de Amós, convocava a nação ao arrependimento. Israel, sob o governo do Rei Uzias e Jeroboão,  estava prosperando muito, em todos os seus termos, mas o pecado crescia, idolatria e opressão aos pobres. Amós, desce as colinas para falar ao povo: “ Vós que converteis o juízo em alosna e deitais por terra a justiça, procurai o que faz o Sete-estrelo e o Órion, Senhor é o seu nome” Amós 5:8.

Israel havia perdido o temor, estava ocupado demais olhando para as coisas na terra e esquecendo ou mesmo nunca lembrando de olhar para o céu, para a magnitude da criação. Aquele que havia criado o espetacular universo, de harmonia tão perfeita, dançando constantemente, sem jamais sair do ritmo: Seu nome era Deus, o Senhor!  Olhar para o céu é necessário, esse ato diz que somos pequenos demais diante da grandeza da criação. E nos diz  (pelo menos deveria) que somos grandes quando compreendemos que somos tão limitados e dependentes e ainda magnificamente planejados, como tudo por Deus criado. Israel, deveria procurar saber sobre o funcionamento da constelação de Sete-estrelo e Órion, quem sabe, ao descobrir que nada sabiam, poderiam assim reconhecer que havia um Deus na direção da vida e esse mesmo Deus, que dirigia as coisas misteriosas, queria dirigir os corações.

Ouvi o profeta Amós, e procurei conhecer o Sete-estrelo e Órion e como me senti incapaz e fascinada e espantada com tudo que vi, e já dizendo que é impossível de tudo se vê. E como não tive dúvidas que existe um Deus no comando da natureza, e eu sempre soube, desde que olhei para o céu pela primeira vez e me perguntei: “onde tudo isso começa e termina, o que existe por trás dessas 'cortinas' “?!   E quando Deus respondeu minha primeira e ingênua oração, aos seis anos de idade,  pedindo que curasse meu pai que estava na UTI de um hospital, não tive dúvidas de que o Deus Senhor do Universo, se importava também com o coração dos homens. Conhecemos em parte, mas ainda que seja uma pequena parte, não limitamos a grandeza eterna de Deus. Pelo que o eterno, não cabe em números, nem em tempo, nem em espaço, nem em qualquer circunstância: Ele é.


“Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?E disse Deus a Moisés: Eu Sou O que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós.”Êxodo 3:13-14


 Sete-estrelo e Órion





Sabe aquele conhecido trio de estrelas que popularmente chamamos de “ Três Marias”? Ele  é o centro da constelação de Órion. Se conseguirmos encontrar as Marias que recebem nomes científicos de Alnitak, Alnilam e Mintaka, facilmente encontraremos toda constelação Órion. Você sabia que dependendo do País, as “Três Marias” recebem nomes distintos? Na Austrália chamam de "panela", na Africa do Sul são conhecidas como "Os três reis" ou Sisters Drie "As três irmãs". Na Espanha, assim como no Brasil, são chamadas também de “Três Marias". A constelação contém duas das estrelas mais brilhantes do universo, são elas:  Rigel (Beta Orions) e Betelguese (Alpha Orions).




Orion é a constelação 26º em  tamanho, ocupando uma área de 594 graus quadrados.Está localizada no primeiro quadrante do hemisfério norte (NQ1) e pode ser visto em latitudes entre 85 ° e -75 °.As constelações vizinhas são Eridanus, Gemini, Lepus, Monoceros e Touro.Orion contém três objetos Messier - Messier 42 (M42, NGC 1976, Nebulosa de Orion), Messier 43 (M43, NGC 1982, Nebulosa De Mairan), e Messier 78 (M78, NGC 2068) - e tem sete estrelas com planetas conhecidos. As sete estrelas formam  um trapézio (Orion Trapézio Cluster),  um jovem, aglomerado de estrelas apertado e aberto localizado no centro da Nebulosa de Orion. O nome das sete estrelas de Órion por ordem de agrupamento, são: Saiph, Rigel, Alnitak, Alnilam, Mintaka, Bellatrix e Betelguese.


Sete estrelas formam o trapézio de Órion

O Trapézio cluster foi descoberto por Galileu Galilei em 4 de fevereiro de 1617,  é facilmente identificável no céu pelo asterismo formado pelas quatro estrelas mais brilhantes.


A estrela mais brilhantes de Órion, situada abaixo e à direita da Três Marias, é Betelgeuse, uma supergigante vermelha (cujo diâmetro é 250 vezes maior que o do Sol). A segunda em fulgor é Rigel, diagonalmente oposta a Betelgeuse na Constelação. Ao contrário da primeira, é azul, quase branca, e relativamente quente: tem uma temperatura superficial de 13 500 graus, contra os 5 500 do Sol. Como Mintaka, vista ao telescópio, desdobra-se em um sistema duplo.


No mês de Dezembro, procure por Órion após o anoitecer no Leste. O sol estará se pondo e do outro lado veremos Órion nascer.


Nebulosas

As famosas nebulosas ou complexo conjunto de nuvens, ou simplesmente complexo de Órion pode ser visto a olho nu , estão situadas acima das “Três Marias”. Os conhecidos objetos do céu, que formam o complexo, são: Loop de Barnard, nebulosa de Chama, Cabeça de Cavalo, Messier 43 Messier 78. Essa linguagem é bem estranha para quem não entende nada de astronomia, mas é fantástico conhecer , ainda que de forma digamos incompreensível, aquilo que está anos-luz distante de nós.


Messier 42


A nebulosa de Órion, ou Messier 42, é uma nebulosa de reflexão difusa de emissão, localizada ao Sul das “Três Marias” que formam o cinturão de Órion. As vezes também é chamada de A grande Nebulosa de Órion. Pode ser vista sem binóculo, Messier 42 é a região mais próxima conhecida de formação de estrelas massivas para o sistema solar. É parte do Cluster Nuvem Órion Molecular. 

Messier 43, ou Nebulosa De Mairan 

É uma estrela de formação nebulosa de emissão reflexão em Orion. A famosa região H II foi descoberta pelo chronobiologist francês, astrônomo e geofísico Jean-Jacques de Mairan Dortous, em 1731. Charles Messier, mais tarde designada a nebulosidade Messier 43, inclui em seu complexo, a Nebulosa de Mairan que é parte da Nebulosa de Órion, separada por uma pista grande de poeira interestelar. Ela tem uma magnitude aparente de 9,0 e é de 1.600 anos-luz distante. A nebulosa está localizada cerca de sete minutos de arco norte do aglomerado do Trapézio.


Messier 43



Messier 78 (M78, NGC 2068)

Messier 78 é uma nebulosa de reflexão em Orion. Foi observada pela primeira vez pelo astrônomo francês Pierre Méchain em 1780 e incluído no catálogo de Messier mais tarde. A nebulosa envolve duas estrelas de magnitude 10 e pode ser facilmente encontrada por um pequeno telescópio. Ela também contém cerca de 45 t variáveis ​​do tipo Tauri, estrelas jovens ainda em processo de formação. Messier 78 tem uma magnitude visual de 8,3 e é de 1.600 anos-luz distante.

Messier 78

Nebulosa Cabeça de Cavalo

A Nebulosa da Cabeça de Cavalo, também conhecida como Barnard 33, é uma nebulosa escura na famosa Orion. Está localizada ao sul de Alnitak, na nebulosa de emissão brilhante IC 434. A Nebulosa da Cabeça de Cavalo é de cerca de 1.500 anos-luz de distância conforme dados de discovered by the American astronomer Williamina Fleming in 1888.





Vou ficando por aqui com as nebulosas, pois são muitas (oito ao todo). Não vou esgotar o assunto (haja pretensão) mas creio que vimos o suficiente. Dialogando com Jó,

Deus pergunta: “Poderás tu ajuntar as cadeias do Sete Estrelos ou soltar os atilhos de Órion?” Jo 38: 31


Usaram a beleza e mistério da constelação de Órion, para explicar a construção das piramides no Egito, para fazer mitologia grega, mas em nenhuma dessas superstições atribuíram honra e glória a Deus,  a criação que continua firme no céu, como declaração de  inigualável poder.  Órion nos diz que somente Deus é o Senhor, capaz de controlar céu, terra, mar e tudo que existe (e haverá de passar),  bem como o que é eterno. Órion, que pode ser visto de todo e qualquer ponto do universo, exibe a constante lembrança que devemos manter em nós: Deus é digno de honra, glória e louvor, em qualquer das direções existentes no planeta! Órion, "comanda o céu no inverno" dizem os astrônomos. Deus é o que determina o tempo e as estações. Jó não poderia mudar o tempo, fazer chover ou frutificar  os campos, nenhum de nós tem esse poder. Não podemos "soltar ou ajuntar" além do que cabe em nossas pequeninas mãos. 



  • Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor Jeremias 9:24
  • Quão tremenda são as Tuas obras, Senhor. Salmo 66:3


Não podemos deixar de olhar para o céu. E se por motivo de cegueira física, não pudermos ver toda a beleza das constelações estrelares, ela  se revela a todos. Mesmo que não a vejamos, Órion continua lá. Conhecer sua existência  e sua beleza (ainda que em parte) está ao alcance da ciência e dos homens. Órion é dia, noite, frio, calor, é maré, mar, como descrito em Amós . E qual de nós não pode sentir a brisa no rosto, o calor do dia, a chuva que rega o chão e molha as plantas e a nossa pele? 

Observei Órion e entre outras coisas, percebi mais intensamente, que não estamos encobertos aos olhos de Deus. E que, se Ele comanda o Universo,  que nenhum de nós pode medir, não nos acalentaria o coração com Suas mãos? Não cuidaria de nós? Na tribulação, lembremos do Deus que fez a Órion, Ele não nos esqueceu. Na alegria, lembremos do Deus do Sete-estrelo. O trapézio e a vida. 

A trapézio de Órion, com o cinturão de três estrelas, também simboliza a vida. Essa que se apresenta incerta (idas e vindas, altos e baixos)  mas é sustentada pela Trindade ( O cinturão de três estrelas).

O Israel, da época do profeta Amós, precisava olhar para o céu, o lugar mais alto que a vista pudesse alcançar, em reconhecimento a pequenez e dependência. Ao tempo em que os olhos sobem, a alma, o coração se rebaixa diante de Deus em humilhação, em entrega: "Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Humilha-vos na presença do Senhor e Ele vos exaltará" Tg 4:9-10

Foi difícil para você, compreender a linguagem da astronomia sobre Órion?  E quantas vezes, não compreendemos a linguagem de Deus para nós? Ela está em toda parte, por vezes, queremos ouvir em alto som, esperamos um sinal, uma profecia atual e especifica, mas Deus fala todo o tempo: no silêncio, no murmurinho do mundo, em tudo que existe e sobre todos os homens, Deus fala. No céu encoberto por nuvens, nublado, ensolarado, estrelado, lá está Deus, aguardando seus filhos reconhecerem e obedecerem Sua voz.

Romanos 1;20 " Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, claramente se reconhecem, desde o principio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas criadas".


Sete-estrelo e Órion, é declaração do amor de Deus a um povo errante e necessitado de conversão. É declaração de amor para mim e para você. As cadeias do Sete-estrelo e os atilhos de Órion, não estavam ao alcance de Jó, pequeno e ferido Jó. Também não estão a nosso alcance, mas Deus sabe onde e como mexer para que tudo funcione de modo a permitir a vida. Um pequeno homem, deve entregar a vida a esse Deus, Único que espalha e ajunta e torna dias em noites e nada se perde sob Seus cuidados.

Como Jó, digo: " Sou indigno de Ti, Senhor. Mas sei que tudo podes e nenhum de Seus planos pode ser frustrado" Jo 40-4 e 42:1.

Deus o abençoe.

Fontes como links no artigo.

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