Objetivo da mudança seria colocar um político à frente da importante pasta
Segundo informações do blog da jornalista Andréia Sadi, a ala política do governo Bolsonaro estaria sugerindo a mudança ao presidente para que a pasta das Relações Exteriores, tão vital em meio ao processo de negociações por vacinas e insumos para o combate à Covid-19, tivesse um político no comando.
Tal mudança sempre foi desdenhada pelo presidente, que tem em Araújo um de seus principais apoiadores. O apoio ao nome do chanceler já causou, inclusive, discussões dentro do governo: na última, Bolsonaro criticou o vice, Hamilton Mourão, por cogitar saída e disse que não precisa de "palpiteiro": "Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 22 e boa sorte em 23".
E não foi apenas Mourão quem levantou dúvidas sobre a continuidade de Araújo na pasta. Recentemente, auxiliares de Bolsonaro também apontaram o nome do ministro como o responsável pelo atraso na campanha de imunização no país e apontaram os recorrentes ataques à outras nações, em especial a China, nas redes sociais como um dos principais problemas.
Por outro lado, há um fator que pode impedir a movimentação. Ainda de acordo com o texto, o medo de um possível desgaste com ala mais radical do governo, que o acusaria de ter cedido ao "toma lá, dá cá" para garantir apoio aos seus candidatos na Câmara e no Senado, faz com que assessores de Bolsonaro defendam mudanças mais espaçadas na equipe ministerial, o que manteria Ernesto Araújo no comando da pasta.
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