Como estamos aguardando o dia da Grande Verdade?
De acordo com o calendário popular mundial, em 1º de Abril se
comemora o dia da mentira. Segundo o Google e a Wikipédia, há muitas
explicações para esse dia ter se transformado no dia da mentira. Uma
delas diz que a brincadeira surgiu na França. Há muito tempo, o ano novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no 1º de abril.
Em 1564, depois da adoção do Calendário Gregoriano, o rei Carlos IX, da França, determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1º de janeiro. Alguns franceses resistiram
à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano
se iniciaria em 1º de abril. Espertalhões passaram então a
ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries (piadas).
Vemos por aí que a origem do dia da mentira tem relação direta com
uma Declaração Oficial de um Rei – no caso, Carlos IX. Vemos também que
muitas pessoas preferiram rechaçar a verdade do Rei e viver uma mentira,
valorizar uma mentira, muito embora fizessem isso por brincadeira. É
preciso, porém, dizer para quem assim o faz, e como escreve o pastor
Abimael Canto Melo, no livro “Brincando de Pecar” que brincar de pecar é
muito perigoso. Foi por isso que Sansão perdeu tudo o que tinha,
inclusive a vida. A Bíblia diz que mentir é pecado, logo, brincar de
mentir é brincar de pecar.
Os franceses, fundadores do dia da mentira, são considerados pelas
agências missionárias um dos povos mais ateus do mundo. Segundo a
Wikipedia, atualmente, 32% dos franceses se declaram ateus – pessoas que
não acreditam em nenhuma divindade, nem mesmo no Deus da Bíblia. A
atitude francesa de brincar com a mentira a despeito da verdade
declarada pelo Rei lembra muito a atitude de pessoas nos quatro cantos
da terra quanto ao que disse Jesus. O Senhor assegurou que um dia vai
voltar para julgar os vivos e os mortos. Com justiça Ele julgará o mundo
(At 17.31). Isso é a pura verdade. Mas milhões de pessoas preferem
tratar essa história – ou estória para eles – como uma farsa. Declaram
que não existe este “negócio” de Jesus voltar. Bradam que o mundo acaba
quando a gente morre e assim por diante.
O Rei Carlos IX declarava que em 1º de Janeiro – só nesse dia –
começaria um novo tempo, um novo ano. Mas muitos súditos antecipavam
isso, e começavam a fazer o que lhes “dava na telha” nove meses antes,
em em 1º de Abril. Faziam durante sete dias todo tipo de algazarra, a
despeito da palavra do rei. Eles diziam: “um novo tempo chegou.” Vamos
celebrar, vamos festejar, vamos gozar a vida. Como “bons ateus” deviam
dizer: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos, a vida é somente isso.”
Assim também quantas pessoas tentam viver hoje como se o paraíso já
fosse uma realidade? Quantas pessoas tratam a volta de Jesus como
história da carochinha porque já encontraram – ou pensam que já
encontraram – o seu céu aqui na terra. Diante de suas conquistas
acadêmicas, profissionais, financeiras e sentimentais, bradam que um
novo tempo já chegou. O dia da mentira se torna para elas a sua grande
verdade. São pessoas que precisam conhecer a Verdade. Até mesmo muitos
ditos cristãos também precisam – a despeito do nome que carregam –
conhecer a Verdade. Há alguns anos, muitos diziam para Jesus: Jesus, não volte agora, pois não estou preparado! Hoje, seu pedido é ainda mais terrível: Jesus, não volte, pois está tudo tão maravilhoso! Muitos hoje celebram assim o dia da mentira.
Paulo escreveu inspirado pelo Espírito Santo que aquele que fundamenta a sua vida apenas nas coisas deste mundo, é o tipo mais miserável de homem que já existiu (I Co 15:19). Jesus de sua parte disse que Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração (Lc 12: 34).
Ou seja, se você colocar sua preocupação e ansiedade majoritária nas
questões desta vida, não haverá espaço em seu coração para Jesus
habitar.
A Grande Verdade diz para nós que o novo tempo determinado pelo Rei
do Reis ainda não chegou. É preciso esperar um poucochinho mais. As
tensões da vida espiritual; a luta incessante da carne contra o
espírito; as decepções com pessoas que congregam conosco; a dificuldade
que é fazer a coisa certa e a aparente demora do porvir celeste, às
vezes, parecem contribuir e até patrocinar nossa fuga da igreja e do
caminhar com Cristo para as conquistas e prazeres deste mundo.
Essa atitude, porém, fica só a um passo do ateísmo – pois hoje muitos
ateus já foram cristãos fervorosos. No dia da mentira, porém, você pode
até fazer festa. Você pode até mandar presentes para teus amigos – como
faziam os franceses – mas o ano ainda é velho. O novo Ano e o Novo
Tempo prometido pelo Rei ainda não chegou, pois ele só acontecerá quando
a Palavra do Grande Rei assim o determinar.
Quando o Ano Novo de fato vier então se dará o dia da Verdade. Então
surgirá no céu a Grande Verdade. Então, aqueles que nesta vida, disseram
não para todas as mentiras próprias do pai da mentira – o diabo –
ouvirão o Rei lhes dizer: “como você deu ouvidos à Palavra da Verdade, a
minha verdade libertará você!”. “E Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará”
(Jo 8.32). Estas pessoas serão libertas do choro, da dor, da frustação,
das desilusões. Assim serão porque conheceram nesta vida – apesar das
muitas mentiras a sua volta, o Senhor Jesus Cristo. Foram pessoas que
andaram com ele, que falavam com ele pela viração do dia, que deram
crédito a sua palavra quando ele disse: “Só quando eu vier, e quando
minha palavra se cumprir, então começaremos juntos um novo tempo.” Estas
pessoas passaram vitoriosas pelas agruras da espera, sabiam que nada
podiam contra a verdade senão pela Verdade (II Co 13.8) e por isso
agora, serão portadoras das bênçãos do Dia da Verdade. Um lindo 1º de
Janeiro que jamais passará vai surgir. Será você é um daqueles que
poderão vivenciá-lo? Que assim seja!
Pr. Marcio Rogério Gomes David é superintendente da Convenção Ceará.
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